O mal-estar na civilização

O mal-estar na civilização Sigmund Freud




Resenhas - O Mal-Estar na Civilização


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Tomoko 30/07/2019

É um livro provocador
É um livro que trata de assuntos diversos como a religião, família, preconceitos, moral e a felicidade na civilização. Admito que fiquei dias sem dormir pensando nos assuntos que contém nesse livro.
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Cristal 10/03/2020

Tão atual
Me faz ter grande reflexão sobre uma sociedade que buscar tanto prazer, em varias formas baseado em hipocrisia.
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Suzana.Basilio 21/03/2020

Freud explica que cada um de nós temos uma busca incessante pela felicidade, e estamos a todo momento tentando mitigar nosso sofrimento, mas cada um de nos temos a nossa maneira de encontrar felicidade.
Ele critica a religião como uma despotica dessa busca individual pela felicidade, que a igreja impõe por um único caminho, sendo que não é assim.
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Lu 03/12/2014

Uma coisa me surpreende sempre que leio Freud e isso aconteceu com esse livro também: ele extrapola os limites da própria área de conhecimento, mas ainda assim, sempre traz luz nova sobre muita coisa. É impossível não lembrar das teorias dele em exemplos concretos do cotidiano.
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Lucio 01/10/2015

De tirar o fôlego! Freud tenta explicar o sentimento de culpa e a angústia humana do 'homem civilizado'
Este é o primeiro livro do Freud que lemos por completo. Deu pra ver o porquê deste homem ter ganhado tanta fama. Ele é muito lúcido e culto. Além de mostrar-se bem informado, escreve de forma prazerosa sobre temas espinhosos. É muito honesto também, admitindo ignorância em vários pontos e fazendo apontamentos para desenvolvimentos noutros. É um autor fascinante, embora nós discordemos na maior parte a respeito de tudo o que ele diz por termos cosmovisões diferentes.

Em poucas palavras, o autor defende que o mal-estar da civilização é basicamente o instinto de morte que há no homem, e os resultados psicológicos disso. Em suma, o homem é um inimigo da civilização enquanto séquito do ID. O instinto de morte que há no homem peleja contra a tendência do Eros de uni-lo a outros. E ele acaba reprimindo essa agressividade gerando grande infelicidade para si por conta das neuroses e sentimento de culpa oriundos dessa resistência e do poder que o superego exerce sobre ele.

O enseio é pessimista, no melhor sabor hobbesiano, schopenhaueriano e nietzschiano. O autor considera que a culpa não passa da agressividade reprimida e voltada contra o próprio indivíduo. A moral é o superego social que logo será introjetado no indivíduo, assimilado por seu superego e manifesta em sua mente em forma de consciência. Assim, não há moral e nem ética de verdade.
O que o homem quer é lido em termos utilitarista. A religião é apenas uma ilusão (seguindo a linha do 'Futuro de uma Ilusão') que tenta lidar com a culpa. Mas é a via errada. A via da ética também não serve. Freud sugere uma relação diferente para com as propriedades, mas isso não resolveria o problema, só minoraria pois não crê na ilusão socialista de que o homem só é mau por causa do meio. Ele é mau por natureza. Ele tem um instinto de morte.
Todo o ensaio tem um caráter de avaliação da tensão entre o homem e a cultura ou civilização. Esta inclusive é vista - a la República de Platão - como uma ampliação do homem, desenvolvendo até mesmo um superego cultural. E, portanto, pode ser que exista uma neurose cultural. Freud faz apontamentos para uma terapia cultural também.
O autor não tem pretensão de fazer um juízo sobre o valor da civilização. Prefere abster-se de julgar. Apenas expôs toda a tensão existente entre o homem e a vida comunitária. Mas conclui dizendo que não pode confortar a ninguém. E que só podemos torcer para que o Eros se sobressaia ao Tanatós. Uma conclusão sombria.

