Os sete minutos

Os sete minutos Irving Wallace




Resenhas - Os sete minutos


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Ag_nes 23/08/2024

Vivemos em um looping que os problemas sempre se repetem?
O livro trata de um crime, cometido por um jovem rapaz, o qual condenam um livro, o culpado. Pois o chamam de imoral e pornográfico, concluindo que foi após a leitura deste livro que o jovem rapaz se revelou e cometeu o crime. A Trama se desenvolve nos Estados Unidos da América, com advogados de defesa tentando juntar a todo custo, provas suficientes para inocentar o livro e, assim, evitar a censura do mesmo. Enquanto, do outro lado, há pessoas poderosas que também usam de todos os recursos que têm em mãos, sem medir esforços para incriminar tal literatura.

Na minha opinião, de início, a história não me chamou tanta atenção, além de achar cansativo a escrita. Porém, ao me acostumar com a forma da escrita, "apaixonei-me" no mesmo instante, como tudo é narrado, todos os detalhes (mesmo que alguns sejam irrelevantes), que tornam o enredo ainda mais real.

Ademais, aborda temas muito importantes, que ao meu ver, são cruciais para nós, como indivíduos que convivem em sociedade, refletirmos. Além de que, há muitos problemas citados que podemos ver que ainda se repetem constantemente (Lembrando que o livro foi escrito em 1969), nos levando a pensar que tudo é cíclico.

Este livro me despertou extrema curiosidade como funciona a lei, julgamentos, jurisprudência, e tudo que envolve o direito constitucional. E vindo de mim, que sempre achou esse conteúdo entediante, mostra como está obra literária é verdadeiramente uma fonte de inspiração. Podendo com toda certeza, influenciar um jovem a seguir pelo caminho do direito. (Assim como grey's anatomy influenciou pessoas a seguirem a medicina kkkkkkk).

Indico para todos maiores de 17 anos, ao menos, pois há cenas bem explícitas, mesmo que não fique totalmente nisso e sim, no desenvolvimento do julgamento entre outros.
Leitura excepcional para ter maior percepção da realidade, do direito constitucional, defesa da liberdade de expressão, o que é, de fato, imoral ou não. Afinal, quem dita as regras?
Vinicius871 24/08/2024minha estante
Incrível, você me deixou com muita vontade de ler esse livro. Parabéns pela resenha???




Marlon Teske 27/10/2010

Apenas isso...
Ele trata diretamente da censura e da liberdade de expressão, usando para isso a condenação e julgamento de um livro fictício dentro da própria obra, também denominado Os Sete Minutos. Citando uma frase do próprio texto:

“Descrever um assassinato não é crime. Cometer um assassinato é. Fazer sexo não é crime. Descrever o sexo é.”

A trama em si gira em torno da prisão de Ben Fremont , um livreiro acusado de vender material obsceno, no caso o livro Sete Minutos, de J J Jadaway, considerado pela Igreja Católica e os sensores da década de 30 como o mais pornográfico e pervertido livro já escrito. Para defendê-lo, entra na roda o advogado Michael Barrett, secundado pelo seu sócio Abe Zelkin. Sua missão: provar que o livro não é nada do que a censura prega. Contra ele está o promotor público Elmo Duncan, apadrinhado pelas maiores companhias de comunicação do estado, que querem fazer dele um novo senador dos EUA.

Como agravante, Jerry Grifft, o filho de um conhecido herói local, se envolve em um crime de estupro e põe a culpa no livro pornográfico que havia lido recentemente. Adivinhem de que se trata. Sim, o próprio Sete minutos. A obra fictícia de Jadaway que relata os pensamentos de uma mulher durante os sete minutos de uma relação sexual. Cada capítulo corresponde a um minuto do ato. Durante a obra, em pleno êxtase, a protagonista imagina-se transando com figuras ilustres, inclusive o filho de Deus e Lincoln. Aos mais animados, essas cenas não estão descritas no livro em si, apenas citadas durante seu julgamento.

Mas engana-se quem acha que os Sete Minutos é um livro apenas sobre sexo, jurisprudência e advogados inteligentes. É antes de tudo, um livro sobre a liberdade de expressar-se. O autor, Irwin Wallace, coloca claramente sua opinião sobre a censura burra e puritana que imperava nos EUA na época, e que lentamente está assombrando nossa propaganda e mídia nos dias de hoje, aqui no Brasil.

