O Movimento Negro educador

O Movimento Negro educador Nilma Lino Gomes




Resenhas - O Movimento Negro Educador


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Messias 21/04/2024

O meu problema com esse livro talvez seja mais seu contexto de produção do que o conteúdo em si. Tudo o que a Nilma Lino Homes trás a respeito da importância dos movimentos negros no processo de educação é muito, muito bom. Mas a associação aos conceitos do Boaventura S. Santos acho, em alguns momentos, muito forçada. O livro é resultado da pesquisa de pós-doc da Gomes, então, como eu disse, o meu problema é com esse contexto de produção. Se ela tivesse escrito o mesmo livro sem focar tanto no diálogo com os conceitos do Santos acho que seria um trabalho bem melhor, mais objetivo e mais focado.
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eurenato 08/01/2024

Obra central
O Movimento Negro como produtor de emancipadores saberes identitários, políticos e estético-corpóreos. Nos últimos anos este trabalho político foi responsável por trazer para o centro dos debates a luta antirracista. Por isso a voracidade do contra-ataque racista se mostra tão grande. A luta contra a desumanização é constante e as ferramentas erguidas até aqui fortalecem mais e mais as possibilidades de construir um país menos desigual.
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A pedagogia da diversidade é uma pedagogia da emancipação.
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Uma honra ter aula com a professora Nilma Lino Gomes. Educadora, Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e também do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos da presidenta Dilma Rousseff. Muita partilha, emoção de pensar Brasis porvir, imenso aprendizado.
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ma(fê)ia 16/07/2023

Movimento movimentos
Pensar sobre os processos de construção de identidade do povo negro, é pensar sobre a incorporação desses sujeitos na sociedade e em como, dentro dela, se diferenciam do outro.

Acredito, que só avançamos e iremos avançar devido ao Movimento Negro, se não fosse pelos nossos ancestrais pressionando e resistindo, acredito que a metarraça teria alcançado seu apogeu.

Não vivemos em uma democracia racial, e sua bramquitude e o seu pacto, ainda contribui para a violência contra o nosso povo
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Leila267 29/04/2023

Aprendi muito!
Eu classificaria esse livro como um livro acadêmico.
É um livro riquíssimo, mas imaginei que seria um livro com a linguagem mais acessível ao grande público, contém muitos termos e conceitos, que é necessário uma pesquisa prévia para entender melhor o contexto do assunto, pelo menos no meu caso, que não sou da área.
Achei a leitura cansativa, na verdade, é tipo um estudo mesmo, é muito denso, mas riquíssimo em informações e conhecimentos, sem sombra de dúvidas, aprendi muito com o livro. Apesar de que, talvez, seja uma leitura mais fluida, para os leitores que são "nível intermediário" em estudos das ciências sociais.
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Mirely.Aline 14/04/2023

Sensacional!
Leitura muito boa, sobre como lutas como antirracismo, movimento lgbt, movimento indígena entre outros são movimentos que reeducam, que mudam a sociedade; a partir disso ela esquematiza por exemplo as leis que mudaram a partir do movimento negro sobre inserir disciplina da historia afro-brasileira etc. Bom dms!!!
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r.reads 10/01/2023

4,8

LEIAM

obs: só senti falta de uma organização das ideias no decorrer do texto (as vezes o raciocínio parecia confuso e pouco fluido. talvez eu seja só burra? talvez) e uma adaptação ou mais nota de rodapé para explicar conceitos mais complexos e explicação de como eles se lincam com as ideias apresentadas (mas nada que um google não resolva)
de novo LEAIM.
Leila267 28/04/2023minha estante
....verdade, muitos conceitos que poderiam ser destrinchados no próprio livro, tornaria a leitura mais fluida....
...mas é um livro que trás muito conhecimento...


r.reads 28/04/2023minha estante
@Leila.Paula simm,
é um pouco "triste" já que por conta da linguagem e edição, não vá chegar a muitas pessoas
mas ainda sim é muito bom mesmo, muito importante


Leila267 28/04/2023minha estante
...exatamente isso!




