Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha

Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha Liudmila Petruchévskaia




Resenhas - Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha


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Ingrid.Visentini 03/10/2020

Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha
Achei muito bom!

As histórias parecem com histórias de mitologia, com um suspense na escrita e finais que impressionam.

Não diria que são histórias de terror, mas é uma narrativa com detalhes que não deixam a entender os próximos atos dos personagens, produzindo um suspense e fazendo com que o rumo da história seja totalmente inesperado. O final chocante sempre remete a alguma lição.
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Radamila 19/10/2020

Alguns contos tristes, outros engraçados, outros de terror. Histórias curtas e sensíveis. Muito bom.
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Manu 30/10/2020

Esse livro com enorme título é uma antologia: alguns contos curtíssimos, entre 2 e 3 páginas, alguns pouco maiores, somando 21 histórias. A autora, Liudmila Petruchévskaia, tornou-se célebre no território russo, após suas obras terem sido banidas da União Soviética, só tendo sido publicadas ao final do regime, quando a autora beirava os 50 anos de idade.
A forma de contar de Petruchévskaia é diferenciada: a autora utiliza da oralidade como marca registrada em todos os contos. No início causa uma estranheza, e ela não sumiu para mim. A autora também utiliza elementos alegóricos muito fortes: há a magia, a fantasia e o inimaginável para explicar elementos presentes na vida de muitos cotidianamente: a fome. o padrão estético, a solidão, a morte. A própria celebração da morte, mas também a celebração da vida. É fato registrado que, nas entrelinhas, há duríssimas críticas ao regime soviético. Mas ao mesmo tempo em que há dureza, há uma sutileza infantil. É quase como a justificativa que é dada às crianças quando elas questionam de onde vêm os bebês, e a reposta dos adultos é: "a cegonha carrega eles até as casas dos futuros pais". É uma alegoria num elemento real, uma inverdade que traz em seu contexto um situação totalmente verdadeira.
Apesar de tudo isso, não me encantei pelo livro. Já fui com expectativas moderadas, e assim elas foram atendidas. Entendo totalmente a consagração de Liudmila, mas ao mesmo tempo tive um distanciamento forte com a escrita, não acontecendo o "brilho nos olhos" que tantos livros me trazem.
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Thiago 12/11/2020

É um estilo diferente de livros de contos. Achei alguns contos muito interessantes como O sobretudo preto, A história do relógio e alguns confusos.
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maga suprema do universo 27/12/2020

legal
são várias histórias, algumas são legais, as outras não tem como eu saber pq não entendi
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@livrosdelei 03/01/2021

Contos de terror super curtinhos e de alta qualidade!
?A morte anda por onde não há juiz ? e a morte se instalou na cidade. Gente espancada morria, na rua ou na famosa floresta do Paraíso, e não havia julgamentos ou investigações. Todos tinham medo de buscar a verdade, ninguém se queixava por roubo ou furto. porque as próprias pessoas que haviam apresentado a queixa eram presas e levadas para fora da cidade?. Página 144.

Pensa em contos russos, curtos e de terror super bons. Se você parou para pensar, com certeza deve ter lembrado da Liudmila Petruchévskaia! Que livro interessante.

Vale recordar que Liudmila foi muito censurada pelo regime da União Soviética, além de ser, atualmente, uma das escritoras contemporâneas mais proeminentes da Rússia e uma das escritores mais aclamadas de todo o leste europeu, sendo considerada uma das melhores escritores russas vivas (comparada à Poe e Gógol).

Como ela era muito censurada, você não vai encontrar palavras como ?comunismo? na obra, mas sim uma descrição completa da situação de pobreza e solidão que as pessoas viviam durante o período soviético. Eu senti que a questão do machismo e angústias femininas aparecem bastante em alguns contos.

O livro é um conjunto de contos curtos de terror e com uma forte pegada política. Ele é dividido em 4 partes: Canções dos eslavos do leste, alegorias, réquiens e contos de fadas. Você consegue notar que a escritora tenta recuperar muitos elementos do folclore/contos de fada russo e trata de questões sinistras que muita gente pode se identificar (como aquela sensação de Poltergeist dentro de casa quando se está sozinho?).

