Poesias que escrevi com fome

Poesias que escrevi com fome André D'Soares




Resenhas - Poesias que escrevi com fome


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Nandanjinha ð 03/12/2023

Confesso que só li para passar o tédio, mas adorei os poemas que me fez refletir sobre a minha própria vida
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Compre pela capa 06/01/2018

CRÍTICAS ÁCIDAS EM POESIAS QUE ESCREVI COM FOME, DE ANDRÉ D'SOARES
Na resenha de hoje vou pular o enredo de praxe, até porque é meio impossível descrever o enredo de um livro de poesias.

Falarei apenas que Poesias que Escrevi com Fome é uma forte crítica a pobreza, desigualdade e machismo (e por sinal foi escrito por um homem, olha que incrível!).

"E agora José?
... A festa acabou
Elas descobriram
A farsa dos senhores.
Agora sabem que Eva não saiu da costela,
Que foi a porra do Adão que saiu do útero.
...É hora de entregar
A chave do castelo,
Curvar-se ao pé delas
e pedir perdão."

O André escreve suas críticas ácidas em forma de poesia tão bem que podemos perceber que ele viveu de pertinho tudo aquilo que escreveu.

"No funeral,
Quando meu rosto
Estiver para o teto do caixão...
Por favor, não jogue flores em mim
Jogue todo o amor que você economizou
Quando eu estava vivo."

Em um dos poemas ele critica a posição da sociedade em acreditar que apenas quem é de classe social alta e faz faculdade consegue escrever poesias, e no próprio poema e no livro todo ele mostra que é exatamente o contrário. Qualquer pessoa que se permita sentir de verdade, pode escrever poesia.

Ele fala também sobre crianças inocentes mortas na favela e sobre a pobreza que ele vivenciou, e que muitas pessoas queridas também vivenciaram... E muitas pessoas até hoje, infelizmente vivenciam.

OPINIÃO

Não costumo ser uma leitora fiel de poesia, mas os temas importantes e críticos abordados no livro, me chamaram bastante a atenção.

Posso dizer que gostei bastante. Foi uma leitura rápida, porém transbordou sentimentos e pensamentos sobre a nossa sociedade, e sobre o que acontece na realidade de muitas pessoas, que alguns de nós nem faz ideia.

Também gostei bastante do ponto que já citei acima, um homem jovem criticando o machismo, que é impregnado em nossa sociedade desde sempre. Algumas feministas dizem que apenas mulheres devem falar sobre machismo pois são apenas elas quem sofrem com isso. Eu acho que quanto mais pessoas (de qualquer sexo) se posicionar contra isso, mais o machismo diminuirá.

site: comprepelacapa.wixsite.com/home
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Lele 01/10/2017

Poesias para refletir
Poesias que escrevi com fome é um livro que faz críticas de forma bem crua. Um livro maravilhoso que todos devem ler.
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Andre.DSoares 23/08/2017

Resenha escrita pelo Ronaldo Dias
Acabei de ler o livro do amigo, jovem amigo, brilhante amigo André D'Soares. Confesso que já esperava o que viria, só que em muitos aspectos fui surpreendido pela intensa qualidade e pela profundidade dos sentimentos lá encontrados.

Quando diz que escreveu com fome, foi isso mesmo. Além da fome fome, aquela que dói no estômago, que te tira a energia, e talvez até pela identificação do significado da fome, ele nos apresenta todas as fomes que se pode ter: de amor, de sexo, de justiça, de reconhecimento, de amizade e assim por diante.

Esperava a poesia de um moço, mas de quando em quando surge um veterano, nos moldes de um Raul Drewnick, não na forma mas no conteúdo, como em:

Pancada

E o amor, antes de partir,
Deu-me uma pancada no peito
E vociferou:
"Vá bobo, amar outro alguém".
Fui...
Já esperando outra pancada

O livro é pequeno de tamanho, mas pleno de emoções e verdades. Verdades que não têm idade, são humanas e intransitivas. Salve moço. Como diz o poeta Chico: "Evohe jovens à vista".

Ronaldo Dias


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Morgana Brunner 21/08/2017

Poesias que escrevi com fome - André D' Soares
Oiii gente tudo bem?
Hoje é dia de trazer a resenha de um livro que estava ansiosa para realizar a leitura, principalmente por já acompanhar o autor nas redes sociais e admirar seu trabalho, sendo tão sincero e realista com a sociedade atual que estamos vivenciando.



André com a sua força de expressão de palavras nos leva a ver que o mundo é cruel mesmo, poesias ácidas, nuas e cruas que nos mostram a realidade que estão a nossa volta, mas que de certa maneira a maioria do povo prefere fechar os olhos e achar que isso é normal, uma crueldade que deveria ser debatida e ser feita uma revolução.

FUNERAL
No funeral,
Quando meu rosto
Estiver para o teto do caixão...
Por favor, não jogue flores em mim.
Jogue todo o amor que você economizou
Quando eu estava vivo.
Pág. 23

Nos traz assuntos sobre estupro, falta de esperança, valorização do indivíduo. Ao lermos, podemos sentir as dores do mundo, no qual todos nós já passamos, até aquela amizade e amor que tudo se iniciara com medo e clareza, mas bastou-se alguma ação e desde então encontram-se como estranhos, desconhecidos que um dia eram apenas um só, creio que a maioria tenha vivido ou conhecido fatos assim.





