Murillo 21/03/2021
Mundinho moderno. Melhore. Melhore muito
Fonte da religiosidade: - Sentimento Oceânico, se trata aqui de vislumbrar o máximo da espiritualidade - A união do Eu do momento presente e a criança interna. Como diria Jung, a realização do Self.
Orientação intencional da Atividade e Ação Muscular apropriada: - distinguir entre o que é interior (Pertencente ao Eu) - e o que é exterior - oriundo de um mundo externo: - E com isso se dá o primeiro passo para a instauração do princípio de realidade, que deve dominar a evolução posterior.
Necessidades religiosas (Monoteísmo): - Desamparo infantil e nostalgia do pai
Diversões. Gratificações. Substâncias (A tríplice da suportação para a
dificuldade individual e social)
A raiz do sofrimento: O próprio corpo (Medo e dor), Mundo Externo (Forças ditatoriais) e Relações com outros seres humanos
A cura para dor proveniente do mundo externo: - O deliberado isolamento, afastamento dos demais.
*Todo sofrimento é apenas sensação, existe somente na medida em que o sentimos.
Satisfação do impulso instintual selvagem: - “É incomparavelmente mais forte do que a obtida ao saciar um instinto domesticado” “O homem é o lobo do homem”
Ganho de prazer: - A partir das fontes de trabalho psíquico e intelectual … “Então o destino não pode fazer muito contra o indivíduo”
A atividade profissional: - Traz satisfação apenas quando é escolhida livremente, isto é, quando permite tornar úteis, através da sublimação, impulsos instintuais subsistentes…. “A imensa maioria dos homens trabalha apenas forçada pela necessidade, e graves problemas sociais derivam dessa natural aversão humana ao trabalho”
Ilusões da fantasia: - Durante o desenvolvimento do princípio da realidade, “ELE FOI EXPRESSAMENTE POUPADO DO TESTE DA REALIDADE E FICOU DESTINO A SATISFAÇÃO DE DESEJOS DIFICILMENTE CONCRETIZÁVEIS, e de maior valia, excessivamente interior (Excesso de EU)”
O paranóico: - É mais comum do que parece, habita em cada um de nós um delírio da realidade inteiramente nosso. “Delírio é uma mentira que conta uma verdade”
A religião é paranóica!?: - Delírio de massa. Naturalmente, quem partilha o delírio jamais o percebe.
O amor sexual: - Uma forma de experiência de prazer avassaladora, dando-nos assim o modelo para nossa busca da felicidade. “Nada mais natural do que insistirmos em procurá-la no mesmo caminho em que a encontramos primeiro.”
Os pilares da frustração: - Prepotência com a natureza, fragilidade do nosso corpo e a insuficiência das normas que regulamentam a sociedade e a família.
Dispositivos psíquicos especiais de proteção: - Na possibilidade de dor extrema, nos fechamos em nossa redoma de tabus. Que são eles: Recalcamento, Formação Reativa, Regressão, Projeção e Racionalização.
Origem dos Deuses: - (Como forma de cultura) - Atribuição de tudo o que parecia inatingível para seus desejos - ou que lhe era proibido
A ordem (Como conhecêssemos na sociedade): - É uma espécie de compulsão de repetição.
E talvez, ainda ressalto, uma forma hipnótica de programar o ser humano a função social e desvio do instinto individual
Beleza, limpeza e ordem: - São as principais exigências culturais para serem vistas como uma “sociedade exemplar”
Ressalto em dizer que isso me parece de caráter Eros. Sendo assim, a sociedade é um Eros em alta escala. Um delírio de Eros.
A castração do MAIS FORTE: - O elemento chamado CULTURA, se apresentaria como a primeira tentativa de regulamentar a relação de o ser humano mais forte dominar o seu grupo.
“Tal substituição do poder do indivíduo pelo da comunidade é o passo cultural decisivo” e de maior valia
A vitória do grupo sobre o indivíduo: - “A vitória sobre o pai havia ensinado aos filhos que uma associação pode ser mais forte que o indivíduo. A cultura totêmica baseia-se nas restrições que eles tiveram de impor uns aos outros, a fim de preservar o novo estado de coisas.”
A realização da vida comum possui dois fundamentos: - “A compulsão pelo trabalho, criada pela necessidade externa (social, meio) e o poder do amor, necessidade interna (libido sexual).
No caso o homem, trabalho e mulher (Objeto Sexual)
No caso da mulher, trabalho e filho (Objeto de amor)
A depreciação da felicidade à dois (Monogamia): - “O amor sexual (genital) proporciona ao indivíduo as mais fortes vivências de satisfação, dá-lhe realmente o protótipo de toda felicidade.”
