Os demônios

Os demônios Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Demônios


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Ale 12/10/2022

"Os Demônios existem indubitavelmente, porém a interpretação deles pode ser bem multifacetada."
Um crime espantoso ocorrido em Moscou, no ano de 1869, deixa um documento intrigante: tratasse da " Catequese do revolucionário", um texto redigido por Serguei Netchaiev, líder carismático de uma organização estudantil e principal mandante do crime em questão (Deixei um trecho da "catequese" na segunda e terceira imagem). A par desse fato, Dostoievski empreende na Criação de "Os Demônios", definitivamente, seu grande romance político e uma das grandes obras das letras cristãs.

No enredo profético de "Os Demônios", Dostoievski faz um amplo estudo da psique revolucionária; dando ênfase na nocividade de ideias niilistas e materialistas, o autor adverte para as catástrofes que poderiam resultar desse tipo de pensamento. Um personagem se destaca nesse aspecto: Piotr Stepanovitch, personagem que faz absolutamente de tudo que possa ter alguma serventia para a "causa geral", mesmo que isso signifique incentivar o svicidio de um dos seus camaradas ou cometer ,ele mesmo, um homicidi0.

Enfim... Dostoiévski fez o desenho perfeito do típico revolucionário que, ignorando completamente o excessivo elemento desordeiro presente em sua própria alma, age para que, através da transformação radical da sociedade, exista ordem plena no mundo.

Dostoievski dispensa comentários, mas quero salientar o leque de sensações que a leitura de "Os Demônios" me causou. A narrativa me fez rir, fez meu coração bater mais forte, me fez chorar, etc... Ler Dostoievski é absolutamente singular.


site: https://www.instagram.com/leiturasdoale/
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tortajulia 09/10/2022

"Não há nada secreto que não se torne evidente."
"Os demônios" de Dosteiévski é um livro complexo e denso, de forma que foi uma leitura desafiadora para mim. No início, principalmente nas primeiras 200 páginas, foi difícil me localizar em relação aos personagens. Todavia, me interessei muito pela história e pelos caminhos que Fiódor Dostoiévski traça ao longo dessas 700 páginas.

Como personagem principal se faz presente Nikolai Stravrógin, rapaz de 29 anos que pode ser comparado a Hamlet da obra shakesperiana. É associado a um grupo revolucionário liderado por Piotr Stiepánotvitch, mesmo que não possua aspirações desse tipo. Durante a narrativa, podemos acompanhar as inúmeras vozes que levam os demônios de jovens engajados politicamente a remorsos e assassinatos.

Inspirado em um caso verídico, "Os demônios" é um livro marcante!
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Rachel 29/08/2022

Late Bloomer
Antes de mais nada, adorei a leitura! Comparando o desenvolvimento da história, considero este livro como ?late bloomer?, pois o início é bem denso com muitos personagens e fica difícil entender o que o narrador vai contar! Mas ao longo da trama, nota-se que conhecer a personalidade de cada um permite ao leitor entender as suas atitudes nos eventos futuros. E que descarrilhamento de eventos! O último terço do livro é mais dinâmico e o leitor deve ficar atento a narrativa, uma vez que o narrador faz parte da história e tenta não dar spoiler sobre a sequência trágica de eventos. Alguns personagens tive pena, outros tive ódio e alguns achei justo o que lhes aconteceram. Recomendo esta leitura!
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Orochi Fábio 24/08/2022

Antes de 1917...
Nesta obra profundamente crítica, o autor exibe os possíveis antecedentes da Revolução Socialista de 1917, descrevendo as atividades de grupos jovens a questionarem todas as bases sociais: um dos mais violentos relatos de Dostoiévski dentre sua vasta paisagem de humanidades sombrias...
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Everton Godoy 12/08/2022

Me fez raiva, muita raiva!!
A respeito da leitura, é um pouco difícil de compreender.
Me abstenho de fazer qualquer tipo de comentário a respeito desse livro.
A única coisa que vou escrever é que fiquei com muita raiva no final e principalmente com o personagem Stavróguin!!
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Janaskoobmania 27/04/2022