É impossível ler e não se indignar quanto as atitudes tomadas pela mídia em favor da acusação, as inúmeras boas provas que se perdem por cobiça e corrupção dos envolvidos no julgamento, e com o pré-conceito que todos carregam quando o tema exposto está além do conveniente. Se tiverem chance de correr os olhos sobre essa obra, agarrem. Respirem fundo e mergulhem no mundo sórdido de os Sete Minutos.

Lido em Fevereiro/2008
José 01/12/2012minha estante
eu li esse livro em 2009, e confesso que no começo estava muito masante a leitura, mas como sou um cara teimoso, li até a ultima linha e não me arrependo, e mais, eu recomendo, é muito envolvente e vc se delicia com a leitura.


Lucia.Ferreira 19/05/2020minha estante
Esse autor é muito bom, o livro começa devagar, mas depois, a busca fica muito boa.


mica 28/02/2023minha estante
Obrigada pela descrição, vou procurar ler, fiquei instigada.




JJFelix 30/09/2023

"Pode um livro sobre sexo ser o responsável pela conduta criminosa de alguém?
Considerado obsceno e citado no Index da
Igreja Católica por descrever com realismo as sensações de uma mulher durante o ato sexual, um obscuro romance --- de autoria do desconhecido J J Jadway --- provoca escândalo quando acusado de incitar um jovem a cometer estupro. Irving Wallace mestre da ficção contemporânea, cria neste best seller uma trama de suspense, que relata a feroz batalha entre a censura e a liberdade de expressão, abordando corajosamente temas controvertidos como erotismo e pornografia."
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Yulee Zin 06/08/2021

“No fim não é a arte que precisa mudar e melhorar, mas o povo”
Ah, Os Sete Minutos! Demorei tanto para ler essa obra, mas no fim valeu muito a pena.

Quando meu avô me emprestou o livro, já fui logo pega pela sinopse: se tratava de um thriller jurídico com uma trama diferente, intrigante, polêmica (estou na vibe de ler suspenses, o que contribuiu com o hype)! Contudo, após a leitura, o que me fez quase favoritá-lo não foi apenas o que contém na capa, mas o modo espetacular com que o autor se propõe a discutir temas como liberdade de expressão, censura e até liberdade sexual feminina, temas que, apesar de levantados, eram tabus para a época.

A abertura do livro é ótima; a fatídica cena da prisão de Ben Fremont (juro que não é spoiler rs) introduz muito bem a trama e o nosso protagonista (Mike Barrett), me deixando vidrada na história logo no começo. Aliado a isso, temos o mistério sobre J J Jadway, que dá o tom de suspense à obra, e o grande trunfo do livro: o julgamento! Demora muitas páginas para chegar, mas o autor escreve tão bem essa parte: os argumentos, os juramentos, os protestos... mesmo induzidos a compactuar com o protagonista, é como se estivéssemos no júri prestando atenção em cada depoimento para formar nossa própria opinião. A linguagem jurídica é simplificada, então mesmo leigos (como eu) conseguem compreender. E o que dizer dos plot twists? Mesmo descobrindo um ou outro após alguns capítulos, teve um em específico envolvendo o Jerry que fiquei de queixo caído! Muito bem elaborado. Foi uma experiência tão boa que fiz questão de enrolar para ler o final só para não acabar kkkk

O que me fez tirar meia estrela e um possível favorito foram questões um tanto pessoais, mas que outras pessoas podem relevar. Primeiramente, a diagramação. Quem me acompanhou sabe que tive de ler com lupa, o que não é muito confortável rs. O livro é muito descritivo, o que geralmente adoro, porém sinto que o autor poderia ter tirado muita coisa. O romance é muito mal desenvolvido e desnecessário (apesar de a Maggie ser uma personagem importantíssima e maravilhosa). E o finalzinho, apesar de trazer boas reflexões, ressaltar o aspecto dos personagens etc., foi meio sem graça, pra mim.

Os Sete Minutos é uma obra bem escrita, atemporal, acessível e um ótimo entretenimento para quem não se incomoda com seu ritmo lento. O livro trata de temas essenciais até os dias de hoje, não escondendo seu posicionamento em relação a hipocrisia de certas figuras públicas e da própria sociedade ao culpar os livros pela violência enquanto se ignora desigualdades e preconceitos.

