Resenhas - Guerra e Paz

Daniel Lucca 12/03/2022

Primeira Parte
Guerra e paz traz uma atmosfera de um país próspero vivendo em suas lutas internas e externas, por um lado diversos personagens se inspiram em Bonaparte e outros são extremamente nacionalistas... uma guerra que sempre existiu e sempre irá existir em todas as nações... ?? x ??

Mah 11/03/2022

Esplêndido
Dificil sintetizar Guerra e Paz em poucas palavras. Como o proprio Tolstoi descreve, nao se trata de um romance, nem uma epopeia e muito menos uma crônica.
Ele retrata as conquencias causadas pela invasão Napoleonica na Russia entre 1805-1812, como afetou as relações humanas, espirituais, economicas, politicas e eticas da sociedade.
O desenvolvimentos das personagens , e são muitos, é incrível, as contradições de cada um deles, suas necessidades e ambições.
Tolstoi tambem descreve muito sobre os livros e documentos historicos desse evento e descorre das improváveis causas de um homem sozinho ter feito tudo como relatado pelos historiadores.
Uma obra única, grandiosa, que exige paciência, perseverança, mas que vale muito a pena.

Arthur Sanches 10/03/2022

Sem dúvidas este livro não é um clássico venerado por gerações em todo o globo à toa. Tolstoi nos conta aqui um épico histórico cheio de personagens cativantes com sua escrita poética e inigualável. Sem dúvidas um livro obrigatório na estante e na mente de todos que amam literatura.

josemaltaca 08/03/2022

Paz e Guerra
Guerra e Paz é um monumento, uma obra colossal que se desdobra em vários temas, personagens, momentos históricos e acontecimentos bombásticos. Publicada originalmente em 1865 pelo lendário escritor russo Liev Tolstói, o livro cobre um período de 15 anos (1805-1820) da história russa, narrando os destinos de quatro famílias aristocráticas durante um período conturbado em que se intercalavam a paz e a guerra. Assim, uma galeria memorável de protagonistas ganham vida e profundidade psicológica sob a tutela de Tolstói, com destaque para Pierre Bezukhov, Natasha Rostova, Mária Bolkonskaya e Nicolau Rostov. As personagens se chocam como bolas de bilhar impulsionadas pelos acontecimentos históricos e pelas exigências da alta sociedade russa, em que se misturam o determinismo, o seu consequente fatalismo e, por fim, o inevitável espiritualismo subjacente.

A obra é dividida em quatro tomos, sendo que os dois primeiros são muito diferentes dos dois últimos. Narram uma história só? Sim. Carregam os mesmo personagens? Sem dúvida. Buscam abordar temas similares? Com toda certeza. Porém, os primeiros dois volumes se estendem em sua cronologia por mais de uma década, narrando eventos sucessivos, porém esparsos no tempo, enquanto os dois últimos têm seu enfoque na invasão napoleônica da Rússia, um período que abrange alguns meses – com exceção do epílogo, o qual se passa vários anos depois. Assim, as primeiras partes narram um período em que predomina majoritariamente a paz, enquanto os dois últimos narram a guerra, o que faria a denominação “Paz e Guerra” mais coerente. Os primeiros tomos também não entram a fundo nas ideias de Tolstói acerca da maneira como a história ocorre, ao passo que em quase todos os volumes que compõem o livro dois, Tolstói dá seus dois centavos sobre como ocorre o processo histórico – o que o autor também faz no extensíssimo segundo epílogo. Essa repetição por vezes se torna enfadonha, uma vez que interrompe o fluxo narrativo para exemplificar um ponto que já estava claro anteriormente.

A história de Guerra e Paz, contudo, é um deleite. Misturando personagens fictícios com figuras históricas reais, o livro consegue a proeza de dar profundidade e camadas psicológicas a figuras proeminentes na história mundial, com destaque óbvio para Napoleão, mas também para Mikhail Kutúzov, marechal do exército russo, e também para o Imperador Alexandre I. De um ponto de vista histórico, Guerra e Paz é um prato cheio para adentrar nas nuances de um período conturbado da história mundial, compreendendo a invasão napoleônica da Áustria, a paz selada entre a Rússia e a França e a fatídica e famosa invasão da Rússia pelo exército francês. Porém, concomitantemente, as personagens são ricas, interessantes e profundas, buscando o sentido da vida em vários lugares e fracassando sucessivamente – seja na busca pela glória militar, pela influência na burocracia estatal, pelo conhecimento maçônico ou pelo amor conjugal. A lição final de Tolstói é de que a espiritualidade individual é a única busca frutífera, sendo que a simplicidade é a felicidade plena – o que é personificado pelo personagem Platon Karataiév. Por todos os motivos acima citados, Guerra e Paz é um livro reflexivo, instigante, arrebatador e, sem dúvidas, obrigatório.