Início aqui a resenha já informando que esse livro despertou em mim sentimentos de raiva, desânimo, tédio e paixão.
O início da história é uma loucura e confusão não conseguia entender e precisar o que o autor queria falar, eram vários recortes da vida cotidiana de vários personagens e sempre envoltos em fofocas e dissimulações, e isso foi bastante desanimador.
Depois até o meio do livro começamos a conhecer melhor os personagens e aqui o interessante é que não tem um personagem principal e sim vários personagens se destacam. O livro também abre margem para várias interpretações quanto a isso também. Falo isso porque para entender melhor o livro recorri a outras resenhas e comentários sobre o mesmo.
Dostoiévski trás através das histórias sua visão da Rússia, sobre política, sobre as lutas de classe, sobre a sociedade com críticas ácidas e ferrenhas.
Como a maioria dos livros de Dostoiévski, aqui tem crime, assassinato, disputa de mulheres, todo um tempero para apimentar a história.
Para mim, o livro só fica bom mesmo, da metade para o final, quando finalmente compreendo e quando de fato a história parece encontrar o rumo da proposta do tema abordado. E aí consigo enxergar a extensão da ideia do autor.
Durante a leitura final onde o desfecho dos personagens começa a se desenhar, surge sentimentos dos mais diversos de indignação quando vemos a impunidade, a tristeza de perceber as fragilidades de uma juventude alienada, de raiva diante do silêncio daqueles que poderiam e deveriam falar para salvar vidas. Enfim, o autor nos trás questões que me pareceu tão atual e que ainda não superamos enquanto sociedade.
É um livro que deve ser lido sem pretensão de ser ?o livro?, mas como todo livro nos possibilita altas reflexões. E o seu final é surpreendente e suscitou ainda mais indignação por ser tão atual, no que concerne a questão impunidade.
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Marcio 19/03/2022

Porcos no poder...
O livro é uma grande dissertação sobre o niilismo e o materialismo que enraizava-se na intelectualidade da época; nada diferente de  hoje onde esse mesmo pensamento de utilitarismo tomou todos os meios de discussão sufocando e matando qualquer outro tipo de abordagem, vista pelos doutores como ultrapassada, obscurantista entre outros adjetivos.

Em relação ao livro em si, independentemente do tema e da problemática abordada, sua leitura foi uma das mais difíceis do autor. (Ainda não li Irmãos Karamazov). O que salva a narrativa é o final absurdamente bom na minha opinião. O problema é a gigantesca contextualização do ambiente feita por Dostoiévski, o que é um ponto comum de suas obras, mas aqui é elevado a enésima potência.

Arrisco dizer que 70% do livro é basicamente a apresentação dos personagens e do contexto que se cria para o grande final. Realmente no final do livro cada linha das intermináveis descrições acaba fazendo sentido, mas acredito que poderia ser reduzido um bom trecho se determinados fatos e diálogos pudessem ser mais condensados...mas daí também não seria Dostoiévski sendo Dostoiévski. É uma questão irreconciliável.

De qualquer forma recomendo a leitura devagar e sem nenhuma pressa. Levei quase 2 meses pra ler as 777 páginas, mas não me arrependo.
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Bê. 03/03/2022

Que maratona?
Impossível dizer que foi uma leitura fácil? Apesar de Dostoiévski ser um autor muito recomendado, senti muita dificuldade de engrenar na leitura.
O livro é denso, na primeira parte tive a sensação que nada fazia sentido, que o autor estava apenas narrando de forma aleatória o ambiente de convivência de alguns personagens. Somente no meio da segunda parte que a história começa a se revelar, em que os conflitos passam a tomar forma e a partir daqui, é uma explosão de acontecimentos de embasbacar!
Depois foi impressionante perceber como os autor construiu toda uma teia complexa com tantos e tantos personagens e concluiu tudo com um enredo muito bem amarrado e, de certa forma, chocante.
Achei a obra uma alegoria perfeita de como as ações de um único indivíduo egoísta, leviano e arrogante se tornam um terreno fértil pra tantos demônios ficarem ?à vontade? e como o peso das consequências podem ser inimaginável pra suportar.
Foi meu primeiro contato com Dostoiévski é só consigo pensar: é óbvio que ele é um autor aclamado. Obra genial.
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Gabriela 11/02/2022

