Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis...




Resenhas - Esaú e Jacó


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Isabelly97 03/09/2022

Esaú e Jacó é um livro de um autor clássico (Machado de Assis), um livro muito bom que para alguém, assim como eu, está lendo um livro dele pela primeira vez. Os capítulos são curtos e ele detalha bem as coisas que acontecem
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Fred.Prudente 28/08/2022

Atualidade dos personagens
Sempre me chamou a atenção o personagem ?irmão das almas?, aquele que recebeu de Natividade uma nota de dois mil-réis, ?nova em folha?. No dizer machadiano ?era um pobre-diabo?, sem direito a ter um nome ? para John Adams, segundo presidente estadunidense, os pobres eram invisíveis politicamente; para Machado, eram inomináveis, socialmente falando. Passados os anos, com o desvio da esmola da bacia das almas, surge o ?Nóbrega; outrora não se chamava nada?. Rico, bem vestido e, especialmente, com direito a um nome, não qualquer nome, mas ? Nó-bre-ga! Por um triz, ou melhor, por um ?z? não se chamou NOBREZA. A genialidade do mestiço Machado de Assis é espantosa!!! Aqui, exatamente aqui, Machado cria o arquétipo ? numa análise sociológica brilhante ? do futuro rico ou classe média da sociedade brasileira em formação. O ?irmão das almas?, andrajoso, desvia dinheiro, enriquece ilicitamente, volta à sociedade, desta vez rico, bem vestido e com um sonoro nome. Neste século XXI, os Nóbregas infestam o cenário nacional, com uma diferença, não roubam esmolas, mas sonegam impostos, praticam evasão de divisas, criam offshores e, inacreditavelmente, se autodenominam de nobres ou cidadãos de bem. O Bruxo do Cosme Velho era um adivinho, igualzinho à Bárbara, a cabocla do morro do Castelo!!!


(Fred Prudente)
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Ruth 24/08/2022

Semelhança x Rivalidade
Gosto muito de Machado de Assis, é meu autor brasileiro preferido. Essa trama mostra dois irmãos gêmeos que, embora parecidos físicamente, são pessoas muito diferentes no campo das ideias e até rivais. Entretanto, amam a mesma mulher, que os ama também. (será que são tão diferentes assim?). Vale a pena ler e se surpreender.
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Cris 23/08/2022

"Não mudaram nada; são os mesmos."
Eu me encantei pela obra de Machado depois de adulta, como muitos leitores que conheço, mas confesso que me arrastei muito para finalizar esse título.

A história demora um pouco a engrenar, ou nós que idealizávamos um enredo mais animado (e clichê) entre Pedro, Paulo e Flora?

O fato é que as coisas só começaram a acontecer mais para o final, e não foi aqueeele clímax.

Fico constrangida em dar tão poucas estrelas em uma avaliação do bruxo, mas diria que é só para não irem com tanta sede assim!
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Sah 18/08/2022

Nesta resenha serei sincera
Eu achei o livro chato porem gostei da forma em que ele é escrito. Por exemplo quando o narrador falava com o leitor eu achava muito legal.
Porém a historia eu não gostei muito esperava mais e isso acontece as vezes não se pode agradar todo mundo.
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Conça 09/08/2022

Minhas impressões, opniões e sentimentos?
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 ? Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Testemunhou a Abolição da escravatura e a mudança política no país quando a República substituiu o Império, além das mais diversas reviravoltas pelo mundo em finais do século XIX e início do XX, tendo sido grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

Apesar de amar os clássicos, ler Machado de Assis é um dos meus maiores desafios, maior ainda, é descrever os sentimentos pós leitura. Não me sinto nem um pouco confortável, e, menos ainda, capaz de falar sobre a linguagem, estrutura do texto e o poder de sua narrativa. Essa parte deixo sob o encargo dos de fato eruditos ou para aqueles que se sente ou pensam que o são.

Esaú e Jacó é o penúltimo livro de Machado de Assis, lançado em 1904, quatro anos antes da sua morte, pela Garnier, e, segundo a maioria dos críticos, em pleno apogeu literário, depois de escrever, em 1899, Dom Casmurro, o mais célebre de seus livros. Esaú e Jacó se destaca por consolidar esta suave maestria no domínio da narrativa. Machado despoja-se da excentricidade ocasional num texto que abandona resquícios do picaresco e envereda num realismo que retoma a melancolia e o lirismo que se iniciara na primeira fase de sua produção literária. Destaque são os personagens muito próximos da vida real.