Jéssica (@simboraler) 01/03/2022

Maravilhoso e já estou com saudade
Hora de me despedir deste livro incrível e também dos seus personagens, que ficaram comigo e me fizeram companhia por tanto tempo.
Esse livro tem absolutamente tudo que uma trama precisa, nós ficamos tensos, rimos, ficamos tristes, ficamos surpresos, é um prato cheio. Críticas aos historiadores, personagens realmente humanos, com suas qualidades e imperfeições, política, guerra, opinião pública, romance, religião, etc.
Aqui, Tolstói nos retrata com um olhar russo, os acontecimentos da Batalha de Austerlitz (1085) e também sobre a Campanha Russa (1812) na Era Napoleônica. Com muitas críticas aos historiadores, principalmente os franceses, Liev faz questão de retratar Napoleão com um tolo e desmistificar toda a visão heroica e poderosa que se foi criada dele. Tolstói deixa muito evidente que não se pode confiar nas retratações dos documentos oficiais da guerra, pois sempre serão retratados da forma mais conveniente ao lado da guerra em que o está redigindo. Assim como até mesmo os próprios militares distorcem os acontecimentos ao contar para outras colegas, tentando se vangloriar cada vez mais. Então, o que nos garante que tudo aquilo ali é o que de fato aconteceu? Além disso, Liev exalta nomes de altas patentes russas que foram menosprezadas, mas que para ele, merecem um grande crédito.
Além disso, todo o cenário da guerra, os acontecimentos e cada passo, como o campo de batalha, as conversas entre os superiores, as decisões e as baixas, são contadas com riqueza de detalhes, onde os mapas nas edições nos auxiliam muito na visão de todo o embate.
Também vemos como a sociedade russa se comportou durante essa guerra, as atitudes, em quem realmente atingiu, tudo o que foi necessário realizar não na parte do exército, mas sim na parte social.
Mas, nem só de guerra é feito esse livro, temos personagens marcantes e apaixonantes, nos mostrando o outro lado, das administrações de patrimônio, período de caça que era comum na época, os bailes, os mexericos, as festas de encontro das sociedades, a religião, os amores e as paixões. E aqui, devo tirar o chapéu ao autor, pois ele conseguiu criar personagens completamente diferentes um do outro e acima de tudo, humanos! Que cometem erros, acertos, que tentam, desistem, um retrato realmente da sociedade. A única coisa que não gostei muito foi da finalização da Natacha, não esperava que fosse assim e pra mim, ela merecia um upgrade muito melhor, mas isso você precisará ler para compreender.
Fica a dica de um livro SEN-SA-CI-O-NAL!!!

@agabriiella 26/02/2022

Clássico...
Guerra e Paz é definitivamente o que a gente pode chamar de: um livro para ser lido na vida!!
Aqui você acha de tudo e Tolstoi arrasou demais.
E dar uma risada da cara de Napoleão também foi im bônus haha

Nelson 26/02/2022

Resenha
É um livro um pouco cansativo de ler, várias frases em francês no meio do livro é muitos detalhes sobre a guerra napoleônica.

Mimi 24/02/2022

EDIT: FAZ 2 MESES QUE EU LI ESSE LIVRO E EU NÃO CONSIGO PARAR DE PENSAR NELE MEU DEUS ACHO QUE VIROU MEU FAVORITO.

Meio difícil falar tudo o que eu achei do livro sabendo que no mesmo dia em que eu terminei ele, foi o mesmo dia que a Rússia invadiu a Ucrânia.
Eu comecei gostando mais da parte da sociedade, mas com o tempo eu também comecei a curtir a parte da guerra e do Napoleão. A mesma coisa parece ter acontecido com alguns personagens. Por exemplo: eu comecei gostando da Natacha, mas peguei bode dela no meio do livro. Estava achando ela muito superficial para a trama toda e queria ver ela sofrer um pouco. Mas também torci muito para muitos personagens acabarem bem e casados (mas apenas um não teve esse final que eu queria).
No fim, foi uma leitura meio parecida com a de O Conde de Monte Cristo, que foi crescendo em mim, mas não acho que cheguei a amar tanto quanto o outro! Foi um livro bom e que eu gostei bastante e que também me foi uma feliz surpresa, já que nunca tinha lido um clássico russo. Mas não sei se chegaria a ser um favorito, pelo fato de que não sei se teria coragem de reler de novo todas as 2000 páginas.

clichesliterarios 22/02/2022

Surpreendente!
Eu acho que esse foi um clássicos que eu mais gostei!
Eu não conhecia quase nada sobre a história quando comecei a leitura, apenas que era sobre as Guerras Napoleônicas. Mas até aí, eu não tinha noção da profundidade que Tolstoi iria trabalhar, e eu adorei.

De início eu fiquei super perdida! Com todos os personagens e seus nomes em russo. Mas quando eu comecei a guardar eles, eu pude realmente me conectar com cada uma das personagens e com seus desejos e seus erros. Então agora estou bem curiosa para a segunda parte para ver, qual rumo essa história vai tomar!

Melina.mps 11/02/2022

Uma árdua caminhada, mas todo o esforço valeu a pena. Adorei a escrita do Tolstói, apesar de ser um pouco enrolada em algumas partes. Ninguém/nada é perfeito, mas este grande clássico chega bem perto disso.

