Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Luciana Luz 15/09/2021

Triste fim de Policarpo Quaresma
Sempre que leio um livro clássico como este sinto uma certa angústia e a sensação de que a humanidade gira em círculos e não avança, não importa quanta riqueza ou tecnologia acumele e construa, ainda vivemos os mesmos dilemas e a mesma falta de amor.
Um livro fundamental.
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tori mendes 12/09/2021

Nesse livro, o autor consegue retratar as consequências de patriotismo doentio, que leva o personagem principal à loucura. Através disso, há várias críticas ao governo da época e o uso de ironia para descrever o governo e os governantes. É um clássico bem escrito e com muita ênfase no nacionalismo e no orgulho brasileiro.
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amanda 11/09/2021

Você, Quaresma, é um visionário...
Estou muito feliz de ter realizado essa leitura, porque foi ótima.
O livro se passa durante os anos de Policarpo, e nós o acompanhamos em sua jornada. Ele é um ótimo personagem, um protagonista interessante, sua personalidade é admirável, me apaixonei por ele.
O livro todo foi cheio de surpresas, uma hora Policarpo lia seus livros e discutia com outros sobre seu patriotismo, outra, ele era internado em um hospício, e em outra, ele vira agricultor, e depois, ele vira major, é uma dinâmica muito divertida e cativante.
Os julgamentos feitos ao Policarpo foram os que mais me deixaram intrigada, o fato de ele ler demais ser considerado coisa de louco, e que seu patriotismo (muito exagerado, coitado) era apenas visto como uma brincadeira, e de que as únicas pessoas que o entendiam (de certa forma) eram sua sobrinha, Olga, em fato, a relação deles era muito bonita, e o Ricardo Coração dos Outros, criei uma grande afeição por ambos personagens.
Faz muito sentido ser um clássico, e creio que todos deveriam dar uma chance pra ele algum dia na vida, é uma leitura muito interessante.
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Ademair 11/09/2021

O (major) Policarpo Quaresma estudou o Brasil por décadas de sua vida e se convenceu de que o país e seus costumes eram perfeitos... em tese.

Quaresma, a meu ver, é mais do que um simples ufanista. Apesar de o livro tratar de sua vida, ele serve como um personagem estratégico que interage com diversos "tipos" de pessoas e permite que outros problemas sejam tratados.

Temas como o casamento por obrigação, profissionais que vivem de aparências, a noção de o que é a política brasileira. Além da loucura, da injustiça, da morte.

"E ela pensava como esta nossa vida é variada e diversa, como ela é mais rica de aspetos tristes que de alegres, e como na variedade da vida a tristeza pode mais variar que a alegria e como que dá o próprio movimento da vida."
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Matheus 11/09/2021

uma das melhores leituras do ano
é constrangedor o quanto este livro é atual.

enquanto assisto milhares de brasileiros encerrados num patriotismo ingênuo, odioso e reacionário saindo às ruas para defenderem intervenções antidemocráticas, sinto-me um pouco como o Policarpo, rodeado de pessoas estúpidas e autoritárias

estaríamos todos nós às vésperas de um "triste fim"?

"O tempo era de morte, de carnificina; todos tinham sede de matar, para afirmar mais a vitória e senti-la bem na consciência vousa sua, própria, e altamente honrosa (...)"
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Geovana584 08/09/2021

O Dom Quixote Brasileiro
Eu sinceramente não sou fã de Lima Barreto , mas essa obra pré-modernista merece atenção e respeito . O patriotismo inquebrável de Policarpo é algo exuberante mas triste no fim , pois morreu ao lutar por algo que acreditava mas que não existia. A citação do governo do Marechal de Ferro (Floriano Peixoto) foi incrível.
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Guassú 07/09/2021

Leve a vida no sossego
Não vejo dia tão conveniente quanto hoje - 7 de setembro - para resenhar o Triste fim de Policarpo Quaresma.
A minha interpretação geral desta obra, apresenta-nos que por mais que entregar o próprio sangue, somos traídos por nossas virtudes, Realmente, há jus ao título, me entristeceu encarar o fim do nosso Major, que eu tanto simpatizara!
Ademais, não recomendo a versão da ciranda cultural porque apresenta pouco espaço e letras extremamente miúdas.
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V_______ 06/09/2021

Clássico atemporal
O Triste Fim de Policarpo Quaresma é um romance escrito no início do século XX por um dos hoje mais célebres escritores brasileiros, Lima Barreto.
O narrador nos conta a infortúnia jornada do major Quaresma, um funcionário público obcecado pela busca de uma identidade nacional, hora na tentativa de adotar tradições de povos originários, como a sugestão de adotar o tupi-guarani como língua nacional, hora na empreitada de cultivo no fértil solo nacional, hora lutando pelo governo na Revolta da Armada, e digo pelo governo e não pela pátria, pois aos poucos Policarpo percebe que é impossível a formação de uma unidade nacional em um território com tamanha disparidade.
A edição da Antofágica é belíssima, e cheia de textos complementares e notas que ajudam a entender ainda melhor a obra que mesmo escrita a mais de 100 anos permanece interessante e atual, mostrando que ainda temos muito a evoluir. Apesar de não acha-lo um livro perfeito, é um desses essenciais a leitores que almejam conhecer mais da literatura nacional, dito isso é um livro que provavelmente farei uma releitura.
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Aline 05/09/2021

