A Política Sexual da Carne

A Política Sexual da Carne Carol J. Adams




Resenhas - A Política Sexual da Carne


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Mel 24/11/2020

Leitura obrigatória para todos.
Esse livro fez minha mente explodir e eu passei a enxergar tudo de forma diferente depois de lê-lo. A princípio não fazia ideia do que a autora poderia querer dizer com "uma teoria crítica feminista-vegetariana", mas assim que comecei a ler tudo ficou tão óbvio que eu não sei como nunca pensei ou entrei em discussões e reflexões sobre o assunto antes. Acho que todas as pessoas deveriam ler esse livro, definitivamente. Com certeza todo vegetariano/vegano deveria ler, para refletir sobre a profundidade do problema do especicismo e da luta vegetariana. E todas as outras pessoas deveriam ler para refletir sobre seu consumo de carne. Mudou minha vida com toda a certeza e não falo da boca pra fora. Enxergo nitidamente a ligação entre as lutas contra o machismo, o especicismo e o racismo. Acho só bom avisar também que, quando terminei o último capítulo eu já estava fortemente enojada com a sociedade.
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Ju 21/11/2020

?Coma arroz e tenha fé nas mulheres ?
Livro muito necessário ( pra mim ) para reafirmar mais um ponto da escolha da minha dieta!
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Rafa 21/10/2020

Importante, mas poderia ser + acessível
É um livro extremamente necessário! Recomendo principalmente para pessoas que estão na transição de parar de comer animais. Porém gostaria de ver essa temática em um livro mais atual, abordado de uma forma mais acessível.
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Marcela.Becegato 18/09/2020

Genial! Mudou muito a minha forma de enxergar o mundo! Repensei tudo. Já não como animais há mais de 5 anos e mesmo assim acrescentou muito.
Achei as muitas introduções um pouco cansativas e a forma que as notas e referências estão organizadas um pouco ruim.
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Kaline.Alencar 17/07/2020

Mesmo não concordo em alguns pontos com a autora, essa leitura foi um aprendizado enorme que mudou minha perspectiva sobre a opressão sofrida por animais e mulheres.
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Gabi Guerra 08/05/2020

Polêmico, assertivo:eu não quero me sentir umpedaço de carne
Li o livro por indicação de uma amiga. A escrita é acessível, mas o arcabouço de referências infelizmente não é.
A parte inicial do livro é a melhor! Conseguimos compreender a tese da autora e reconhecer exemplos práticos do que ela sustenta.
Alguns capítulos achei repetitivos
e com referências literárias muito específicas.
No entanto, as fotos, ao final do livro, comprovam cabalmente a relação entre a carne animal e a carne feminina, demonstrando o domínio masculino no consumo daqueles alimentos. Imagens valem mais do que mil palavras, né?
Só recomendo para quem não tiver preconceito com ideias minoritárias e contra as ?verdades? dominantes.
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karolaraujov 29/04/2020

Leitura essencial
Em vários momentos a leitura foi esclarecedora e me fez abrir os olhos a várias questões que nunca havia parado para pensar com atenção, em outros momentos me deixou a ponto de chorar.
Extremamente engrandecedora e necessária.
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LivroAleatorio 09/04/2020

Poderia ser mais acessível
Mesmo sendo vegana e feminista a minha leitura foi arrastada. A linguagem do livro é bem técnica e pouco acessível para algumas pessoas. Apesar do tema, a vontade de ler foi caindo por conta disso. Queria Indicar para as pessoas próximas a mim mas, pela linguagem, eu sei que não vão gostar de ler. Creio que é um ponto muito importante pois, quando se fala de movimentos e causas sociais/animais e se usa uma linguagem de difícil acesso, se restringe o tema às elites. É veganismo e feminismo para quem? As aberturas de capítulos são sensacionais, além da reflexão sobre os corpos dos animais e o das mulheres. Porém achei o livro cansativo.
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Joana 07/04/2020

Já parou pra pensar como a palavra ?carne? é usada para dissociar o produto que encontramos nas prateleiras dos mercados da verdade sobre o abate de animais? O referente ausente faz isso, separa a ?carne? da ideia do animal que era antes. Quando se pensa no leite e ovo, a chamada proteína feminilizada - porque só produzida por femeas -, é a mesma coisa, só que agora as fêmeas são duplamente exploradas.
O modo como é estruturada as relações de gênero na nossa sociedade está relacionada a forma como vemos os animais e estes são consumidos, afinal, crê-se na supremacia dos animais humanos, justificando assim seu domínio sobre os demais: isso é a política sexual da carne. Não é difícil perceber que tal dominação perpassa a relação humano/ animal e entra na relação de gênero. A carne passa a ser símbolo da virilidade masculina - e de exploração da mulher. Não é incomum associações de termos animalescos para se tratar de uma relação pejorativa com a mulher. O consumo de carne recai em questões de gênero também.
A questão fica ainda mais ampla quando se pensa nas estruturas da indústria de carne: grandes empresas que exploram animais, trabalhadores e domínio dos meios de produção.
A questão não é só sobre o que botamos no nosso prato, mas sobre as engrenagens de um sistema que explora animais, pessoas e destrói a natureza e ecossistemas... Pense nisso!
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Lauren / Biblioteca de Lilith 04/04/2020

Vegetarianismo e feminismo
Quando a gente se abre para a busca de conhecimento e se dispõe (de verdade) à reflexão, este é um caminho sem volta... Sem volta a indiferença, à ignorância, a não problematização das coisas, porque você entende que tudo é muito mais complexo do que aparenta. As questões não têm respostas simples, nem frases lacradoras prontas.

