Resenhas - Crepúsculo Dos Ídolos

Murilo 27/02/2022

Aqui Nietzsche começa atacando Sócrates, e depois, com uma longa série de aforismos, discute os conceitos relacionados a moral na sociedade, principalmente os conceitos cristãos e religiosos.

aquele que te ama 27/11/2022

Me impressiona como Nietzsche quebra totalmente os valores criados pela sociedade, principalmente a forma que ele critica Aristóteles sobre como viver a vida.

FremenJeff 01/06/2023

Revelador
Crepúsculo dos ídolos foi a penúltima obra de Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a razão. O próprio Nietzsche a caracterizou como um aperitivo, destinado a "abrir o apetite" dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma "declaração de guerra". É com espírito guerreiro que ele se lança contra os "ídolos", as ilusões antigas e novas do Ocidente. De tão variados e abrangentes, esses ataques compõem um mosaico dos temas e atitudes do autor: o perspectivismo, o "aristocratismo", o realismo diante da sexualidade, o materialismo, a abordagem psicológica de artistas e pensadores, o antigermanismo, a misoginia. O título é uma paródia do título de uma ópera de Wagner, Crepúsculo dos deuses. No subtítulo, a palavra "martelo" deve ser entendida como marreta, para destroçar os ídolos, e também como diapasão, para, ao tocar as estátuas dos ídolos, comprovar que são ocos

José Carlos 06/10/2018

Filosofia a golpes de martelo!
?Uma leitura candente, provocadora, inquietante, verdadeira série de golpes de martelo sobre ideiasquentes?!!! Acho que esta obra foi escrita após o surto de loucura que teve, e o acompanhou durante 10 anos até sua morte! A frase escrita por ele: orgulho-me pelo fato de dizer em 10 frases o que qualquer outro não diz nem em um livro, mostra um lado egocêntrico que não conhecia do pensador!

Ana 09/08/2023

"Toda verdade é simples." - Não existe aí uma dupla mentira?
Friedrich Nietzsche foi um filósofo e filólogo que nasceu na Prússia em 1844. Mas antes de começarmos a falar sobre Nietzsche, é preciso tirar um elefante da sala. Alguns relacionam a filosofia de Nietzsche ao nazismo e a ideologia da superioridade do povo alemão. Isso não é verdade. Nietzsche sempre foi contra qualquer tipo de ultranacionalismo. O que aconteceu é que depois que ficou insano, sua irmã, essa sim nazista, modificou seus escritos para usar como justificativa e endosso ao nazismo. Outra coisa que vale a pena ressaltar é que embora seus escritos não possam ser usados para dar fundamento ao nazismo, a verdade é que é muito difícil discernir o que Nietzsche escreveu e o que Hitler escreveu. Mas apesar disso, acredito que é um autor que merece ser lido e estudado. Dito isto. Vamos ao livro.
Crepúsculo dos ídolos foi um livro publicado em 1888, pouco tempo antes de Nietzsche começar a perder a sanidade. O título é uma sátira à ópera de Wagner, Crepúsculo dos Deuses. O que Nietzsche faz nesse livro é uma ampla crítica aos valores, crenças e intelectuais de sua época. O subtítulo é a filosofia a golpes de martelo. E é exatamente isso que ele faz, golpeia sem dó vários ídolos. Kant, Schiller, Platão, Sócrates, Cristianismo, A moral. Ele não poupa quase nada.
Platão enganou ao fazer as pessoas acreditarem que este mundo não é o real. E que o verdadeiro mundo está longe de nós. No mundo das ideias. Sócrates era contra o grego clássico visto como forte, corajoso, guerreiro e poderoso. O Cristianismo tornou o homem fraco e vitimista. A moral serve como um escudo para os débeis. Nietzsche questionou todos os princípios que nortearam sua época e foram encarados como intocáveis.
O capítulo O problema de Sócrates é interessante porque Nietzsche critica-o dizendo que ele nem parece grego por não se encaixar no perfil do grego clássico por ser feio e frágil. O engraçado é que Nietzsche tbm era feio, frágil e doente. E tbm como Sócrates não era levado muito a sério na sua época.
Fica evidente o tamanho do ego de Nietzsche quando ele afirma que deu para a humanidade o livro mais profundo já feito. Ou talvez o início de sua derrocada mental.
Ele fala sobre o Dionísio que é uma força da natureza, dos instintos, da fé em si mesmo, do prazer sensual e da vida. Enquanto o apolíneo é o racionalismo, a regras, as leis, a moralidade que tolhe os instintos vitais.
Enfim, o que Nietzsche faz aqui é tentar mostrar que os ídolos de seu tempo são ocos e são feitos de barro, sendo facilmente derrubados com golpes de martelo. É um ótimo livro de porta de entrada para sua filosofia já que serve como um tipo de resumo de algumas de suas ideias.

