Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Mariana.Santos 15/03/2022

O triste fim
Essa obra faz uma análise da sociedade brasileira dos primeiros anos de república do Brasil, tendo como maior crítica o mundo político.

Lima Barreto aborda questões como injustiça social, burocracias e os interesses pessoais e políticos da sociedade. Ele utiliza o nacionalismo e ingenuidade de Quaresma para trazer à tona os temais sociais.

É interessante a forma do uso de fatos e personagens reais na obra, trazendo maior veracidade aos fatos. Entre eles estão: Floriano Peixoto, que foi Presidente da República entre 1891 e 1894, a Revolta Armada, a Guerra do Paraguai e a Revolução Federalista.

Para um livro antigo que possui uma linguagem mais pesada, esta obra se mostra fluida e de fácil leitura. Os fatos se desenrolam com uma certa lentidão, mas pode segurar o leitor pela curiosidade.
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Jefferson Nóbrega 14/03/2022

Uma crítica de uma sociedade pitoresca
Resolvi conhecer esse clássico da literatura nacional. O Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma obra prima de Lima Barreto que conta a história do protagonista, Quaresma, um patriota ferrenho, ativo que arde de fervor por seu país.
Policarpo está convencido que o Brasil só não desbanca como uma potência mundial devido sua falta de patriotismo verdadeiro e de seu desconhecimento dos tesouros que trazem a terra e sua cultura. Assim ele mergulha nos estudos de tudo que pode levar o país a sair do estado catatônico que se encontra. Como um Dom Quixote todo esse estudo começa a afetar seu juízo, pois a cada nova dedicação Quaresma se depara com uma decepção.
A obra faz uma crítica com humor e sagacidade aos problemas da sociedade na época, alguns desses que nos assolam até hoje. De forma sarcástica, Lima Barreto critica o academicismo com personagens que desprezam o conhecimento, mas amam títulos acadêmicos. É uma sociedade de intelectuais sofistas, de palavras rebuscadas de significados rasos.
Há também na história uma crítica ferrenha ao funcionalismo público que inchava a máquina do estado de incapacitados. O humor também toca na ferida das lideranças militares, é general sem batalhas, é almirante sem navio. Racismo e machismo também são abordados.
Assim a obra vai passeando por toda a sociedade tornando-se um retrato pitoresco da época. Será que só da época?
Podemos dizer que ali está o cerne do eterno complexo de vira-latas que sempre acaba encontrando abrigo por essas terras. O Triste Fim de Policarpo Quaresma é a raspagem da pintura desgastada de glamour do início da república ficando à mostra a verdade: uma sociedade fraca, ritualística e hipócrita que nada mais é que o reflexo de seus líderes. Não é apenas o protagonista que tem um triste fim é a sociedade brasileira como um todo.
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Anna 13/03/2022

Lima Barreto você não tinha o direito!!
eu amo clássicos, e a leitura desse foi muito gostosinha. Não demorei um mês pra ler, sinal de que fluiu bastante, ainda mais porque li outro livro junto. Algumas vezes dava sono, mas algo normal devido à minha rotina e à complexidade da escrita.
A história é perfeita e nos gera um apego enorme pelo personagem principal, começamos o livro chamando Policarpo de louco, terminamos torcendo para que o mundo tivesse mais dele.
Um nacionalista fervoroso traído por sua maior paixão: a própria pátria, junto com outros personagens marcantes e situações importantes do cotidiano brasileiro de 1911. Eu amei.
Nota especial para dizer que a Ismênia é minha personagem favorita e vou proteger ela sim!
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Gi Olivia 11/03/2022

Triste Fim de Policarbonato Quaresma
Blz q não curto muito clássico,mas caraca esses capítulos são muito confusos, não tem um narrador em foco,do nada muda, não tem uma continuação de acontecimentos...
E não tem um final concreto
Lian Bradley 13/03/2022minha estante
Também achei alguns capítulos descentralizados e confusos, mas quando se presta atenção na pretensão do autor, dá pra entender o porquê. Ao meu ver, ele queria demonstrar duas coisas:
1- O quanto as atitudes de Quaresma acabavam se projetando na vida das outras pessoas ao seu redor, seja familiares, amigos ou vizinhos.
2- A atitude daqueles que durante todo o livro estavam ao seu lado, mas que após a Revolta o abandonaram, fingindo até que não o conheciam.




Fernabo0 07/03/2022

Adorei o policarpo
Policarpo Quaresma é um personagem apaixonante e divertido, vivendo no Rio de Janeiro suas desventuras vão de engraçadas a tristes. Muito bacana.
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Gabbe 02/03/2022minha estante
Esse fim me deixou em depressão




bru 01/03/2022

.
achei a proposta do livro muito interessante, a época em que é retratado também tem muito peso histórico para o nosso país, e isso definitivamente me chamou atenção. achei a linguagem um pouco complicada mas isso não afetou minha leitura, obviamente não gostei do fim mas acho que é o tipo de livro onde o fim não poderia ser diferente. gostei bastante do Policarpo e da sua afilhada.
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legarcia 01/03/2022

Um personagem quixotesco no ínicio da república brasileira
Abrindo espaço para o Modernismo, Lima Barreto constrói uma história com muitas denúncias da sociedade brasileira da época, tendo como personagem principal o ingênuo e patriota Policarpo Quaresma.

Major Quaresma é uma pessoa apaixonada pelo Brasil e, na tentativa de salvar a pátria, é incompreendido e ridicularizado pelas suas atitutes e estilo de vida. Policarpo, ao longo do livro, por meio de muito estudo, tenta chegar às raízes brasileiras para que possamos nos livrar de qualquer influência de outras culturas e chegar a algo unicamente braslieiro.

