2001: Uma Odisseia no Espaço

2001: Uma Odisseia no Espaço Arthur C. Clarke
Michael Benson




Resenhas - 2001. Uma Odisseia no Espaço


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João Herberth 18/06/2024

O antes e depois da ficção científica
Existem filmes inovadores, outros influentes. No entanto, há uma terceira e rara categoria que, além de ser as duas coisas anteriores juntas, tem a capacidade de expandir os limites, seja do seu gênero, do seu tema ou mesmo de sua época, que tornam eles mesmos sinônimos daquilo que representam. Podemos mencionar o impacto que O exorcista teve para o filme de terror sobrenatural, Psicose para o Slasher, ...e o vento levou para o gênero épico, por exemplo. Mas posso dizer, sem titubear, que não há um filme que defina tão bem a sensação de antes e depois como o que 2001: Uma odisseia no espaço significou e significa para o gênero de ficção científica. E não só! Não é exagero dizer que a história do cinema nunca mais seria a mesma após seu lançamento, com suas enormes contribuições para a sétima arte. O livro é muitíssimo eficaz em narrar os bastidores, retratando a tarefa hercúlea que foi colocar o filme de pé. Stanley Kubrick era uma gênio, disso não há dúvidas, porém nem ele teria feito o que fez sozinho e esse é um dos grandes pontos do livro, apresentar toda uma equipe incrível, muitos deles, por sinal, embarcando no seu primeiro filme e tendo espaço para mostrar o talento gigantesco que traziam consigo. Ao término do livro, a sensação que fica é do orgulho que cada um dos envolvidos tiveram em fazer parte de um projeto monumental como esse. Com uma quantidade efervescente de ideias e aguçando a nossa curiosidade página a página, Michael Benson fez um trabalho fenomenal de pesquisa, nos colocando no meio dos eventos narrados como se nós mesmos fossemos parte do processo. É um livraço, revelador, inspirador e revigorante. É realmente diferente ler sobre quem, buscando ser pioneiro, reescreveu a história.
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Jussara 23/04/2024

Dificilmente leio livros de não ficção e dos dois que li recentemente, esse é o melhor. A história por si só é interessante, mas o mérito é do autor, que construiu uma narrativa imersiva e que desperta nossa curiosidade.
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bardo 05/05/2023

Talvez o maior elogio que se pode fazer a esse trabalho hercúleo de Michael Benson é que provavelmente este seja um dos mais completos trabalhos já feitos sobre o tema e muito provavelmente o mais completo disponível em língua portuguesa. Sendo assim torna-se com certeza uma obra indispensável a todos os amantes do tema e interessados em se aprofundar na criação de 2001.
Dito isso é preciso advertir o leitor de que até pela sua proposta, não é exatamente um livro de fácil leitura, sendo em alguns pontos se não maçante, pelo menos lenta. Tenha-se em mente de que isso não é culpa do autor. A questão é que a pesquisa é tão aprofundada e são tantos detalhes, alguns extremamente técnicos que um não iniciado vai se sentir sobrecarregado.
Feita essa advertência é extremamente interessante perceber como o filme / livro foi sendo construído, como ideias que hoje parecem óbvias na sua idealização não o eram, e sobretudo como apesar de não se poder negar a genialidade de Kubrick e Clarke; o filme é o que é pelo trabalho e dedicação de uma quantidade imensa de pessoas.
Aliás outro ponto interessante da leitura é que o autor fornece um retrato bastante profundo sobre os dois criadores, se inicialmente tendemos a achar que ele possuí uma certa predileção pelo Kubrick, aos poucos percebemos que na verdade ele admira os dois de formas diferentes. E aparentemente teria gostado de sentar com o Clarke e lhe dar alguns conselhos, não que outros não o tenham feito, as entrelinhas deixam claro que muita gente não concordou muito com certos acontecimentos.
É um livro extremamente interessante e necessário, que ajuda a compreender o imenso impacto que 2001 provocou e até desmistificar algumas impressões. A despeito de hoje ser um clássico absoluto, sua recepção inicial nem de longe foi positiva. 2001 representou também uma tremenda quebra geracional, que hoje talvez não tenhamos noção.
Sendo assim pode-se dizer que seria uma boa pedida a leitura desse livro, a leitura do romance de Clarke e com esse background assistir novamente o Clássico e perceber ainda mais o quão incrível e visionário ele foi e mesmo hoje com toda a tecnologia disponível ainda é.
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Carolina 31/01/2022

Queremos que as pessoas pensem, não necessariamente como nós
Que livro, meus amigos!