Pesado
O livro que é pesado em todos os sentidos possíveis. Singelas 777 páginas de intriga política, ofensas, morte, ameaças e muito discursinho e palestrinha russa.
Como odiar completamente o Nikolai? Mas também, como gostar dele?
Ouvi falarem do Piotr como sendo o próprio diabo, mas não achei. Achei uma pessoa ruim comum. Um ser humano péssimo. Talvez eu tenha lido tanto absurdo que não me choquei tanto com as atitudes dele.
Stepan é o alívio cômico e trágico. Só dá pena, tadinho. Se acha importante.
Nosso narrador muito isentão, não tem nem um final propriamente dito.
Amei demais toda a terceira parte (spoiler alert), a festa, o incêndio, o nascimento do filho do Chátov - que não era do Chátov -, o assassinato dele, o suicídio do Kiríllov... Que capítulo tenso. Depois disso, deu uma esfriada, nas últimas 70 páginas, mas com um bom final.
Pra quem curte muita treta política, indispensável.
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Cintia295 03/02/2022

Vou comentar esse livro por parte que ele foi dividido

Parte 1: conhecendo os personagens, foi uma parte que deu um pouco de trabalho, conhece muitos nomes, sobrenomes, apelidos, personalidades. Principalmente a conduta de cada personagem aqui já diz muito no que vai decorrer na história.

Parte 2: teve seus altos e baixos, porém bem mais interessante que a primeira, aparece mais personagens kkkkk (só um comentário não me apeguei a ninguém).

Parte 3: disparado a melhor parte do livro, e é onde entendi o nome do livro, aqui acredito que cada leitor vai fazer sua análise e ter uma visão diferente, mas foi muito interessante. Ahhhh e o desfecho de vários personagens.

Enfim foi um livro que no começo não daria muito por ele, apesar de ser de quem é kkkkk, mas no decorrer foi crescendo muito. Não foi um livro fácil, também não digo um livro fluído. Mas no geral gostei.
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Daniele 25/01/2022

Os Demônios
Começo essa resenha com a seguinte citação
"E algo como um convite aos seus próprios instintos destrutivos que, ai! estão ocultos em qualquer alma, até na alma do conselheiro titular mais obediente e familiar... Essa sensação sombria é quase sempre enlevante."
Esse é o segundo livro que leio de Dostoiévski, ao resenhar Irmãos Karamazov, disse que a história não seguia uma linha lógica e sistematizada, mas que procurava esmiuçar cada personagem. Bom, isso também se aplica em Os Demônios.
Nesse livro, somos apresentados aos personagens de um pequeno vilarejo no interior da Rússia, lá vivem Varvara Pietrovna, generala viúva e de grande influência, e seu protegido, o também viúvo Stiepan Trofímovitch.
Tudo começa a mudar, quando seus respectivos filhos, Nikolai Stravóguin e Pietr Vierkhoviénski voltam para a cidade de seus pais. Pietr se torna "amigo" e conselheiro da nova governanta, Sra Lembke, exercendo essa influência manipulando-a como bem o convenha, mas não só ela, manipulando também seu pequeno círculo, que se limita a 5 pessoas.
Essa manipulação tem como objetivo principal trazer a tona uma revolução contra o atual regime czarista, e Pietr fará de tudo para conquistar isso. Pietr tem um tipo de obcessão por Nikolai, e quer vê-lo como cabeça de seu plano, embora esse só tenha entrado para a "sociedade" por puro ócio.
A partir desse desejo da revolução, surgem os eventos principais, que resultarão em mortes, segredos que virão a tona, e principalmente, o demonio de cada um se revelando nos atos mais vis.
Foi uma leitura espetacular que me deixou um tanto viciada... Dostoiévski foi um gênio, nisso não há dúvidas (embora a primeira parte do livro tenha sido cansativa), e esse livro, principalmente o epílogo (que tiro foi esse?), que meus amigos, foi incrível!
Leiam, é bom demais.

Agora algumas coisinhas a mais, hehe
Encontrei uma mini série russa chamada 'demons' (título em inglês) de 2014 que é a adaptação do livro. Infelizmente não tem pra português, MAAAS como a Internet cada vez mais nos ajuda, da pra ver a série no YouTube com as legendas automáticas em português.
Vou deixar aqui o link da playlist e se alguém tiver dúvidas em como ativar a legenda para o português, so mandar um help por aqui.

https://youtube.com/playlist?list=PLHQ6WQpa85Hc9SREL7P-qucP0GrLY9p9H

Ressalva número 2; deixarei um vídeo aqui em baixo com umas das partes que eu mais gostei, e que foi adaptada fielmente, acho que da pra ver beem qual a vibe
Enfim, leiam!! Haha

https://youtu.be/RmYggysnDGk

site: https://youtu.be/RmYggysnDGk
Danton5 11/02/2022minha estante
Ei, fazia um tempo que eu não entrava aqui pra te acompanhar. Preciso ler esse livro realmente mas ainda não faço ideia de quando lerei kkkk


Daniele 12/02/2022minha estante
É incrível! Leia logo pra assistir a série antes que tirem do YouTube kkkkkkk




Carol 11/11/2021

Impressões da Carol
Livro: Os demônios {1872}
Autor: Fiódor Dostoiévski {Rússia, 1821-1881}
Tradução: Paulo Bezerra
Editora: 34
704p.

