Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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carolina2484 17/10/2023

O livro que mudou a minha vida. livro do meu ic, trabalho do qual tenho mais orgulho de ter produzido. porém, não tive paz para nenhuma outra leitura mais, porque tudo me lembra ele.
os conteúdos extras me abriram os olhos e mudaram minha percepção de mundo de forma profunda.
lima barreto, você é foda.
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Dennis14 18/10/2023

Decepcionante
Achei o livro meio decepcionante, não quer dizer que o livro não tenha seu valor histórico, só que não consegui enxergar toda a magnitude que me disseram que essa obra aparentemente tem.

Talvez com algum estudo mais aprofundado em Literatura eu apreciasse mais, mas não me dei a esse trabalho.
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Vini 23/10/2023

Policarpo Quaresma
Nada melhor como reler um clássico da literatura brasileira, anos após a tentativa frustrada da época de colégio, a passar a valorizar aqueles livros que causavam tanto desconforto sem motivo.
Lima Barreto criou uma história envolvente, bem-humorada em diversos trechos, sem deixar de ressaltar os infortúnios de seu protagonista, cujo único pecado era ser patriota em demasia. História que tem base na época da Proclamação da República, mas que, em certos cenários, facilmente poderia se passar em tempos atuais.
Todos deveriam dar uma chance aos clássicos nacionais. Leiam!
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Aimée 25/10/2023

Um livro que aparenta ser simples, mas que carrega uma profundidade enorme. Para começar a entender minimamente a obra, precisamos saber alguns dados sobre a vida do autor - é assim que Lima Barreto, grandiosamente, relaciona aspectos históricos e sociais à sua própria vivência da época. E no final resta a dúvida - Quaresma foi traído pela pátria ou pela idealização que ele mesmo criou? Nota dez!
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Louise Mariane 26/10/2023

Triste fim do neurodivergente com hiperfoco em Brasil hehe.
Brincadeiras à parte. É bom, é massa. Gosto do Lima desde quando li O Homem que sabia Javanês. Imaginava que esse também seria bom. Me pego pensando no tanto de vezes que eu colocava expectativa e esperança nas coisas que pensava.
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zize 26/10/2023

Me surpreendeu
- tem spoiler -

Para ser sincera só li porque precisava fazer um trabalho pra faculdade. Eu poderia ter visto um resumo? Sim eu poderia, mas eu preferi ler o livro porque sim kkkk. Por conta própria eu acho que nunca teria lido, talvez num futuro muito distante. No fim das contas achei que valeu a leitura e a experiência. Não sou muito chegada em clássicos e tal, raros são os clássicos que eu realmente tenho vontade de ler, então foi meio surpreendente pra mim que eu realmente tenha gostado e sentido algo em relação a história e aos personagens, principalmente partindo do pressuposto que não estava nos meus planos ler esse livro.

Eu gostei do livro, achei que ia achar chato e tal, mas até que não. Achei a escrita no Lima Barreto envolvente, não tem uma linguagem super hiper mega difícil que você tenha que ficar parando toda hora para pesquisar coisa e tal, vamos dizer que achei ?acessível?. Mas também vou atribuir isso a edição da Antofágica que foi bastante prática e tinha nota de rodapé, notas complementares e tudo? enfim, acredito que a edição faz toda a diferença na leitura de clássicos assim. Porém não vou mentir, tiveram sim momentos que me senti um pouco perdida e de saco cheio (mas vou atribuir isso ao fato de eu estar lendo ?obrigada?), mas indepedendte disso não dá pra negar que tem sim momentos mais lentinhos, que a história dá uma enroladinha e fica meio maçante, principalmente quando se tratava de histórias e personagens paralelos.

Agora em relação ao enredo e tudo o mais eu achei realmente interessante, o livro faz muitas críticas, tudo num tom meio irônico e de provocação, traz ainda algumas boas reflexões. Tiveram alguns capítulos e passagens que gostei muito muito, e eu achei os personagens bons, o Policarpo, o Ricardo e a Olga. E fiquei bastante sentida com a morte da Ismênia. Gostei muito do jeito que algumas coisas foram escritas e em como o sentimento foi passado pro leitor. Você chega no final com aquela tristezinha, aquele sentimento de que não deveria terminar assim (mesmo sabendo que esse é o único final possível para tornar a obra o que ela é e fazer jus a toda crítica e o significados que foram propostos) mas que ainda assim você fica sentimental e pensativo, porque ele percebe que não construiu nada concreto na vida, não fez coisas marcantes, viu que iria morrer longe de quem se importa minimamente com ele e que vai morrer nas mãos da pátria que ele tanto amou e defendeu. Esse finalzinho com essa reflexão dele e da Olga realmente me deram vontade de chorar.

