Juliana 29/12/2018
Publicado em volume único, Sunset Orange narra três histórias diferentes, sendo a que nomeia o mangá o grande destaque da edição, com uma boa dose de erotismo e entretenimento, mas sem muitas reviravoltas ou originalidades.
A primeira, e a maior, parte de todo o mangá narra a história de Chizuru, uma colegial que começa a se apaixonar por sua nova colega de classe, Kanae, que acaba de chegar de Tóquio e se junta ao seu grupo de amigas formado por “garotas normais”, mesmo tendo potencial para estar no grupo das meninas populares, o qual rejeita. Kanae passa a se sentar com o grupo de garotas e a sair com elas, desenvolvendo, assim, uma rápida amizade.
O amor de Chizuru por Kanae cresce de tal forma que aquela faz de tudo para ser como a amiga: compra o mesmo batom, usa o mesmo shampoo e até mesmo compra uma peruca loira para ter os cabelos de Kanae.
Essa primeira história é o típico cliché colegial, com uma das partes sem saber se é correspondida, mas no final tudo vem a tona e todos estão juntos. A história se passa de maneira rápida, sem muitos momentos marcantes e sem dar às personagens um bom desenvolvimento. Mesmo que focando na perspectiva de Chizuru, não é possível se agarrar a personagem, entender suas motivações ou as de Kanae, apenas seguir para o tão previsível final.
As outras duas histórias são ainda mais curtas e, por isso, não dão um panorama geral para situar o leitor. Somos jogados no meio de duas pessoas angustiadas, cada uma com um motivo, com medo de perder quem amam e precisando desesperadamente se confessar para seu amor.
A obra não é tão fetichizada quanto produções yuri* costumam ser, mas não é o título mais representativo. Não acho que tenha sido a melhor escolha da NewPop para estrear o gênero no país, mas certamente serviu para abrir portas para novas publicações, como foi o caso de Philosophia e Citrus.
*Yuri: mangás ou animes de romance entre duas mulheres
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