Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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marcelgianni 09/12/2014

Clássico Brasileiro
Não se trata de um resumo ou sinopse do livro (para isso basta pesquisar na web ou ver algumas outras resenhas postadas aqui), mas sim de um relato do que me chamou a atenção no livro, e que pode influenciar outras pessoas na sua decisão de lê-lo ou não. Sem o uso de spoilers, faço uma análise sucinta da obra, justificando minha nota atribuída.

De leitura fácil, levando-se em consideração a época em que foi escrito, o livro trata de um patriota que luta pelo que acredita, sendo discriminado por muitos. Obra com muitos ensinamentos, e também trechos cômicos.
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Gabi 15/11/2014

O tema proposto no livro é muito interessante, vejo o personagem principal como um exemplo clássico de alguém meio ingênuo, bom, gentil e que como outros personagens principais de livros escritos em períodos próximos a este, acabam demonstrando como vivemos em uma sociedade artificial, hipócrita e mesquinha, vejo o Quaresma como vi o Rubião de Quincas Borba e outros tantos personagens que infelizmente se tornaram mártires de alguma forma. Gostei da linguagem utilizada, já que nessa época era comum o uso culto parnasiano em contra partida ao uso coloquial, até sobre esse fato o autor demonstrou uma certa ironia aos doutores da época, que acreditavam serem melhores por terem títulos acadêmicos.
Recomendo.
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Jaine 21/09/2014

Policarpo quaresma gosta muito de ler e é zombado por isso. É um fanático pela pátria e a defende a todo custo. Ricardo coração dos outros ensina ele a tocar violão, Quaresma tem interesse em aprender a tocar violão porque acha que é um instrumento puramente brasileiro, porém depois ele descobre que ele é estrangeiro e perde o interesse em aprender. Ele aprende a língua tupi e quer que esta seja a língua oficial brasileira, na hora que entrega a proposta é ridicularizado e com raiva escreve um documento todo em tupi sem perceber, com isso ele é demitido e é mandado para um asilo. Depois que sai do asilo compra um terreno para onde se muda com sua irmã daí ele começou a se interessar pelo estudo da botânica, ele tinha muitos planos, porém não tinha como polos em prática por causa do baixo rendimento das terras e ainda negou ajuda ao tenente Dutra, com isso o tenente ficou furioso e começou a cobrar impostos que antes não eram cobrados e a mandar capinar todo o redor do sitio. Pouco tempo depois começou uma rebelião, como ele era um defensor da pátria voltou para a cidade para lutar e deixou sua irmã no sitio. Ele foi listado como major, Ricardo coração dos outros também vai pra rebelião e lá é privado de tocar seu violão então pede ajudar a quaresma, porém ele não o pode ajudar. Durante a guerra ele mata um homem e consumido pela culpa redige uma carta a sua irmã pedindo perdão. Quando a guerra acaba ele é preso sem nenhum motivo plausível Ricardo ainda tenta o tirar de lá mais não consegue ai pede ajuda a Olga que é afilhada de policarpo, porém ao chegar lá ela escuta que ele é traidor e bandido, então resolve deixar ele lá e lá ele passa o resto de seus dias.
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Matheus Lopes 23/08/2014

Uma estrela negra no céu escuro.
João Antônio, paulista, diz em uma entrevista presente no posfácio do seu livro "Leão-de-Chácara" (Cosac Naify): "O dia em que houver uma reavaliação de valores no Brasil, o senhor Lima Barreto será apontado como um dos mais significativos homens do país. Um mulato que pagou caro pelo talento que teve, ainda mais porque assumiu a sua condição de negro, enfrentou todos os percalços e dificuldades que isso impunha, e fez uma obra simplesmente única no Brasil".

Lima Barreto fez de seu papel na literatura uma função, uma missão social. Com fortíssimo cunho crítico político, social, cultural, patriótico e tantos mais, Triste Fim de Policarpo Quaresma é um livro que dá nos nervos de qualquer pessoa. Seja um bom brasileiro ou não, toda a submissão que os militares apresentam, o casamento como único motivo da vida da mulher, a banalização da cultura devidamente brasileira (como o violão e a harmônica do campo) e uma sociedade interessada apenas em saber como ascender ainda mais socialmente nos dá um tapa de realidade.