Agora vou aproveitar essa resenha para recapitular tudo pro trabalho:

Gênero: romance
Estilo: pré modernismo
Tempo: final do séc 19, revolta da armada
Espaço: Rio de Janeiro
Narrador: em 3 pessoa, onisciente

o livro conta a história de um homem chamado Policarpo Quaresma, que é uma pessoa simples, sem muitas posses, não é casado nem tem filhos. Ele mora no Rio de Janeiro com a sua irmã, Dona Adelaide, e trabalha como subsecretário no arsenal da guerra. E ele é um ufanista, patriota, completamente apaixonado pelo Brasil e vive idealismos nacionalistas, ele tem essa ideia de que o Brasil é superior em tudo e isso faz com que muitas vezes ele seja incompreendido e ridicularizado pelas outras pessoas. O livro trata tudo com um tom irônico e faz muitas críticas à sociedade da época (burguesia, burocracia, pseudointelectualismo, nacionalismo e ufanismo exagerado).

Essa ideia (de patriotismo) é construída ao longo da narrativa da seguinte forma : O livro é dividido em 3 partes e em cada uma dessas partes o Lima Barreto faz uso de algumas linhas de pensamento para poder expor como era o patriotismo do policarpo e os sonhos patrióticos dele.

PRIMEIRA PARTE: CULTURA

A primeira parte do livro é dedicada a explicar como é a vida do policarpo e de outros personagens que possuem histórias paralelas à dele, e como esse amor dele pelo brasil se manifesta e como as pessoas ao redor dele veem e recebem isso. A linha de abordagem usada nessa parte por Lima Barreto é a da cultura, então o personagem valoriza a língua, os costumes, a história brasileira e essa visão dele está presente em vários acontecimentos como a tentativa de aprender violão para tocar modinhas, estudar as tradições tupinambás, estuda a língua tupi guarani (voltar nos exemplos dados no tópico anterior). Dessa forma ele busca basicamente o resgate da cultura alimentando uma imagem distorcida do país.

SEGUNDA PARTE: AGRICULTURA

A segunda parte se dá devido ao tempo que o policarpo passa no hospício (citar o exemplo do ofício em tupi) ela tá focada nessa questão territorial, geográfica e agrária. Então ele decide comparar este sítio que ele chama de ?Sossego?, se muda para lá com a irmã e começa a plantar milho e feijão, só que ele encontra 3 grandes empecilhos para fazer as plantações dele vingarem, sendo eles: 1. Política (ele não entra no clientelismo (troca de bens e serviços por apoio político) da região e os políticos começam a persegui-lo cobrando muitos impostos, e fazendo muitas exigências em relação à chácara dele) 2. Deficiência de estrutura para produzir naquelas terras (condições agrárias: clima, propriedades do solo?) coisa comum naquela época e 3. Formigas saúvas, elas acabaram com as plantações dele. Esse projeto com fazenda também não dá certo, e o sítio acaba definhando com, então ele percebe que as terras brasileiras não eram férteis como ele imaginava e que as saúvas são arrasadoras para as plantações.

TERCEIRA PARTE: POLÍTICA

Na terceira e última parte do livro é quando arrebenta a revolta da armada (Se deu no governo de Floriano Peixoto, que era vice de Deodoro e assumiu a presidência da república logo após a renúncia do mesmo. Porém, de acordo com a Constituição vigente na época (1891) se o presidente não completasse os primeiros dois anos do seu mandato, uma nova eleição deveria ser convocada. Dessa forma, Floriano Peixoto deveria assumir o poder e convocar novas eleições, mas ele permaneceu no cargo. Isso gerou uma reação de generais do Exército, escreveram uma carta-manifesto exigindo o cumprimento da Constituição e a convocação de novas eleições. Floriano puniu os signatários do manifesto com a prisão deles. A Marinha novamente entrou em cena e exigiu a convocação de novas eleições.) Nesse momento, quando o Policarpo fica sabendo da revolta, ele resolve lutar também como soldado voluntário ao lado do Marechal Floriano Peixoto. Com o decorrer do conflito armado, o major percebe a incoerência de tudo aquilo. Seu triste fim então se aproxima, quando ele é preso por protestar contra o tratamento dado aos prisioneiros
e se decepciona com o seu idealizado Marechal Floriano Peixoto e ao criticá-lo, é preso e condenado à morte. Ricardo e Olga tentaram tirá-lo da prisão, mas seus esforços foram em vão.

