Agonia do Eros

Agonia do Eros Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas -


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Titi 04/07/2023

A pornografização da sociedade
A base de toda filosofia para o autor se dá devido ao Eros, como já escrevia Deleuze em sua obra "Que é filosofia?". Entretanto, com o advento do capitalismo, a pornografização da sociedade se tornou uma realidade cada vez mais presente, e isto se dá em razão de um simples fato que é a comercialização do amor, já se vê em Aristóteles (Cf: Política) que a acumulação de bens como fim último é um ideal mal, com o capitalismo e a visibilidade do acúmulo de capital na Sociedade do Desempenho (conceito desenvolvido pelo autor, especialmente em sua outra obra "A Sociedade do Cansaço") que vivemos, o Eros tornou-se objeto de comercialização e se manifesta a partir da pornografia. Toda a base do autor é bem desenvolvida, mas eu quis dar foco neste assunto, pois é o que mais me chamou atenção no livro. Simplesmente maravilhoso! Recomendo com certeza! Leitura necessária para entender a sociedade atual!
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Romeu Felix 25/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"Agonia do Eros" é um livro escrito pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, publicado em 2017, que investiga o conceito de eros e sua relação com a sociedade contemporânea. Han argumenta que a erosão do eros, ou seja, a diminuição da capacidade de amar e desejar, é uma consequência da sociedade atual.

O autor começa por analisar a história do conceito de eros, mostrando como ele se transformou ao longo dos séculos, passando de uma força divina e transcendental para um instinto humano. Han argumenta que, atualmente, a cultura do consumo e da velocidade tem levado a uma erosão do eros, tornando o amor e o desejo cada vez mais fracos e efêmeros.

Han discute também a relação entre eros e tecnologia, argumentando que a tecnologia pode levar à extinção do desejo e à desumanização. O autor enfatiza a importância de uma reflexão crítica sobre a relação entre eros e sociedade, para que possamos evitar os perigos da erosão do eros e reencontrar a capacidade de amar e desejar.
O livro "Agonia do Eros" de Byung-Chul Han é uma reflexão sobre o conceito de eros e sua relação com a sociedade contemporânea. O autor argumenta que a erosão do eros, ou seja, a diminuição da capacidade de amar e desejar, é uma consequência da sociedade atual. Han investiga as raízes históricas do conceito de eros e sua evolução ao longo dos séculos, mostrando como a cultura do consumo e da velocidade tem levado à erosão do eros.
"Agonia do Eros", de Byung-Chul Han, é uma obra que aborda as transformações do amor e da sexualidade na era digital. O autor argumenta que a cultura contemporânea, caracterizada pela busca incessante pelo prazer e pela satisfação imediata, leva a uma erosão do amor e da sexualidade, tornando-os cada vez mais frágeis e voláteis.

Ao longo do livro, Han analisa as mudanças na cultura sexual ocidental, destacando a importância da subjetividade e da liberdade sexual na construção da identidade individual e coletiva. Ele também aborda as transformações da sexualidade na era digital, destacando as consequências da pornografia e da cultura do desempenho na relação amorosa e sexual.

A obra propõe uma reflexão crítica sobre o amor e a sexualidade na cultura contemporânea, e destaca a importância da construção de relações mais profundas e duradouras, baseadas na confiança e no respeito mútuo. Han argumenta que a busca pelo prazer imediato e a satisfação instantânea levam a uma fragilização do amor e da sexualidade, e que é necessário recuperar o sentido do compromisso e da responsabilidade nas relações amorosas e sexuais.

Em resumo, "Agonia do Eros" é uma obra fundamental para compreender as transformações do amor e da sexualidade na era digital, e refletir sobre os desafios e possibilidades da construção de relações mais profundas e significativas. Han propõe uma visão crítica e reflexiva sobre a cultura do prazer imediato, mostrando que é possível construir relações mais saudáveis e duradouras, mesmo diante das novas demandas sociais e tecnológicas.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Laisinhaa_aa 21/01/2024

A agonia do eros
Maus um trabalho muito interessante do Byung, com enfoque no Eros, e como ele é moldado ( e perdido) em meio à sociedade do cansaço e desempenho com a qual convivemos.
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Natanny 21/04/2024

"Vivemos em uma sociedade que se faz cada vez mais narcisista."
Esta foi a leitura escolhida do mês de abril pelo clube 'Namjoon Book Club', onde todo mês lemos um livro indicado ou já lido por Kim Namjoon, líder do grupo BTS.

