Os demônios

Os demônios Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Demônios


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yasneryst 23/08/2024

Um livro sobre insignificância.
É um livro onde fica evidente a ironia, essas pessoas se dizem importantes, se dão um valor tremendo, acreditam no próprio impacto, mas no fim não são ninguém.
Imagine você achando que faz parte de algo, que vai virar história, que seus movimentos mudarão o futuro, que as gerações lhes serão gratas e, na verdade, não tinha nada daquilo.
A maioria das pessoas vai viver e vai morrer sem que a maioria das outras faça ideia, e qual o problema nisso? Algumas dessas pessoas que não serão ninguém são de fato geniais, brilhantes e vai ser triste que os outros não vejam o que você vê, mas você viu e deveria ser o bastante.
Enfim, é um livro denso, difícil de ler, enrolado de entender, mas que causa grandes reflexões. Para leitores experientes que desejam se desafiar sem deixar de se divertir.
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Zaqueu 13/08/2024

O mal que habita em nós
Uma das leituras mais densas que eu fiz de Fiodor até o momento, confesso que algumas vezes tive que parar para refletir em vários pontos. Porém como em tudo o que esse autor maravilhoso escreveu vale a pena continuar e ter uma das melhores leituras na vida. Que livro minha gente, quantos acontecimentos, quanta maldade humana, frieza, mentiras, ódio porém tem o amor, perdão e honrarias. Fiodor foi profético ao demonstrar o quanto seria destrutivo os movimentos revolucionário da época e que no entanto até hoje causa para alguns motivo de orgulho e para outros motivo de tristeza e dor. A humanidade enquanto sociedade vive um dilema entre ter Deus como seu guia ou a substituição dele por falsos deuses e ai sim chegamos na adoração e corporação demoníaca onde o que vale é o poder e ganancia, embora com discursos de igualdade e fraternidade para todos, sempre terminam em banho de sangue e alguém muito psicopata no poder dando ao povo migalhas. É a história sempre se repetindo mudando apenas as figuras que a interpretam e que as vezes parece que estamos diante de um teatro onde os palhaços somos nós o povo. Leitura pesadíssima pois há tanta maldade e ódio que em certos capítulos até percamos a esperança que do homem possa sair algo bom e sagrado mais logo em seguida vemos atos de generosidade e bondade e que assim como nos dias de hoje faz com que jamais desistimos de sermos humanos para o próximo. Quero ler tudo desse autor maravilhoso que viveu na pele tudo o que escreveu e nunca desistiu dos seus valores e ideais.
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vitoria293 05/08/2024

?
Chegou em um ponto que só empurrei com a barriga.
Teve pontos altos mas muito baixos também, não funcionou muito bem para mim kkkkk
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Claudia.livros 18/07/2024

?? releitura...
Essa é uma das histórias mais incríveis de Dostoiévski. É pesada e indigesta, mas que traduz o movimento revolucionário do século XIX e suas consequências vistas décadas mais tarde nas tragédias ocorridas na União Soviética. 

Dostô conhecia esse movimento como ninguém, pois fizera parte dele. Ele conseguiu enxergar até onde essas ideias poderiam levar a nação e transportou esse movimento e suas ações para uma pequena cidade fictícia da Rússia onde o pequeno grupo de  revolucionários se envolve em um complô arquitetado por dois jovens niilistas.

Aqui encontramos traições, mentiras, violência e imoralidade... mas acredito ser importante destacar que o autor começa a história nos apresentando Stepan, um niilista teórico, cujas ideias irão se propagar entre os jovens, que então partirão para a ação. Vemos, assim, representada a semente teórica dessas ideias, que começaram séculos antes. Achei isso simplesmente genial. 

Oleg Almeida, tradutor desta obra, logo na introdução diz que Dostoiévski "legou à posteridade um romance-advertência, uma grandiosa profecia, talvez ininteligível em sua época relativamente tranquila, mas comprovada pelas monstruosas experiências das épocas que lhe sucederam. Anteviu o vindouro terrorismo político, os assassinatos de ministros, generais, governadores sem conta e do próprio czar Alexandr II, a sangrenta ascensão dos bolcheviques, a guerra civil que abalaria a Rússia "em todas as suas camadas" e três décadas de repressão ininterrupta que os povos da União Soviética viveriam sob o domínio de Stálin, e seu presságio se confirmou em menos de cinquenta anos após a estreia d'Os demônios.
Lari 18/07/2024minha estante
Maravilhosa resenha!!!