Nota: 4.5
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Andre_Sch 12/03/2011

Irving é um gênio da escrita, suas palavras conquistam e levam a estória de uma maneira leve e genial. A meu ver um dos melhores livros que eu já li, best-seller mesmo.
Eu recomendo para aqueles apaixonados em literatura, esse livro tem que estar em sua estante como lido e jamais se esquecerá dessa empolgante estória.
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Claire Scorzi 23/02/2009

Ambivalência
Confesso minha ambivalência com esse livro: ao mesmo tempo em que apresenta situações um tanto chocantes para mim como cristã, ainda o considero um dos melhores livros a pôr em discussão inteligente a questão da censura. Dentro da ficção, dos que li é o melhor ("Jo", de Tracy Hughes, acaba ficando na superfície do assunto). Também é um ótimo exemplar de 'metalivro' - um livro que faz contínua referência a outros livros; suas citações cobrem diversas obras famosas como "imorais" (vai entre aspas porque tal conceito também seria discutível, como pergunta no romance um dos personagens: Imoral para quem?) como "O Amante de Lady Chatterley" (um de meus romances favoritos) de D.H. Lawrence, "Fanny Hill" de John Cleland, "Pamela" de Samuel Richardson, "Madame Bovary" de Flaubert, entre outros.
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Fabio 18/11/2009

Cansativo, mas envolvente.
A leitura no começo foi muito cansativa, pois o autor se detém a detalhes as vezes não muito interessantes para a grande maioria que não vive nesse mundo jurídico.

Mas a temática de liberdade de expressão versus censura é interessante, e foi o que me fez continuar a ler.

Depois da metade do livro eu consegui fluir mais com a leitura, e a trama vai se desenvolvendo e prendendo-a ao livro.

Valeu a pena, no fim das contas.
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Priscilla 01/01/2012

Ao receber Os Sete Minutos da minha tia, não tive nenhuma empolgação para lê-lo. Me parecia muito chato, muito... comum.

E ao ler as 100 primeiras páginas quase tive certeza disso. No começo, o livro pode realmente ser desgastante. Irving Wallace é aquele tipo de narrador que ama detalhar o ambiente e as ações do personagem, o que pode se tornar enfadonho. Porém, ao passar esse teste inicial o livro tornou-se interessante de tal forma que me forçava a lê-lo mesmo com sono.

Os Sete Minutos conta a história de um livro, de mesmo nome, escrito por um autor de nome J J Jadway. O livro (o fictício) carrega a seguinte premissa:
"Embora houvesse grande variedade de reações a maioria das mulheres que tinham orgasmo, provocado manualmente, oralmente ou através do coito, atingia o clímax em sete minutos."
Contava então a história de uma mulher na cama, durante o ato sexual. O livro era dividido em sete capítulos, sendo cada um deles representando cada minuto até o clímax. Cada capítulo mostrava tudo que a protagonista sentia e pensava. Não nos é mostrado o conteúdo do livro, só realmente o que ele diz, o que ele passa: os mais profundos pensamentos femininos.

Tal livro, foi dado como pornográfico. O "Departamento de Costumes" de Los Angeles decidiu reagir a venda do livro prendendo um livreiro, Ben Fremont, que vendia o mesmo. O livreiro foi preso, mas a reação do povo com relação a notícia prisão não foi o que desejava Elmo Duncan, promotor público e aspirante a senador dos Estados Unidos. Elmo é ajudado por Luther Yerkes, homem rico e poderoso que pretende deixar Elmo famoso em todo o país, para assim ganhar facilmente a votação.

Surge então uma ótima oportunidade. Um rapaz, Jerry Griffith, de boa família é preso por estupro. No carro do rapaz é encontrado Os Sete Minutos de Jadway. Pronto, acusam o livro como a causa do estupro. Que o rapaz, de boa índole, foi levado ao ato brutal ao ler o livro e ficar tremendamente excitado. É claro que a repercussão dessa notícia é muito maior.

Então, conhecemos Mike Barret, advogado, prestes a ser vice-presidente de uma grande empresa, que recebe a ligação de seu amigo, Phil Sanford, editor de Os Sete Minutos, solicitando a defesa do livro e de Ben Fremont. Mike se vê em um dilema, pois ao aceitar participar da defesa, perderia o cargo da vice-presidência e ao mesmo tempo não poderia recusar, pois deve muito ao amigo.

Então ele lê o livro e toma sua decisão. O considera uma obra-prima que merece ser defendida.

O livro é maravilhoso, surpreendente e causa muita emoção. Quantas vezes passei raiva vendo a defesa perder pistas uma atrás da outra...
Mostra como o dinheiro e poder mudam as coisas, a opinião das pessoas. Lhe faz torcer juntamente com Mike pela liberdade de expressão e inocência de Jadway e sua obra.