Ele dedica-se, então, ao aprendizado de modinhas, da língua tupi-guarani, à agricultura e à defesa da pátria por meio do militarismo.

Ao longo do romance, Barreto faz duras críticas ao clientelismo, ao significado do matrimônio para as mulheres, ao ufanismo ingênuo, aos pseudo-intelectuais e ao preconceito.

Por fim, a leitura dessa obra nos irmege na sociedade brasileira do período retratado, possibilitando uma boa visão e reflexão sobre os dilemas políticos, sociais e econômicos do início da república em nosso país.
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Gabi 01/03/2022

Você vai rir muito com Policarpo
Esta é uma história descontraída mas muito séria, não é uma contemporânea mas, leva a muitas reflexões sobre o comportamento das pessoas "patriotas" em nosso cenário atual. É divertido e passa uma mensagem muito forte.
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Levileu 28/02/2022

Visão geral e criticas apresentadas no livro
Lima Barreto conta a história do Major Policarpo Quaresma, um homem que possui um amor imensurável pela sua pátria e de tudo o que vem dela. Seja sua música, sua poesia, sua comida, seus costumes, sua população, o que importa é o puramente nacional.

"Mas é um erro... Não protegem as indústrias nacionais... Comigo não há disso: de tudo que há nacional, eu não uso estrangeiro. Visto-me com pano nacional, calço botas nacionais e assim por diante" (pg 25)

O protagonista vive cercado de poucas pessoas, e menos ainda de ''amigos''. Suas companhias verdadeiras são sua irmã, que o ama mas não o compreende, Ricardo Coração dos Outos, que compartilha de seu patriotismo, e Olga, sua afilhada que possui uma grande simpatia para com ele. Os demais, são a família do vizinho, que possui um general como patriarca, e outros membros do exército, que participarão do livro com vários diálogos sobre política.

Ao longo da história, Barreto se abre para comentar e criticar os costumes da população carioca abertamente, seja ela pobre ou rica. Chama a atenção aos subúrbios do Rio, onde os camponeses brasileiros não tinham ajuda governamental para plantar, enquanto esta era fornecida aos europeus. "Todos somos todos iguais, mas uns mais iguais que os outros." Ele aborda também o assunto do casamento, em como as mulheres; em uma época mais conservadora, criam uma exaltação pelo matrimônio, casando-se porque essa é a dita fonte da felicidade para um adulto (critica à moda Jane Austen). Além desses fatores, o autor critica, de forma até um tanto cômica, o próprio presidente durante páginas e páginas, sem poupá-lo da maiores alfinetadas.

Na primeira parte da história Quaresma tenta fazer um a revolução social de costumes, é considerado louco e internado. Na segunda torna-se fazendeiro e planeja reformas nacionais tendo como base a agricultura. Na terceira se envolve nas Segunda Revolta da Armada, no lado governista e planeja mudanças políticas. Ao defender alguns prisioneiros, passado a revolta, é preso e supostamente fuzilado no final.

O livro acaba nos fazendo refletir sobre nosso próprio patriotismo, quando olhamos para trás percebemos que não temos heróis e nossa história conta sobre homens poderosos que pouco fizeram pelo país, talvez os verdadeiros heróis tenham sido massacrados.

"A língua é a mais alta manifestação de inteligência de um povo, é a sua criação mais viva e original." ( Pág 61.)
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Isabella.Bulia 27/02/2022

Como o próprio título diz, triste fim. Depois de tudo que ele defendeu sobre este nosso país é assim que ele termina...
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Juliana 26/02/2022

Coitado do Policarpo
"Esta vida é absurda e ilógica; eu já tenho medo de viver, Adelaide. Tenho medo, porque não sabemos para onde vamos, o que faremos amanhã, de que maneira havemos de nos contradizer de sol para sol..."

Foi uma leitura mais lenta em um ou outro ponto um pouco arrastada, mas que eu ainda assim recomendo.

Policarpo é um sonhador e não qualquer sonhador e sim um ideólogo do nosso país. Mas nossa terra tem uma tendência a não valorizar os que a amam. O fim é realmente nostálgico.
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Emilia.Reis 26/02/2022

O patriota de verdade
Ao ler o livro não tem como olhar para o Brasil de outra forma que não seja a perspectiva de Quaresma, ele aprecia e defende nossa cultura, natureza, povo, língua (a original dos índios não a portuguesa enfiada pela colonização).
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Muitas vezes ele chega ser chato e exagerado pois não aceita nada de fora...

Aí eu pensava: Tá errado? Apreciar o que é nosso e repudiar o de fora? Óbvio que não, era o que deviamos aprender desde de criança, o Brasil é único é maravilhoso, defenda e trabalhe pra que seja cada vez melhor.
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Como é um livro baseado na realidade, claro que deu tudo errado. Afinal quem é esse maluco que prefere madioca à "strogonoff"? Que defende um verdadeiro amor à Pátria? Sem se vender ao estrangeiro? Internem! Sabe de nada!
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O livro fala exatamente sobre como somos até hoje, vendidos à costumes e culturas estrangeiras. A forma ridícula que a alta sociedade se comporta, quando ele cita os "Doutores e Militares" ( é rir pra não chorar) pessoas que fingem e acreditam ser de intelecto e sabedoria superiores, só porque estão um degrau acima da massa.
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Exclente obra, citando outro autor: Dói ler!
Rayzaa 26/02/2022minha estante
o patriota paga o preço


Emilia.Reis 27/02/2022minha estante
só se lasca ?


Bruna Gomes 05/03/2022minha estante
ow amei a resenha, deu muita vontade de ler. Já colocando na meta




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