Em regra, um bom livro se sustenta por si, sem que você precise conhecer a biografia do autor ou o contexto no qual foi escrito. Mas tal regra não se aplica ao monumental "Os Demônios", de Dostoiévski. Sua leitura será muito mais proveitosa se você souber que:

? Os autores russos do século XIX estão em constante debate social, filosófico, religioso, cultural e político por meio da literatura, já que a censura czarista tolhia o livre pensamento nas universidades e não havia partidos políticos.

? Em certo sentido, "Os demônios é uma resposta a "Pais e Filhos", de Turguêniev, livro que apresentou ao mundo a figura do niilista Bazárov. Se Turguêniev não toma partido entre a sua geração, dos idealistas, de 1840, e os niilistas, de 1860, Dostô se opõe ferrenhamente ao radicalismo dos jovens.

Para ele, o niilismo é um problema teológico e antropológico: a substituição de Deus pelo indivíduo leva à degradação moral e social. Sem Deus, o indivíduo se dissolve.

? Como de costume, Dostô se baseia num caso real para construir seu romance: um crime ideológico cometido na Faculdade de Agricultura de Moscou, pela organização clandestina Justiça Sumária do Povo - o "Caso Nietcháiev".

"Esses demônios, que saem de um doente e entram nos porcos, são todas as chagas, todos os miasmas, toda a imundície [...] que se acumularam na nossa Rússia grande, doente e querida por todo o sempre." p. 637

A fala acima de Stiepan e a segunda epígrafe do romance - a cena na qual Jesus exorciza um possesso da região de Gadara - já lhe dão a chave de leitura. ?Não entrarei no enredo, propriamente, pois acredito que a surpresa seja crucial para o encantamento do leitor. Mas saiba que, para Dostô, o mal é o grande tema.

"Os demônios" foi minha MELHOR leitura do ano. Li em julho e ainda me pego pensando em toda genialidade de Dostô para construir um romance com tantos personagens, conflitos e temas pesadíssimos, sem deixar ponta solta.

Li o livro com o @litrussa e essa leitura tão rica só foi possível graças à mediação do @cesarmrins.
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Arthur 31/10/2021

Marcante
O início do livro que apesar de ter bons diálogos e um clima de suspense e de comicidade (que se mantém até o final), é bem monótono e não faz com que você se prenda a ele. Mas quando passa da fase introdutória, o romance te prende e consegue tanto te deixar chocado, quanto reflexivo com os acontecimentos e diálogos.

Eu não lembro de ter um livro com tantos personagens(e são muitos mesmo) e tão poucos com que eu me simpatize(acho que no máximo 3)...Algo que deve ter sido proposital visto a proposta do livro, que é mostrar pessoas moralmente horríveis.

O desfecho do livro é impactante de dois jeitos diferentes, um belo e outro sombrio. A obra é marcante, bem mais marcante do que eu achava que seria quando estava entre as primeiras 300 páginas.
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Daniel Gregorio 23/10/2021

A opulenta história russa.
Um livro extremamente profícuo e árduo, sendo uma antítese de narrativa, progredindo a cada lauda de maneira provocadora. O começo é pesaroso, contudo se vale a leitura, pois é prazeroso o cenário que se desenvolve a trama. Assim, o desmantelamento, a ruína que esse grupo revolucionário se coloca e os discursos, as alocuções que os personagens faz é indescritível e suntuoso.
O livro aborda questões pesadas como Niilismo e o vazio da religião, o cristianismo e o ateísmo. Questões de ideologia são veiculadas na obra como o socialismo que se opõe ao regime de governo Czarista, surgindo novos grupos revolucionários que propagavam panfletos contra o governo batendo muito na questão da exploração de trabalho. Além disso, podemos nitidificar diversas reflexões filosóficas, o cotidiano russo de uma cidadezinha do interior que também existia a discussão política e intelectual a respeito dos caminhos da nação.
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