Hyra 24/12/2022

Nilma lino gomes rainha de mais como pode ela estar sempre certa????? Dona do mundo acadêmico e digo mais
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Edu 16/12/2022

Este fantástico livro, publicado pela Editora Vozes no ano de 2017, é o resultado de uma investigação histórica da professora Nilma Lino Gomes, sobre o movimento negro e sua relevância no processo educacional e emancipatório brasileiro.


Nilma Limo Gomes é professora da FAE/UFMG, com um currículo acadêmico fabuloso, mas também ativista na luta contra o racismo. Foi a primeira mulher negra a assumir a reitoria de uma universidade federal. Ocupou também cargos importantes referentes a luta contra o racismo e da defesa da mulher no governo de Dilma Rousseff.


O livro é prefaciado por Boaventura de Souza Santos um dos maiores intelectuais da atualidade, que também foi orientador da professora Nilma no seu pós-doutorado. Que diz o seguinte a respeito do livro:

? Este livro seduziu-me pela inovação e criatividade. Seduziu-me também por mostrar de modo muito convincente como se constrói na sociedade o saber que dá mais força e legitimidade às nossas aspirações de uma sociedade mais justa; como é possível nas nossas sociedades, tão desiguais, tão injustas e tão violentas, converter vítimas de opressão em atores políticos que protagonizam a resistência e a luta. Estou certo de que aquilo que me seduziu neste livro seduzirá todos os seus leitores e suas leitoras?(p.11)


De fato o livro é muito sedutor, pela analise proposta pela autora de apontar o movimento negro, como principal protagonistas dos avanços sociais e educacionais na luta contra o racismo.

? Entende-se movimento negro as mais diversas formas de organização e articulação das negras e dos negros politicamente posicionados na luta contra o racismo e que visam à superação desse perverso fenômeno da sociedade?(p.23)


A autora se apropria de termos caros a Boaventura como: sociologia das ausências ( ou seja, revelação e denúncia de realidades e atores silenciados) e sociologia das emergências ( revelação de novos conhecimentos e de outras áreas de emancipação social). A autora usa o termo Pedagogia no lugar de sociologia. A professora Nilma Lino Gomes nos mostra a importância do movimento negro na promoção de saberes identitários, políticos e estéticos-corpóreos.


? A compreensão dos saberes produzidos, articulados e sistematizados pelo movimento negro tem a capacidade de subverter a teoria educacional, construir pedagogia das ausências e emergências, repensar a escola, descolonizar os currículos. Ela poderá nos levar ao necessário movimento de descolonização do conhecimento".(p.139).
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Richard 09/06/2022

livro importante!
esse livro é muito bom para entender várias questões pedagógicas e, principalmente entender sobre as questões do Movimento Negro no Brasil, com suas respectivas lutas(que tiveram lindos e grandes resultados). assumo que minha leitura com esse livro foi bem lenta e em alguns momentos "chata", mas mesmo assim, me rendeu várias anotações/reflexões. fico em dúvida se é um livro mais introdutório ou não, por conta da escrita meio complexa em algumas partes do livro.
destaco que pra mim a grande lição que aprendi com esse livro foi que todos os direitos dos negros e negras, em toda história, foram 100% por conta das suas lutas e reivindicações, e não graças à algum político branco "progressista".
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Morganna 28/05/2022

Necessário
Tranquilo de compreender, livro curtinho e um tema indispensável, além de tudo, proporciona boas reflexões.
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Matheus 30/10/2021

