Yatofabi 02/08/2023
Um pouco sobre a obra.
Bom o livro inicia criticando grandes nomes da filosofia como Sócrates e Platão, religiões, como o cristianismo, e conceitos morais, como a compaixão e o amor ao próximo. Esses "ídolos" são criticados por terem pavimentado o caminho para a ascensão do homem moderno, este, segundo o autor, em contradição consigo mesmo, com sua vontade de poder (Nietzsche julgava o desejo de se tornar mais poderoso e influente o principal objetivo do homem). O paradoxo é emergido pela moralidade reinante, com influência predominante do cristianismo, cujo cerne se baseia no domínio de instintos e sentimentos.-Nietzsche denomina os seguidores dessa moralidade de decadentes, termo que representa falta de vontade de viver,desânimo, ressentimento e abatimento,nas palavras do autor, os decadentes seguem a "revolta dos escravos"quando ocorreu a inversão de valores, sendo o que era tido como bom e virtuoso (ambição, egoísmo) julgado como ruim e mau, portanto, um pecado,os oprimidos, fracos, em condição inferior passaram a ditar as regras da sociedade-Nietzsche identifica que essas regras morais aprisionam instintos básicos da vida humana a falta de válvula para liberar essa energia tende a enfraquecer os homens, retirando sua vontade de viver-Afirma, se baseando no mundo antigo, principalmente o romano, que sentimentos como o da compaixão eram tidos como desprezíveis,Dessa forma, a atual era adotou o que era visto como qualidade baixa no passado-Isso é uma forma de entender o desprezo que Nietzsche mostra por seu contemporâneos com raras exceções-Outro campo que recebe diversas críticas é o da política, com o sistema democrático.Algo impossível para o autor, pois seria uma contradição per se igualar desiguais.Embora não tenha dedicado muito espaço ao conceito de homem superior, a aversão à tese de igualdade entre todos é em parte justificada por este conceito. O homem superior seria a superação do homem regido pela atual moralidade, uma volta ao que Nietzsche interpreta como o ideal da humanidade (homem que segue a moralidade antiga, dos clássicos)-Consequentemente, esse tipo de homem estaria acima da maioria, sendo, portanto, incoerente tentar igualá-lo com os demais. Assinala Nietzsche: "Nunca tornar igual o desigual?-Parte significativa do livro se dedica a mostrar que toda moralidade é forjada por grupos e/ou pessoas influentes (com foco nos sacerdotes), e que não há fato moral, ou seja, é incorreto relacionar moralidade com algum tipo de verdade, pois não existe tal relação.
Irei aprofundar cada vez mais nesse grande filósofo.