Justiça Ancilar

Justiça Ancilar Ann Leckie




Resenhas - Justiça Ancilar


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Lírio 23/04/2024

Uma grande reflexão!
Com certeza uma das experiências mais inusitadas que já tive, não é um livro para todos os públicos, até quem gosta de ficção científica pode não gostar.

Por ser uma história onde os personagens não tem gênero definido, no Brasil a autora resolveu pela tradução aderir ao feminino, é uma loucura conseguir imaginar as coisas, uma luta entre o que você lê e o que seu cérebro fórmula, eu sou muito imaginativa e nossa foi uma briga pra entender como alguns personagens eram, e até agora ? estou no segundo ? tem personagem que não sei. Mas acho que isso é uma das coisas mais interessante, essa briga entre como nossa imaginação leva a gente para um lado e a história de repente nos mostra que são totalmente diferente, é um dos pontos que mais me encantou na trama. A escrita dela é boa, o que ela não descreve em personagens descreve em cenários e em construção de mundo, a construção de toda a estrutura governamental da história e os aspectos sobre ela são muito bons, se você gosta de política é um livro que traz muito essa abordagem, discussões sociais, de classe, gênero, até mesmo de raça, que vem de formas sutis, mas extremamente bem colocadas.

A história no geral embora tenha como base questão que são muito repetidas em ficção científica e outras obras é bem apresentada e de uma maneira nova que trás outros questionamentos, a personagem principal não ser uma "pessoa" e ainda dar mais humana que muitos ajuda bastante nesse aspecto, principalmente por trazer essa construção bem elaborada de política, sociedade e religião do mundo Radchai e tudo que o envolve. Senti muitas referências ao colonialismo europeu, ao hinduísmo e as discussões de gênero atuais.

Gostei muito da abordagem que a autora traz, mas realmente alguns pontos da trama fizeram o livro ficar confuso e ter um ritmo estranho. O desenvolvimento começa bem apresentando e introduzindo o leitor, mas depois que a personagem principal alcança o objetivo dela as coisas se desenrolaram muito rápido e de maneira muito fácil, o que quebra um pouco do apresentado até então, e o final, meu deus o final se alguém sabe qual a Senhora do Radch certa me fala, o final é muito rápido, com situações demais que pela abordagem da autora acabam sendo confusos e totalmente enigmático, o que torna a leitora que já é difícil ? por conta do exército mental ? até mais difícil.

Embora o livro seja realmente muito bom e complexo e precisa de muita atenção, recomendo muito fazer leitora em conjunto, e torço para que a autora dê mais explicação e um melhor desenvolvimento da trama, para deixar a história clara, nas continuações.
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Fanny 27/03/2024

Ficção científica aproximadamente amor
Para quem ama um livro que exige muito, exige atenção, exige reflexão, tira da zona de conforto, mas recompensa todo o esforço. Não é uma leitura fácil, mas é inovadora e inteligente. Tem muita coisa difícil de acompanhar nesse livro, mas o leitor chega no final entendendo tudo que não entendeu ao longo da leitura. E tudo isso sem em nem um momento perder a gana de virar as páginas, de saber o que vai acontecer com Breq, com Seivarden, com a tenente Awn.

É por isso que a gente lê, porque vez ou outra tem uma Justiça Ancilar no caminho.
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Jean407 14/03/2024

Ficção clássica
Justiça ancilar é o tipo de ficção que me encanta desde o início. Criação de universo, questões políticas e um mistério que vai se revelando aos poucos são elementos de trama que sempre chamaram a atenção, e que eu encontrei aqui.
O universo criado nesse livro é inovador, uma vez q aborda o tema de IAs de uma forma totalmente diferente, além de apresentar o conceito de ancilares, que também se destacam bastante. Todos os outros detalhes desse novo universo são criativos e integram a história de forma bastante orgânica.
A política é apresentada em diferentes camadas, com diversos conflitos que envolvem questões diferentes que se entrelaçam, também de forma inteligente, para culminar no problema aqui apresentado.
A forma como o passado da Justiça de Toren foi contado é um dos pontos altos do livro, essa subtrama apresenta personagens interessantes, além de um mistério que é contado aos poucos atiçando a curiosidade de quem lê.
Um bom livro para um início de trilogia que deixa pontas soltas para a continuação que eu estou bastante ansioso para ler
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Wenceslau 02/02/2024

