Wania Cris 14/04/2024Tava indo até bem...O principal mérito do livro é ser instigante. Ele desperta muita curiosidade e os capítulos se passam com muita agilidade até ali pelo meio do livro, depois vai perdendo fôlego...
A autora colocou muitos elementos na trama e acabou por não conseguir unir todas as pontas. Acho que até ela foi se cansando da estória e largou muita coisa pra lá. Por exemplo, a Ava. Começa tão presente, tão cheia de interesse e tal que a gente acha que ela tem algo a ver com o mistério, mas, do nada, a mina some. Toda a situação de Siattle não se justifica como mistério nem como mote. O rabo preso de Will não seguraria um desenho na geladeira, frágil e fraco. Iris se torna chata no decorrer do livro, a autora pesou no drama da moça que se tornou cansativo. Dave era um bom coadjuvante e sumiu do nada. Tantas pontas soltas que mais parecia um poncho.
Will não era mocinho nem bandido à altura do suspense e o mistério que ele não arria revelar não suportaria 15 minutos de conversa. Mas o pior é que ele alega ter sido obrigado a agir pela chantagem de Corban, mas no final diz que quando conheceu Iris já estava no esquema. Faltou liga, dona autora.
O absurdo maior do livro é que a única personagem descrita pela cor em várias situações ser a vilã. Achei bem racista da parte da autora, principalmente pelo fato da estória se passar em Atlanta. Pessoas pretas não faltaram para todas as funções no livro, mas a única era justa e te a banida...
A tradução foi feita por Amanda Moura que fez um bom trabalho na escolha das palavras.