Camila.Ferrari 09/02/2022

Batalhas e a alta sociedade
Batalhas angustiantes e intrigas da alta sociedade do século XIX da Rússia são basicamente o enredo dessa obra inigualável. Além de tudo isso o autor expõe seu interesse e comprometimento na história da época.

danyelaaw 07/02/2022

É um livro clássico, tem gente que fala que precisa fazer um estudo antes e depois de ler e eu concordo com isso, é um livro meio enrolado mas bem interessante, vale a pena ler

Fla 06/02/2022

Clássico Imperdível
Toda e qualquer pessoa deveria ler esse grande clássico da literatura russa. Tolstoi é brilhante em tantos sentidos que é difícil descrever em poucas linhas. Se ainda não leu, ou tem medo de começar uma leitura tão extensa? leia! Absolutamente formidável!

Tiago Nery 01/02/2022

Quase uma história sem fim
ACHO QUE TEM SPOILLERS – LEIA POR CONTA E RISCO

Depois de quatro meses, finalmente consegui terminar o maior calhamaço único que já li, e foi bom ter enrolado 20 anos desde a primeira vez que pensei em ler ele.
Pra mim o Tolstói colocou nos personagens principais todos os arquétipos da nobreza russa decadente daquele tempo. Vejo muito isso nos Rostov por exemplo.
O aristocrata que é rico por herança, mas não sabe administrar, a mocinha muito bela, muito talentosa, egocêntrica, mas que é a sensação dos bailes. O herdeiro rico, boa pinta. Tem até uma Cinderela entre eles, embora que final mais injusto pra ela! Mas, o pior é que os Rostovs são minha família favorita do livro, gosto da interação entre eles embora não goste tanto deles individualmente. E falando nisso...
Gente como eu detestei essa Natasha!!! Kkkkkkk É a típica pessoa que adora tudo girando em torno do umbigo dela, mega egocêntrica, fútil (embora talentosa), e mesmo depois de adulta ainda dá pra perceber que embora mudada em certo ponto, não deixa querer ser o sol com tudo girando em torno dela! Kkk. Demorei MUITO pra conseguir ler o livro dois que basicamente se foca nela. Não quis desistir, mas realmente tenho dificuldade em lidar com adolescentes na literatura ( É Holden a indireta foi pra você kkkk ). Aliás, eu achei que o irmão da Helena, Anatole, tem traços de sociopatia. Diferente do Dolokov, ele não tem noção das consequências dos seus atos e seu fim foi mais que merecido.
Meu personagem preferido é de fato o Pedro, e gosto de como ele é um contraponto ao André. Ele é um zé ninguém que deu a sorte de uma fortuna cair no colo, porém ele não se encaixa nessa sociedade onde caiu de paraquedas. Seja pela aparência, seja pela dificuldade no trato com as pessoas, seja por essa necessidade de achar seu lugar no mundo e suas aflições internas. Ele é sem dúvida pra mim o personagem mais complexo e com mais camadas de personalidade, e o melhor desenvolvido. Não que eu ache tudo que ele faz louvável, longe disso, mas sua jornada é de longe a melhor do livro.
Já o André é um cara que está bem inserido, é bem aceito, mas odeia a sociedade que vive, e no fim das contas acho que ele não consegue encontrar seu lugar no mundo, ao contrário do Pedro que eu penso que queria ser aceito, mas sua personalidade e excentricidades não ajudam no processo.
Tudo isso é a parte da “Paz”, mas o que me prendeu mesmo foi a parte da “Guerra”! O livro 3 e 4 eu devorei! Embora longe dos detalhes mórbidos que o Cornwell descreve nas suas batalhas, aqui também deu pra sentir o desespero dos russos na batalha de Borodino! Muito bom! E gostei do Sereníssimo (aliás até o apelido é da hora kkkk), não sei a acurácia histórica de tudo isso, mas a sua estratégia de deixar o exercito francês se matar de dentro pra fora é sensacional! Eu sabia que os franceses perderam a guerra pros russos assim como os alemães usando essa técnica de terra arrasada, mas vou ate pesquisar mais sobre isso.
Eu entendo o sucesso que esse livro fez na época, é o tipo de livro que as pessoas daquele tempo se identificariam, com o contexto e com os personagens. E realmente muito mais do que só pelo tamanho, ele realmente merece o título de clássico, mas leia esse tomo sem pressa de terminar e sem esperar pelo final. Não que o final seja ruim, longe disso, mas tive a sensação que a história ainda poderia ter continuado por mais uns bons anos de narrativa e mais algumas toneladas de páginas.

Leo 28/01/2022

A segunda parte tem uma sonora desvalorização de alguns personagens, apesar do forte desenvolvimento dos principais.

A descrição do combate, é estratégias empregadas durante o confronto não deixaram nada a desejar, existe momentos emocionantes, mas infelizmente estes momentos são pautados pela opinião pessoal do autor sobre o confronto (que puxa fortemente para o lado Russo, mesmo quando Napoleão claramente emprega estratégias melhores).