Claudia.livros 19/07/2024minha estante
Obrigada ?




Lia Earnshaw 07/07/2024

Trágico e perfeito
Dostoievski consegue criar personagens tão humanos, sensíveis e imperfeitos. Até o mais vil deles consegue nos marcar de alguma forma. Estou de coração partido com esse aqui, e recomendo a leitura apenas se você achar que seu coração aguenta.
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Vanessa1139 22/06/2024

Demorei muito até resolver escrever essa resenha, não por esse livro não merecer, e sim por não ter palavras para expressar o que sentir lendo-o, ainda não tenho palavras, mas tentarei mesmo assim.
A literatura russa sempre tão rica em debates internos da natureza humana tem sem dúvida como um dos maiores exemplos Os Demônios, nunca um livro me fez vislumbrar o espírito niilista de maneira tão nítida e tangível, com sua gritante e angustiante falta de sentido na vida que aparentemente o único caminho possível é a não existência. O não ser passa a ser o único sentido, o único caminho.
Pode parecer triste, no entanto, nem a tristeza faz sentido, a vida apenas é, sem esperar que tiremos motivos ou razões dos caminhos tortuosos pelos quais ela passa e se para alguns as doces ilusões de riquezas na terra e no céu são o suficiente para apaziguar o coração, para outros essas mesmas ilusões não dizem nada, são apenas elaboradas mentiras contadas para crianças em seu leito, e esses sim, talvez enxerguem como é o mundo mesmo sem pinta-lo de cor de rosa, sem enfeita-lo e sem esperar dele nada além do fim, sabem que o mundo apenas é o que é e nunca teve intenção de fazer maior sentido para nós, meros mortais.
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Paulo 06/06/2024

Panorama da mentalidade revolucionária
Eu já havia lido “Os irmãos Karamazov” e “Crime e Castigo”, ambos traduzidos por Paulo Bezerra, e “Memórias do Subsolo”, por Boris Schnaiderman. No que diz com a tradução, este “Os Demônios”, traduzido por Nina Guerra e Filipe Guerra, tem o texto mais fluido. Achei muito bom de ler e fiquei realmente impressionado com a dinâmica da narrativa, parecia até que estava lendo um livro escrito originariamente em português.

Sobre o romance, é mais um gol de placa do escritor russo. Talvez esteja diante do maior romancista da humanidade. Depois de “Os irmãos Karamazov”, este é o que mais gostei. Mas todos os outros são excelentes, fica difícil comparar as obras. Mas vamos às minhas impressões sobre “Os demônios”.

O livro é dividido em três partes, com capítulos em subdivisões, o que facilita bastante a leitura. A trama se passa em uma cidade interiorana russa, não identificada, na segunda metade do século XIX.

Na primeira parte, o foco é a vida de Stepan Trofímovitch Verkhovênski, intelectual, materialista, ateu e literato, que gostava de posar de “perseguido” e “deportado” e se dava ares de importância. Tinha fama, no estrangeiro, de ter sido revolucionário, seja verdade ou não. Teve carreira frustrada nas letras e vivia às custas de Varvara Petrovna Stavróguina, viúva rica, mulher de personalidade forte com tendências modernas e progressistas. Ambos viviam uma espécie de amor platônico, convivendo entre a paixão e o ódio recíprocos, em um relacionamento de mútua dependência.

Varvara tentou fundar uma revista literária para Stepan, em Petesburgo, mas não obteve êxito. Ela tentava realçar a “genialidade intelectual” dele perante a sociedade provinciana.

Stepan foi casado por duas vezes e enviuvou nas duas. Do primeiro casamento, teve o filho Piotr Stepánovitch, que abandonou para ser criado por parentes distantes. Foi também preceptor de Nikolai Stavróguin, filho de Varvara, mas não prosseguiu com a sua instrução. Esse fato é importante porque o próprio autor, em carta, ressalta a relação de filiação entre a geração de Stepan e os dois vilões da história, Piotr e Nikolai.