A forma como Ann Leckie escreve é complexa e cheia de detalhes ricos focados no diálogo e na forma como trata a linguagem. Algo que, por vezes, faz falta na maioria das obras contemporâneas. O enredo se dá pelo uso de uma.logica política interna que vai sendo desvelada ao longo da narrativa. A preocupação com os detalhes e comentários sobre cada cultura pela ótica da Justiça de Toren nos fazem querer conhecer cada um dos lugares pelos quais a narrativa passa e descreve. O final aberto para o próximo livro é de um tom poético filosófico que perpassa todo o livro.
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Leticia 25/01/2024

Não vou mentir dizendo que os nomes e o funcionamento do mundo foram fáceis de entender, pq não foram. Mas a trajetória do personagem principal é muito bem contata e construída. Gostei do universo mesmo não entendo por completo. Eu vou ler os outros livros, certeza.
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Moringan 05/01/2024

"Meu coração era um peixe"
Esse livro é realmente intrigante.
Por vezes, sua complexidade pode parecer desconcertante; nada parece fazer sentido, mas sua construção meticulosa revela conexões significativas entre os eventos a medida que a leitura avança.
Conexões essas que te deixam embasbacado, a surpresa é sorrateira e te pega desprevenido. Às vezes, em apenas uma linha.

Nada é intuitivo e o grau de dificuldade em tentar prever os acontecimentos é alto. Logo, você se vê no meio da intriga, tentando compreender o que está acontecendo e o mais importante, em busca da verdade.

As ameaças, intrigas contrárias e traições infestam o império Radch.
Como lutar contra si mesmo? Contra a própria consciência? Como destruir a soberana da galáxia quando ela habita vários corpos e é praticamente imortal?
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Pedro 05/01/2024

Comprei esse livro no final de 2018 mas, na época, a densidade da leitura, talvez pela opção de usar o gênero feminino como forma neutra, me assustou, bem como as críticas negativas que li na época. O Pedro de 14 anos abandonou o livro, mas deixou um presentaço pro Pedro de 19. O início é um pouco arrastado, mas a aventura é super envolvente e estou ansioso para ler os próximos
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Caio.Victor 12/12/2023

Primeiro experiência com a Ann
O roteiro do livro desperta interesse de cara: uma IA num corpo procurando vingança. Quem não está ambientado em conceitos tecnológicos, sentirá dificuldade no entendimento.

Pessoalmente não me agradei da forma como a história foi contada: ritmo muito lento, sendo prolixo com as divagações da personagem principal (Breq). Entendo que esse recurso ajuda na descrição do mundo... Mas foi exagerado. De qualquer forma, é um bom livro de ficção científica! Vale a leitura.

No Brasil, entretanto, para adquirir os volumes 2 e 3 você terá que desembolsar algo em torno de R$65,00: não acho que valha a pena, sinceramente.
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Brendo4 12/11/2023

Supere o começo do livro e leia o melhor Sci-Fi de 2023
Essa resenha não vai focar em aspectos do livro, mas sim numa recomendação geral para quem pensa em começar a lê-lo ou esteja começando.

É importante primeiro destacar aquilo que pode desagradar você ao ler este livro, eventualmente até fazendo com que abandone a leitura e perca o livro de ficção científica mais criativo de 2023:

A trama acompanha os membros do Império Radch, uma força intergaláctica que existe a base de expansão e anexação de mundos ao seu redor. Nesse império, seu idioma não faz distinção de gênero referindo-se a todas no que seria a forma feminina (quando traduzido para outros idiomas). Como nós, leitores, não estamos lendo o livro em radch, a autora brinca com a tradução para o inglês (no nosso caso, o português) de modo que todos os pronomes são femininos.

É bem óbvio o quê a autora quis indicar, marcando algumas vezes, na perspectiva da protagonista-narradora, que a preocupação com o gênero dos interlocutores era uma preocupação desnecessária que, ainda bem, o Radch tinha superado. Isso faz referência a uma discussão que hoje nos EUA está bem mais adiantada, acerca de pronomes e linguagem de gênero neutro.

Assim, quando a protagonista fala no que seria o idioma radch, toda as referências são em feminino. Para nós, leitores em português, isso pode soar como um obstáculo para a imersão no livro (para mim foi), afinal, ler um livro é observar uma sucessão de palavras que vão formando imagens em nossa mente. Referir-se a personagens no feminino para depois, em outro momento, descobrirmos que era masculino, pode causar estranheza e de algum modo atrapalhar nossa imersão no universo do livro.

O segundo problema é a narradora. Isso talvez seja o maior salto de criatividade do livro, uma vez que a protagonista nada mais é que uma Inteligência Artificial que, antes, administrava uma Nave (estruturas que desempenham um papel muito importante na dinâmica do Império Radch, onde a história se passa).

