Felipe Duco 29/01/2017
O amor autêntico como base...
É uma história encantadora, sobre uma pessoa de bom coração, que tem consciência que é uma pessoa boa, que permeia o bem e que, aparentemente, já quebrou a cara e atrasou sua vida, usando de seu altruísmo para o beneficiar terceiros.
E como esse homem sabe que está condenado a ajudar as pessoas que estejam com problemas (condenado, sim, pois seu caráter guia suas ações e é mais forte do que qualquer coisa dentro dele, ajudar quem precisa com todo seu empenho). Logo, para fugir de si mesmo, ele se muda pra um lugar afastado da sua vida anterior com um propósito: não ajudar mais as pessoas. Não deixar que o problema das outras pessoas se torne seus problemas. Ele quer viver sua vida, com seu filho, da melhor maneira, no seu canto, sem grandes aventuras, cuidando da sua própria vida.
Mas como o coração não é algo controlável, esse plano não dá certo e ele, sem que perceba, já está envolvido com as dificuldades de todas as novas pessoas ao seu redor.
A descoberta e a busca pela resolução desses obstáculos são contadas pelos olhos do filho desse homem, anos depois quando ele encontra um objeto que faz relembrar dessa época.
O amor é a base desse livro ma-ra-vi-lho-so. É com amor que é contato, é o amor que ele prega e é o amor que está escondido nas entrelinhas. O personagem do pai, o personagem central, é impressionante. Eu, particularmente, em algum momento do livro fiquei imaginando que a fantasia fosse tomar conta e descobriríamos que: ou o personagem não era real (era um ser superior que veio de uma outra dimensão) ou que tudo aquilo fazia parte de um sonho, por tão longe de todo ser humano que ele está. É uma mistura de perfeito com humano. Seria o protótipo ideal do humano perfeito. Generoso, amoroso, agradável, que não julga, que defende, que trata todos igualmente, que olha pra dentro de cada um através dos olhos, que faz de coração, que confia rapidamente, mas com a mesma habilidade também consegue sacar uma arma e se defender do que achar agressivo, entretanto, jamais puxar o gatilho se não for necessário. E isso tudo é só uma apresentação. Simplesmente estupendo.
É um livro curto em extensão, mas rico em sentimentos.
É uma lição a ser aprendida.