Sonata em Auschwitz

Sonata em Auschwitz Luize Valente




Resenhas - Sonata em Auschwitz


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Thais 07/01/2018

Magnífico
Este livro conta um momento da história, a segunda guerra mundial e holocausto.
Nele conhecemos Amália, uma jovem portuguesa, que descobre que sua família guarda segredos, um passado nazista.
Na Sonata em Auschwitz temos um bebê que nasceu nas barracas de Auschwitz-Birkenau, em 1944. Também temos um jovem oficial  alemão de 24 anos que compôs uma sonata, no mesmo ano. ? Como pôde duas histórias se cruzarem? Como a vida de um se cruzou com a vida de outro?  Todos guardam um passado que querem esquecer, mas no fim tudo precisa ser revelado e encarado de frente.
Neste livro eu senti um misto de emoções, senti tristeza ao ler relatos dolorosos, senti alegria ao ver que no fim tudo deu certo. Eu gostei pois tudo foi contado com muitos detalhes, e isso foi essencial para a história.
 Nos campos de Auschwitz o que prevalecia era a esperança de um fim, e esperança de viver. A autora Luize conseguiu desenvolver muito bem o enredo da história, consegui me emocionar muito, e com certeza emocionou a todos que já leram.
A luize se inspirou em uma história real para escrever esse livro. Na história de Maria Yefremov, ela foi uma sobrevivente que teve um filho nas barracas de Auschwitz, mas infelizmente nunca soube o que aconteceu com ele. Parabéns, luize! Por escrever Sonata em Auschwitz.
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Suka - Pensamentos & Opiniões 30/12/2017

Conheceremos a história de duas famílias que irão se cruzar durante e pós guerra, por conta de Friedrich Schmidt.
Seu pai era um dos "babões" de Hitler e Friedrich foi convocado para ser piloto porém, devido a um acidente ele foi proibido de pilotar e acabou tendo que trabalhar em terra.
Mas, por trás do capitão existe um homem bondoso e apaixonado pela música, com uma família que ele pouco convive e seu filho Hermann pouco sabe sobre o pai.
Hermann não tem contato com sua vó Frida e sente vergonha de seu pai, saiu da Alemanha aos 5 anos e foi morar em Portugal, casou-se, formou-se me direito, lutou contra o regime de Salazar e nunca falou do seu passado para os seus filhos Amália e Miguel.
Só que Amália escuta uma ligação dele com sua bisvaó Frida e fica curiosa sobre seu passado, sobre que aconteceu a seu avô.
Quem foi Friedrich? O que ele fez?
Paralelo a isso, iremos conhecendo a história de Adele, uma jovem judia que tinha uma vida agradável antes de Hitler, seu pai era médico e ela vivia uma vida feliz, mas quando as perseguições começaram sua vida ficou recheada de perdas, porém antes de ser enviada para os campos de concentração ela casou e ficou grávida.
E é ainda durante a gravidez que ela e sua família será levada para Auschwitz e terá uma vida de tristeza, fome, desespero, medo e dor. Mas a jovem Adele carrega em seu vente uma criança e isso faz com que ela não perca as esperanças.
O livro irá intercalar entre o presente de Amália e suas buscas por respostas, o passado de Friedrich contada em alguns momentos por Frida e a vida de Adele que deu a luz a sua filha Haya dentro de Auschwitz e nunca perdeu as esperanças.
O que aconteceu a Adele? A Haya? Ao Friedrich? Por que Hermann afastou-se da família? O que Amália sente ao conhecer a sua verdadeira história? O verdadeiro passado da sua família?
São algumas perguntas que serão respondidas no decorrer da leitura dessa história emocionante e envolvente que me fez chorar em vários momentos.

site: http://www.suka-p.blogspot.com.br
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Cristiane 25/12/2017

Sonata em Auschiwitz
Gosto muito de livros que retratam como as pessoas se sentiam e o que passavam nessa época. Livro escrito maravilhosamente bem e, apesar de ficção, trás uma história que poderia muito bem ter sido real... adorei! Lido em uma semana.
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Gramatura Alta 17/12/2017

