Os Caminhos da Liberdade

Os Caminhos da Liberdade Jean-Paul Sartre




Resenhas - Os Caminhos da Liberdade - Caixa


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Adriana Scarpin 18/06/2024

A tentativa da colonização do outro parece algo inerente nas nossas relações, seja vindo de um cônjuge, do amigo, do vizinho ou até de um psicólogo no enfrentamento dos nossos microfascismos do dia a dia, para além dos macrofascismos das nações colonizadoras, do legislativo, do judiciário e executivo... há sempre alguém clamando saber melhor dos nossos corpos, nossas psiques, nossa ética. Muitas dessas pessoas acreditam mesmo estar querendo o nosso bem, nem lhes passa pela cabeça a violência que estão cometendo baseada em questões absolutamente subjetivas que não necessariamente fazem bem ao outro.
Não importa Sartre dizer que estamos condenados a ser livres, ele diz isso da França numa época em que era um país colonizador territorial e intelectualmente, o acertado era dizer que estamos condenados a ser colonizados, ao se atrever ser livre fatalmente alguém apontará o dedo e dirá que não, você não pode.
É isso que nós mulheres vivemos diariamente, não podemos sentar no chão, não podemos falar alto, não podemos gargalhar, não podemos ficar alegres demais, não podemos ficar tristes demais, não podemos engordar, não podemos emagrecer, não podemos nos maquiar, não podemos deixar de usar maquiagem, não podemos virar a louca dos gatos, não podemos ter filhos demais, não podemos gostar de sexo, não podemos ser assexuais, não podemos ter qualquer autonomia inclusive o de abortar, simplesmente porque as pessoas simplesmente não conseguem deixar de colonizar o outro.

*post inspirado pelo Lira, mas também em uma vizinha que igualmente não se aguenta em praticar seus microfascismos de fofoqueira interiorana.
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Ak 22/07/2021

Sartre é Sartre
Demorei para finalmente ter em mãos a obra completa de caminhos da liberdade, lembro que li na adolescência a idade da razão e isso que me motivou querer ter a trilogia, recentemente adquiri o box e reli a idade da razão, sem sombras de dúvidas o melhor da trilogia, toda concepção filosófica de Sartre fica bem imposta nesse volume, nos demais...me senti em uma leitura arrastada sem muita emoção, não sei se entendi muito bem o que sartre queria mostrar nos outros volumes, não leio muito filosofia pela simples questão filosófica/psicológica, mas sim pelo drama. Quem não gosta de um bom drama, não é mesmo?
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Maikon 28/03/2021

Decepcionado com a edição!!!
Comprei-o! O primeiro contato me proporcionou uma alegria indescritível. Ter a trilogia “ Os Caminhos da Liberdade'' num material excelente, capa dura, páginas costuradas – o que nos permite ler com a certeza de que elas não irão descolar –, e com uma fonte que deixa as letras vivas, como se estivessem em negrito, é um sonho para todos que admiram as obras Sartre. Mas não demorou muito para constatar meu equívoco e ser tomado por uma decepção incomensurável. O livro “A idade da Razão'' está cheio de erros que dificultam o entendimento : erros de pontuação, erros de omissão de palavras, erros que nos leva a acreditar que está se referindo a uma personagem, quando na verdade se refere a uma outra ( ex. Está escrito: Um pesado destino de multidão parecia esmagá-la. Quando deveria ser “esmagá-lo). Para poder ter uma compreensão exata do texto, preciso acompanhar por uma versão em PDF que eu encontrei em um site. Interessante é que a tradução do livro em PDF é do mesmo tradutor do box, Sérgio Milliet. O que nos leva a acreditar que o problema foi na falta de atenção do digitador. Os erros de pontuação são mais ou menos assim : na versão do box está escrito : O táxi afastou-se por alguns instantes. Mathieu acompanhou-o com o olhar, angustiado. Na versão em PDF está assim : O táxi afastou-se. Por alguns instantes Mathieu acompanhou-o com o olhar, angustiado. Na primeira versão dá a entender que o táxi se afastou por alguns instantes. Na segunda versão, que por alguns instantes Mathieu o acompanhou angustiado. Problema desse tipo acontece com frequência, tanto que sempre que me deparo com um parágrafo ininteligível no livro, tenho que me recorrer à versão em PDF. Simplesmente horrível!
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Fernanda.Xavier 27/07/2020

Box Os Caminhos da Liberdade
A trilogia gira em torno da liberdade individual e de como ela é afetada pelos fatos históricos. No 1° volume A idade da razão, conhecemos o protagonista Mathieu Delarue, professor de filosofia, defende o socialismo e não quer se prender a nada nem a ninguém, seu lema é liberdade acima de tudo, seus ideais são confrontados com a realidade a partir do momento em que sua namorada Marcelle engravida e ele se vê forçado a tomar uma decisão, nesse momento percebe que ao fugir das escolhas ele também acaba escolhendo. Todos os personagens estão focados na busca dramática por liberdade e nos levam a uma reflexão sobre até que ponto somos livres. O livro também mostra uma supervalorização da beleza feminina, Boris, amigo e seguidor fiel de Mathieu,namora uma mulher mais velha, Lola, e vemos constantemente a depreciação por parte dela mesma e dos outros sobre suas características físicas, inclusive um certo repúdio por parte do próprio parceiro por ela em algumas cenas da vida íntima deles, percebe-se isso também por parte de Mathieu em relação a Marcelle, conhecemos também Daniel, um pederasta, que se envolve com Marcelle e em seus pensamentos está constantemente a repudiando fisicamente também. Outra personagem importante na história é Ivich, jovem que está constantemente querendo provar que é livre, mas acaba fazendo escolhas ao longo do livro que acabarão por demonstrar novamente como a liberdade é relativa e ilusória. O segundo volume, Sursis, foi escrito alguns anos depois, nesse nos deparamos com a segunda guerra, o relato da vida que cada personagem está levando é abruptamente interrompido a cada linha e substituído pelo relato da vida de outro personagem, às vezes numa mesma linha, então temos flashes da vida deles e é importante estar atento às mudanças de cenários para não se confundir. Com a chegada da guerra os personagens estão novamente se deparando com as escolhas, os pacifistas, os que defendem a guerra, os que vão para a guerra, todos vão se confrontar com as escolhas que lhe são impostas. E no terceiro volume temos a continuação da vida dos personagens e da guerra, esse bem mais pesado, pois
nos deparamos com as escolhas deles frente a violência da guerra, resenha completa no canal 💕


site: https://www.youtube.com/watch?v=w30EZFeA7vQ
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