O Rei da Vela

O Rei da Vela Oswald de Andrade




Resenhas - O Rei da Vela


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Taylor 09/01/2022

"Sempre é dia de ironia no meu coração"
Gostei bastante do livro, achei divertido de ler e cheio de detalhezinhos que remetem à nossa realidade social. Isso sem falar nos momentos de pura ironia que, explicitamente, trazem ótimas críticas sociais.
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Eduardo 18/12/2021

Às voltas com o imperialismo
Havia visto a encenação desse texto pelo Teatro Oficina em 2018, fiquei impressionado com a contemporaneidade do texto e fiquei me perguntando bastante o que era invenção do Oswald de Andrade e o que era a mão contemporânea do Oficina. Lendo agora pela primeira vez o texto original continuo impressionado com o texto, por perceber com muita clareza o funcionamento da crise capitalista na concentração de capital e como o capitalismo financeiro brasileiro serve de aliado ao capitalismo dos países centrais. Outra elemento que me impressionou é a presença no texto do que se chama hoje comumente de quebra da quarta parede, que quebra a ilusão de realidade da encenação.

É um texto bastante divertido, me peguei dando risada várias vezes ao longo da leitura com o seu humor escrachado e caricatural. Há caricaturas bastante marcantes, do intelectual "vendido" Pinote à esposa lésbica que se envolve com diversos homens por interesses materiais. As representações de homossexuais ferem de modo muito claro a sensibilidade contemporânea, mas isso não parece uma surpresa vindo do autor que expôs a homossexualidade do companheiro Mário de Andrade ridicularizando-o publicamente. Oswald de Andrade é uma figura de força vital intensa, para o bem e para o mal (há sim uma vitalidade que é tóxica).

Vários elementos presente no Brasil após a crise de 1930 comparecem no texto: ascensão do fascismo, imperialismo, decadência das famílias nobres, capitalismo financeiro a serviço de interesses estrangeiros e contra a burguesia industrial, tendência a concentração de renda. Na parte dos costumes, satiriza-se a noção da família tradicional a partir do incesto, da homossexualidade e da sedução pelo interesse material.

Esta edição da Companhia das Letras contém, além do texto original da peça, seis textos de fortuna crítica, incluindo o manifesto do Teatro Oficina tratando da peça, de 1967 e um texto sobre O Rei da Vela e o carnaval de 2017, ambos escritos por Zé Celso. Minha impressão de uma leitura rápida destes textos é de que há mais enfoque na encenação de 1967 do que no texto original de Oswald de Andrade, criando como que uma impressão da genialidade do autor cuja capacidade de escrever um texto que soaria atual por tanto tempo é pouco analisada. Não conseguimos entender como o escritor pôde escrever tal texto já em 1933, e a demora de 34 anos para a primeira montagem atestariam pelo aspecto "à frente de seu tempo" da obra. Contra essa impressão, fiquei pensando que isso na verdade é uma dificuldade de compreender o que era o Brasil de 1930 e como ele se repetia e se reatualizava na década de 1960. O mesmo fenômeno se duplicaria na década de 2010, com o golpe parlamentar-midiático e que, a despeito dos carnavais, não pôde impedir a ascensão de Belarmino à presidência do país.
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Patricia1582 15/11/2021

Relato escrachado da sociedade
Primeiro livro de Oswald de Andrade que leio e gostei bastante. Acho que retrata muito a sociedade, de uma forma bem escrachada, e também diz muito sobre a personalidade do autor, também escrachado.
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Elisa 03/09/2021

Apesar de toda a crítica do autor, não achei i livro muito interessante, pelo contrário. A leitura foi longe de fluída e muitas situações foram difíceis de entender, mas fica como mais uma leitura nacional no ano
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Bruna 18/07/2021

Nada de especial.
Um clássico é um clássico. Foi uma leitura minha pro vestibular mesmo, não é o meu estilo favorito para ler e fiquei um pouco confusa em certas partes da descrição do local.
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Jumacerra 03/06/2021

Nem bom nem ruim
O livro não é ruim, porém odiei os comentários antes da história pq eles já contaram a narrativa inteira sem qualquer necessidade
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Mariana 27/04/2021