Apesar disso, encontramos a frieza de suas palavras e alguns palavrões que deveriam ser ditos em alguns momentos de aflição, sentir a falta do próximo, a negação e até mesmo a raiva completam as poesias de André, não ele não quis apenas dedurar seus sentimentos, percebe-se que queria mais, ir além, esclarecer o mundo que encontramos a nossa volta.


É JOSÉ
É José
O senhor lutou a vida toda
Para que seu filho
Não fosse "veado"...
Hoje ele é assassino de um.
Pág. 71

Quem sabe assim, escrevendo seus livros e trazendo a verdade, as pessoas começam a valorizar o que está a sua volta. Encontramos também a ordem da igualmente em todos os momentos, no qual devemos nos casar e ter filhos, mas sempre tem alguém que não ter esse futuro comum, quer vivenciar de sua maneira o seu fim, independente da opinião do outro.



As poesias de André foram como turbilhão vindo em um imenso furacão para dentro do meu peito, é como se abrisse e me libertasse, que nossos pensamentos se ligassem e que de certa forma eu tinha a mesma opinião em vários relatos, fatos e poesias escritas e descritas de forma tão realista que chega a dar um nó na garganta.

Foi uma leitura maravilhosa, feita em uma manhã fria, congelante que a vontade era de não sair da cama e ficar ali até que o sol desse a cara e esquentasse meu corpo. Senti-me até fria com tanta acidez vinda do autor, mas que a verdade sempre seja dita.

Mais uma vez, com a imensa felicidade não encontrei nenhum erro ortográfico, no qual a Editora Penalux nunca deixou a desejar nesse quesito. O que me deixou perplexa foi essa capa, com um coração extremamente realista. A diagramação está magnífica como podem ver nas fotos acima.

site: http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com.br/2017/08/poesias-que-escrevi-com-fome-andre-d.html
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carolmndss 10/06/2017

Fav! <3
Poesias que escrevi com fome reúne poesias ácidas do autor André D'Soares. Com muita honestidade falando sobre a realidade brutal de alguém que cresceu na pobreza, ele nos toca com suas palavras e nos impacta em cada poesia.

Ele escreve sobre vários temas, sobre sua realidade, amor, sobre a força das mulheres, a morte; e diante a tantos assuntos, é muito fácil se identificar em uma das poesias (ou em todas). É um livro pra ser lido várias e várias vezes!

Conheci o livro através da imagem de uma das poesias, e pensei que PRECISAVA ler esse livro, então entrei em contato com o autor e o comprei. Essa poesia me impactou justamente por ser real. Todos nós deveríamos falar e demonstrar nosso amor pelas pessoas próximas a nós todos os dias, pois não sabemos o dia de amanhã.

É difícil falar de um livro de poesias, ainda mais pra mim que, apesar de ultimamente estar amando ler esse gênero, não estou muito acostumada. Super recomendo o livro, pois ele não escreve apenas poesias bonitas sobre amores, daquelas que nos inspira; ele também escreve sobre a realidade, por mais ruim que seja, que nos faz refletir sobre tudo à nossa volta com muita sensibilidade.

site: http://www.virandoamor.com/2017/06/resenha-poesias-que-escrevi-com-fome.html
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Andre.DSoares 13/05/2017

Resenha por ‎Hilário Francisconi‎
Acabo de ler o livro “Poesias que escrevi com fome”, de André D’Soares, Editora Penalux, SP, 2017. Digo acabo, mas voltarei a ele outras vezes, lógico!

André é o tipo (entenda-se estilo!) do poeta que nos faltava. Ainda muito jovem e já pronto para a ótima e impactante poesia, os seus versos seguem, um após outro, a passos confiantes no equilíbrio de sua linguagem e no ritmo frenético de quem viveu, já, uma vida inteira.

Com um sólido senso dos problemas sociais, o autor larga na “pole position” ao deflagrar a persistente injustiça ainda praticada contra os oprimidos, como em “Injustiça”, pág. 32: “O problema / Desse esquema, doutor, / Está na diferença de largada (...)”.
A um tempo realista e romântico, o poeta revela ao leitor o seu tom inconfundivelmente cavalheiresco, cuja claríssima sensibilidade lança-o diretamente ao raríssimo rol dos partidários do romantismo: “O seu café, senhorita, / É a poesia que eu mais venero. / Porque ele é feito / Com as mãos mais delicadas / Que eu já vi nesta vida (...)”, pág. 66.
Em sua maioria, os poemas de André jogam o poeta-narrador no cerne do drama, quando no ímpeto de sua atividade artística, uma vez mais a revelar a experiência do jovem poeta e o seu fino trato com as representantes do sexo “frágil”: “Flor oriental, / Por que desabrochaste / No jardim alheio? / (...) Deixa-me te regar, Flor, / Com meu amor em líquido, / Com meu coração em sol. (...)”, pág. 75.

A origem humilde do poeta simples, conforme declarações em relacionamentos sociais verificados em um sítio cibernético conhecido, traduz as suas raízes profundas em “Como escreverei, / Poeta desgraçado, / sobre um mundo que não é meu, / Nem da minha gente?”, pág. 88.

O livro “Poesias que escrevi com fome” abre de vez o nosso apetite para uma leitura temperada com o prazer da boa literatura. E que venham outros trabalhos, em verso ou em prosa, que a fome, agora, é nossa...

Hilário Francisconi, poeta e membro titular da Academia Niteroiense de Letras.
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