Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma

Bela 02/08/2021

Difícil a leitura
Tentei começar o ano com um livro clássico, mas tive muita dificuldade em me ater ao enredo. A escrita é mais difícil e os acontecimentos são monótonos. Acredito que não estava em uma fase boa para tentar uma leitura dessas.

Ricardo de Andrade 01/08/2021

Policarpo e suas desventuras
Que obra! Com certeza, o melhor dos clássicos de literatura nacional que já li até agora! "O Triste Fim de Policarpo Quaresma" é uma história cheia de ironias e críticas indiretas a sociedade brasileira, por vezes divertida, cômica e por vezes dramática e séria. Lima Barreto escreve de forma simples e costuma ir direto ao ponto, facilitando bastante a imersão na leitura, mesmo esse sendo um romance de por volta de 100 anos atrás(!!).

Os diálogos são geniais e assustadoramente muito atuais e atemporais em certos contextos. Os personagens são bem desenvolvidos e temos em Policarpo Quaresma um dos melhores personagens da literatura brasileira. Facilmente adaptaria este livro para um filme. Super recomendo para os que curtem literatura nacional e gostariam de se iniciar nos clássicos.

É o quarto que leio desde que comecei nos clássicos nacionais e felizmente, esse é o melhor que li... Vamos pro próximo!

@acumuladoradelivros 31/07/2021

Que experiência ler uma obra tão afastada no tempo mais que parece que poderia muito bem ter sido escrita agora, não é só o fim do Policarpo que é triste, mas o desenvolvimento também. Será que estou triste ou só sou brasileira?

J.M. 28/07/2021

Policarpo Quaresma é um anti herói muito semelhante ao Dom Quixote, e desde o começo da história é o personagem mais incompreendido que eu já li. A questão do patriotismo e o prejuízo de seus exageros que o autor aborda são - impressionantemente - aplicáveis nos dias de hoje, principalmente porque no livro e em nosso governo atual várias atrocidades são cometidas ?em nome da Pátria? - e é assim que se confunde o nacionalismo com a briga pelo poder. A Pátria, então, não passa de vários militares poderosos, cada um buscando satisfazer seus desejos pessoais.
Outra característica muito interessante do livro foi a utilização em várias páginas de palavras em língua estrangeira, contribuindo para a construção da sátira que é a história: dizem-se tão nacionalistas, mas utilizam desesperadamente produtos franceses.
Além disso, Lima Barreto critica de forma brilhante a sociedade burguesa/militar do Brasil de 1890 (novamente, possuindo os mesmos comportamentos da burguesia de 2021) e também a atuação do Marechal Floriano Peixoto.
Percebi uma crítica também à tradição de casar-se imposta as mulheres, quase uma obrigação. Duas personagens muito intrigantes, Ismênia e Olga, por exemplo, frequentemente questionam a figura do casamento, e a primeira até entra em uma profunda depressão após ser abandonada pelo noivo (e até morre por isso).
Esse livro é atemporal. Genial.

Áquila 28/07/2021

Triste vida toda
O título pode enganar, fazendo crer que o fim da vida do herói é triste. Mas o fim apenas serve para iluminar toda uma caminhada triste e despropositada.