Recomendo enfáticamente o livro. Pensei que demoraria um século para ler as 634 páginas, mas realmente me impressinou e o devorei.

Termino a resenha com uma frase que me tocou no fim do livro:
"Um livro não é um chumaço de papel. Um livro é um cérebro, uma pessoa, várias pessoas, nossa sociedade, a própria civilização"
Tenho que concordar totalmente com Irving Wallace.


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Igor_Resenha 29/07/2024

Uma leitura formidável !! Livro Fascinante !!
Devo começar minha resenha dizendo que comecei a ler tal obra contrariado e esperando o menor erro para julga-lo ruim e devolve-lo ao sebo de onde veio tamanho foi a frustração que tive com Cama Celestial (outra obra do mesmo autor e meu primeiro contato com ele). Então minha opinião sobre o livro e autor eram extremamente negativas antes mesmo de começar a leitura. E geralmente, mudar a primeira impressão é extremamente difícil. Contudo esse livro conseguiu tal feito. Ele não só conquistou meu coração como minha admiração. Que obra incrível, completa e reflexiva !!! Que autor inteligente e grande escritor !!!
O livro Os sete minutos nos traz uma profunda reflexão a respeito da liberdade de pensamento e o dilema entre arte e censura. Chega a ser magnífico o trabalho de pesquisa do autor para compor a obra e os diálogos. Pois, ao acompanharmos o advogado de defesa, Michael Barrett, no caso Ben Fremont contra Elmo Ducan, o advogado do povo, acabamos sendo expostos a uma série de argumentos e reflexões sobre liberdade, censura, arte etc. Além disso, ao ler o livro senti como se estivesse assistindo um dos melhores filmes de advogados - no mesmo estilo de Advogado do Diabo.
Em resumo, o leitor acompanha Barrett em toda sua jornada para provar que Ben Fremont não vendeu uma obra pornográfica capaz de corromper a juventude americana - como Ducan e grande parte da sociedade acreditam ao relacionar diretamente o caso com outro envolvendo Jerry Grifith. Pelo desenvolver da estória ocorrem vários problemas na vida de um advogado que está lutando contra forças poderosas. Por fim, somos apresentados a um final brilhante na minha opinião - tudo faz sentido. Não fica nenhuma ponta solta. Me deu orgulho de ter lido todas as mais de 500 páginas. Gostaria de ter esquecer tudo sobre o livro para poder lê-lo como se fosse a primeira vez - com certeza vale uma segunda leitura.
Na minha trajetória de vida já acompanhei casos assim. Nos quais culpavam jogos de tiro (como Counter-Strike), filmes e livros pela violência - Inclusive casos recentes de atentados em escolas. Contudo, quando isso ocorre, sempre deixam a verdade escapara em prol de atacar um fantasma, uma cortina de fumaça, que é mais fácil de mostrar e provar para toda uma sociedade do que apontar o dedo para a falta de educação de qualidade, desigualdade social, desestruturação familiar etc. É sempre mais fácil apontar uma solução simples para um problema complexo do que, de fato, resolver o problema. Então, esse livro mexeu comigo e consigo vê-lo em várias notícias nos jornais e noticiários agora. Infelizmente, o mundo é dominado por Elmo Ducans, Luther Yerkes, Willard Osborn, Frank Griffith etc. Os Michael Barrett, defensores da liberdade e da verdade são raros, em especial no Brasil. A verdade é que as leis não foram feitas para serem virtuosas, mas para garantirem as liberdades presentes na Constituição. Somente uma sociedade de pessoas livres poderá julgar o que é ou não conveniente para cada indivíduo. Como disse Barrett "Se você conseguir que eu acredite num pouco de gravidez, numa meia gravidez, você me fará acreditar num pouco de censura."
Grande obra !!
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Clara2720 24/12/2023

Surpresa
Esse livro até hoje não sei de onde saiu, mas acabei ficando com ele. Depois de pelo menos 3 anos parado na minha estante, tomei coragem pra ler e não me arrependo.
A escrita é incrível, e mesmo sendo um livro de 1969 ainda é muito atual. Discute sobre a liberdade de expressão e as leis acerca do assunto. Eu particularmente gostei de tudo no livro, claro que ainda existem algumas coisas que não gosto, alguns pensamentos em questões sociais, mas acho que faz parte quando se lê algo mais velho.
Super recomendo
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Jaqueline 05/07/2013

