Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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vinicius 18/10/2021

Clássico.
Um livro fantástico, o protagonista da história é um dos maiores personagens da história da literatura brasileira. É incrível como a escrita de Lima Barreto se mantém atual e como ela resistiu ao tempo. Um livro obrigatório.
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Ruth Lopes 17/10/2021

A primeira parte eu gostei bastante, a partir da segunda comecei a achar a leitura cansativa. Nada acontece.
Não estou dizendo que o livro é ruim, só que não faz meu estilo. Até aqui, Senhora segue sendo meu clássico da literatura brasileira favorito.
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Mateus 16/10/2021

Você, Quaresma, é um visionário
Cansativo, mas valeu o esforço

Confesso que me arrastei muito lendo o livro, as mudanças de cenário me fizeram perder um pouco do interesse na leitura. Elas eram extremamente bruscas e em alguns momentos parecia que o autor se esquecia de Quaresma.

Acredito que a minha nota seria bem menor, entretanto os dois últimos capítulos foram sensacionais e amarraram toda a história. A carta no final é extremamente bem escrita, uma reflexão entre o mundo idealizado por Quaresma durante todo o livro e a dura realidade da vida.
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Emilly 13/10/2021

Não, caro leitor, Quaresma não seria bolsominion
Primeiramente, cabe uma explicação acerca do título: ao cá vir registrar a leitura após seu termino, vi uma certa resenha que resume da maneira mais rasa e simplória, completamente desconexa ao conteúdo da obra, a complexidade do personagem principal de Lima Barreto. Para fim de entendimento da minha contraposição às ideias contidas na resenha do outro leitor, título e conteúdo inicial apresento a seguir:



"'Quaresma, certamente, votaria no Bolsonaro.'

O livro conta a história de um homem patriota.

Mas não é qualquer patriota: ele é mais que um homem hétero usando a camisa da seleção brasileira para comprar pão.



Quaresma é um aficionado pro TUDO que é feito no Brasil, por brasileiros e com matéria prima nacional: comida, roupas, aparelhos, móveis, manifestações culturais etc.

Um homem de meia idade culto e estudioso.



Esse amor profundo, que poderia ser resolvido na terapia, leva o servidor público aos seguintes extremos: da aversão à política, à luta armada em defesa de um político."



Afirmo, entretanto, que Quaresma nada se assemelha a essa imagem feita pelo colega de leitura. Policarpo, como já denuncia o título da obra, teve seu "triste fim" porque suas pretensões a respeito da nação não se concretizaram. Diferentemente do Exmo. Presidente da República e de seus apoiadores, o major via no Brasil, assim como em seu povo, um potencial para feitos extraordinários. Pode-se depreender da exposição de pensamentos do personagem que ele nutria por seus compatriotas e por seu país uma admiração exagerada. O Sr. Bolsonaro, durante a vigente pandemia, já vociferou em mais de uma ocasião seu desprezo pela vida brasileira e, anteriormente a isso, já demonstrava, sem eufemismos, seu igual menosprezo pelas culturas indígenas originárias e pelo bem estar geral da nação. Policarpo, embora erroneamente ufanista a princípio, tinha em si certa inocência que carece no Presidente, motivo pelo qual acreditara tão ferrenhamente em ideias irrealizáveis (e.g. o tupi como língua nacional).



Pode-se ter aversão ao termo "patriota" dada a atual situação da política nacional. Compreensível. Contudo, trazer essa obra de forma equivocada aos embates contemporâneos e resumi-la a isso é um erro tremendo. Barreto ironiza, por meio da visão preconceituosa da sociedade em torno do major, as figuras a quem duras críticas são merecidas: os homens em suas ganâncias provincianas, o reduzido papel da mulher nesse arranjo patriarcal e o descaso e a tirania do governo. O funcionário público estudioso é alvo de chacota entre seus pares por conta de seus sonhos patrióticos. Esse sujeito que via, iludido, um futuro brilhante para o País a partir dos conceitos encontrados em livros, pouco aplicáveis naquela realidade tupiniquim, sofreu de um episódio de insanidade porque foi visto como um tolo ao redigir um documento em tupi. O senhor de meia idade do livro, em oposição àquele que ocupa a cadeira presidencial na atualidade, deparou-se com a vivência desoladora do povo e tentou, ineficazmente, contatar o Marechal para propor reformas. Veja bem, um indivíduo que redigiu a Floriano Peixoto (na ficção, claro) uma proposta de reforma agrária para dar aos pobres um canto de terra onde plantar dificilmente poderia ser confundido com apoiadores das ideias do "Messias" das eleições do ano de 2018.     



