O mal-estar na civilização

O mal-estar na civilização Sigmund Freud




Resenhas - O Mal-Estar na Civilização


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Lucas1659 04/01/2023

A troca equivalente
Para chegar no patamar cultural que estamos hoje, precisamos pagar um preço alto — essa é a lei da troca equivalente. A estabilidade requer um esforço coletivo e individual tremendo. As coisas que deixamos para trás não ficaram para trás, a trazemos conosco, e aqui a disputa entre o Eros e a Thanatos se acirram e toda complexidade desse disputa acaba por enraizar-se na figura do nosso superego — que é como uma divindade punitiva que nos pune e nos faz sentir culpados apenas por pensar coisas que versam o caminho do hediondo (bem como a figura paterna do cristianismo — é como se Deus fosse a extrapolação mítica do Superego rigoroso.
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Ramon F. 28/12/2022

...
[...] surge-nos o perigo de um estado que podemos denominar "a miséria psicológica da massa". Tal perigo ameaça sobretudo quando a ligação social é estabelecida principalmente pela identificação dos membros entre si [...]
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Lara 06/12/2022

Superando minhas expectativas
Um livro que traz muitas reflexões a cerca da humanidade, a construção da civilização e alguns comportamentos que cercam a cultura no geral, em que muitas vezes não são percebidas objetivamente.
Foi o primeiro livro diretamente de Freud que resolvi ler, e gostei muito, porém necessita ter uma base de compreensão psicanalista primeiro para entender alguns conceitos e o raciocínio dele!
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Heitor 10/11/2022

A eterna batalha entre Eros e Thanatos
Este foi o meu primeiro contato com a obra original de Freud, e fica explícito o por que dele ser uma das maiores mentes dos últimos anos
Este foi seu último livro antes de falecer, e trata da maneira como o indivíduo e a sociedade se relacionam e o processo de adoecimento decorrente dessa relação
É um livro muito bom, mas denso (mesmo sendo curto), você precisa já ter uma noção das ideias de Freud e conhecer alguns termos da psicanálise para conseguir tirar todo o proveito do livro.
Um livro muito interessante para expandir seus conhecimentos, mas não recomendo começar por ele!
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MirzKr 03/11/2022

??o sentimento de culpa como o problema mais importante da evolução cultural e de mostrar que o preço do progresso cultural é a perda de felicidade, pelo acréscimo do sentimento de culpa?
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Lucas 01/11/2022

Super eu
O sentimento oceânico, descrito por seu amigo como o princípio da religião, é lido por freud como resquícios do útero, onde não havia fronteiras para o Eu. A ausência da mãe leva o indivíduo a criar o eu psíquico, diferente do Outro. O ego se desenvolve para negociar as pulsões do id / isso com o mundo exterior, mas quando elas escapam e vão longe demais o superego entra em ação com o sentimento de culpa. Trabalho infame o do superego, de criar a sociedade
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Patrihpereira 11/10/2022

O homem e a cultura
Segundo Freud que o sofrimento humano surge a partir de três aspectos:
1. Do entendimento do limite humano perante a força da natureza;
2. Do entendimento do limite humano perante o limite do próprio corpo - corpo este que é vulnerável: adoece e/ou envelhece e morre; e
3. Da dificuldade de regulamentar o vínculo dos homens entre si (p.34).
O homem em geral aprendeu a controlar, em parte, e interferir muito no que diz respeito à natureza e ao corpo, porém ainda não sabe relacionar-se entre si, e portanto, a cultura surge. ?O homem civilizado trocou um tanto de felicidade por um tanto de segurança?? (p.61).
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Moon 02/10/2022

Sempre um prazer ter acesso a outros campos de visão e de conhecimento. Um livro teórico, sim, mas que tem muito aprofundamento em diversas questões sociais a partir do ponto de vista de Freud, que de certa forma abrangeu e enriqueceu o meu.
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stella87 16/09/2022

é bom saber um pouco de tudo
um livro curto mas que fala sobre muita (MUITA) coisa?uma análise interessante, mas que parece uma introdução para outra mais profunda, da sociedade, cultura, culpa, o homem e ?por que nós somos assim??

o resumo de um leigo (?um jurista tem que ser sociólogo, historiador, psicológico, etc etc. para ser um bom profissional? - um professor) e a recomendação de um leigo?
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Biaap10 04/09/2022

O mal-estar na civilização
Esse livro foi um pouco mais difícil de entender do que ?Totem e tabu?. Se você não prestar muita atenção, não vai entender uma palavra.
Freud usa muitos conceitos como Eu, Super-eu e Id, mas não explica muito sobre eles nesse livro.
Se eu entendi certo, esse livro fala sobre a busca de felicidade e o sentimentos de culpa dos indivíduos.
?Pela severidade dos seus mandamentos e proibições, ele [Super-eu] se preocupa muitos pouco com a felicidade do Eu [?] Daí que, movidos pela intenção terapêutica, frequentemente somos obrigados a combater o Super-eu, e nos empenhamos em fazer baixarem suas exigências.? Essa é uma parte que eu gostei muito, e posso até pensar em pessoas que eu conheço que são assim.
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Pedro 15/07/2022