Analisar situações e ?verdades? sobre outras perspectivas é também um exercício de empatia e de autoconhecimento porque começo a me perguntar ?em quem eu quero me tornar?? , ?e se fosse comigo??, ?com o que eu quero compactuar??, ?para onde eu vou olhar??, ?e para o que vou me cegar??, ?o que mais importa além de mim mesma??. Minha preocupação está somente relacionada ao que me atinge diretamente?

O livro ?A política sexual da carne ? uma teoria feminista vegetariana? faz uma relação bastante provocadora e interessante entre a sociedade patriarcal e a dominação masculina com o consumo de carne e a objetificação/sexualização das mulheres. Na obra são abordadas ideias, assuntos e conceitos como o ?referente ausente?, ?carnofalogocentrismo?, retalhação e fragmentação dos corpos femininos e dos animais, ?antropornografia?, estupro, discursos de poder, hábitos culturais entre outras tantos temas que realmente nos colocam a repensar uma série de questões.

A leitura revisa fatos históricos e culturais que nos fazem entender alguns pontos de nossos comportamentos e crenças atuais, como também ressalta a importância das questões simbólicas e representativas na construção de nossa sociedade, incluindo discussões sobre gênero e sexualidade. Sim, existem muitas relações entre estes assuntos com o consumo de carne, e consequentemente com a dominação masculina e o patriarcado.

Quando parei de comer carne há anos atrás, tinha várias razões para essa escolha, porém na época nunca havia me ocorrido algumas reflexões que hoje me fazem entender o quanto esta é uma escolha refletora também de um grande ato feminista.

Está mais do que na hora, enquanto sociedade contemporânea e evoluída em tantos quesitos, começar a questionar, buscar alternativas e olhar mais ao nosso redor.

?Mas o que é necessário no desenvolvimento de uma teoria feminista-vegetariana é a sensibilidade aos significados literários e históricos que diferem das interpretações tradicionais. Qualquer atividade que se oponha ao costume predominante exige, inovação, persistência e motivação?.

?As atividades vegetarianas reagem ao consumo patriarcal e opõem-se ao consumo da morte. A atividade feminista-vegetariana declara que existe uma visão de mundo alternativa, uma visão que celebra a vida em vez de consumir morte; uma visão que não depende de animais ressuscitados, mas de pessoas que tem poder de decisão?.

?A carne é ?uma relação estrutural no poder?, na qual se acredita que o poder é transferido para quem a consome. A ideia de que a carne da resistência física deriva desse poder simbólico. A carne reflete o poder masculino toda vez que é consumida. Das mulheres simbolicamente derrotadas flui o imaginado poder, que é assimilado pelo vencedor. Assim, a carne é ao mesmo tempo animalizada e masculinizada?.
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Raoni Pereira 28/07/2019

Carol J Adams apresenta neste livro que o feminismo e o veganismo são contínuos e imprescindíveis na luta contra a opressão é o patriarcado.
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@dropsdeleitura 04/02/2019

Desafiando hábitos
Por mais que você não tenha interesse em mudar o seu cardápio sagrado, recomendo a leitura. Simplesmente porque a autora faz a gente pensar em coisas que poderiam ser muito óbvias, se a gente tivesse o hábito de pensar um pouco além dos limites do nosso umbigo. .

O que a luta feminista e o movimento vegetariano tem em comum? Muito mais coisa do que eu poderia supor. A autora apresenta sua teoria de forma organizada e embasada, nos fazendo refletir sobre relações de poder, violência (de todo tipo), misoginia e cristalizações culturais nocivas. .

O conceito de ?referente ausente?, utilizado pela autora, fez um BOOM na minha cabeça. Achei genial! .

Ela também é uma fonte inesgotável de indicações literárias, fazendo costuras interessantes entre a literatura e o seu papel na construção (ou impedimento) da teoria vegetarianista e, portanto, da teoria feminista. .

E agora? #partiufarofadebanana
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Ingrid_mayara 16/01/2019

Violência mascarada, vozes silenciadas
Quem nunca ouviu falar da expressão “coisa de mulherzinha”, ou, neste caso, “comida de mulherzinha”? Geralmente, essas duas expressões estão vinculadas ao que consideramos como fraqueza ou bobagem. Eu, que já trabalhei em supermercado, por muitas vezes presenciei esse diminutivo. Além disso, reparei que no decorrer da semana as mulheres costumam comprar os itens de cesta básica, vegetais e laticínios. Nos fins de semana, as filas enchem de homens comprando itens de churrasco e bebidas alcoólicas. Já reparou que homens também são chamados de “mulherzinhas” quando preferem alimentos menos gordurosos? Daí você pode estar pensando: “ok, mas o que isso tem a ver com esse livro?”.