Quaresma, sim, foi um apaixonado por aquilo que é brasileiro. E pergunto, consternada, se deveria ser diferente? Concordo, se essa for a posição crítica, que ele não deveria ter levado suas paixões ao extremo. Porém, uma interpretação que aborda somente esse ponto volta-se para a direção errada. "Esse amor profundo, que poderia ser resolvido na terapia", como diz o outro leitor em sua resenha, na verdade não precisaria de terapia alguma. Ou seria, nesse sentido, necessário que Ariano Suassuna e seu Movimento Armorial tivessem sido combatidos e levados todos a uma sala de consultório para compreensão do porquê defender a preservação da cultura popular nordestina? Teria sido Suassuna também um mero visionário, alguém que deveria ter sido alvo de risos e de escárnio como foi Policarpo? Digo, novamente, com o risco de ser redundante, que essa é uma visão rasa.



Talvez por estarmos tão "ok" com estrangeirismo, com a influência esmagadora e aniquiladora de outras culturas sobre a nossa, parece-nos estranho esse personagem tão peculiarmente amante do que é nacional. Quaresma tem em seu fim não a "defesa de um político", mas a defesa do que ele acreditou como sendo a possibilidade de melhora da nação. Analogamente àqueles que votaram no genocida que ocupa o palácio do planalto e tão logo se arrependeram, Policarpo Quaresma não pode ser isento de suas escolhas, mas merece ser entendido. Deve-se, portanto, reconhecer que ele percebeu a falha em suas posições e seu fim infeliz deu-se justamente em ocasião dessa percepção. 



"A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonio, a do Dr. Campos, a do homem do Itamarati.

E, bem pensando, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser a pátria? Não teria levado toda a sua vida norteado por uma ilusão, por uma ideia a menos, sem base, sem apoio, por um Deus ou uma Deusa cujo império se esvaía?"



Policarpo acabou arrependido do caminho que fez tomar seu patriotismo exacerbado. Sozinho, triste e desiludido: esse foi seu fim.
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@LuanLuan7 11/10/2021

Quaresma, certamente, votaria no Bolsonaro.
O livro conta a história de Quaresma, um patriota.
Mas não é qualquer patriota: ele é mais que um homem hétero usando a camisa da seleção brasileira para comprar pão.

Quaresma é um militar de meia idade, culto e estudioso, obcecado pela cultura e indústria nacional ao ponto de consumir apenas produtos nacionais: desde a comida até roupas, aparelhos, móveis e manifestações culturais.

Essa paixão, que poderia ser resolvida na terapia, leva o servidor público aos seguintes extremos: da aversão à política, à luta armada em defesa de um político.

Com uma escrita genial o autor transforma um funcionário público pedante em alguém digno de afeição. E é exatamente nessa ?simpatia? que o leitor encontra sua ?desgraça?: a reviravolta nos últimos capítulos da trama.

Sob a firme crença de que determinado político seria o arauto do patriotismo e Messias da revolução nacional, Quaresma encontra seu final trágico (e inesperado, pelo menos pra mim).

Após décadas de dedicação ao país, Quaresma sente que desperdiçou toda sua vida a uma vã ilusão, afinal: quem se importa mesmo com o Brasil?

Recheado de informações inusitadas a respeito desta terra tupiniquim, o livro intercala bom humor, crítica social e conhecimento técnico sobre arte, geografia e indústria nacional (risos).