Resumo: todo mundo se odeia e ninguém transa (e nas horas vagas gostam de bdsm

Freud tem cara de quem era maria fifi
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@beperfectlyfine 14/07/2022

Muito bom
?Os juízos de valor do homem acompanham diretamente os seus desejos de felicidade, e que, por conseguinte, constituem uma tentativa de apoiar com argumentos as suas ilusões.?
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Anna 06/07/2022

Necessário.
Leitura intensa e consideravelmente teórica com alguns conceitos psicanalíticos que podem atrapalhar a compreensão caso não tenha conhecimento prévio.
Freud traz análises muito interessantes sobre o homem, civilização, a busca pela felicidade, sexualidade e o papel da religião. Através dele podemos compreender o comportamento humano pelo ponto de vista do autor que, na minha opinião, é bastante coerente mas nem tudo pode ser absorvido.
É um livro necessário para a reflexão das origens e futuro das relações humanas!
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Kalliny 06/07/2022

O mal - estar na civilização
Freud apresenta-nos a angústia derivada da relação do Homem com o mundo frente aos reclamos dos instintos. Discorre sobre a preservação de todas as fases anteriores vividas pelo ser humano e, desse modo, o autor sustenta que o passado está preservado em nós. Concorda com a indicação de Romain Rolland, um amigo seu, que lhe explana a questão da existência de um ?sentimento oceânico? para explicar a fonte da religiosidade, o qual é subjetivo e que todo ser humano, religioso ou não, o tem. Apesar de Freud concordar, destaca que este sentimento tem sua gênese no sentimento do ?ego?.

Necessita-se de um propósito para viver, sem ele a vida perde o seu valor; desse modo a religião consegue assumir esse papel. O Homem busca constantemente a felicidade,. A decisão do propósito de vida é da ordem do princípio do prazer e o nosso aparelho psíquico é dominado por ele desde a primazia do ser. Entende-se que a felicidade é uma satisfação repentina das necessidades represadas, entretanto, quando da permanência da felicidade, o contentamento torna-se frágil.

Vale salientar que, para Freud, a felicidade é um projeto imposto pelo princípio do prazer e que os caminhos para a felicidade existem, mas não são tão seguros.

O autor, destaca a preocupação com a natureza e alega que jamais ir-se-á controlá-la por completo e pontua que o corpo também integra esta natureza. A civilização, segundo o autor, é a responsável pela desgraça da humanidade; se não fôssemos civilizados seríamos primários, viveríamos sob o princípio do prazer e aí seríamos felizes.  A felicidade é, na sua essência, subjetiva.

A civilização exige beleza, limpeza e ordem, inspirada na natureza. Quanto mais ideal, religião e filosofia, maior é o índice de civilização. A civilização regula os relacionamentos sociais e, caso eles não existissem, os instintos primários destacar-se-iam.
Quando o Homem primevo passou a conviver numa vida comunitária, formaram-se as famílias, que sobreviviam pelo trabalho, descobriu-se o amor genital e, com ele, intensas experiências satisfatórias. A descoberta do amor funda e alicerça o conceito da família.  Amor-genital formando famílias e o amor-afeição formando amigos.

Temos inclinação da agressividade perante aos outros e conosco, isto nos perturba muito ao nos relacionarmos com os demais. É difícil amar aquele que não conheço. É difícil manter o ensinamento ?amar o próximo como amas a ti mesmo?. Quando essee proximo mas satisfaz a minha agressividade, submetendo-o a diversos papéis, como: trabalho escravo, abuso sexual, roubo, humilhação, sofrimento, tortura, morte, etc.; as paixões do instinto são maiores que qualquer outro interesse

Sempre haverá a destruição da natureza para a construção da civilização. O homem primitivo achava-se mais confortável por não conhecer as restrições do instinto, por outro lado, o Homem civilizado abriu mão de uma parcela de possibilidapossibilidades de felicidade por uma parcela de segurança. O controle da natureza pelos Homens deu-lhes o poder de exterminá-los, este é o principal mal-estar na civilização traduzido por inquietação, infelicidade e ansiedade.

Após a leitura da brilhante obra de Freud coloco 2 questões:
1. Naquele cenário do início dos anos 30, o homem civilizado trocou uma parcela de suas possibilidades de ser feliz por uma porção de segurança, renunciando ao princípio do prazer e aceitando o princípio da realidade obedecendo aos preceitos impostos pela civilização, agora, refletindo sobre o novo cenário, ou seja, 77 anos após a escrita de Freud, depois da II Grande Guerra, da guerra do Vietnã, da guerra fria, do crescimento do terrorismo, da queda das torres gêmeas, dos ?Big Brother? e a troca do privado pelo público, da globalização, enfim, diante de tantas mudanças, quer dizer, evoluções históricas, lembrando Zygmunt Bauman no livro ?O mal-estar da pós-modernidade? pergunto: as perdas e ganhos trocaram de lugar, pois hoje homens e mulheres estão trocando aquela parte de  de possibilidades de segurança por uma grande parte de liberdade?

narcisismo estaria no comando da civilização ?
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