Então, por estar em vários lugares, ter vários corpos, olhos e bocas, acompanhar a narração por esse ponto de vista (no começo do livro, apenas) pode ser confuso e nos fazer voltar algumas vezes para entender que o quê estava acontecendo eram duas cenas diferentes.
Em terceiro, tem-se que, pelo menos, no primeiro terço do livro a autora não está nada interessada em explicar nada, então só vai despejando uma enorme quantidade de nomes e informações que você pode ficar ?o que éééééé, senhoraaa????

Mas superado isso, do meio para o fim do livro, quando compreende a dinâmica geral e o que está acontecendo exatamente, você se pega diante de um livro genial, inovador, sem medo de experimentar e lidar com conceitos de ficção científica ainda pouco abordados.

As últimas páginas do livro indicam que é o começo de uma saga, embora o livro possa funcionar como uma história só (pelo menos para mim).

Recomendo demais, ressaltando que talvez seja necessário certa força de vontade para passar dos primeiros capítulos.
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AventureiroLiterário 07/11/2023

Um começo promissor para uma ficção científica diferentona
Quando comecei o primeiro volume da trilogia Radch, não sabia muito bem o que esperar, além de ter expectativas de que seria mais uma saga de ficção para levar comigo na memória. De fato, o primeiro volume foi uma leitura positiva, mas não foi totalmente o que eu esperava, seja para o bem ou para o mal.

Acredito que o principal problema dessa obra (assim como o motivo dela ter notas tão divergentes) é como o universo desse livro é extenso e com riquíssima construção política, cultural e religiosa etc. Isso normalmente não seria um problema, mas como a autora precisa explicar o máximo possível para contextualizar o leitor na história, acaba sendo uma quantidade absurda de informações para se absorver.
Tivesse ela feito essa distribuição de contexto do cenário ao longo da narrativa, não seria um problema e talvez até permitisse ao livro ganhar uma nota mais alta, porém, ela foi pelo caminho de iniciar o primeiro volume com uma longa explicação de tudo que você precisa saber sobre o universo antes da história andar. As primeiras 200 páginas aproximadamente (isso é, metade do livro), são uma situação em que os personagens principais estão presos em um ambiente só e tendo conversas, onde, através dessas conversas, temos flashbacks do passado com todas as explicações necessárias para se entender o funcionamento das coisas e por que os personagens estão ali.

Eu sou um apaixonado por criação de mundos fantásticos, então essa forma de contar a história não me incomodou, mas eu entendo totalmente as pessoas que não gostaram e abandonaram o livro antes dele começar a se caminhar para o conflito principal. Consigo entender completamente o fato dessa obra ter ganho tantos prêmios da categoria, mas tem uma nota tão divisora de opiniões, tanto aqui quanto na gringa.

Mas, apesar de tudo que eu disse anteriormente, os demais elementos do livro são bons. Breq, a personagem principal, é uma IA que se tornou rebelde por motivos pessoais e como o livro é todo escrito em primeira pessoal do ponto de vista dela, podemos entender bem suas motivações e as contradições que surgiram em sua cabeça. A autora conseguiu criar uma personagem não-humana com uma complexidade maravilhosa e soube como passar esses conflitos na cabeça dela de uma maneira muito original.
A relação dela com outros demais personagens secundários, especialmente com Seivarden, é muito legal de se acompanhar. E, embora eu tenha gostado da forma como o relacionamento desses dois foi se encaminhado até o final, achei que teve uma virada de chave muito repentina na cabeça dele e um pouco forçada. Talvez, se o livro tivesse momentos com o ponto de vista de Seivarden, para entendermos o que se passou na cabeça dele, suas decisões ficassem mais condizentes com a forma que aconteceram.

O conflito principal, assim como o desfecho do primeiro livro, foi satisfatório. Ele conclui alguns arcos abertos no início da obra, mas também deixa alguns em abertos, além de iniciar outros para que sejam explorados em suas duas sequencias. Se dúvidas lerei a trilogia inteira e já estou ansioso para o próximo, que acredito eu, será ainda melhor.
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Fabiene.Barbosa 01/10/2023

Uma nave com uma inteligência artificial incrível é vítima de traição pelo império ao qual ela serve e acaba sendo rebaixada a humana. Um tempo depois, ela tem tudo que precisa para retornar e colocar em prática o seu plano de vingança.
O livro é bem interessante e denso. Em alguns momentos a narrativa acaba sendo um pouco maçante, mas a história em si e o seu desenrolar são maravilhosos.
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Flôr 09/08/2023

Leiam!
Nunca imaginei que um livro de ficção pudesse ser tão incômodo, ao retratar simbolicamente a realidade!

Gostei muito ???
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