“Prosseguimos dizendo que assim ele se torna dependente, de maneira preocupante, de uma parte do mundo exterior, ou seja, do objeto amoroso escolhido, e fica exposto ao sofrimento máximo, quando é por este desprezado ou o perde graças à morte ou à infidelidade”
A solução da depreciação da felicidade à dois (Monogamia): - Isso acontece ao deslocar o peso maior de ser amado para amar; elas protegem-se da perda do objeto, ao voltar seu amor igualmente para todos os indivíduos, e não para objetos isolados; e evitam as oscilações e decepções do amor genital afastando-se da meta sexual deste, transformando o instinto em um impulso inibido na meta.
Ou seja, a maior valia deste relacionamento se baseia em uma visão humanitária de bem ao mundo.
Pertencimento excessivo à família: - “Quanto maior for a coesão dos membros da família, mais frequentemente eles tenderão a se apartar dos outros, e mais dificilmente ingressarão no círculo mais amplo da vida”
“Ama teu próximo assim como ele te ama!” - Faz mais sentido do que o ditado “Ama teu próximo como a ti mesmo”
“As pessoas gostam de negar, é que o ser humano não é uma criatura branda, ávida de amor, que no máximo pode se defender, quando atacado. Mas a verdade é que ele deve incluir, entre seus dotes instintuais, também um forte quinhão de agressividade” Proveniente de sua proteção individual e de sua família. “O homem é o lobo do homem”
“Sempre é possível ligar um grande número de pessoas pelo amor, desde que restem outras para que se exteriorize a agressividade” : - “Dei a isso o nome de “narcisismo das pequenas diferenças”
“Percebe-se nele uma cômoda e relativamente inócua satisfação da agressividade, através da qual é facilitada a coesão entre os membros da comunidade.”
“A fome e o amor” sustentam a máquina do mundo: - A fome poderia representar os instintos que querem manter o ser individual, enquanto o amor procura pelos objetos
Instinto de agressão e destruição: - “A ideia de que uma parte do instinto se volta contra o mundo externo e depois vem à luz como instinto de agressão e destruição.”
A fúria destruidora: - É impossível não reconhecer que sua satisfação está ligada a um prazer narcísico extraordinariamente elevado, pois mostra ao Eu a realização de seus antigos desejos de onipotência.
A obra de Eros: - “Um processo que pretende juntar indivíduos isolados, famílias, depois etnias, povos e nações numa grande unidade, a da humanidade” “É simplesmente a obra de Eros. Essas multidões humanas devem ser ligadas libidinalmente entre si.”
Eros vs Tanatos. Instinto de vida vs Instinto de destruição: - “Essa luta é o conteúdo essencial da vida, e por isso a evolução cultural pode ser designada, brevemente, como a luta vital da espécie humana.”
Sentimento de culpa: - “Não passa claramente de medo da perda do amor, medo “social”.
E posteriormente, o medo ante o Super-eu
Renúncia instintual da agressividade: - “O efeito da renúncia instintual sobre a consciência se dá de maneira tal que toda parcela de agressividade que não satisfazemos é acolhida pelo Super-eu e aumenta a agressividade deste (contra o Eu)”
“Um considerável montante de agressividade deve ter se desenvolvido, na criança, contra a autoridade que lhe impede as primeiras e também mais significativas satisfações, qualquer que sejam as privações instintuais requeridas. Ela é obrigada a renunciar à satisfação dessa agressividade vingativa”
Autoridade degradada - O pai: - O Eu da criança tem de se contentar com o triste papel de autoridade assim degradada, do pai.
Os filhos o odiavam, mas também o amavam!: - “Ambivalência afetiva perante o pai.”
“Depois que o ódio se satisfez com a agressão, veio à frente o amor, no arrependimento pelo ato, e instituiu o Super-eu por identificação com o pai, deu-lhe o poder do pai, como que por castigo pelo ato de agressão contra ele cometido, criou as restrições que deveriam impedir uma repetição do ato.”
Ambivalência do conflito: - “Pois o sentimento de culpa é expressão do conflito de ambivalência, da eterna luta entre Eros e o instinto de destruição ou de morte. Esse conflito é atiçado quando os seres humanos defrontam a tarefa de viver juntos”
O que teve início com os pais se completa na massa.
Educação atual e sua falha em aprontar o ser na sua individualidade: - “O fato de ocultar ao jovem o papel que a sexualidade terá em sua vida não é a única recriminação que se deve fazer à educação atual. Ela também peca em não prepará-lo para a agressividade, de que ele certamente será objeto”
Necessidade de castigo: - “Sentimento de culpa inconsciente” nós, terapeutas, lhe falamos de uma inconsciente necessidade de castigo, na qual se expressa o sentimento de culpa.
Sentimento de culpa = Angústia: - Em suas fases posteriores coincide inteiramente com o medo ao Super-eu.
Má ação e mau impulso: - “O sentimento de culpa por arrependimento em virtude da má ação teria de ser sempre consciente. Aquele por percepção do mau impulso poderia permanecer inconsciente”
Se trata de uma agressão deslocada para dentro.
Elevação do sentimento de culpa: - “Toda espécie de frustração, toda satisfação instintual contrariada tem ou pode ter por consequência uma elevação do sentimento de culpa”