Já ouvi diversos relatos de mulheres que não comeriam carne se não fosse pelo hábito de fazer a refeição para a família toda. Assim como já vi e ouvi mulheres dizendo que a parte maior da carne vai sempre para a pessoa que mais necessita: o homem da casa. Nesse livro, a autora conta algo que eu já sabia: há homens que usam a falta de carne (ou de outros alimentos) como pretexto para comportamentos violentos. Alguns começam a violentar animais domésticos, depois violentam mulheres.

É interessante como as pessoas relacionam o ato de comer carne com a força física, se na maioria das vezes essa mesma carne vem de um animal herbívoro! É interessante notar que em inglês, usa-se “it” para diferenciar os seres humanos de coisas e animais, mas, segundo a autora, certos animais perseguidos para a caça são chamados de “she”. Falando em caças, você já ouviu a expressão “sair pra caçar” querendo dizer “procurar mulheres para se relacionar sexualmente?” Já ouviu alguma mulher dizendo que se sentiu como um pedaço de carne?

Você já reparou o quão espantadas ficam as crianças ao descobrirem a origem do bife que insistem que ela coma? Como você se sentiu ao ver um animal morto pela primeira vez? A autora desse livro conta como as pessoas se acostumam a ver animais mortos e vão perdendo a sensibilidade, quase ao ponto de não sentirem compaixão. Ela fala também como nós alteramos a linguagem para distanciar vitela, por exemplo, de cadáver de bezerro anêmico. É incrível como nas propagandas de queijo e leite as vaquinhas estão felizes, né? E as galinhas sorridentes das embalagens de empanados?

Poucas pessoas que eu conheço sabem como é feita a salsicha ou o hambúrguer, muito menos quais são todos os processos que os envolvem desde o nascimento e abate dos animais. Isso tiraria o apetite, claro. Enquanto isso, há pessoas pelo mundo que nunca precisaram da proteína animal.

Além de tudo isso, há a questão ambiental. Quantas árvores serão cortadas para darem lugar a um novo pasto? Até quando a Amazônia será prejudicada pela pecuária? Até quando o agronegócio causará o desmatamento, o genocídio indígena, a exploração animal e tantos outros problemas?

Quantos litros de água ainda serão gastos apenas para que nós, seres humanos, tenhamos o prazer de comer um hambúrguer? Por que, no dia da água, fazem o aluno se sentir culpado por tomar banho todos os dias, se são utilizados mais de mil litros de água na produção de um litro de leite?

Carol J. Adams me conquistou ao abordar todos esses assuntos — e outros — para explicar como funciona a política sexual da carne na nossa sociedade patriarcal. Um dia vou reler este texto e me lembrar do livro que mudou a minha vida. Foram duas semanas de leitura, muitos documentários e algumas lágrimas.

site: Se quiser me seguir no instagram: @ingrid.allebrandt
Bruna 16/01/2019minha estante
Senti que preciso ler esse livro com urgência. Identifiquei vários aspectos que já me aconteceram, muito boa sua resenha.


Ingrid_mayara 03/02/2019minha estante
Obrigada, Bruna! Tomara que você também goste.


Manulisb 03/07/2021minha estante
Nossa eu estava pensando sobre esse livro e querendo um feedback, muito obrigada vc me fez ter certeza que quero comprar esse livro


Beatriz1627 25/12/2021minha estante
Sua resenha me convenceu a ler esse livro


regianeoa.regi 10/04/2023minha estante
Estou lendo. Adorei a resenha.


GIPA_RJ 09/07/2023minha estante
Muito interessantes as seguintes as considerações. Já fazem mais de 8 anos que me.tornei vegetariano e ainda nada ouvi a respeito disso , pelo menos na.minha frente. Talvez isso varie de cidades grandes para cidades pequenas.



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Camila Faria 20/07/2018

Citado pelo New York Times como “a Bíblia da comunidade vegana“, o livro estabelece uma conexão entre o feminismo e o vegetarianismo, criando uma estreita ligação entre a dominância masculina (a cultura de violência e objetificação da mulher) com o ato de comer carne. Entre muitos outros assuntos, a autora fala sobre o mito e a presunção de que os homens precisam de carne (e têm direito a ela) para continuar saudáveis; sobre o consumo de carne como atividade masculina associada à virilidade e sobre o processo cruel de ver o outro (o animal, a mulher) como algo consumível. Se eu tivesse que sintetizar a ideia geral da teoria, eu diria que ela é sobre não polarizar o sofrimento humano e animal, uma vez que eles se inter-relacionam. Uma crítica leve: achei algumas partes do livro um pouco repetitivas, mas nada que tirasse a relevância e o prazer da leitura. Para veganos, vegetarianos e TODOS que possuem uma mente aberta a respeito do assunto.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-22/
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