Intérprete do submundo, Lima Barreto desperta toda a essência de um homem que ama seu país, faz tudo por ele mas que no fim vê todo o esforço de uma vida sendo deixado de lado.

Poucos livros me deixaram tão aflito e com "um nó na garganta" como esse romance, mas fico feliz por ter lido apenas agora. Leitura comum nas escolas, creio que livros como esse sejam completamente universais e me entristece ver sua leitura sendo feita obrigatoriamente nas escolas, sem a devida atenção e maturidade do leitor.

Um nome a ser marcado entre as maiores vozes da literatura brasileira, Lima Barreto vai se manter sempre nas minhas leituras e estudos.

site: http://tiquanda.tumblr.com/
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Suzanne 04/08/2014

Triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto, 103 páginas, Scipione, 1998). Policarpo Quaresma, melhor dizendo, Major Policarpo Quaresma, era um homem muito patriota, estava perto de se aposentar do Arsenal da Guerra, morava com sua irmã, Adelaide, que era uma solteirona quatro anos mais velha que ele. Era um homem muito fechado e mal saia de casa, mas sempre aprontava alguma, como trazer um violinista para sua casa, Ricardo Coração dos Outros. Policarpo não tinha estudado, mas seu interesse pela pátria fez com que comprasse livros para saber mais sobre seu país, e em um desses estudos descobriu que a língua dos brasileiros era o tupi. Desde então começou a usar realmente a cultura dos tupis, foi considerado louco pela família e amigos, que os levaram para o hospício onde ficou por muito tempo. Saindo de lar, já aposentando, Policarpo decidiu que iria morar em uma fazenda com a sua irmã e se dedicar ao plantio, desde ai começou a estudar mais sobre agricultura. Plantava diversas coisa, mas não estava obtendo lucro. Com alguns tempo Quaresma foi se posicionar como Major para o quartel de Floriano no meio da revolta. A partir daí Policarpo começa a ver diversas revoluções não muito agradáveis na sua querida e amada pátria.
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Vitor 21/07/2014

Um clássico brasileiro mais que recomendado!
Triste Fim de Policarpo Quaresma é um livro que com certeza apareceu para dar socos no estômago. Lima Barreto possui uma língua (ou escrita) afiada que gasta aqui com severas críticas à sociedade brasileira em que vivia.

O autor conta a história do Major Policarpo Quaresma, um homem misantropo ao olhar dos vizinhos, que possui um amor imensurável pela sua pátria e de tudo o que vem dela. Seja sua música, sua poesia, sua comida, seus costumes, sua população, o que importa é o puramente nacional.

O protagonista vive cercado de poucas pessoas, e menos ainda daqueles que merecem o título de ''amigo''. Suas companhias verdadeiras são sua irmã, que o ama mas não o compreende, Ricardo Coração dos Outos, que compartilha de seu patriotismo, e Olga, sua afilhada que possui uma grande simpatia para com ele.

Os demais, são a família do vizinho, que possui um general como patriarca, e outros membros do exército, que participarão do livro com vários diálogos sobre política.

Ao longo da história, Barreto se abre para comentar e criticar os costumes da população carioca abertamente, seja ela pobre ou rica. Ele aborda também o assunto do casamento. Em como as mulheres, em uma época mais conservadora, criam uma exaltação pelo matrimônio, casando-se porque essa é a dita fonte da felicidade para um adulto. Casando-se pois é conveniente (não só para a mulher, mas para o homem também). Ou até mesmo se casando sem saber o motivo.Além desses fatores, o autor critica, de forma até um tanto cômica, o próprio presidente durante páginas e páginas, sem poupá-lo da maiores alfinetadas.

Embora a questão patriota possa parecer um incentivo à valorização dos tesouros nacionais, Barreto é cru e realista nesse ponto. O patriotismo destrói Quaresma, que se mantinha sempre persistente, mesmo após tantos obstáculos e zombarias. O amor pelo qual tanto lutou o humilha, o arrasa, o consome e não acrescenta nada. Uma luta árdua para encontrar miséria e violência no final. Tudo aquilo que vê é o mais podre do ser humano pode oferecer.

