spoiler visualizarPriscila Debly 23/07/2018
Borboleta que voou
Gostaria de começar com algumas palavras sobre o livro da Lilian Vaccaro de um jeito diferente. Não gosto de tradicionalismos das resenhas (sei também que, às vezes, são necessárias as tradições). Nas palavras abaixo vocês encontrarão as minhas “impressões da leitura”, pois faço as comparações comigo e não uma resenha propriamente dita... Primeiro este livro tem algo inesperado, aquele que o leitor começa a questionar se aquelas páginas iniciais ficarão apenas na biografia da moça “Lilian”, ou será que aprenderei algo com ela? Por isso vou tirando minhas conclusões mais adiante na leitura. E por falar nas páginas iniciais, elas me fizeram gargalhar (rir alto!). A juventude da moça, protagonista, é repleta de brilho, algumas travessuras que me lembram as minhas – (a parte do roubo e venda e salvar o cãozinho, me lembrou uma travessura que fiz). Foi assim que comecei a traçar o perfil agitado da Lilian.
Bom agora vamos começar, não é?
Em alguns momentos do livro, vou fazendo meus feedbacks com palavras: um deles “Londrina”. Puxa vida! Este lugar eu fui criada desde a infância e adolescência até os 18 anos, e tudo que Lilian disse é a mais pura verdade, local em que as pessoas são mais sinceras e frias, difícil de achar um emprego, pessoas preconceituosas, Afeeeee, odeiooo!! Exceto pouquíssimas pessoas: familiares e amigos que são maravilhosos em minha vida e ainda moram lá. Eu tive uma experiência muito ruim nesta cidade também. Outra palavra que adorei em seu livro: “Espelho, espelho meu!” Título do meu livro. Minha referência para vida! E outra palavra importante que Lilian fala em todo livro “borboleta”, por ela ter um significado imenso para mim, e claro, para todo o universo, essa transformação de Lilian é visível pela leitura de seu livro. É como se ela tivesse mesmo no casulo e depois virasse crisálida. Eu não conheço Lilian a fundo, só uma vez a vi, no lançamento da editora dela, e mesmo assim é nítido a mulher guerreira e alegre que ela é, só de ver já traz todo esse sentimento.
A palavra perfeição, ligada aos fatos de sua juventude, me trouxe a relação de quando ela se sentia em plena forma física. Vivenciei uma leitura prazerosa na parte da juventude e romance com seu atual marido, Walter, na qual ela faz questão de afirmar que a família e o elo com a fé são fatores primordiais em sua vida! Em seguida nascimento dos filhos: Giovanna e Luigi em que fala bastante. E para ela foram as melhores coisas que ocorreram, mesmo com caos de ter que enfrentar a 2ª gravidez, ela fez questão de dizer que o elo familiar é muito mais importante que estética. Isso para mim é perfeito.
As palavras perfeição e imperfeição são trabalhadas como uma Metáfora, na qual as antítese e metáforas se encontram para ligarem e traçarem o perfil de Lilian. Pois em momento de descontentamento com sua estética, (várias vezes aparece a palavra “gordinha”, “gorda”), ou seja, a não aceitação de si mesma ao se olhar no espelho, fazia a contrapartida das ações que ela tinha, ela tinha o “ser”, ser presente para sua família, amor a tudo aquilo que faz, isso contrapõe muito entre “Perfeição” e “imperfeição”. Vida perfeita X Vida imperfeita.
É neste sentido que brinca com leitor e nos faz refletir qual o valor da vida, se não amar a nossa família. Mas um outro ponto positivo que ela buscou, e muito importante foi “amar a sim mesma”. E tudo no quebra-cabeça foi encaixado, no seu tempo, precioso tempo para ela, em que a fase da mulher “balzaquiana”, de Honoré Balzac, “mulher de trinta anos” nos traz considerações e valorização a mudança da mulher quando ela começa os trinta e poucos anos, foi assim que Lilian passou a fase dela “Balzaquiana”, virou borboleta.
Ela percebeu o quanto era importante voar!
Um fato que chorei: “Quando estava esperançosa a busca do trabalho, em Londrina, mas lugar ruim de achar emprego e a diretora “Rosane” indicou ela para uma outra escola. Assim ela estava feliz e animada, mas a outra diretora foi preconceituosa com ela e não deu o emprego para ela. Este fato não aguentei, pois tenho aversão às pessoas preconceituosas e pensei em quantas pessoas passam diariamente por este fato, meu deu um nó na garganta.
Um fato que me surpreendeu: a UTI, quando ficou internada após a cirurgia do estômago. Não esperava tudo aquilo! Fiquei horrorizada! E você terá que ler para saber destes fatos...
E por fim, mas não menos importante: Eu amei que ela voou!! E que voo é este, produção? Uma Lilian – Editora-chefe.
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