Embora, como calvinista, concordemos com ele de que há uma inclinação para o mal no homem, fazemos leituras diferentes da cognição humana. Freud, embora dialogue (tacitamente) com vários pensadores, evidentemente ignora tantos outros. Para começar, o erro fundamental dele é simplesmente, num passe de mágica, lançar para longe a questão do conflito existencial humano. Ele diz que é uma questão insolúvel e não mais toca no assunto. Mas em coro com Sócrates, Agostinho, Calvino, Pascal, Goethe, Dostoiévski, Kierkegaard, Karl Jasper, Heidegger e Sartre (dentre outros), poderíamos mostrar que o homem não pode ficar em paz, e uma ansiedade singular lhe toma o coração (ou 'a alma', ou 'a psiquê') no que diz respeito ao motivo de sua existência, o significado de seu ser e do mundo. Não lidar com essa questão é querer trazer uma paz terapêutica meramente paliativa (mais do que o próprio Sigmund imagina).
Além disso, ele, na sua imaginação sobre o desenvolvimento da consciência da criança, inclusive da consciência de si, ignora a discussão do papel e da origem dos pressupostos que estão presentes em cada conclusão tomada pela criança. Parece que ele não estava ciente disso.
Por fim, podemos apontar que Freud desconsidera o argumento transcendental ou a epistemologia reformada (embora elas sejam mais recentes, vários autores já haviam esboçado-as, dentre os quais Agostinho, Hodge, Strong, Bavinck... e sabe-se lá mais quem). Em suma, descobrir um instinto de morte, um instinto libidinoso, um apreço pela felicidade e tantas outras coisas que elaborou não parecem eliminar a existência da moralidade ou dos valores reais. Sua busca por tentar uma teoria que explique a faculdade moral do homem parece-me ter várias lacunas e, se nosso juízo de certo e errado é uma ilusão - não o que é certo e errado, mas apenas a faculdade moral da mente -, então ele teria que duvidar do funcionamento da mente em geral, inclusive da empiria. O resultado, como muitos autores mostraram, é o solipsismo.
Além disso, estamos interessados em pesquisar mais o pensador em prol de tentar cobrir algumas lacunas em seu pensamento e, num trabalho próximo queremos compará-lo com seus críticos cristãos dentre os quais, principalmente, C. S. Lewis. Deixemos esses demais apontamentos para um outro momento.
Por ora, nossa respeitosa avaliação crítica de um bom pensador.
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Alexandre Modesto 13/06/2020

"O homem é o lobo do próprio homem"
Em primeiro lugar, acho importante que quem quiser ler esse livro tenha um conhecimento prévio sobre os estudos do Freud: primeira e segunda teoria do aparelho psíquico, complexo de édipo, pulsão (eros e tanatos) e libido. Caso contrario, ficará um tanto perdido.

No mais, o livro é bastante provocativo e realista (ou pessimista). Freud compartilha da opinião de Thomas Hobbes de que "o homem é o lobo do próprio homem", descrevendo como o ser humano constrói e busca um ideal de felicidade que vai contra as normas sociais.

O pacto social pede que para que se possa viver em harmonia em uma sociedade o individuo tem que se abdicar de certas liberdades. Então a sociedade atua como repressora sobre os instintos humanos e este se vê frustrado com os seus desejos. Contudo, essa frustração não some, essa energia é acumulada e refletida posteriormente em uma neurose.



site: @amodestoc
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Davi 17/06/2020

Clássico de Freud
Nesse livreto, Freud analisa, pela lente de um evidente colapso financeiro de 1929 de níveis inimagináveis, como os humanos se situam em suas infelicidades, dilemas e questões pessoais. Uma boa sequência seria ler esse livro e, após, o "Capitalismo Parasitário" de Baumann, que faz um retrato pós-crise econômica de 2008 e suas implicações sociais.
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Sofista Prateado 05/07/2020

Difícil mas necessário
A leitura não é leve mas é essencial para a prática Psicanalítica. Sabe o que foi mais legal? Quem me recomendou foi um Behaviorista!
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Kit 21/07/2020

Primeiro contato direto com uma obra de Freud e gostei bastante, a forma como ele questiona e expõe suas ideias rendem altas horas de reflexão.
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Santhi 21/08/2020