O Livro foi publicado em 1911, porém mais de um século depois, temos inúmeros ?Policarpos Quaresmas? em nossas redes sociais que defendem seu preciosíssimo líder patriota a todo custo?

Espero que os patriotas do século 21 não encontrem o mesmo triste fim de Quaresma.

??
almeidalewis 11/10/2021minha estante
??????




pinksuricato 09/10/2021

Humor único, crítica genial
Mais do que um bom livro, "Triste Fim de Policarpo Quaresma" é também uma aula de história. Cada parte nos leva para características históricas e/ou brasileiras interessantes: o problema do excesso das saúvas e a ilusão de solo fértil (derivada da idéia portuguesa de que "nesta terra tudo se dá"), a República de Espadas/instabilidade do governo de Floriano Peixoto, o positivismo e muito mais ? aliás, o que Lima nos dá na terceira parte do livro é quase um aula sobre o que é o positivismo. Além disso, também na última parte, nós podemos perceber como a história se repete, e tristemente constatamos semelhanças com o momento político atual que vivemos em 2021.

O humor de Lima Barreto é único; a crítica dele é genial. Alguns trechos desse livro soam tão modernos quanto qualquer livro contemporâneo. Enfim, "Triste Fim de Policarpo Quaresma" acaba de ganhar uma colocação no meu Top 5 de melhores livros que li esse ano.
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@ntcoutinho 30/09/2021

Basicamente constatei que não mudamos quase nada. Quem percebe o Brazil segue o percebendo e quem é o Brazil segue sendo. e o Brasil habita esses dois mundos sem ir muito longe. No mais, escrita de Barreto é boa e nos envolve.
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Mateus.Brandenburg 29/09/2021

A figura do Policarpo Quaresma é encantadora e triste ao mesmo tempo. Incompreensível por ser diferente, um verdadeiro patriota (o que quase não existe), é uma das pessoas mais injustiçadas que eu já conheci.
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Esther 26/09/2021

o fim é triste mesmo
Não é de todo ruim... De verdade, eu não esperava que a história fosse se desenrolar daquela maneira. Quaresma tinha um ar de herói, confiante nos seus estudos e queria sempre o melhor pra ele e para todo mundo. O fim dele realmente é triste.

Quanto ao texto, não estava acostumada com uma escrita mais robusta, então demorei mais a terminar o livro. É um livro bem descritivo, contém ironia e críticas sociais que deixam o livro mais interessante.
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Racestari 24/09/2021

Lição
Se esses ditos patriotas que hoje pululam por aí, fossem tal qual o Quaresma, acho que o Brasil não estaria tão dividido, tão fracionado, e com o termo patriotismo ligado à intolerância, ignorância. Leiam o livro e aprendam. Vi um pouco do poema Tabacaria, de Fernando Pessoa, no livro:
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
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ritinha 19/09/2021

"você, quaresma, é um visionário"
É incrível como muitos clássicos são atemporais!
Lima Barreto critica o governo da época, a falta de amor à pátria e exalta o nosso Brasil. Eu amei muito a história de Policarpo e as paralelas, como a de Ricardo e a de Ismênia.
Porém, apesar de ter amado as duas primeiras partes, as duas últimas foram menos divertidas, mas ainda assim gostei delas.
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leitorah estranha 19/09/2021

beira o utopico
meu...o que foi ler esse livro?
o Brasil daqui parece o brasil de hoje,e isso é no minimo tirste igual ao tiulo........
leitorah estranha 20/09/2021minha estante
Título**




Bruna 19/09/2021

Interessante
Não vou dizer que amei, porque seria mentira haha A primeira metade do livro é bem irônica, divertida, mas depois o livro fica cheio de histórias paralelas, sem muito foco.

O que impressiona é a riqueza da escrita, do vocabulário, e a construção do personagem principal.
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Jorge.William 18/09/2021

Pobre Quaresma...
Policarpo é um brasileiro que todos deveriam ser um pouco, e um exemplo de oque sofreriamos se fossemos verdadeiros filhos da terra.
Recomendo demais.
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