Somente anotações
pg 73 " (...) eu pensava em livros que provocaram verdadeiros terremotos, deslocando massas humanas e civilizações inteiras para a prática do mal, para realizar mudanças, para fazer o bem. Quantos milhões não morreram por causa de um livro chamado Minha lita, de Adolf Hitler? Quantas pessoas morreram ou foram escravizadas por causa de um livro chamado O Capital, de Karl Marx? (...)Elmo, não menospreze o poder incendiário de um livro".

pg 165 '"Não se aliem aos queimadores de livros" recomendou ele à plateia. Ele achava que não se podem dissimular erros escondendo a prova de que existem". (nota minha: O erro não pode ser escondido escondendo-o)

pg. 167 "(...) um judeu é perseguido e trancado na ilha do Diabo, e pode-se bradar 'J'accuse!' e sublevar o mundo inteiro por causa de um a única injustiça. O mundo pode identificar-se com um mártir desamparado. Mas, quando seis milhões de judeus foram perseguidos e assassinados na Alemanha, o mundo ficou perturbado intelectualmente, mas emocionalmente calmo, tratando de sua própria vida, porque, ora, que diabo, quem é que pode identificar-se com seis milhões de mortos?" (nota minha: Quando não se tem uma causa, ou elas são difusas, o apoio não aparece")

pg. 178 "(...)A última, redigida recentemente, era para lembrar-lhe o problema básico e insolúvel de toda censura: 'Quem montará guarda aos próprios guardas?' - Juvenal". (nota minha: Guardar os que guardam)

pg. 285-286 "A memória levava-o de volta ao segundo ano de faculdade, quando colecionava epigramas, aforismos, citações, achados inteligentes para aconselhá-lo, orientá-lo e torna-lo mais criterioso. Sentira um prenúncio de realidade ao anotar, tomando de empréstimo a Juvenal, que a integridade recebe elogios, mas passa fome. E tinha havido um compreensão final de si mesmo ao perceber que, tal como o velho marinheiro de Coleridge, ele era
Como aquele que numa estrada solitária
Caminha com medo e temor
E depois de voltar-se uma vez, segue em frente,
E nunca mais vira a cabeça;
Porque sabe que um inimigo terrível
Acompanha-lhe os passos de perto."

pg. 337 '"A perda da liberdade geral viria logo após a supressão da liberdade de imprensa... nenhuma nação, antiga ou moderna, jamais perdeu o privilégio de falar, escrever ou divulgar com franqueza seu sentimentos sem imediatamente perder a liberdade geral e tornar-se escrava".

Pg. 353 '"A lei, tal como é concebida na Declaração de Independência, não é um expediente protetor que assegura a liberdade e as oportunidades de que os homens necessitam para sua felicidade e evolução. A liberdade não é o direito de ser virtuoso; é o direito de fazer o que se quer... limitada apenas quando seu exercício individual arrisca a liberdade alheia, ou quando resulta em ações públicas que a sociedade considera ruinosas para seus próprios objetivos"'.

Pg. 441 "O bar não constava da lista telefônica de Nova York. Uma novidade. Anticonformismo, anticomercialismo, anti-sistema. Barret supunha que isso talvez tivesse alguma lógica para Charles Dodgson, alias,Lewis Carrol. Afinal de contas, o país das maravilhas tinha endereço? E o Éden? E um oásis?"

Pg. 509 '"não existem livros obscenos, apenas homens obscenos com mentalidade obscena (...)qualquer autor pode desnudar o corpo humano, mas poucos têm a ousadia ou o gênio de desnudar o espírito humano (...)'Por eu é que o amor, que forma o assunto principal ou subsidiário em oito de cada dez romances, deve parar na beira da cama, na hora em que caem as cortinas?(...) A maneira de as pessoas fazerem amor é capaz de ser mais reveladora do que qualquer análise da alma humana. Ela revela também uma forma de verdade que é interessante por ser geralmente dissimulada'".

Pg. 593 "Um traço comum parece distinguir os censores das pessoas em geral. Somente os membros dessa estirpe são presunçosos, categóricos e até íntegros em sua crença de que sabem o que é bom e o que é ruim para nós. Um livro como Os sete minutos pode ser nocivo para nós, dizem eles, pode mesmo levar-nos a cometer crimes de violência. Mas por que somos "nós" que temos de ser protegidos, e nunca "eles"? Por que o censor, que está exposto à mesma literatura perigosa que nós, nunca se transforma num estuprador depois de lê-la? Por que goza o censor dessa imunidade, e ninguém mais? Por que serão outros os prejudicados, mas nunca o próprio censor?"