Superou minhas expectativas!
Eu peguei esse livro pensando que não iria gostar, tanto por ser uma peça teatral, quanto pela linguagem. Mas no fim eu amei a leitura que foi bem rapidinha, e com toda a certeza é possível fazer paralelos com o pensamento do autor sobre a elite brasileira lá de 1930 com a elite atual. Fiquei morrendo de vontade de assisir a peça sendo encenada!
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Nathan 20/03/2021

Reflexão histórica, econômica e social
Confesso que não achei um livro de fácil compreensão, ele trás aspectos históricos que exigem um certo grau de conhecimento. Mas a leitura é boa, uma peça teatral cômica, que apontavam desgastes sociais de 1930, 1960 e 2020. "Nosso Brasilzão"
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Paulo.Ioriatti 15/02/2021

Minha segunda obra do Oswald. As questoes sociais presentes no livro desde o saudosismo com o imperio ate a questão operária mostram um recorde da primeira republica.O autor permeia discussões que estao até hoje em voga
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Ana Claudia 25/10/2020

Fazia muito tempo que eu não lia teatro! Bastante interessante!
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Paulo 01/10/2020

Resenha sem título por falta de melhor palavra para síntese
Logo ao iniciar o primeiro ato já pensei em fazer um destaque de tão boa referência que poderia ser feita até onde estava da leitura. Até que ao terminar o ato, assim como ao concluir a obra, percebi que não poderia citar um ponto e não outro.
Por falta de melhor forma de sintetizar a obra, sugiro a leitura completa.
Incrível como Oswald consegue em tão curta obra sintetizar tantos problemas sociais. E mais: como este livro é recente (ou melhor seria atemporal?), meus amigos!
Sugiro por demais a leitura. Não se arrependerão.
lorena luna freire 07/09/2023minha estante
li em dois dias, deliciosa leitura




Marco 06/09/2020

Escrever não adianta nada Clarisse
Há quase 100 anos Oswald de Andrade se rebelava contra o imperialismo norte-americano, revelando a corrupção da burguesia dentro de uma obra ficcional, mas parece que a ação do artista no mundo acaba sendo um grito de desespero, que não reflete mudanças. Talvez isso se dê pelo controle intelectual industrial que as grandes mídias detém de nós, pobres mortais. A obra tem uma linguagem ácida e sarcástica que dá gosto. Vale muito pra quem quer conhecer mais da nossa cultura.
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Henrique 03/09/2020

Oswald de Andrade apresenta um retrato ácido, satírico e quase surreal da sociedade paulistana do início do século XX nessa peça em três atos que conta a história da queda de Abel ardo I.
Com personagens que representam os setores da economia e são signos de suas classes o texto é pontuado de situações ambíguas e incertas que acentuam as traições e acabam por normaliza-la. Um grande texto modernista carregado do projeto estético e influenciado pelas vanguardas.
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Pedro Matias 01/08/2019

Síntese do Brasil - Antítese da Burguesia
O Rei da Vela é um enredo de carnaval em forma de teatro produzido nos anos 30. Oswald de Andrade (lê-se Oswáld) foi talvez o intelectual brasileiro mais radicalmente original e, talvez, genial. Sua obra, tão diferente dos modelos com os quais nos habituamos, nunca foi suficientemente entendida, então foi sempre tratada como curiosa e insuficiente. Rei da vela trata da relação da burguesia brasileira (representada pelos banqueiros Abelardo I e II) com a "aristocracia" rural, a burguesia internacional e os desvalidos do mundo. O sarcasmo do autor não perdoa ninguém: burgueses, aristocratas, socialistas e comunistas são expostos em suas fraquezas. Nós nos envergonhamos de fazer parte desse grande circo enquanto damos o riso constrangido que o humor da peça nos causa. Good Business!
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Biblioteca Álvaro Guerra 24/07/2019

Marco de diversos movimentos culturais do Brasil, a obra — que completa 80 anos — faz uma autocrítica sobre a identidade nacional e põe em prática as ideias antropofágicas modernistas.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929294
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