''Heroísmo no comando, violência sem sentido e toda a detestável idiotice que é chamada de patriotismo - eu odeio tudo isso de coração'' -Einstein.

Triste Fim de Policarpo Quaresma, apesar dos alívios cômicos, é um livro composto de diversas ironias e fortes críticas (ainda aplicáveis à nossa sociedade). Merece ser lido!
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Bia 05/07/2014

Cinco estrelas, SIM!
Não foi uma leitura fácil, já deixo claro. Houve momentos em que tive que ler a mesma página de três a quatro vezes para a compreensão total, mas valeu muuito a pena.

Quando me coloquei à disposição da obra, fui realmente tocada com o patriotismo e princípios de Policarpo. A leitura valeu tanto a pena no final porque, apesar de ser uma leitura obrigatória, eu queria e enfrentei o desafio que foi o livro e saí da minha área de conforto, quero dizer, distopias, mistérios, aventuras e etc.

Por mais difícil que pareça ser a linguagem ou o ritmo do livro, se você deseja imergir nesta obra, ou em qualquer que seja, você consegue. Foi possível para mim, levei 3 MESES para terminar a leitura e mesmo após a análise da faculdade fiz questão de terminar o livro.

Policarpo é uma caricatura linda, minha gente. LEIAM SIM! É o indivíduo que nós procuramos hoje entre os governantes e não encontramos, por isso se deliciem com essa história, que como o próprio título diz, é triste, mas vale tanto a pena ver o belo pelos olhos de Policarpo.
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Deividy 07/06/2014

Em tempos de Falso Nacionalismo...
Em tempos de falso nacionalismo é ilusões, vendidas pela mídia corporativa burguesa, pois é ano de copa do mundo!
que nada tem de benefício ao cidadão brasileiro. que sofre na com a educação, saúde e etc...
Este livro acaba sendo uma ótima leitura. do maior gênio da literatura Brasileira injustiçado, até pela sua escrita crítica a sociedade não só época em que foi escrito, mas também por Lima Barreto ser um visionário com uma escrita atemporal e universal. oque dizer então de Os Bruzundangas, ou, seu mais famoso conto o homem que sabia javanês. (esse último faz lembrar nossos políticos brasileiros).
A cada leitura de um livro deste autor, vejo o porque desse meio esquecimento, se compararmos a Machado de Assis, que por sinal "era conversa de menininha" palavras do próprio Lima Barreto. é que "a consciência do povo daqui é o medo dos homens de de lá"...
Recomendo aos leitores que gostam de uma leitura crítica ler não só essa, mas tudo o que puderem deste autor.
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Marcão 06/06/2014

Resenha - Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto.
Resenha:
“Triste Fim de Policarpo Quaresma”.

Afonso Henriques de Lima Barreto mais conhecido como Lima Barreto foi um grande escritor e jornalista brasileiro do século XX. Afonso Henriques nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de maio de 1881 e morreu no dia 1 de novembro de 1922. Em suas obras, Lima Barreto costuma retratar hábitos e costumes sobre os elementos de vivência das pessoas de sua determinada época. Poucos autores tiveram a maestria de descrever e criticar a sociedade do século XX como Henriques. Suas obras inclusive são consideradas por muitos críticos como literatura indispensável para compreender a realidade e as injustiças sociais que nos rodeiam.

Uma das obras de extremo destaque do escritor carioca é “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. O Major Policarpo Quaresma é um cidadão brasileiro patriota. Não que a palavra patriota por si própria já não tivesse um sentido forte, entretanto, caso não tivesse, o personagem principal da trama trataria de dar esse sentido. Quaresma possui demasiada idolatria pelo seu país. È conhecido e respeitado por todos devido o amor que sentes por sua terra nacional. Tão apaixonado é, que além de estudar diversos livros sobre os mais diferentes assuntos sobre o Brasil, ainda percebe a importância de cantarolar e enaltecer as músicas brasileiras. E é assim que Policarpo começa os estudos de violão com Ricardo Coração dos Outros, um seresteiro apaixonado pela música, que aos poucos acabou virando seu amigo.