Imagine que um dia, todas as suas coisas são confiscadas pelo governo, inclusive sua roupa, sua casa, seu dinheiro, enfim tudo. Imagine que você é levado para um bairro rodeado por muros, onde existe hora de acordar e de dormir, sem luz, sem água e com comida escassa. Imagine que você precisa usar uma estrela na roupa para diferenciar você das outras pessoas. Ruim, não é? Agora, imagine que um dia você e sua família são arrancados desse bairro, levados para um trem com milhares de outras pessoas. Imagine que vocês chegam em um local no meio do inverno, sem roupas de frio, recebem a tatuagem de um número na pele e passam a dormir em camas de madeira no meio de centenas outras dentro de um galpão. Agora, imagine que sua família é levada para um outro galpão, de onde sai uma constante fumaça cinza, e você descobre que nesse local, eles serão queimados vivos. Imagine que você irá a seguir.

Seis milhões de pessoas passaram por essas situações e morreram. De forma mais clara: mais de quinhentas mil crianças, mais de dois milhões de mulheres, mais de três milhões de homens. Apenas em Auschwitz, morreram quase dois milhões de pessoas nas câmeras de extermínio. Sim, é terrível, inimaginável, mas é necessário ter consciência desses números. É necessário lembrar sempre e contar para as gerações futuras, para as pessoas nunca esquecerem dessa barbárie.

Parte da história de SONATA PARA AUSCHWITZ se passa nessa época. Amália, a personagem principal, uma jovem portuguesa, viaja para a Alemanha e para o Brasil em busca de uma resposta sobre quem era seu avô e sobre o passado misterioso de sua família. Ela é determinada, persistente e curiosa. Isso faz com que ela descubra uma história de compaixão, sacrifício, amor e morte.

Os capítulos são alternados entre o passado e o presente, entre uma narrativa em primeira pessoa e uma narrativa em terceira pessoa. O leitor passa a viajar por lembranças e por fatos recentes, juntando as pistas, descobrindo, junto com Amália, o que realmente aconteceu para que um bebê judeu conseguisse sobreviver e escapar de Auschwitz, como um oficial nazista participou dessa fuga, quem eram os pais da criança e qual a ligação dela com todos eles.

A autora não poupa o leitor de detalhes de como foi a confinação no campo de extermínio, nem do que aconteceu até os personagens chegarem a esse fim de vida. Ela também coloca reflexões, sentimentos, frases que demonstram o quanto tudo isso afetou as pessoas que conseguiram sobreviver, mesmo depois de tantas décadas. A conversa que Amália tem com uma outra personagem é impregnada de emoção e dor, mas também de esperança e reconhecimento.

Uma das características que mais gostei da obra, são os fatos verídicos misturados com os ficcionais; das personalidades que realmente existiram, com os personagens criados pela autora. Inclusive, a sonata que o oficial nazista compõe para a criança, o leitor pode ouvir no site da autora (clique AQUI para acessar), onde também existem várias outras curiosidades.

As últimas páginas de SONATA PARA AUSCHWITZ transmitem o quanto a realidade pode ser dura, mesmo quando adornada pela ficção. Nelas, também encontramos a Árvore Genealógica das famílias dos personagens, mas recomendo que você não as veja antes do fim do livro, porque contém informações que irão estragar algumas surpresas. Então, não seja curioso.

site: http://www.gettub.com.br/2017/12/sonata-em-auschwitz.html
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Raquel Lima 27/11/2017

Triste...
Como vários livros sobre o nazismo este é um soco em nossa Humanidade ...a degradação humana pela ideologia da superioridade. O ser humano superando suas formas de ser idiota .
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Karini.Couto 25/11/2017

O que eu posso dizer sobre essa leitura? É que encontrei uma leitura incrível que vai muito além do que eu pude esperar!