Iza193 28/07/2021

Bom......
A obra de Lima Barreto (1881-1922) publicada em 1915 pela Revista dos Tribunais, denominada ?Triste Fim de Policarpo Quaresma? é um romance dividido em 3 partes do pré-modernismo brasileiro, que tem como protagonista o patriota Policarpo Quaresma. Dentro de 191 páginas o autor conta aos seus expectadores de forma cômica e  situada historicamente a realidade que o povo do Brasil vivenciou durante os primórdios da República, os costumes, regras e valores, mas principalmente as ações de um patriota apaixonado perante tais aspecto.
O livro  nos é apresentado por um narrador e a história se passa sob o ilegítimo mandato do presidente Marechal Floriano Peixoto (1891-1894), momento histórico marcado pelas revoltas presentes no país. Com isso é possível observar a grande importância para a sociedade retratada possuir certos títulos e também o forte julgamento por hábitos fora do padrão pré-estabelecidos ou considerados inapropriados, vistos como sendo atos impulsionados pela simples loucura.
O fato de que pela linha do tempo histórica, há poucos anos antes o Brasil  era governado pelos portugueses e agora se encontravam finalmente livre, pode explicar o surgimento da coragem de Quaresma para expor à todos suas visões e estudos.  Como enfoque principal da terceira parte do romance temos a retratação da 2° Revolta da Armada, onde nos é exposto as visões de como foi participar de tal conflito e das atrocidades cometidas durante esse período,  o desenvolvimento do protagonista durante essa jornada é um dos aspectos mais explorado pelo autor.
Essa obra é considerada um tesouro nacional pois Barreto apresenta aos seus leitores uma personificação da famosa paixão patriótica que é muito exposta pelos políticos. A obra é redigida cheias de detalhes  culturais, sociais, políticos e militares, sua linguagem apesar de simples é fortemente caracterizada pela estrutura gramatical da época e por termos linguísticos indígenas. O autor consegue deixar seus expectadores em uma trama cheia de detalhes e envolvente até o último momento , que causa certa surpresa apesar de sua antecipação prévia.

Euler Pereira 25/07/2021

Eu dei um tempoo kkkkk( 2 meses) Estava um pouco parada, a leitura kkkk. Enfim. Mas quando voltei comecei entender a proposta, as críticas, o humor e isso me fez gostar da história. E esse é de fato um ponto fundamental do livro: entender o que está sendo dito ou até mesmo criticado. O conhecimento prévio sobre o período ajuda muito, me ajudou muito, a se situar. A edição do livro é sensacional. As análise no final do livro = ?. Tentarei ler mais literatura nacional. O "Triste fim" me deixou um pouco Triste. ?

gomesgios 20/07/2021

Policarpo
Eu realmente gostei desse livro mais do eu achei que gostaria, afinal não é o tipo de livro que eu leria normalmente, já que não leio muitos clássicos. Realmente gostei da personalidade do quaresma.

Desconhecido 20/07/2021

Não costumo ler muito os clássicos. Mas posso dizer que esse livro é interessante. Há bastante crítica social. Podemos observar como os personagens pensam uns pensam que não casar é o fim do mundo, e tem outros que são tachados de malucos por estudar e ler bastante.

profuilma 20/07/2021

O nosso patriota.
Policarpo Quaresma era funcionário público (subsecretário do Arsenal de Guerra) que amava e lia sobre o Brasil, mas não o conhecia. Ele construiu seu patriotismo por meio dos livros, pois sua estante era farta de autores brasileiro. Assim, estudou sobre as riquezas naturais da sua pátria, conhecia as espécies animais, vegetais, minerais, os rios e fronteiras do país. Além de estudar a cultura e o idioma indígena, por acreditar que os índios eram os únicos brasileiros puros. Ele tentou, ainda, aprender a tocar violão por considerá-lo um instrumento originalmente nacional.

Diante de tanto patriotismo o major Policarpo conclui que o Tupi Guarani deveria ser o novo idioma do país, no entanto, a sua ideia inusitada leva-o a um período de internamento no sanatório. Então, Policarpo abandona a vida urbana, compra o sítio Sossego e envolve-se com a agricultura acreditando na fertilidade perfeita do solo brasileiro. Porém, sofre com a cobrança de pesados impostos como forma de vingança de um político local, além disso, a plantação é atacada por formigas saúvas.

Policarpo Quaresma parte para a Revolta da Armada como servidor da pátria amada a proteger e apoiar o governo de Marechal Floriano Peixoto, mas como homem honesto não consegue calar-se diante da ferocidade desproporcional motivada pela política, assim acaba preso e tendo como únicos defensores, sem sucesso, o seu professor de violão Ricardo e Olga, sua afilhada.