Uma narrativa complexa e profunda, ao mesmo tempo, envolvente e surpreendente a forma como é abordado o assunto polêmico da época. O personagem é o narrador e se apresenta na terceira pessoa em alguns trechos da narrativa, e é somente com as dicas da própria estrutura do texto e o olhar atento do leitor para perceber essa dinâmica. Confesso que fiquei confusa nos primeiros capítulos, essa é a verdadeira mágica do estimado Machado.

Uma obra fascinante e ambígua vista através desse tabuleiro de xadrez com o nascimento dos gêmeos e sua disputa desde do ventre até o amor pela mesma mulher, e, provavelmente por toda uma eternidade, ainda oportuniza o leitor a desfrutar da política do século 19 e abolição da escravatura. Atrelado a tudo isso, Machado dá uma maestria ao tom metafórico e irônico ao longo de todo o romance, que, para um leitor limitado como eu, não explora tudo que o autor deseja, não tenho uma sequer dúvida sobre isso, mas, ao mesmo tempo, me sinto uma estrela tendo o contato com a obra e com o pouco que consegui extrair da mesma.
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Wagner_GRUNGE_1994 04/08/2022

Das obras geniais do Machado, essa não é um delas.
A introdução do livro é digna das obras do Machado, mas o seu desenvolvimento - a parte mais importante de um livro em minha opinião - nesta obra pode ser resumido como um apanhado fatos remoídos e dispersos, tal como um prato cheio de paçocas esfareladas e ideias conceituais completamente óbvios a cerca de pequenos dramas pouco relevantes. A minha biografia seria mais interessante que certos trechos dos dilemas da menina Flora. Caso fosse um conto, poderia funcionar muito melhor. Não é um livro de todo mal. Os elementos históricos e políticos funcionam muito bem, a introdução e apresentação dos personagens são dignos da criatividade do Machado, mas ele pecou ao distribuir os elementos do enredo na Segunda metade do livro. Admito que o clímax e a conclusão do enredo não foram ruins, mas ainda assim não salvam a história.
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Marcio.Miller 02/08/2022

Queria MUITO ter gostado desse livro como eu gostei de Dom Casmurro. Infelizmente, achei o enredo e os personagens um porre. Uma pena.
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Fabio 25/07/2022

Uma pena o Machado ter alterado o título para "Esaú e Jacó"
O título desse livro é significativo, mas não achei que foi a melhor escolha. Pelo que li no prefácio, Machado pretendia chamá-lo de último, algo que acabou deixando de lado por um simbolismo (minha humilde opinião) já que Memorial de Aires viria depois. Uma pena, já que o livro continua se chamando “Último”, apesar do título na capa não ser esse (manobras clássicas do Machado e explicadas durante a leitura).

Acredito que o título “original” também ajudaria a alinhar as expectativas deste livro. Pra mim, a história que é vendida na sinopse (Pedro, Paulo e Flora) não é a principal, mas a secundária. O protagonista aqui é o Aires, que é um ótimo personagem (pra mim, foi o Quincas Borba não foi em Memórias Póstumas de Brás Cubas, já que o Aires me conquistou enquanto o Quincas apenas me entediou de leve).

Outro ponto interessante desse livro é que o vi como uma consolidação de muito do que o Machado fez ao longo da carreira. A história de Pedro, Paulo e Flora carrega muita coisa da fase romântica do Machado, enquanto o Quincas carrega muito do realismo. Somos deliciados, mais uma vez, ela definição de uma personagem feminina pelo olhar:

“Flora tem olhos grandes e claros, dotados de um mover particular, antes mavioso e pensativo, tão cheio de graça que faria amável a cara de um avarento.”