Uma ecologia de saberes emancipatórios do movimento negro
A obra discute de forma clara e acessível acerca dos saberes emancipatórios produzidos no contexto dos movimentos sociais negros brasileiros. As inflexões tecidas por Nilma Lino Gomes, a partir do pensamento das Epistemologias do Sul em Boaventura de Sousa Santos, traz para o escopo do pensamento negro e da construção de conhecimentos a necessidade de inserção da história, cultura e política do movimento para a formação da sociedade nacional, buscando a superação do racismo e do mito da democracia racial, a exemplo da corporeidade negra que necessita ser valorizada que e um dos caminhos de saberes para o enfrentaremos a práticas racistas.
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Alcione.Ferreira 03/01/2021

A obra é fundamental para compreendermos a potencialidade pedagógica do Movimento Negro e a importância do mesmo para todas as conquistas no campo da educação, em busca de uma perspectiva antirracista, no Brasil.
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Lais Porto (@umaleitoranegra) 11/07/2020

O movimento negro educador
Nilma Lino Gomes é uma figura muito conhecida, reconhecida e importante para o movimento negro e de mulheres negras, ter lido a sua obra foi de uma beleza enorme, muito aprendizado e conhecimento sobre a minha própria história, sobre os que vierem antes de mim, sobre o caminho percorrido e que agora está sendo construído pela minha geração.

Nilma mostra a trajetória das lutas e conquistas do movimento negro no que se refere a educação, mais em especifico a educação formalizada em escola, ela foca desde o início do século XX. Também frisa os períodos dos governos, os avanços que aconteceu no governo do Lula, Dilma, até que ocorre o golpe e Michel Temer assume, a partir daí foi só ladeira a baixo...

Acredito inclusive que o livro vai precisar de uma nova edição, pois no desgoverno de Bolsonaro está acontecendo as retiradas das cotas como política afirmativa, voltando ao passado onde a universidade era permitida apenas para a elite que desfruta de uma educação de escola particular.

No livro conta a enorme batalha que foi para conseguirmos ter as cotas raciais, como teve muitas pessoas que se dizia antirracista, mas preferiu votar contra as cotas raciais com o discurso falso de que as cotas fortalecem o racismo, só demonstrando como pessoas brancas morre de medo de perder seus privilégios e mostrando como nós negros precisamos ter muito cuidado ao ter a branquitude como aliada.

Felizmente as cotas foram aceitas e isso possibilitou o acesso de pessoas negras, quilombolas, de baixa renda na universidade, desde então a luta é fazer com que essas pessoas consigam permanecer e concluir sua graduação.

Outra batalha nesse mesmo contexto foi para poder mostrar que com o acesso desse público na universidade não iria prejudicar a qualidade do ensino e da aprendizagem, estudos foram feitos e demonstraram que os cotistas tinham até notas melhores do que os que passaram por ampla concorrência, isso só pontua como os negros sempre estão correndo duas vezes mais do que as pessoas privilegiadas.

Um dos pontos que Nilma trouxe no livro e que fiquei maravilhada foi como ela falou sobre a corporeidade, não somente do corpo físico, mas sobre como nos posicionamos nessa sociedade racista, sexista, lgbtfobica, como o movimento negro educa além do que a escola consegue proporcionar, o movimento negro educa corpos negros para vida, para sobreviver, resistir e viver.

Por fim, Nilma faz um alerta sobre a importância do diálogo entre os vários movimentos, são eles: Movimento negro, Movimento sindical, movimento feminista, movimento lgbt, movimento indígena, movimento de mulheres negras, movimento dos trabalhadores sem terra, todos esses movimentos com suas lutas precisam se conectar, pois como Nilma mostra o inimigo é o mesmo para todos, o racismo, o patriarcado, o capitalismo global que destrói as nossas vidas.