No fim, de maneira totalmente irônica, Policarpo Quaresma morre nas mãos da pátria que tanto amou e defendeu.

Considerações:

Dessa forma fica claro que o patriotismo de policarpo é exagerado, fanático e irreal. Ele criou uma ilusão e que no fim das contas só o prejudicou. Tanto que no final do livro, prestes a morrer, o Policarpo finalmente percebe como que a ideia que ele tinha do brasil era distante no brasil de verdade. E aí tem duas passagens bem marcantes de quando ele tem esse insight de ver que tudo que ele fez e projetou não valeu e nem vai valer de nada.

?Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o considerava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara ? todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara.?

?...e assim é que ia para a cova, sem deixar traço seu, sem um filho, sem um amor, sem um beijo mais quente, sem nenhum mesmo, e sem sequer uma asneira!?

E é dessa forma bem marcante, sarcástica e até meio desesperada que o Lima Barreto constrói o patriotismo do Policarpo com o objetivo de escancarar essas críticas à sociedade e ao sistema brasieliro dentro da narrativa. Enfim, o patriotismo é apaixonado, fantasioso e que consumiu e cegou ele.
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Vic C. dos Santos 30/10/2023

Triste fim de Policarpo Quaresma continua atual...
O romance de Lima Barreto aborda diversos temas relacionados à nossa nação de forma profunda e satírica. É impossível ler e não relacionar o enredo com a atual política e como os dirigentes do país pouco se importam com seus cidadãos. Abordando temas como o abandono da comunidade negra na república, o patriarcalismo e até mesmo, uma reforma agrária visando o bem estar aos brasileiros. O charme da obra está em como os personagens apresentam estes temas, seja Felizardo denunciando, de forma até cômica, o abandono estatal a Olga criticando os massacres em prol dos governantes. Está obra não terminou de dizer o que tinha para dizer, portanto, à luz dos pensamentos de Calvino, este é um derradeiro clássico.
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victor.victor.victor 01/11/2023

Cheio de conteúdo
//Adicionando duas leituras que "não completei", mas que li a maior parte (e quando cheguei no final simplesmente não consegui mais ler)//

Pulei os olhos pelas últimas 40 páginas, porque a parte final foi muito chata pra mim. O resto foi legal. Não me marcou muito, achei alguns personagens chatos (Ismênia, Ricardo, Olga, os militares lá...), mas o Quaresma em si é bem interessante.

Ele é um patriota, mas não do tipo que se vê hoje em dia (que diz amar o Brasil, mas é obcecado mesmo pelos Estados Unidos). Na loucura dele, é até bem simpático.
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Lívia 03/11/2023

Um "fim" bem atual
Esse é um daqueles livros que conseguem criticar de uma bela forma a época em que foi escrito (e até se relaciona com a realidade atual) só de mostrar o cotidiano de seus personagens.
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MariaeSM 03/11/2023

Até que ponto devemos ir pelo nosso país
Policarpo é um homem solteiro e sem filhos que vive com uma irmã que também não se casou e nem teve filhos, muito embora ele esteja nessa situação por vontade própria, afinal escolheu dedicar o seu tempo e os seus esforços pelo bem do próprio país e pelos seus próprios ideais. Ele tende a rejeitar tudo, ou pelo menos a maior parte das coisas, que sejam estrangeiras, para dar prioridade àquelas que tenham sido produzidas pelo Brasil. Ele próprio se envolve com a agricultura em determinado momento.
Gostei bastante da forma como o autor descreveu o Policarpo e também a maior parte dos personagens secundários, que, assim como o principal, tem vida própria, o que é bastante raro na literatura hoje em dia.
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Adelson 05/11/2023

Triste, muito triste.
Vemos aqui o puro suco de um patriota de verdade, um pessoa que realmente amava o Brasil e queria que o Brasil fosse brasileiro sem a intervenção da língua, da cultura e outras coisas que vem de fora. Queria o Brasil puro e simples. Mas qual o presso a se pagar por isso?
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Tainara 08/11/2023

Bom
Já li esse livro há muitos anos atrás, porém não lembrava de quase nada kkkk enfim, foi uma experiência boa, tive dificuldade de ler em uns momentos mas sinto que é um livro mega importante que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida. é o tipo de livro que faz vc refletir do começo ao fim, muito bom!
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Renally Couto 14/11/2023

Triste mesmo!
Pobre Policarpo só se ferrou em toda a história!

Esse livro foi um mix de surpresas positivas! A começar por expor tantas coisas bonitas sobre o Brasil e sua gente, a falar sobre saúde mental e ainda sobre política e sociedade!

Me surpreendeu! Amei!!!
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