Se você estiver procurando um livro numa vertente Ruth e Raquel de Mulheres de Areia, acredito que essa não é a melhor opção. É melhor tentar com Dois Irmãos do Milton Hatoum (que é um livro excelente), que aborda de forma mais objetiva e focada no ódio entre gêmeos. Mas se você quiser um livro clássico do Machado, com todos os seus traços singulares (conversa com o leitor, análise da época e altas doses de irônia), esse livro é um prato cheio! A parte política é brilhante!
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Klelber 24/07/2022

Bom...
Os filhos são dois chatos, a mãe meio abestada, mas que culpa ela tem? Hahahahaha, mérito do Machado de Assis!
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Albino 11/07/2022

Uma avaliação sempre injusta
Esau e Jacó talvez seja a obra mais difícil de avaliar. Enquanto livro de literatura histórica é primoroso, profundo e incrível, como livro de narrativas e personagens narrativos é um dos mais complexos e completos, mas as vezes como literatura, daquelas "descomprometidas" é um livro difícil e talvez até fastidioso.

O livro em si não é um romance típico que se espera de várias e várias sinopse por aí. É um livro sobre um período transacional de regime no Brasil, fim do império e início da República. Ainda que incipiente apresenta diversas divergências e convergências entre as posições políticas antagônicas.

O que mais chamou a minha atenção foram os pequenos opinativoa daa vozes femininas no livro sobre a posição e opinião política tão relegada à época e como direcionaram o enredo do romance.
(está é uma avaliação simplória e sem verticalizar os estudos que machadiano que merece ser feito)

Esau e Jacó não é uma tarefa fácil de ser lida sem um material de apoio e de referências consistentes.

Merecerá uma releitura profunda.
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Jonas incrível 25/06/2022

Doppelgänger
É bem dramático ter uma cópia viva de você, mas também parece interessante. Como duas pessoas idênticas podem ser tão diferentes, partindo do pressuposto que elas tem a mesma herança genética, o mesmo ambiente, os mesmos pais. O que afetou um e não ao outro? Tive essa reflexão enquanto lia. Um livro cativante.
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Davi.Rissi 14/06/2022

O que mais gostei de Machado de Assis
Gostei da história e principalmente pela época da transição do Império para a República, demonstrando como ocorreu e como foi a percepção daquela época.
Destaco que os livros de Machado (que li) tem no final a melhor parte, pois lhe apresenta a sensação do passar do tempo, de que as pessoas morrem e quando você se apega aos personagens, quando estes se vão, principalmente por velhice, faz você refletir sobre o tempo que se passa e que um dia esse dia chegará em que nós veremos as pessoas que gostamos tanto morrerem, principalmente nossos pais.
O penúltimo capítulo é de tocar o coração por conta disso, assim como o último de Memórias Póstumas e a reta final de Dom Casmurro.
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Marcos Nandi 02/06/2022

Uma boa leitura
Depois de muito tempo sem ler Machado de Assis, resolvi reler esse romance. A versão que li anteriormente, era uma edição condenada.

A história não achei das melhores do autor, para mim serviu mais para introduzir o conselheiro Aires, protagonista do último romance do autor, memorial de Aires.

Mas Machado é sempre uma leitura deliciosa. A sua ironia, o diálogo do narrador com o leitor, o próprio deboche do autor em deixar claro que ele manda na sua própria história. E que ninguém, poderá ditar as regras de sua história. Genial!.

A história se passa depois da emancipação dos negros que eram escravos, e também, na época que o governo liberal assume o poder e na época da proclamação da República. E isso tudo reverbera em todo o romance, em especial, na personagem de Flora, cujo pai assumirá a presidência de uma província do norte do país, deixando ela longe dos seus "amigos" protagonista, Pedro e Paulo.

Pedro e Paulo, gêmeos, tem na sua sina o vaticinio de serem homens grandes, gloriosos e influentes. Tudo isso lido por uma vidente para a mãe dos gêmeos, a senhora Natividade.

Os gêmeos, desde a gestação, disputavam por tudo. Pelo elo que os nutria, pela atenção dos pais, pela atenção de Flora. Paulo, era agressivo. Pedro, dissimulado, para a tristeza de Natividade, que com a ajuda de Aires, tentava apaziguar seus filhos, inclusive, com a ideia de mandar um estudar medicina no Rio de janeiro, e outro para São Paulo estudar direito. Um monarquista, outro republicano.

O foco, na verdade, não fica tanto entre os gêmeos, mas o conselheiro Aires. É um bom livro!
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