Esse foi o livro que mais grifei, fiz marcações, eram muitas informações importantes. Super recomendo que vocês leiam e tenham esse livro como livro de cabeceira, e que também acompanhe a trajetória da escritora Nilma Lino Gomes.



site: https://leitoranegra.blogspot.com/
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Roseane 13/06/2020

O Movimento Negro Educador
Nos últimos dias ocorreram atos antirracista em vários países pelo mundo. Uma reação ao assassinato a sangue frio e em via pública de um homem negro estadunidense chamado George Floyd. Em protesto incendiaram a delegacia de Mineápolis/EUA. E então uma pergunta ficou no ar: por que o Movimento negro brasileiro não faz o mesmo?
Deve-se ter em mente que a diáspora não pode ser igualada. Cada país teve seu processo de colonização como por exemplo o Haiti, Brasil, Colômbia, Cuba... Todos usaram mão de obra escravizada sequestrada de África e possibilidades de (re) existência foram construídas de forma diferente. O que os iguala é o racismo e a crueldade imperialista que massacrou corpos, identidades, violou crianças, abandonou idosos.
O livro fala da trajetória do movimento negro enquanto educador.
Escrito em um período de grandes mudanças políticas devido ao Golpe disfarçado de impeachment. Foi início de uma era de retrocessos e realinhamento de políticas neoliberais.

Uma das primeiras ações dos golpistas foi, extinguir o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial. Da Juventude e dos Direitos Humanos.
O movimento negro tem sido o protagonista de muitas vitórias. A inclusão do racismo como crime inafiançável na constituição Federal e a obrigatoriedade do estudo da história afro-brasileira e africana nas escolas públicas e particulares são alguns exemplos.

O debate racial foi ampliado e hoje somos gratos a todos que na época da ditadura militar foram perseguidos, espancados e mortos pela luta antirracista.
A autora não se prende em conceituar o que é ou que não é o movimento negro, mas se importa em compreender a potência desse movimento social e destacar as dimensões mais reveladora do deu caráter emancipatório, reivindicativo e afirmativo. Ele é o grande produtor, sistematizador e articulador de saberes. Educa pessoas, coletivos e instituições sociais.

Escolheu focar na educação por ter sido um direto sistematicamente negado por muito tempo as negras e negros brasileiros. A condição de desigualdade que o negro se encontra nunca foi uma simples coincidência ou uma mera sequela inevitável da escravidão, mas e sim fruto de um complexo sistema racista, uma aliança entre a elite, estado, o judiciário e a igreja que intencionalmente dificultavam a transição do ex-escravo/livre para cidadão.
O início do século XX foi o ápice do racismo científico que atribuía a população negra o lugar de inferioridade. Surge na mesma época a imprensa negra, Jornais que tentam romper com o imaginário racista construído no final do século XIX. Em 1931 a Frente Negra Brasileira visava educação e integração do negro na vida social político e cultural e principalmente na denúncia ao racismo.

O Teatro experimental negro (TEM) nasceu em 1944 para contestar a discriminação racial, formar atores e dramaturgo. O TEN alfabetizava seus participantes recrutados entre empregada doméstica, favelados e operários.

Em 1978 surgiu o Movimento Unificado Contra a Discriminação Étnico-Racial (MUCDR) que foi rebatizado como Movimento Negro Unificado (MNU). Organização tem caráter nacional e tem a educação e o trabalho como principais pautas. O MNU talvez seja o principal responsável pela formação de uma geração de intelectuais negros que se tornaram referência acadêmica na pesquisa sobre relações étnicos-raciais.
Apenas em 2001 que o Brasil reconheceu pela primeira vez internacionalmente a existência institucional do racismo. Desde então o movimento negro intensificou o processo de politização e ressignificação da raça.

É necessário construção de uma nova pedagogia, a pedagogia das ausências. Tudo que fora silenciado e desprezado pelo Norte Global com seu epistemicídio deveria ser revisto. O saber civilizatório e a ciência negra/indígena devem ser usados para educar e humanizar. É através de nossa história que vamos construir nossa identidade.

Raça é uma construção política e social e o racismo organiza um sistema de poder econômico de exploração e exclusão segundo Stuart Hall, citado pela autora.

Ressignificar o 13 de maio nas escolar e ensinar sobre Zumbi de Palmares e o 20 de Novembro é nos fortalecer.