Quaresma entra de férias e junto com Ricardo, acaba conhecendo o General Albernaz. Este último tem um filho e quatro filhas, sendo que uma delas, Ismênia, está para se casar com Cavalcanti, assim que o mesmo concluir a faculdade de Odontologia. Nesse meio tempo, entra na história a senhorita Olga, afilhada do Major, e o seu pai, um rico italiano a quem Policarpo ajudou financeiramente há algum tempo atrás.

O tempo passa e Policarpo, inteligente e instruído, como sempre fora, acaba chegando a conclusão ao ler um dos seus livros que o português é uma língua “emprestada” ao Brasil. Dessa forma, ele produz uma petição no intuito de requisitar que o tupi-guarani seja considerada a língua oficial e nacional do povo brasileiro. O fato virou zombaria na cidade e Policarpo sofreu duras criticas, sendo assim, motivo de deboche entre os cidadãos. Algum tempo depois, o Major Quaresma ainda, sem se dar conta, acaba escrevendo um documento em língua tupi, o que deixa seu superior hierárquico chateado, pois este pensa que aquele realizou tal ato como motivo de protesto ou gozação.

Não poderia dar em outra! O Major Policarpo Quaresma depois de tal atitude, acabou sendo levado para o hospício. Recebeu visitas de Olga e o seu pai, D. Adelaide, sua irmã, e de Ricardo Coração dos Outros. Mas ao sair do hospício, o Major segue o conselho de sua afilhada e se muda para um sitio. Lá ele começa a viver com sua irmã e seu empregado, fazendo plantações de batatas-inglesas, laranjas, abacates e outros frutos e verduras.

É nessa época que acontece algo de extraordinária importância na vida de Ismênia, filha do General Albernaz. Tal fato mudará para sempre a sua vida e terão consequências drásticas algum tempo depois. Nesse momento do enredo, também ocorrerá o afastamento de Quaresma de sua fazenda para se juntar as tropas do exército e servir à favor da Pátria contra uma rebelião, algo que é feito por ele de maneira totalmente espontânea. Ah, pobre Quaresma! Não deveria ter feito isto! Sua decisão apenas mostrará o quanto ele estava equivocado em ser tão patriota.

Vale ressaltar que o autor critica a ideia de casamento da época. Será que o casamento necessariamente está ligado ao amor reciproco entre duas pessoas? Não naquele período. O casamento não era visto como uma relação de sentimentos, mas sim como uma espécie de dever (obrigação) para que a mulher não fique solteira, ou seja, a mesma ao formar uma família não será mais vista como uma pessoa vergonhosa.

Caso ocorra de um individuo acabar se desviando de determinados costumes que a sociedade impõe, ele será visto como louco, ímpio e sem juízo. O próprio Major Quaresma é visto como uma pessoa desonrosa quando começa a ter aulas de violão com Ricardo, tanto que o respeito que ele possuía aos arredores da sua casa, foi diminuindo aos poucos.

Percebe-se a diferença exposta por Lima Barreto entre as famílias nobres (elegantes) e as pobres, com pouca condição financeira da época. Estas últimas viviam muitas vezes em apenas um dos aposentos de casas que mal cabiam uma família pequena. Esses cômodos das casas eram alugados a população miserável e os integrantes dessas famílias muitas vezes tinham que se sujeitar as profissões mais tristes para prover a sua própria sobrevivência.

O autor também demonstra certo desapreço às pessoas que muitas vezes possuem uma condição hierárquica na sociedade, entretanto se utilizam desta posição para atender os seus interesses próprios. Isso pode vir a servir como instrumento de controle para que a população venha a ter medo do que esses "superiores" possam fazer caso essa mesma população não obedeça aos comandos de alguma autoridade. No livro, isso pode ser visto na relação entre o Dr. Campos, que acaba se utilizando da sua posição de Presidente da Câmara para intimar Policarpo Quaresma a capinar e limpar as terras na extensão de mil e duzentos metros, depois que Quaresma se rejeitou a ajudar o Partido do Presidente a ganhar as eleições.

Além de essas e outras criticas à sociedade e às injustiças sociais presente no contexto e explanadas por Lima Barreto, também podemos perceber que a obra possui uma pequena linguagem poética. Não apenas pelos versos contidos, mas pela escrita do autor em algumas partes do livro com a intenção de fazer o leitor conhecer os poemas que tanto possuem versos, sentimento e eloquência.