O primeiro 5 estrelas do ano e muito bem merecido!

Como diz uma passagem da obra: vi o filme, li o livro e vou ver o filme novamente. Isso é fantástico!!

Só tenho exclamações a dar!

Muito obrigada pelas obras, Kubrick e Clarke!
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Andre.S 10/08/2021

Minuciosa narrativa sobre o desenvolvimento do clássico 2001: Uma odisseia no espaço de Stanley Kubrick. Muito completo e detalhado, mas eventualmente meio chato pela quantidade de detalhes técnicos.
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Ernesto Loaiza 12/09/2020

Uma Odisseia nos Bastidores
Acompanhar o processo de filmagem do meu filme favorito e ainda conhecer um pouco mais da incrível e genial mente de Stanley Kubrick fez dessa leitura a mais importante no quesito cinema até hoje
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Cheiro de Livro 27/08/2018

2001: Uma Odisseia no Espaço
Muito já foi escrito sobre 2001 desde o lançamento, há 50 anos. O livro de Michael Benson (Todavia, trad. Claudio Carina e Álvaro Hattnher) não é o primeiro a contar a história da produção do filme, mas é sem dúvida o mais completo. Logo na introdução, o jornalista fala de seu relacionamento pessoal com o filme. Chegou a entrevistar Arthur C. Clarke, falecido em 2008. Não teve a mesma sorte com Kubrick (morto em 1999), mas falou com a viúva Christiane e com a filha Vivian.

O que torna esse livro especialmente relevante é o retrato sem enfeites da colaboração desses dois gênios, ambos perfeccionistas, e que muitas vezes enlouqueciam um ao outro e aos colaboradores. O distanciamento no tempo permite que Benson faça esse relato de uma maneira mais aberta, sem se preocupar tanto com ferir sensibilidades. Não que haja grandes fofocas, brigas, etc, não é isso. É um retrato mais redondo, mais humano dos dois. Por exemplo, outros livros relatam as desavenças dos dois quanto ao lançamento do livro, que Kubrick vivia adiando, pra desespero de Clarke. O que os outros não contam é que Clarke estava endividado, bancando despesas do parceiro, e precisava do adiantamento. E que enquanto o livro não saía, Kubrick lhe emprestou o que precisava. Mostra também um diretor que por trás da imagem de gênio fechado escondia uma incrível fragilidade, com dúvidas e incertezas como as de qualquer ser humano.
O autor mistura bem a pesquisa de outras fontes (livros, entrevistas, etc) com os depoimentos colhidos por ele, de modo que o livro não se resume a uma colcha de retalhos de material já publicado. E deixa claro quando há versões conflitantes sobre determinados episódios.

Benson cumpre bem a obrigação de explicar as inovações desenvolvidas por Kubrick e cia em 2001. Mas acima de tudo o foco está no processo criativo por trás dessas inovações. Como o cineasta e a equipe testaram e descartaram ideias até chegar ao que queriam, e como um diretor com fama de perfeccionista, difícil, era capaz de reconhecer e premiar as ideias e iniciativas dos mais desconhecidos membros da equipe.
Vi 2001 pela primeira vez há mais de 40 anos, já revi dúzias de vezes. Mas graças a Benson vou ver agora um filme novo, tantos são os detalhes que nunca tinha reparado. Por exemplo, Kubrick dá um sinal muito sutil de que o computador está se comportando mal, logo no começo da sequência na nave Discovery. Hal joga xadrez e dá xeque-mate num dos astronautas. Só que o computador faz uma jogada irregular – ele estava roubando, enganando o astronauta. Um detalhe que passa despercebido (mas que depois de ler fui achar em sites sobre xadrez), e que evidencia ainda mais a atenção de Kubrick aos detalhes.

2001, o filme, foi um marco na história do cinema. Uma Odisseia no Espaço, o livro faz jus ao filme: é leitura obrigatória pra cinéfilos, fãs de ficção científica, ou simplesmente pra quem gosta de uma boa história com personagens marcantes.

site: http://cheirodelivro.com/2001-uma-odisseia-no-espaco-2/
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