A segunda parte da obra foca mais na vida de Piotr Stepánovitch e Nikolai Stavróguin. Ambos retornam para a cidade onde se passa a trama e integram um grupo revolucionário, que pretendia subverter a ordem social e implantar o socialismo. O autor trabalha com maestria, a partir da personalidade de quatro personagens integrantes do grupo revolucionário, ideias centrais que estavam em vigor na sociedade russa.

Nikolai Stavróguin, filho de Varvara, tinha a vida ganha: bonito e rico, vivia uma vida sem sentido, entregue aos prazeres do corpo e ao materialismo. Integrava o grupo revolucionário não por convicção, mas para escapar do tédio, procurando uma vida de emoções.

Kiríllov viveu um tempo na América e encarnava o absurdo da vida, o non sense, tendo com o suicídio a saída filosófica para seus questionamentos.

Chatóv era patriota e ao final passou a acreditar em Deus. Teve um breve momento de felicidade com o retorno de sua ex-mulher e o nascimento do filho dela.

Piotr Stepánovitch é a personagem demoníaca da histórica, uma descrição incrível da mente revolucionária que procurava subverter a ordem social. Maquiavélico, manipulador e irônico, ensinava como implantar o socialismo: inventar cargos, usar o sentimentalismo, acabar com o individualismo, uma décima parte manda nos nove décimos restantes, espionagem recíproca entre os camaradas, obediência total, falta de personalidade total, propagação do alcoolismo, do mexerico, da denúncia, propagação da depravação, abafar os gênios individuais…

Na terceira parte da obra acontecem atos revolucionários concretos, mas ineficazes e até certo ponto ridículos para o desiderato de contestar o poder do czar: o grupo “revolucionário” incitam uma manifestação de funcionários de uma fábrica, avacalham uma festa social promovida pela governadora e promovem um incêndio. Mas vão além e praticam homicídios de inocentes e até de um membro do próprio grupo, sob o qual pesava tênues suspeitas de que iria deletar os demais….

Uma obra atemporal, não só pela crítica da mentalidade revolucionária e por ter profetizado a revolução comunista russa, mas sobretudo por investigar as mazelas da natureza humana. Embora as personagens principais tenham invariavelmente fins trágicos, a redenção de Stepan Trofímovitch Verkhovênski, pela aproximação com Deus, mostra uma saída esperançosa para o homem na visão do escritor russo.

Imperdível.
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Prof Alex 26/05/2024

Boa leitura
Um ótimo livro mas confesso que irei reler pois Dostoiévski ele é muito bom mas a quantidade de personagens me confunde.
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Raquel.Furchinetti 03/05/2024

Bom, mas preciso de estofo para ler
Que empreitada ler esse livro, eu gostei mais pela escrita do Dostoiéviski, mas é muito longo e muitas vezes achei bem massante, estando a ponto de desistir de ler o livro, mas feliz agora que acabou. a estória é interessante, mas no meu ponto de vista podetia ser um pouco mais enxuta.
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Felipe Augusto 20/04/2024

Que livro extraordinário do Fiódor Dostoiévski, do início ao fim uma leitura que te prende com personagens bem construídos e com características bem fortes, tem um peso politico e religioso em toda obra que nos remete em alguns momentos a pensar no que compreendemos da humanidade, e bastante reflexivo e importante esta obra.
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Erick.Silva 29/02/2024

Caos humano
Dostoiévski é simplesmente incrível. É tanta informação, tantos sentimentos, emoções, linhas de raciocínio, filosofias, opiniões, que sempre levo muito tempo pra processar os livros dele, e ainda continuo pesquisando e debatendo muitos dias depois. Sempre sinto um certo desconforto devido a quantidade de caos, desespero, morte e crimes, mas isso é só o retrato da realidade humana, da vida em sociedade. Sensacional a forma como toda em tantas emoções, em tantos conflitos, dicotomias, impasses. Enfim, esse como os outros livros dele me deixaram pensando a respeito da vida de diversas formas diferentes e admiro isso demais!
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windowsdog 27/02/2024

O título faz mais sentido do que pode parecer
Bom, como eu começo essa resenha?

Eu gostei muito do livro, ele me divertiu em alguns momentos, me deu raiva em outros e até mesmo me deixou muito triste com alguns acontecimentos.

Eu li ele bem rápido, mas é mais por um costume meu do que pela leitura ser fácil (de fato não o é)? Enfim...