Pôr fim, é preciso concluir que a obra “Triste Fim de Policarpo Quaresma” é um expoente da literatura clássica brasileira, contendo elementos do Pré-Modernismo, como por exemplo: a reflexão do sentimento de nacionalismo exagerado e a autoconsciência analítica dos problemas do país e das injustiças sociais. Portanto, sua leitura é recomendável para aqueles que têm o interesse de adquirir e conhecer novas concepções sobre a realidade social de uma determinada época, todavia não é impossível perceber as similaridades com a atualidade.
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Rafael 19/05/2014

“O triste fim de Policarpo Quaresma ‘’ (Lima Barreto- 60 páginas- L&PM) Lima Barreto foi um jornalista e um dos mais importantes escritores libertários brasileiros. Escreveu obras como: O Subterrâneo do Morro do Castelo, Recordações do Escrivão Isaías Caminha, O homem que sabia javanês, As Aventuras do Doutor Bogóloff ,Triste Fim de Policarpo Quaresma, Numa e a Ninfa, Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, Histórias e Sonhos, Os Bruzundangas. O livro conta a história de um homem chamado de Policarpo Quaresma, mas, era conhecido de Major Policarpo Quaresma. Vivia na cidade do Rio de Janeiro em uma casa com sua irmã Adelaide, ele era um homem extremamente pontual nunca se atrasava para nada, nem na hora de chegar em casa, era sempre a mesma. Era muito patriota e amava muito o Brasil, dizia que ele era o melhor país que tinha as melhores terras, as melhores comidas, entre outras coisas mais. Policarpo tinha vontade de aprender a tocar violão, embora naquela época era considerado uma falta de respeito, uma coisa de malandro, ele tinha a ajuda de um músico chamado de Ricardo Corações dos outros, que amava o que fazia e queria ensinar a Quaresma a gostar de violão também. O Major estudava muito, tinha uma biblioteca em casa com muitos livros, sobre diversos assuntos, e claro, sobre o Brasil ele estudava sobre sua língua materna, o tupi-guarani, e queria a trocar do português por ela, isso gerou um grande rebuliço, pois todas as pessoas, e os amigos de Quaresma achavam que ele estava ficando louco, e ele foi parar em um hospício. Lá, Quaresma, recebia visitas de sua afilhada, Olga, no qual gostava muito, ela trazia notícias que iria se casar quando disse isso, Policarpo perguntou se ela amava o homem com que ia se casar, pois naquele época várias mulheres se casavam sem amar seus noivos, e se casavam por obrigação, ela respondeu que sim mas estava mentindo. Depois que saiu do hospício, ele foi para um sitio que tinha comprado, ele se chamava “O Sossego ‘’ lá trabalhavam dois homens com Policarpo, um era seu empregado a muito tempo, e o outro tinha acabado de ser contratado. Nesse sitio era plantado muitas coisas, pois Quaresma, dizia que a terra do seu país era a melhor e dava para planta qualquer tipo de semente. Nesse tempo houve um período de eleição, onde quem governava era Floriano Peixoto, logo após Quaresma foi convidado para ser general das tropas do governo e ele aceitou o cargo, onde logo teria uma guerra em frente. Com o passar da guerra, ele e seu grupo foram presos e alguns condenados ao fuzilamento, e o Major viu que tudo em sua vida tinha sido em vão, pois, perdeu seu tempo estudando e tentado mudar as coisas que não aproveitou a vida, nunca amou, nem se casou. Ricardo e Olga tentavam ajuda-lo, mas nenhum de seus amigos iria contra o governo.
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Aline 11/05/2014