Pg. 603 'Por que vim? John Milton já deu minha resposta há três séculos: "Matar um homem quase equivale a destruir um bom livro; quem mata um homem mata um ser racional, criado à imagem de Deus; mas quem destrói um bom livro destrói a própria razão, a imagem de Deus" (...)'.

Pg. 627-628 'Agora chegamos justamente onde eu queria chegar. Regras. Quem as estabelece? Você? Eu? Frank Griffith? O senador Bainbridge? (...)"A Constituição protege tanto a expressão grosseira como a refinada, e a vulgaridade não menos que a elegância. Um livro sem valor para mim pode transmitir algo válido a meu próximo. Na sociedade livre a que nos destinou a Constituição, cada um escolhe por si mesmo." Elmo, não pode haver árbitros para todos, não em questão de gosto.
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Our Brave New Blog 15/03/2016

RESENHA OS 7 MINUTOS - OUR BRAVE NEW BLOG
Nada do que eu disser nesse texto chegará aos pés do que Os 7 Minutos merece. Nadinha. Abençoado seja o falecido Irving Wallace por ter escrito uma coisa dessa. Não sei nem por onde começar, mas vamos tentar...

A obra de Wallace fala sobre assuntos como censura, liberdade sexual e o tabu acerca do sexo. Sendo assim, você já deveria largar isso aqui, abrir uma aba no seu computadorzinho e comprá-lo. Porém, digamos que isso ainda não tenha sido o suficiente, falarei então de outros pontos que tornam essa obra uma das melhores coisas que eu já li.

Pode parecer spoiler para alguns o que eu direi agora, mas juro que não é. Está em algumas sinopses espalhadas pela internet e não prejudicará em nada a sua leitura. Dado o aviso, vamos lá: o caso parece simples de início, mas ganha grandes proporções quando Jerry Griffith estupra uma menina e alega que foi influenciado pelo livro (o fictício) a cometer tal crime (pode isso?! por favor né). A acusação é uma aliança formada por fortes interesses pessoais e políticos, com figuras super importantes para a comunidade e se aproveita do crime de Jerry para embasar seus argumentos, complicando a vida do advogado Mike Barrett, representante de Ben Fremont, o livreiro.

O lance de empurrarem Griffith como VÍTIMA do livro quase me fez vomitar, mas para isso tínhamos Mike tentando provar que as palavras impressas de J J Jadway não tinham nada a ver com isso. O julgamento acaba não sendo somente sobre um vendedor distribuindo material obsceno, mas também sobre as intenções do autor por trás da obra e acaba levantando a questão da liberdade de expressão. Até a Igreja decide se meter na coisa, aí já viu né: mais polêmica.

RESENHA COMPLETA NO NOSSO SITE!!!
(Sério, vem ler que tem muito mais hahahaha)

site: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/os-7-minutos-por-irving-wallace
Gabi.Brito 17/03/2016minha estante
Muito legal sua resenha, deixou-me curiosa para ler o livro :)


Our Brave New Blog 18/03/2016minha estante
Gabi, então não perca mais tempo e leia hahaha. É um livro maravilhoso!! Um dos melhores que já li. E quer uma dica? Às vezes ele aparece no site da Americanas por 11 reais, 14... Só ficar de olho :)


Raphael 20/03/2016minha estante
Tenho esse livro aqui a anos. Nunca consegui lê-lo, depois dessa resenha tomei coragem. Começarei a ler amanhã!


Our Brave New Blog 21/03/2016minha estante
Oi Raphael. Fico muito feliz em ler um comentário desse ? Espero que consiga ler e que não se arrependa do meu conselho haha. Depois me conta o que achou??




Lyeti 04/03/2009

Cansei
Tentei ler esse livro 3 vezes e em todas elas desisti. Um livro de leitura cansativa e lenta. Mas vou tentar uma quarta vez, quem sabe acontece.
Lari 17/12/2014minha estante
Pensei que era só eu no mundo. :(
Ao ver tantos comentários positivos...dá vontade de retomar a leitura.




Danielle 23/04/2010

Um livro bem escrito, que superou minhas expectativas. Em dado momento, parece que algumas pontas vão ficar soltas, mas o autor surpreende e amarra todos os fatos e personagens de forma que não fica nenhuma falha. O suspense criado em torno da figura de Maggie me fez trapacear e pular algumas páginas, tamanha minha ansiedade em saber se ela ia ajudar de fato Barret no julgamento ou não.
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