De Freud sobre o mundo e para o mundo
Mesmo se não estudar psicanálise, recomendo esse texto. Não é denso nem cheio de jargões, apesar de contar sim com alguns conceitos anteriores na obra de Freud.
São reflexões sobre a civilização, sua origem e sua tarefa de controlar as tendências agressivas humanas em prol da sua manutenção, sendo sempre ilustrado com exemplos e descrições.
É um texto base do pensamento psicanalitico. Por mais que seja um dos últimos, faz sentido ser lido antes de qualquer outro pela gama de assuntos de que trata e com tanta fluidez.
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De Gasperi 23/08/2020

Clássico
Como todo clássico continua atual e conversando a respeito do mundo de hoje, uma obra seminal com insights interessantes para todos estudantes das ciências da sociedade
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Cassp 12/09/2020

Nessa obra, Freud não faz distinção entre o conceito de cultura e civilização, ele deixa evidente que na sua visão, a cultura causa um mal-estar na humanidade. A obra em si, nos faz questionar sobre os padrões já estabelecidos da realidade humana e social.
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Carolina.Souza 21/09/2020

ai, ai Freud...
eu nunca havia lido nenhuma obra completa do autor, e essa primeira experiência foi ótima. o modo como Freud desenrola os assuntos sobre um único tema é fluida e, pra mim, perfeita. gostei muito das reflexões e o livro saiu todo marcado rs. feliz demais com a leitura!
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ssaprates 28/09/2020

Bom livro.
O mal estar na civilização dá luz a importantes reflexões sobre a origem da angústia dos seres humanos e de como essa angústia causa adoecimento psíquico. Gostei muito da leitura, mas senti que uma pessoa leiga -que nunca teve contato com os verbetes utilizados na psicanálise- sentiria dificuldade para ler o livro, portanto não é um livro de iniciação a psicanálise. Apesar disso, é um ótimo livro!
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Galvis 29/09/2020

A civilização nos deixa infelizes? Freud explica
O mal estar na civilizac?a?o e? um livro que busca investigar a sensac?a?o de infelicidade; as origens da inquietac?a?o e da sensac?a?o de culpa que assola a nossa conscie?ncia.

E? um livro denso, embora tenha apenas 92 pa?ginas. Um ensaio extremante conceitual e abstrato que - ao que me parece - exige leituras pre?vias de Freud.

Pareceu-me que existe uma ordem lo?gica para entender o pensamento do pai da psicologia e que e? preciso respeita?-la para entender sua teoria, que, diga-se de passagem e? bastante especulativa e controversa.

Mesmo assim, com esta obra Freud da? um panorama acerca de como a civilizac?a?o e a cultura podem gerar uma sensac?a?o angustiante no ser humano.

Tambe?m contextualiza a cla?ssica relac?a?o entre sexualidade e nossas neuroses, libido e conscie?ncia de culpa.

A limitac?a?o da sexualidade por regras civilizato?rias gera frustrac?o?es e agressividade contra quem impede essa realizac?a?o sexual; e essa agressividade gera conscie?ncia de culpa.

Na?o considero um livro cienti?fico, mas especulativo. Freud na verdade e? isso. A psicana?lise e? fruto de especulac?o?es, mais do que experimentos confia?veis e descritivos (psico?logues va?o me matar?).

Acho que e? um livro que lerei mais vezes pra poder entender melhor, ale?m do que me deu vontade de ler outras coisas do autor.

Recomendo? Sim. Mesmo que voce? na?o seja um estudante de psicologia, acho que a especulac?a?o filoso?fica dele faz voce? pensar bastante sobre va?rios assuntos. Eu costumo dizer que quanto mais vc ler, mais voce? identifica os padro?es universais da mente humana. E esses cla?ssicos da?o realmente essa impressa?o, ale?m de nos fazer questionar va?rios padro?es.

Da? pra comprar on-line? Sim. E na?o e? caro. Principalmente esta edic?a?o de @companhiadasletras e @penguincompanhia

Veja @comentandoqualquercoisa
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