"Agonia de Eros" é uma obra extremamente complexa; não é fácil de ler, e muito menos de entender. Apesar de ter menos de 100 páginas, demorou um bom tempo para que eu me envolvesse na leitura; Byung-Chul Han expressa suas opiniões de forma precisa, complementando seus argumentos com várias referências de outras obras.

Aqui, Han explora a relação entre eros (o desejo, a paixão) e a sociedade contemporânea, especialmente no contexto da cultura digital e da sociedade do desempenho.

Han argumenta que, em vez de promover uma liberdade genuína, a sociedade atual, marcada pela cultura do consumo, do excesso de informação e da hiperconexão digital, cria uma espécie de 'agonia de eros'. Ele discute como o excesso de estímulos e a pressão constante por produtividade e sucesso têm um impacto negativo na capacidade das pessoas de experimentarem conexões autênticas e satisfatórias consigo mesmas e com os outros.

O autor também apresenta uma perspectiva provocativa sobre o amor e suas vicissitudes na contemporaneidade. Han propõe que o amor verdadeiro é uma experiência radical que demanda um desprendimento do eu em prol do encontro com o outro, um encontro com uma alteridade absoluta, não relacionada aos nossos próprios interesses ou ideais.

No entanto, o autor argumenta que, em uma sociedade marcada pelo neoliberalismo, o amor enfrenta dificuldades para se manifestar em sua plenitude. O modelo de consumo predominante exige que o objeto do amor seja algo familiar, algo que se encaixe em nossas expectativas e desejos narcisistas. Essa busca incessante pelo igual nos impede de verdadeiramente nos abrirmos para o diferente e experimentarmos a alteridade.

A consequência desse cenário é evidente nas manifestações de depressão e esgotamento, sintomas de uma sociedade que se tornou excessivamente voltada para si mesma. A busca por uma vida que valha a pena ser vivida, uma vida boa no sentido aristotélico, é substituída pela mera sobrevivência, onde o outro se torna apenas um objeto a ser consumido.

Han também aborda a profanação do amor na pornografia, destacando como a banalização do sexo e a perda de ritualidade minam a comunicação genuína entre as pessoas. Essa falta de profundidade nas relações se estende até mesmo à arte e à política, onde o narcisismo coletivo substitui o bem comum.

Embora algumas críticas possam ser direcionadas à abordagem de Han, especialmente em relação à sua ênfase nos aspectos econômicos em detrimento dos antropológicos, sua análise perspicaz e sua capacidade de incitar reflexões profundas sobre a condição humana são inegáveis. "Agonia de Eros" é uma leitura que desafia as concepções convencionais sobre o amor e a sociedade contemporânea, nos convidando a repensar nossas próprias relações e valores.

Em suma, "Agonia de Eros" pode ser descrito como uma obra desafiadora que confronta o leitor com ideias profundas e incômodas sobre o amor e a sociedade contemporânea. Apesar de sua complexidade e linguagem densa, não se pode negar a importância da mensagem que Byung-Chul Han busca transmitir.

O livro, embora difícil de ler, não deixa de ser uma fonte valiosa de reflexão para aqueles dispostos a se aventurarem em suas páginas. Se a leitura já é um desafio, compreender plenamente suas ideias pode ser ainda mais árduo, mas é justamente nesse esforço que reside sua recompensa. O livro convida o leitor a pensar além das convenções sociais e a questionar suas próprias noções sobre o amor, a identidade e a interação humana.

Nesse sentido, é digno de elogio aqueles como Kim Namjoon, que se dedicam a explorar obras tão complexas e desafiadoras. Ao enfrentarem livros como este, demonstram um compromisso com o pensamento crítico e uma disposição para se envolverem com temas importantes e relevantes para o mundo contemporâneo. E eu, como uma imensa fã, não poderia deixar de elogiá-lo por isso; Em última análise, "Agonia de Eros" não é apenas um livro para ser lido, mas uma experiência intelectual que pode enriquecer e expandir a compreensão do leitor, se este estiver disposto a se entregar ao desafio.