Romeu Felix 25/05/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"Crepúsculo Dos Ídolos Clássicos de Ouro" é uma obra escrita pelo renomado filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Publicado originalmente em 1889, o livro é um dos últimos trabalhos de Nietzsche antes de sua deterioração mental. A edição de 2017, publicada pela editora Nova Fronteira, permite aos leitores contemporâneos terem acesso às reflexões filosóficas provocativas e polêmicas do autor.

Resumo do conteúdo:
O livro é composto por uma série de aforismos que abordam diversos temas, oferecendo uma visão crítica e contundente de Nietzsche sobre a cultura, a filosofia, a moralidade, a religião e a sociedade.

Aforismos 1-3: Crítica à filosofia tradicional
Nestes aforismos, Nietzsche critica a filosofia tradicional, argumentando que ela é baseada em ilusões e interpretações equivocadas da realidade. Ele rejeita o idealismo e a busca por verdades eternas, afirmando que a filosofia deve se voltar para a vida concreta e para a perspectiva individual.

Aforismos 4-9: Crítica à moralidade e à religião
Nesta seção, Nietzsche critica as noções tradicionais de moralidade e religião. Ele questiona a validade dos valores morais e religiosos estabelecidos, argumentando que eles são construções humanas que inibem o desenvolvimento pleno e autêntico da vida.

Aforismos 10-12: Crítica à cultura e à educação
O autor critica a cultura contemporânea e a educação tradicional, alegando que elas enfraquecem e limitam a individualidade e a criatividade humana. Nietzsche defende a busca pela liberdade de pensamento e pela expressão autêntica como caminhos para o florescimento humano.

Aforismos 13-15: Crítica à metafísica e à razão
Nesta seção, Nietzsche questiona a validade da metafísica e da razão como formas de compreender o mundo. Ele argumenta que a metafísica é uma criação humana baseada em suposições infundadas e que a razão é limitada em sua capacidade de captar a totalidade da experiência.

Aforismos 16-20: Crítica à política e à sociedade
Nietzsche critica a política e a sociedade, afirmando que elas são dominadas pela mediocridade e pela conformidade. Ele questiona a noção de igualdade e acredita que o verdadeiro progresso só é possível através da ação individual e da superação das convenções sociais.

Conclusão:
"Crepúsculo Dos Ídolos Clássicos de Ouro" de Friedrich Nietzsche é uma obra filosófica provocativa que questiona os pilares da cultura, da moralidade, da religião e da sociedade. O autor expõe suas críticas contundentes e oferece uma perspectiva iconoclasta sobre os valores e as ideias estabelecidas. Ao desafiar conceitos tradicionais, Nietzsche busca abrir caminho para uma reavaliação radical dos fundamentos da existência humana. Através de seus aforismos, ele provoca os leitores a repensarem suas convicções e a se confrontarem com questões fundamentais sobre a natureza da verdade, da moralidade e do significado da vida. "Crepúsculo Dos Ídolos Clássicos de Ouro" é uma obra essencial para aqueles interessados em filosofia e desejam explorar as ideias impactantes de Nietzsche.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

Jessy :)) 24/08/2024

O livro trata de temas cotidianos como saudade, felicidade, perda e partida? Com uma narrativa singular, fluida e de fácil compreensão. Vale a pena a experiência!