São contos realmente assustadores e com finais bastante surpreendentes. Aquela sensação de ler os grandes clássicos russos permanece por conta da escrita de Liudmilla, só que se torna bastante especial ao tratar de temas do nosso mundo atual.

Os meus contos prediletos foram: ?A vingança?, ?Higiene?, ?Tem alguém em casa?, ?A menina nariz? e ?O segredo de Marilena?. Esses contos falam da relação de duas vizinhas (na qual uma delas quer matar o bebê da outra), de magia envolvendo um nariz horrível em uma mulher e uma maldição que juntou duas bailarinas em uma só pessoa.

Eu indico para todo mundo que quer conhecer uma escritora russa super boa e que curte sentir um medo na leitura.
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maduda 04/01/2021

expectativas altas com uma realidade não condizente
eu botei o olho no título do livro e logo fiquei interessada. meu interesse e curiosidade só aumentou quando descobri que era uma coletânea de contos de terror, e aumentou mais ainda quando li que eram de uma autora russa.

bem fora da minha zona de conforto, mas acabei me decepcionando. os contos foram mais macabros e bizarros do que assustadores, "higiene" e "sobretudo preto" foram de longe os melhores. ainda tô vendo algumas resenhas com explicações por conta do contexto/background político.

fora isso, eu achei a escrita boa e simples, característica de contos, apesar de em alguns momentos ela passar a ser maçante, tanto que o primeiro pensamento assim que terminei o livro foi "finalmente". em resumo, foi bom, mas tive expectativas altas demais.
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hanny.saraiva 01/02/2021

Para quem quer aprender mais sobre a narrativa do surreal russo (um caso de estudo)
Há contos sensacionais e contos enfadonhos, mas fica a dica de ler se já tiver intimidade com contos, porque se for pegar um livro de contos pela primeira vez não seria legal começar por este. Na parte dos contos bons, destaco "Um caso em Sokólniki", "Higiene", "A casa da fonte", "Tem alguém na casa", "A lanterna", "O pai", "A mãe-repolho"(amei a forma como foi escrito), "O sobretudo preto", "A história do relógio". Indico este livro para caso de estudo, aprender técnicas de conto, os limites do absurdo e surreal, conhecimento sobre literatura russa.
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Carvalho 02/02/2021

Contos soviéticos
O livro é composto de diversos contos, contos que sempre tem algo no fundo para expressar ou mesmo criticar.
A maioria deles crítica algo do governo, ou mesmo da sociedade, mas outros eu não consegui enxergar a crítica.
Ótimos contos, diversas referências, vale muito a pena.
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Angelita 14/02/2021

Interesante, mas não excelente.
Parece um Além da Imaginação (Twilight Zone) em formato de contos. Alguns bons, outros nem tanto. Alguns entendíveis, outros nem tanto.
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Italo 16/03/2021

O ser humano normal, seja lá o que isso signifique, pisca uma média de 11 mil vezes por dia ? desconsiderando o tempo que estamos dormindo, o que talvez possa ser considerado como uma piscada longa. Também respiramos uma média de 23 mil vezes por dia ? desconsiderando se você for fanático por natação ou se tem algum fetiche envolvido enforcamento.

Números impressionantes. Nem sequer notamos essa magnitude por respirar e piscar serem atos involuntários ? não precisamos solicitar por vontade a respiração nem a piscada (imagina caso fosse o contrário e você precisasse a todo instante se lembrar de respirar? seria um horror: meu deus, que prova difícil, bafe no chão; fulano morrer de asfixia por prova difícil ? enfim!).

(li recentemente sobre como o orgasmo representa uma pequena morte. a falta de respirar por uns momentos também tem a mesma representação. a pulsão por morte e a libido parecem andar em conjunto muitas vezes. como teorizar bdsm? além do princípio do prazer do freud talvez diga algo. enfim!)

São comportamentos que embora façamos nós não percebemos. Passam batido. Você sequer se lembra porque não precisa desse esforço mental.

