Camila1856 01/04/2012
Rei Édipo
Édipo Rei, Sófocles, Rio de Janeiro: Ediouro, 1998, 19º. ed., 68 pág. (tradução de J.B. Mello e Souza)
Escrito por Sófocles, Édipo Rei além de ser uma tragédia clássica e considerada uma das mais perfeitas obras do autor.
A peça gira em torno é claro, de Édipo, filho do rei de Tebas, Laio, e da rainha Jocasta. Entretanto, para compreender o infortúnio de Édipo é preciso voltar no tempo, quando este ainda era um bebê. Laio, seu pai, através de um oráculo descobre que seu primeiro filho iria tornar-se seu assassino e desposaria a própria mãe. Tentando fazer com que tal profecia não se concretizasse, Laio manda matar Édipo após seu nascimento. Contudo, o pessoa encarregada da morte da criança acaba não tendo coragem de tão brutal ato e o entrega a um pastor que entrega a criança ao rei de Corinto: Políbio.
Passam-se anos e Édipo, já adulto, vai ao oráculo e descobre a maldição que lhe circunda, preocupado para que ela não se cumpra Édipo deixa Corinto e seus supostos pais e vai para Tebas, sem saber que lá é que residia sua verdadeira família. Na viagem Édipo encontra um bando de mercadores e mata-os.
Já em Tebas, Édipo salva a cidade da Esfinge e de seus enigmas e recebe a recompensa: torna-se rei e casa-se com a rainha viúva: Jocasta, assim a profecia do oráculo é cumprida sem que Édipo e Jocasta soubessem. Até que com o passar dos anos, a cidade de Tebas cai em um infortúnio. Consultando-se o oráculo de Delfos os tebanos são alertados de que a cidade de Tebas sofre a ira dos deuses porque nela habita o assassino do antigo rei: Laio.
Édipo, como rei, decidi e firmemente se propõe a descobrir quem matou Laio sem saber que é ele o amaldiçoado que carrega o peso dessa morte nas costas. É descoberta a verdade e Jocasta desgostosa se suicida e Édipo arranca seus próprios olhos.
Como podem ver, de fato, é uma tragédia e como toda tragédia é bem curta, portanto, a leitura da obra é feita em pouco tempo, acho que no máximo uma hora. É muito interessante e acredito que a história de Édipo já se tornou popularmente conhecida, eu, particularmente, nunca havia lido a tragédia, mas já conhecia a história.
A linguagem utilizada na peça apesar de culta e clássica (porque os gregos eram de fato metódicos) é uma linguagem bem acessível, muito diferente daquela presente na Ilíada (Homero) que apesar da grandiosidade da obra é enfadonha. A tragédia é uma leitura leve, rápida e interessante, pois é constituída só de falas e assim deixa a impressão de que é como se estivéssemos participando de uma conversa entre os personagens.
Em suma, preciso indicar esta tragédia para todos! Sabemos a grandiosidade da literatura grega e nos apropriarmos desses conhecimentos clássicos é sempre fabuloso! Leiam!
Camila Márcia
@camila_marcia
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