“Triste Fim de Policarpo Quaresma”, (Editora Escala, 1911, p.178), livro de Afonso Henriques de Lima Barreto(nasceu no Rio de Janeiro, 1 de novembro de 1922, melhor conhecido como Lima Barreto, foi um jornalista e um dos mais importantes escritores libertários brasileiros). O livro conta a história de um funcionário público que é conhecido por todos como major Quaresma, o homem é muito patriota, mora coma a irmã Adelaide sua sala é uma verdadeira biblioteca. Decide tocar violão, instrumento tipicamente nacional.
Policarpo mandou um requerimento a câmara onde propunha substituir a língua portuguesa pelo tupi, virou motivo de piada, foi dito como louco, afastado de seu cargo e foi parar num manicômio.
Após sair do manicômio, Quaresma se mudou para um sitio, o Sossego, decide tirar da terra brasileira o seu sustento. No sitio recebe a visita de sua afilhada Olga e do amigo violeiro Ricardo Coração dos Outros.
A Revolta Armada faz com que Quaresma deixe o Sossego e va para o Rio de Janeiro, alistando-se na frente de combate em defesa do Marechal Floriano, Policarpo expõe ao presidente um projeto agrícola e é chamado pelo mesmo de visionário.
Após o fim da revolta Quaresma é indicado como carcereiro e presencia alguns prisioneiros serem escolhidos para a morte o que o deixa indignado, ele escreve ao presidente denunciando o que viu. Acaba sendo preso como traidor e é condenado a morte.
Ricardo tenta de todas as formas possíveis ajudar o amigo, porem não consegue.
É uma boa opção pra quem é patriota e gosta da história do Brasil.
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Jeff80 07/05/2014

O que é ser um bom brasileiro?
Li uma versão adaptada, mais uma grande descoberta para mim. Triste Fim, é uma obra que vou procurar lê-la na edição integral. O personagem principal, Major Policarpo Quaresma é um nacionalista fanático solitário que conta com uma única irmã como família e com pouquíssimos amigos, esse fanatismo que para ele é natural, acaba lhe trazendo sérios problemas, tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional. Policarpo é apaixonado por estudos sobre qualquer tema que envolva o Brasil ou qualquer atividade que ele colocará em prática, em uma época que o simples fato de ler ou possuir livros era considerado apenas privilégios de doutor e quem não fosse deveria ser louco e que essa pratica deveria ser considerada crime (infelizmente isso não é obra do autor, esse pensamente realmente existiu e durou por muito tempo). Estudar e ajudar o Brasil a crescer, a isso ele dedica a sua vida, até que rompe em 1893 a revolta da armada, quando a marinha queria expulsar o marechal Floriano Peixoto do poder e restituir a monarquia. Policarpo entra na batalha como um patriota disposto a ajudar seu presidente e seu país mas logo vai descobrir que não é nada patriótico tirar a vida de conterrâneos e assistir a fuzilamento de jovens inocentes. Um personagem sincero, cativante num cenário espetacularmente bem construído e uma leitura que convida a sua mente a fazer uma séria reflexão: o que é ser um bom brasileiro?
Lilo P 11/05/2022minha estante
Uau, apareceu uma resenha sua de oito anos atrás hahaha. Acabei de ler (esta edição mesmo) e adorei, foi uma leitura prazerosa ?


Jeff80 13/05/2022minha estante
Sério? Caramba, nem me lembrava mais disso kkk


Lilo P 15/05/2022minha estante
Esqueci de explicar: eu tava procurando a edição desse livro q eu tinha lido e apareceu essa tua resenha ksksks


Lilo P 15/05/2022minha estante
Oito anos é muuuito tempo, né! Bah, q louco q eu achei ela ksksksk




Érica 28/04/2014

Leitura ótima
Livro especial, Quaresma é um Patriota, ama sua Pátria e por isso começa a estuda-la em suas culturas, tradições, modinhas de violão, cantigas de roda. Por estudar o Brasil Policarpo escreve uma carta pedindo que o Congresso Nacional decrete o tupi guarani, como língua oficial e nacional do povo brasileiro. Depois disso foi tido como louco e fora internado.Desolado, ao sair do internato, foi procurar Sossego em um sítio, pois então começou a estudar a terra brasileira, de como é fértil, as frutas, as lavouras riquíssimas, mas que ninguém dava valor.
Meninas que tinham como projeto de vida o casamento, eram treinadas para casar, casar a todo custo, fazendo do casamento o pólo e fim da vida, a ponto de parecer desonra ficar solteira.
Presidente que não avaliava o alcance de seus projetos, um governo desinteressado na sua Pátria, nas histórias e batalhas dos cidadãos. Desinteresse pelo enriquecimento do país, pelo seu progresso, pela sua lavoura.
Enfim, um livro que nos remete a pensar nos nossos valores culturais,sociais brasileiros.

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