Digão Livros 18/09/2017Na segunda parte dessa intensa trilogia, Artur é o Senhor da Guerra da Dummonia.
Após a retirada dos romanos da Britânia, o desejo de Artur é manter esse território unido, e em paz, guardando e preservando o reino para que Mordred, o filho de Uther possa governar quando chegar a hora.
Cercado de Guerras, Cristianismo e um mundo místico, esse guerreiro é um idealista que acredita piamente nas leis e no poder dos juramentos,, sendo o Juramento Real o mais sagrado de todos.
Cego pelo seu objetivo, esse cavaleiro coloca solidas e antigas amizades em risco, e não percebe que ditos amigos são atrozes inimigos, e que um desses inimigos despedaçará seu coração.
O livro é intenso apesar de nem sempre ser dinâmico. A história é rodeada de suspense, e esse suspense prende o leitor.
Derfel, o principal guerreiro de Artur, é o narrador da aventura.
No primeiro momento, o druida Merlin empenha esforços para atravessar a Estrada Escura em busca do Caldeirão, o principal tesouro dos antigos Deuses.
A principal aliada de Merlin é sua sacerdotisa e amante Nimue. Merlin envolve Derfel em sua empreitada, usando para isso, o amor do guerreiro pela princesa jurada Lancelot.
A artimanha é um sucesso!
Derfel conquista sua amada e transforma Lancelot em declarado inimigo.
Merlin, Nimue, Derfel, a princesa Ceinwyn e alguns guerreiros iniciam a desacreditada jornada que revela-se um sucesso.
A volta triunfal de Merlin e seus asseclas acirra os ânimos entre Derfel/Lancelot e pagãos/cristianismo.
Mordred cresce, assume o trono, e consolida-se como um Rei irascível e inconsequente.
No momento em que Derfel afasta-se de Artur, pelo mesmo não ajudar um amigo em comum.
Manipulado por Samsun, o bispo camundongo, Mordred coloca Artur e seu principal guerreiro em uma cilada que quase os elimina. São guerreiros visto como pagãos, e entraves para o crescimento do cristianismo.
Paralelamente, o sumiço do Caldeirão e dos tesouros de Merlin propiciam um cenário desolador para as antigas religiões, impulsionando o cristianismo, e permitindo o surgimento de um salvador dito cristão: Lancelot.
Coragem nunca foi o forte de Lancelot, mas a certeza da morte de Artur e Derfel; que não se concretizaram, encorajou a tentativa de assassinato de Mordred, salvo por Galahad, mas que também era tido como morto pelo povo.
O caos se instalou, e Lancelot aproveitou-se disso. O desdobramentos das ações trouxeram trágicos acontecimentos e revelações:
- Derfel perdeu uma de suas filhas, morta pelos druidas de Lancelot;
- Artur descobriu que seus filhos lutavam e apoiavam Lancelot;
- Os tesouros dos deuses antigos foram descobertos, no momento mais trágico da trama, e Samsun foi o executor do roubo;
Lancelot propõe a rendição de Artur, e esse precisa resgatar sua amada e seu filho, para que possa lutar contra Lancelot.
O ousado plano para tomar o castelo onde supostamente Guinevere estava aprisionada é colocado em prática. Com a ajuda da irmã de Guinevere, Artur e seus soldados adentram a fortaleza, e descobrem o inimaginável.
Já era sabido que Guinevere cultua a Ísis, a Deusa do trono, e essa Deusa possui o poder de escolher quem vai reinar.
O que não se sabia era que a escolha de Guinevere foi por Lancelot, seu amante, e que o ritual da Deusa, assim como os tesouros dos Antigos Deuses eram parte desse plano malévolo.
A verdade destroça o coração de Artur, que retoma o reino após a fuga de Lancelot.
Mordred mostrou-se incapaz de reinar. Mesmo contra a vontade, Artur reinará.
O que será de Guinevere, agora prisioneira, e do fugitivo Lancelot?
A derradeira parte dessa trilogia promete muito suspense e ação!