É mesmo triste o fim de Policarpo Quaresma, o nosso patriota!

🗨 qualquer semelhança é mera coincidência KKKKKK Pátria Amada Brasil

"O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encandeamento de decepções." Major Quaresma

Esta obra foi lançada em 1911 em folhetim e a primeira edição em livro foi 1915. Em 2020 a editora Antofágica publicou esta linda edição. O autor Lima Barreto (1881-1922) foi jornalista e escritor pertencente ao PRÉ-MODERNISMO brasileiro.

Jorge Armando 19/07/2021

Mix de sensações
É um mix de sensações que estou sentindo agora que finalizei a leitura deste livro. Buscando um escape da realidade, comecei a leitura duvidando da potencial tristeza que o título da obra já de cara anuncia. Subestimei a tal ponto que, chegando ao fim do último capítulo, estava certo de encontrar a solução, o ‘’felizes para sempre’’ descrito no último parágrafo, na última linha que fosse. Como estava enganado...

lo 18/07/2021

senti que não me conectei com a história, talvez seja pq não gostei ou fui indiferente a maioria dos personagens. os únicos que de fato me interessaram foi a ismênia e a olga. entretanto, achei criativa a forma como a crítica a nova república foi feita, pontos por isso

Maria Elisa 17/07/2021

O triste fim de Policarpo Quaresma
não sou muita fã dos clássicos e confesso que só li esse livro por causa da UERJ, mas eu gostei bastante. O livro foi escrito a mais de 100 anos e trata de inúmeros problemas sociais que existem até hoje infelizmente, gostei bastante

Maria Elisa 17/07/2021

O triste fim de Policarpo Quaresma
não sou muita fã dos clássicos e confesso que só li esse livro por causa da UERJ, mas eu gostei bastante. O livro foi escrito a mais de 100 anos e trata de inúmeros problemas sociais que existem até hoje infelizmente, gostei bastante

Lethycia Dias 17/07/2021

Tragicômico
"Triste fim de Policarpo Quaresma" esteve muito tempo numa lista de livros clássicos que eu desejava ler, mas pouco me lembrava. Mas a edição da Antofágica voltou a chamar minha atenção para essa história.
Nela, conhecemos a tragicomédia do personagem citado no título, um funcionário público apaixonado pelo Brasil e numa busca eterna de vivenciar aquilo que possa representar a "brasilidade" de forma genuína. Tudo o que Quaresma sabe sobre o Brasil, porém, é o que lê em livros que romantizam um passado mítico ou que nos apresentam a nossa própria terra a partir do olhar colonizador de estudiosos estrangeiros. O Brasil de Quaresma é uma farsa, e ele descobre, pouco a pouco, como as coisas realmente são.
Mas se parece simples deduzir que o Brasil não é uma maravilha, por outro lado, acompanhar a ingenuidade de Quaresma nos leva a confrontar alguns dos mitos em que alguns de nós são levados a acreditar: entre eles, estão a justiça e nobreza do Estado e a preocupação de governantes com o povo.
Fiz uma leitura bastante lenta, levando quase dois meses para concluir, e foi uma experiência um pouco difícil. Alguns trechos são bastante arrastados, tornando a leitura cansativa. Em outros, porém, Lima Barreto faz suas críticas de forma afiada, o que leva a entender o motivo de ter desagradado tanto a crítica e o meio intelectual em sua época.
Os artigos incluídos no fim do livro são bastante ricos em informação a respeito da vida de Lima Barreto e dos paralelos com "Triste fim" e também ótimas interpretações da obra, que me fizeram compreender melhor alguns trechos. A edição é bastante caprichada, com diagramação bem feita e ilustrações muito bonitas.

site: https://amzn.to/2TfBi4k