A estética corpórea negra ocupa um local central como educador. O imaginário social é construído baseado em estereótipos para desqualificar, inferiorizar o negro aponto dele próprio negar sua existência ou até mesmo negar a existência do racismo. Regulados por um padrão branco europeu o negro já nascia “com defeito” (grifo meu).

Cor de pele, tipo cabelo, formato de nariz, formato de corpo são definidores de beleza.

Em meio ao processo de auto reconhecimento o capitalismo não da trégua e toma pra si símbolos étnicos, esvazia-os do seu sentido político e os transforma em mercadoria.

O mercado não abre mão da opressão.

Eu, levei algumas décadas para amadurecer e deixar meus cabelos naturais. Acompanhei o mercado se recusando a usar o nome crespo nas embalagens e não contratar modelo com minha cor. Em viagens aos EUA eu pude comprovar o que já havia lido nas redes sociais sobre a manutenção da criminalização das consumidoras de produtos para pele e cabelo crespo.
A presença do corpo negro em espaço de poder como as universidades causou estranheza. No período de aprovação da política de cotas um grupo intitulado de “113 antirracistas contra leis das cotas raciais" descortinou o véu da hipocrisia. Se diziam progressistas mas usavam o argumento perverso do “mérito” e da “competência”. Encabeçam estratégias para manter a exclusão do negro das universidades e contavam com todo apoio da mídia hegemônica. Que nos sirva de alerta. Alianças antirracistas se estremece quando conquistamos poder.

Eu me recordo que uma professora de um instituto Federal do Rio de Janeiro que escreveu um longo texto nas redes sociais dizendo que se espantou ao entrar na sala de aula e se deparar com alunos e negros. Alegou que os aprovados em uma das provas mais concorridas do Rio de Janeiro mal sabiam segurar um lápis e que teve vontade de sair correndo e perguntar para o STF o que faria com esses negros (porque alunos eram os outros).

O espaço universitário tem que se reinventar para a permanência do novo tipo de aluno. Brancos e negros no Brasil não se encontram tanto. O imaginário construído a respeito dos negros e indígenas de que são vítimas, “sem cogito” faz parte de uma ideológica racista. O ideal da brancura estava sendo questionado. A descolonização dos currículos e do conhecimento iria acontecer.

O movimento negro não caminha sozinho, ao seu lado estão os movimentos sociais como o movimento de mulheres negras, sindical, Feminista, Trabalhadores sem Terra, Indígena, LGBT e a autora faz uma observação, cada um tem as suas pautas e o ideal seria se essas pautas pudessem se a articular em uma comunicação dinâmica em pro de um objetivo comum que é lutar contra o racismo, patriarcado, o capitalismo, as discriminações, a colonização do poder, do ser e do saber.

Os saberes emancipatórios indagam a pedagogia reguladora e conservadora. A educação de um modo geral deveria ser campo por excelência a construir muitas entradas e saídas nas fronteiras que nos separam.
Com a emancipação do negro, toda a sociedade evolui.
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Abayomi Jamila 28/04/2020

Episteme que nasce na luta
Aparentemente, o livro se constitui como parte de seu trabalho desenvolvido na academia.


Nilma Lino Gomes pontua as conquistas formais para o campo da educação, mas também cita a promoção da educação quando o Estado regulador não funciona.

Na minha percepção, a autora se posiciona de maneira integracionista ao acreditar na superação do racismo, do sistema patriarcal e a colonialidade do poder, ser e saber, por intermédio da tensão dialética existente entre o conhecimento que atua de forma regulatória e o conhecimento emancipador.

Pelas perguntas desenvolvidas na sinopse, eu esperava uma escrita mais livre, um texto não formatado. Todavia, a autora escreve de maneira fluida,  partir dos conceitos do sociólogo português Boaventura de Souza Santos, a autora mostra a contribuição do movimento negro para educação no período de transição do século XIX para o século XX (Pós-abolição/Proclamação da República) e o decorrer do século XX.
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