Ao ler "Sonata em Auschwitz" o leitor sente-se transportado para além das páginas e se vê imerso em um turbilhão de sentimentos que extravasam pelos olhos em alguns momentos e nos fazem refletir sobre questões históricas e passadas, assim como presentes e talvez futuras!

A sinopse já é bem detalhada sobre o enredo, onde um bebê nasce em setembro de 1944 nas barracas de Auschwitz-Birkenau enquanto uma sonata é composta por um oficial alemão e com isso temos muitas décadas de histórias emocionantes, onde guerra, esperança, amor, dor, perda, encontros, desencontros e tantas outras coisas são descritas com maestria, profundidade e principalmente sensibilidade!

Para aqueles que curtem a leitura de histórias que trazem relatos sobre a Segunda Guerra Mundial, Nazismo e afins irá realmente se ver submersos nas páginas desse livro. Que fala um pouco sobre tudo isso, em relatos dignos de filme e grandes prêmios! Pois realmente remete o leitor ao passado e nos faz viajar junto à todos os personagens.


Não estou aqui para fazer um resumo da leitura que eu fiz, pois como eu disse, isso você pode encontrar com perfeição na sinopse. Mas para passar meus sentimentos sobre a leitura!

Então, o que posso concluir é o quão podemos nos surpreender com enredos que teoricamente "já lemos muito" a respeito e o quão fascinante cada leitura dessa pode ser e também "agregar" sentimentos indescritíveis!

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F. 25/10/2017

Apaixonante e transformador!
Sensacional - é a palavra! No sentido da qualidade literária e no sentido literal, da riqueza de sensações que experimentamos ao lê-lo. Literatura sensorial, eu diria - porque consegue nos fazer sentir cheiros, sabores, ver os lugares em três dimensões, cinematograficamente, ouvir melodias.

Extremamente envolvente da primeira à última linha (nenhuma sendo em excesso), raramente se viu na literatura ficcional um retrato tão magistral e rico do quadro histórico da Segunda Guerra Mundial relacionado à ascensão do nazismo e ao Holocausto, e ao mesmo tempo tão poderoso na forma como nos torna realmente presentes nesse passado recente, mexendo profundamente com nossas emoções e sentimentos, como se estivéssemos na pele das personagens.

Personagens, aliás, fascinantes, porque complexas, absolutamente humanas. O romance flui, denso e caudaloso, à margem de qualquer tipo de maniqueísmo. Fiquei definitivamente apaixonada pelos inesquecíveis, antológicos, Enoch, Eva, Friedrich. Mas cada um que passa por essa Sonata literária, mesmo que realmente "en passant", tem uma humanidade avassaladora, ficou comigo de alguma maneira.

Assim como pontuais cenas fortíssimas, que até hoje me assaltam e arrepiam os pensamentos: vejo e revejo a pequena Amália com seu irmão interrompidos no seu castelo de cartas, o velho Kurt naquela Noite dos Cristais, a reza noturna no gueto de Oradea, Adele e Eva pisando na plataforma iluminada a amarelo de Birkenau, o primeiro encontro de Adele e Enoch, os últimos minutos em Auschwitz...

E tantas outras.

É instigante ainda a existência de várias vozes narrativas que se cruzam e se completam, como que formando um puzzle. A impressão é a de que estamos sendo sutilmente levados por um labirinto, onde, a qualquer "esquina", podemos ser (e somos) assaltados por um frio, ou um calor, uma falta de ar, um longo sorriso, ou lágrimas... e de onde saímos como se nascêssemos, com uma nova respiração.

Sonata em Auschwitz nos faz refletir também sobre os ciclos que historicamente se repetem, sobre a guerra e o amor, a resistência e a arte como condições humanas extremas e não excludentes. Um romance sobre o incompreensível, mas também sobre a esperança. Uma Sonata para a Humanidade - foi o que Luize Valente escreveu.

Belo, apaixonante, transformador, arrebatador. O melhor romance histórico que já li.
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