O Palhaço Tetrafônico

O Palhaço Tetrafônico Ariano Suassuna




Resenhas - O Palhaço Tetrafônico


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Rafael1906 23/10/2023

Um espetáculo digno do autor.
Esse é o último livro que Suassuna escreveu, cheio de referências da literatura, filosofia e história do mundo. Um romance extenso e espetacular que o autor baseia na construção de uma obra que une toda cultura brasileira, assim como foi com Cervantes e Dante. Ele referencia essa obra com outras obras de autores que, de acordo com ele, foram os que mais se aproximaram do ato, como Machado de Assis, Euclydes da Cunha, Lima Barreto, José de Alencar e Aluízio Azevedo. Além disso, o livro é cheio de figuras da arte armorial, com xilogravuras, poesias e canções que remetem ao popular.
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SamuellVilarr 21/07/2021

Dom Pantero no Palco dos Pecadores, O Palhaço Tetrafônico.
Finalizo aqui a obra e mais precisamente, a última obra escrita em vida por Ariano Suassuna, Romance de Dom pantero no Palco dos Pecadores, no qual é dividido em dois volumes, sendo o primeiro "O Jumento Sedutor" e o segundo "O Palhaço Tetrafônico". Aqui está toda a síntese de sua obra, da composição desta e de toda competência e esforço que sintetiza toda a sua produção, o próprio descreve como a sua obra principal, a obra de sua vida, pois, compõe a junção de seu romance, seu teatro e sua poesia, também acrescentaria que aqui, também está toda a sua demonstração de influência e de formação filosófica, literária e de sua biografia, aqui não se faz ausência de detalhes autobiográficos, isso tudo compondo assim aquilo que ele chama de "A Ilumiara", mais especificamente, a sua Ilumiara. Conseguimos perceber os esquemas, os aspectos que Ariano utiliza para juntar as características artísticas como maneira profunda de demonstração de sua obra, pois a perscpectiva do leitor é de que ele está participando de um teatro, no qual os personagens estão encenando, recitando e claro, atuando e dialogando. Vemos em todo decorrer da obra linhagens das famílias que ele cria, os "Shabinos" e os "Savedras", penso eu, que seja como uma forma de caracterizar as suas influências e demonstrar a parte significativa de seus personagens, assim unindo a parte referencial e de sua família, no qual a representação está presente neste setor, mais precisamente nos seus irmãos, no qual sua aspiração mais profunda e significativa daquela tal junção de teatro, romance e poesia, ou seja, de sua obra, está absolutamente associada com a admiração e com a mesma persistência de Quaderna, na Pedra do Reino, de produzir uma obra transcendental, magnânima, aquela que ele já teve muitas ideias de como poderia ser nomeada, contudo, no final, a conhecemos como esta, Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores, apresentando sua Ilumiara e evocando seus personagens, essa que está presente, como o próprio autor diz, em sua poesia, assim percebemos, que há algo de grande e de poético que desenvolve e compõe essa obra. Percebemos também o aspecto da consciência de continuidade por parte do personagem, para com a obra produzida pelos seus irmãos, e em geral, por sua família. Aqui há características metafísicas, filosóficas, literárias, teatrais, poéticas, assuntos da própria obra do autor em uma tradição que faz parte do seu universo, no qual, aqui se abrange e se sintetiza, formando uma bela e muito bem produzida obra.
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Valéria Ribeiro 17/02/2020

Magistral
erminei a leitura do “Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores” há uns quinze dias ou mais.

Confesso que ainda não sei identificar a natureza do livro. Ariano Suassuna, mais do que nunca, mostra-se magistral.

O texto é primoroso, mas não de fácil leitura. Exige folego.

Pode ser considerado um romance, afinal tem história adequada a esse estilo. Ocorre que também é teatro e poesia. Elenca textos condizentes com esses dois modos literários.

Ainda, trata de questões filosóficas (ética, o bem e o mal, moral na arte...), bem como políticas (principalmente o cenário presente na década de 1920/1930 em Pernambuco).

Realiza um passeio pela literatura universal ao incorporar à história excertos de Shakespeare, Dante, Victor Hugo, Júlio Ribeiro, Aluísio Azevedo, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, Machado de Assis, José de Alencar, Leandro Gomes de Barros ...

Extremamente poético (com certa dose de humor, muito peculiar às suas obras), Suassuna retrata o Sertão e sua gente, suas cores, seus cenários, sua cultura. Discute estética, artes plásticas, literatura, tudo isso por meio de dezenas de personagens que, ao fim e ao cabo, parecem-me ser o próprio Autor.

Ariano, mais uma vez, aparece como um Gigante da Literatura Nacional.
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