Achei uma boa leitura, mas um pouco complicada, a edição da antofágica ajuda muito. Recomendo a leitura!
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Bianca1148 01/09/2021

Muito bom
Policarpo Quaresma: o maior patriota que já ?existiu?.
Gostaria muito, assim como ele gostaria ter feito, percorrer essa Terra tão rica de princípio ao fim.
Excelente clássico da literatura brasileira.
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Bruna13 31/08/2021

Um visionário
Quaresma estava certo quando disse que precisamos de patriotas nesse país!

Um livro atual e corajoso. Me fez pensar em trocentas milhões de coisas a respeito do Brasil.

A carta que Quaresma escreve quase no final do livro me deixou a ponto de derreter!
Quaresma é um anjo de pessoa, a verdade é essa. Tô com ele e não abro!
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Carol 31/08/2021

Eu gostei no início mas depois foi uma chatice, demorei muito pra terminar. Mas não posso negar que o livro é muito bom mesmo!
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Tainá Reis 31/08/2021

Mais de 100 após a sua publicação e essa obra continua atual.
É incrível o poder de reflexão de Lima Barreto numa época onde não existia um debate amplo sobre raça, classe e gênero.
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Paloma 29/08/2021

Triste (também nosso) fim!
Talvez não houvesse momento mais oportuno para revisitar essa obra de Lima Barreto! Nela, Barreto não nos conta apenas a história de Policarpo que foi um louco apaixonado pela sua pátria. Um homem que tenta encontrar formas de espalhar seu nacionalismo homogêneo, ufanista e europeizado, é verdade, e lutar pela sua nação.

Mais do que isso, Lima Barreto nos expõe nessa narrativa diversas camadas, detalhes e reflexões a respeito do nosso passado colonial, escravista, pós abolicionista, independente e republicano. Suas críticas diretas, irônicas e ácidas são um deleite. Uma característica importantíssima da obra, e também do autor, é a importância que Barreto dá na valorização dos elementos próprios da formação social brasileira, que são comumente apagados ou esquecidos da história. Primordialmente, a participação dos negros na formação de nossa sociedade, de como essas heranças culturais se manifestam na nossa linguagem, no nosso ?pretuguês? como diz Lélia Gonzalez; na relevância dada à oralidade e aos saberes tradicionais que esses povos possuem, mas que devido à cultura bacharelesca e científica é descartada. A crítica ácida à cultura academicista que valoriza diplomas e títulos; também crítica aos padrões sociais estabelecidos para as mulheres na sociedade.

Essas são apenas algumas das camadas apresentadas nessa obra que é, ao mesmo tempo, trágica e cômica. Um retrato muito bem delineado do Brasil que fomos e, infelizmente, ainda somos. Seria ainda mais cômico se não fosse tão trágico!

Sobre a edição, já sou suspeita para opinar sobre a antofágica, pois sou fã de carteirinha da editora. Com essa edição não seria diferente, livro impecável, com destaque para as notas explicativas que fizeram muita diferença na experiência de leitura e ajudaram na compreensão de detalhes da narrativa e do estilo literário do autor. Os textos de posfácio são maravilhosos, com apresentações aprofundadas e rigorosas sobre quem foi Lima Barreto, sua importância para a literatura brasileira e, especialmente, os temas debatidos por ele no romance.
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Iasmin 29/08/2021

E era assim que se fazia a vida, a história e o heroísmo: com violência sobre os outros, opressões e sofrimentos.
Nesse clássico da literatura brasileira, Lima Barreto, ao criticar as mazelas sociais da passagem do século XIX para o XX, registra todas as transformações e angústias de uma república que nasceu e não foi. De um regime em que se observa uma nova composição da classe dominante, mas no qual a exploração permanece como a realidade de grande parte dos brasileiros.
Com uma escrita profunda, identificada com o subúrbio carioca- o Rio de Janeiro que não é cartão postal-, ironizou os intelectuais de aparência e desvelou a corrupção e os preconceitos enraizados na República dos Bruzundangas.
Nessa ótica, Policarpo- que já traz no nome toda a carga irônica a qual se patenteia no resumo das aventuras finais do romance- é o retrato de uma classe média pseudo-elite que busca entender o que é ser brasileiro sem ter a mínima noção do cotidiano desse.

"A Pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. A que existia de fato era a do Tenente Antonino, a do Dr. Campos, a do homem do Itamarati."
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