E o que isso tem a ver com esses contos horrorosos (não no bom sentido, afinal são contos de horror) da Liudmila? Quando voltei a leitura e fui ver onde tinha parado, fiquei lendo um conto até a metade para então perceber que eu já tinha lido.

Eu tinha lido o conto no dia anterior e já não lembrava de nada de tão simplório, raso e desinteressante que é. Talvez seja o maior pecado para um escritor: ser desinteressante. Alguns contos tem ao menos a mácula de serem confusos. Ao menos isso permanece na mente, a confusão.

Ler os contos da Liudmila é uma coisa curiosa. É como respirar, você respira e não nota, não lembra da esforço constante e imenso que é a respiração, não marca, é involuntário. Você lê os contos e não nota, não lembra do esforço de sua atenção constante e ativo, não marca na memória, é involuntário.

Eu poderia escrever mais sobre a completa terceira dimensão que é esse livro, mas não merece mais o meu tempo. Só posso agradecer a Liudmila por me mostrar um novo tipo de leitura: a leitura involuntária. Obrigado, Liudmila!
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Rafa 27/03/2021

Contos a cantos
"Era Uma Vez Uma Mulher Que Tentou Matar o Bebê da Vizinha". Me interessei por essa obra justamente pelo título, mas ir com muitas expectativas pode não ser uma boa ideia. O livro de Liudmila Petruchévskaia é uma reunião de diversos contos dividido em 4 parte, o que é uma proposta extremamente interessante.
Porém, Liudmila faz um livro pouco fluído. Como são contos, alguns são muito bons (um salve para o Higiene) e outros, obviamente, não. Alguns são de uma leitura muito parada, mas no final acaba sendo uma leitura interessante.
Confesso que esperava terror, mas poucos contos seguem essa narrativa. É um livro que envolve histórias fantasiosas, mas também alguns são vivências em uma Rússia (antiga União Soviética) difíceis.
Os contos como "A vingança", "Higiene" "A menina-nariz" compensa alguns como o "O segredo de Marilena".
No final vale a experiência e quero conhecer mais da autora.
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vasilisamorozko 05/04/2021

A Meta De Ler Escritores Russos Está On
"A teimosia venceu. A teimosia com a qual uma pessoa se defende da vontade alheia. Protege sua vida. Mesmo que essa vida acabe sendo pior do que a que alguém planejou, mais pobre, mas é sua, não importa qual, mesmo sem música, sem talentos. Sem audições familiares para parentes. No entanto, também, sem sofrimento desnecessário porque alguém é melhor."

#62 - Quem me viu, quem me vê.

Há dois dias tremia mais do que vara verde quando o assunto era escritores russos mas depois que li "O Capote" percebi que meu medo era um pouco absurdo pois:

A) Em 2018 li alguns contos de escritores russos, aqui e ali.

B) Passei por uma experiência ruim com um livro e coloquei na minha cabeça que todos os outros iriam ser ruins, o que não é verdade.

C) Eu estou perdendo bons escritores.

Então, tomando um fôlego puxei para frente todos os escritores russos que tenho na estante e falei "esse ano é o ano deles, e ponto final". E para continuar minha jornada escolhi uma autora contemporânea e gostei da experiência, mesmo que em alguns contos tenha perdido o interesse em certos momentos, ainda tem muitos contos intrigantes - um pouco macabros e pra lá de estranhos - que me fizeram pensar sobre eles em momentos aleatórios durante meu dia.

Os que mais gostei foram "A Vingança" (o que dá título ao livro), "A Menina-Nariz", "A História do Relógio" e "Um Caso em Sokólniki". Talvez um dia ainda volte pra reler esse livro (depois de ter estudado mais sobre o período da união soviética) para ter um entendimento melhor da obra.


Ps: Decidir tentar ler, outra vez, "A Morte de Ivan Liitch", rezem por mim!
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Cibele 23/05/2021

Alguns contos são muito bons, outros li entediada. Gostei muito de "o sobretudo preto"!
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