Te amo, Kim Namjoon! Você é um puta de um gênio!

site: https://msha.ke/natannysouza
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Rute31 06/06/2024

Li a Sociedade do Cansaço e fiquei muito interessada no pensamento do autor, daí busquei logo outro livro. Em A Agonia do Eros, ele retoma alguns temas da Sociedade do Cansaço e discute, em relação ao eros, conceitos como política, fantasia e teoria.
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Dhalila 22/06/2020

Olhar para nós sem tentar nos refletir no outro
Eu sou encantadíssima com a obra do Han ?Sociedade do Cansaço?, pois ai ler percebi várias coisas ao quais já identifiquei abstratamente em minha vida, seja por conversa com meus pares ou seja divagação da mente.
Neste livro, Agonia do Eros, tive a mesma sensação. Nele fala sobre como estamos cada vez mais sensíveis, de forma negativa, com a alteridade. Estamos nos perdendo o tato sobre a nossa percepção do outro como realmente o outro e não apenas uma reflexo de nós mesmos.
É bastante interessante e super indico.
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Kelly 25/07/2022

Leitura obrigatória
Depois de Sociedade do Cansaço, esse deveria ser o próximo a ser lido.
Que livro incrível!
Quantas marcações e volta para serem lidas com outra perspectiva.

?Eros vence a depressão?
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Jon 21/04/2022

Uma obra reflexiva
Diante da sociedade de consumo onde o desempenho é a moeda da vez é dita todo o modus operandi social, o outro morre diante do egoísmo e da introspecção. Na sociedade do cansaço e da depressão até o eros padece no narcisismo e vira produto para o consumo, descaracterizado e fantasiado ele aparece na sombra da pornografia - o túmulo de sua ação na vida social. O encanto que salva da depressão morre com a ação da máquina que a criou.
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eduardabuainain 19/02/2023

Não é meu livro favorito do autor. Conforme avancei na leitura, fui ficando mais fatigada e desinteressada. Além disso, a tradução tem inúmeros erros, que tornam uma leitura já complicada ainda mais confusa. Não concordei com inúmeros pontos da teoria e não me agradou a forma como o autor se contrapôs aos filósofos citados, acusando-os de estarem equivocados em suas interpretações, chamando seus conceitos teóricos de fracos e abreviados ou seus exemplos de mesquinhos e estranhos.
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Fernando 25/02/2023


É muito interessante você analisar o quanto a sociedade de consumo aos poucos vai filtrando o que é o certo do que é errado nos costumes. O quanto somos objetificados, o quanto nos tornamos produtos de consumo uns dos outros.
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Denner289 13/12/2020

Um livro que nos chama a olhar o outro com Eros
Ótimo livro. O escritor tenta mostrar que na sociedade atual as pessoas estão tão voltadas ao desempenho (tema recorrente nos livros do Chul Han) que esquecem de olhar o outro como outro e não um simples objeto do nosso desejo.

Mostra que atualmente o amor está se capitalizando no sentido que não desejamos mais ter trocas, mas que desejamos comprar o próximo e ter uma relação positiva e que nada fora do script ocorra.
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Iann 13/12/2020

Curti
Esse ensaio está bem entrelaçado com Sociedade do cansaço. Aborda como o amor morre em tempos de vitrine, exposição e relações rasas.
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julia5908 25/01/2024

Um misto de emoções sinceramente
Com esse livro eu percebi que preciso me aprofundar muito mais na filosofia alemã caso queira de fato comentar sobre. mas também pelas ideias desenvolvidas lá.
achei bem confuso no começo, não estou acostumado com esse tipo de leitura, mas gostei da experiência, é rápido e consegui pegar o ritmo depois de um tempo.
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Geysa 26/01/2023

A morte do amor
Vale muito a pena ler!!!
Traz uma importante reflexão sobre a sociedade contemporânea, onde o amor está em agonia.
Numa sociedade da positividade excessiva e da aversão ao diferente é impossível que haja amor.
Para a vivência do amor é fundamental ir além do apreço ao igual, há que se encantar com e pelo diferente. Além ser necessário aceitar a negativa e a dor.
O Eros é excesso e transgressão e portanto, nega o mero viver que pautado na positividade e na repetição do mesmo (do igual), tornou se a característico da sociedade atual.
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