Na edição que eu comprei, o capítulo 9 da parte 2 veio "a parte" por assim dizer, ou seja, ele foi removido da história em si e colocado no final como um extra. Não sei dizer se escolha foi boa ou ruim, mas tenho quase certeza de que afetou minha forma de enxergar o Nikolai até o fim do livro, que só depois de terminar eu li o fatídico capitulo.

Não tenho palavras para definir o que sinto. É de uma repulsa, um nojo, um... Não sei, me dá um aperto no coração. Eu acabei de terminar de ler esse capítulo. Eu queria chorar e só não faço isso porque estou no trabalho (sorte a minha)

O livro é muito bom e prova disso são também minhas emoções em relação a ele. Eu já tinha lido outros livros de Dostoiévski, "Crime e Castigo" e "Irmãos Karamozov", e tenho que dizer que o autor não decepciona. Achei "Os Demônios" bem mais dinâmico que os outros livros que eu já li do mesmo autor, porém achei que a história só foi engrenar mesmo a partir da parte dois (o mesmo não acontece em Crime e Castigo, por exemplo, onde tudo de mais importante se dá em 100 páginas de leitura).

Apenas uma nota curiosa, em alguns capítulos mais para o fim do livro, na parte 3, eu gostei bastante de como as coisas fluíram em relação ao grupo deles, principalmente com os esquemas de Piotr e todo o plano contra o Chatov. Deixo aqui minhas considerações ao Chatov inclusive que foi um dos únicos personagens mais "do bem".

Nossa, eu sei que minha resenha deve estar confusa e prolixa... Mas acho que depois do que eu li, no fundo no fundo isso é mais um desabafo do que uma resenha...

Realmente, o grupinho de Piotr e Nikolai eram uns demônios... Meu deus...
hassdc 05/06/2024minha estante
Ótima resenha ??????




Sabrina 31/01/2024

Incrível Dostoievski
Diante da pressão social e cultural podemos ser afetados. Mas, e quando podemos influenciar? Em nome do quê podemos agir? O q devemos defender? Tais questionamentos impostos sob o imaginário pode nos guiar sobre os perigosos caminhos traçados por revolucionários. O autor conduz uma trama espetacular e revela a face do desastre e barbárie do homem que sente se suficiente diante da realidade. Abalos psicológicos, amizades perigosas, escolhas devastadoras, a obra recheada de personagens marcantes, reviravoltas surpreendentes, aprisiona nossa atenção.

Vem acasalar comigo Dostoievski. Gostosão ?? se alguém conhece ele passa meu contato
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douglaseralldo 23/01/2024

10 Considerações sobre Os demônios, de Fiódor Dostoiévski ou do império da fofoca...
1 - Destes romances que surgem diante dos leitores como fato que acontece, tamanha imersão que nos propõe, Os demônios para além da questão russa, as percepções de Dostoiévski antecipa muitos dos horrores dos tempos modernos, trata-se de uma narrativa que procura perscrutar a "alma" humana em suas idealizações, suas ideologias, crenças e fanatismos. É, bem da verdade, um tratado de como podemos num conjunto social permitir e fazer acontecer dos piores acontecimentos;

2 - Ambientado para os idos finais do século XIX, o romance tem como espaço um pequeno vilarejo no interior da Rússia onde vivem seus distintos círculos sociais sob as sombras de Moscou e Petersburgo, dos ideias revolucionários e socialistas - os quais a narrativa procura alertar possíveis descaminhos - tudo isso impregnado das ideias e construções conspiratórias numa nação acostumada a comunicar-se e a utilizar-se da linguagem por meio de subterfúgios;

3 - E aqui temos o elemento que pobremente chamamos de "império da fofoca". Entretanto, é um bom exemplo de como se dão as comunicações entre as personagens do círculo social daquela respectiva comunidade. A "fofoca", os não-ditos, os meio-termos, a ambiguidade e a dissimulação é constituinte das personagens, que considerando os aspectos culturais da nação, fala de um jeito sempre desejando dizer justamente outra coisa. São essas comunicações e interações ambíguas que não só abastecem os mal-entendidos, como também funcionam e colaboram para as teias conspiratórias que se tecem ao fundo dos acontecimentos até o ápice da tragédia, ao final do livro;

site: https://www.listasliterarias.com/2024/01/10-consideracoes-sobre-os-demonios-de.html
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