Ressurreição

Ressurreição Machado de Assis...




Resenhas - Ressurreição


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Camila.Diasas 01/10/2024

Redpill do século 19
Primeiro romance do Machado, inscrito em 1872 a escrita é romântica mas sem tantos floreios, a história te segura pelo caos do personagem Félix, homem que torna qualquer mulher uma grande infeliz ao amá-lo devido a sua insegurança descabida.

É daquelas histórias que te fazem ficar com raiva do começo ao fim rs
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CAcera3 19/02/2022

Mas é ciúmes?
Esse é o primeiro romance escrito e publicado por Machado de Assis. Pertencendo a sua fase romântica, esse livro conta a história de Félix. Um solteirão abastado devido a uma herança de família. Esse personagem é descrito desde o começo como alguém imprestável que vive de pequenos romances com mulheres à margem da sociedade e se vangloria de não sentir amor por quem quer que seja.
Mas o curso de sua história está para mudar.
É um romance delicioso de ler, fluido e muito rápido, podendo ser lido num só dia. Porém quero deixar minha ressalva de que mesmo se tratando de um romance do período do romantismo brasileiro, Machado de Assis já deixava aqui sua marca realista tão reconhecida em suas obras.
Há quem descreva o protagonista dessa história como um rascunho do famoso Bentinho do Dom Casmurro. Veremos um rapaz perturbado e sentiremos coisas bastante diferentes acerca dele.
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Meu Carisma 03/09/2024

Original e real
Na original história, temos Félix como protagonista, um homem culto e elegante frequentador da alta sociedade carioca, que se vê curioso à chegada da misteriosa Lívia. Temos o Meneses um galã de Shakespeare e temos a gentil Raquel, como os personagens principais desse romance.

No início, ao ler o Félix, porque ele mesmo já conhecia tão bem a si mesmo que nos conta quem ele é, não imaginava as dimensões do caráter do Félix. Porque ele não é um simples cafajeste. Não dá pra rotulá-lo disso.

Ele diz que não consegue confiar "nas pessoas" quando isso é o que parece no início mesmo, mas depois a gente percebe que ele não confia é nas mulheres, mesmo que a ame e mesmo que tenha certeza do amor dela.

O coração dele é sincero mas a alma e a mente dele são volúveis, ele não consegue confiar agora, porque passou anos não sendo ele mesmo confiável. Alimentando essa desconfiança e insegurança dentro de si mesmo. Aqui não temos uma história triste por trás de seu comportamento, pro meu desapontamento, confesso.

Acho linda a relação entre Lívia e Raquel, apesar de que acabe sendo uma relação triste e magoada. Elas são leais uma a outra e essa lealdade e genuíno carinho entre personagens femininas sempre me comovem muito.

Fiquei triste pela escolha da Lívia, porque ela demonstra em certo ponto essa inclinação em seguir o padrão, tanto que quando uma certeza chega até ela, ela rejeita, por amar a incerteza. Ver ela amar dentro da confusão do Félix, que ela supunha poder curar, foi uma mistura de esperança e pena.

Tem um momento que você só pode torcer pra ela parar de perdoa-lo o tempo todo. Eu passei a pensar "chega Lívia, por favor". Apesar de sempre compressiva aquilo doía nela, tanto que no final do livro, a gente vê o quanto ela vinha aguentando em nome da família que ela almejava construir ao lado do homem que estava amando.

A mensagem mais forte no livro é que até o coração mais nobre que tudo perdoa, uma hora aceita com resignação que o melhor é desistir da pessoa amada. Quando a confiança morre no coração do homem, não tem certeza que a ressuscite. Não tem cura pra uma alma adoecida e um coração que ama, mas ama envenenado.

Eu não acho que leria novamente, eu sofri muito. Não sei se aguentaria sofrer tanto de novo. A história é excelente, eu juro. Eu que sou sensível a romances assim, tão reais.
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Zanza 14/12/2021

Admiravelmente Machadiano
Sem palavras para esse romance. Muito bom e bem "Machadiano".

Esse foi o primeiro romance de Machado e nele a gente já pode perceber algumas características que aparecem em outros livros dele, como por exemplo (a minha preferida) que é a interação com o leitor.
Também há em certo momento do livro uma pequena pitada de mistério que vai levar ao desfecho do livro.

Sobre o protagonista desta estória, Felix é uma personagem muito intenso. Ora frio demais por causa de seus ciúmes desvairados, ora apresentava-se com demasiado amor, muito semelhante à "Bentinho" (Dom Casmurro). Concluo que este possuia um amor sufocante.

A amada desse romance, Lívia, me pareceu uma mulher forte e decidida no início, mas a paixão tirou um pouco dessa personalidade dela. Não irei mais comentar sobre ela para não dar spoiler, rsrs.

Outra personagem que gostei muito foi Raquel, que embora fosse jovem apresentava uma certa maturidade e um contentamento impressionante a ponto de abdicar de sua felicidade. É uma personagem admirável.
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André Hausmann 19/10/2021

Continuando minha proposta de (re)ler alguns autores na ordem da publicação de seus livros, aqui estou para falar sobre o primeiro romance do Bruxo do Cosme Velho.
Numa trama curta, aqui já podemos ver os primeiros traços que seriam aprofundados em seus próximos trabalhos. Temos um narrador desconhecido que acompanha os protagonistas, analisando, julgando, fazendo comentários sobre suas atitudes e emoções, mas com aquele perfil psicológico no estilo machadiano.
O título do romance fala da ressurreição do amor no coração do personagem principal, Félix, um solteirão namorador, inseguro e desconfiado. Sua amada Lívia, já começa mostrar as características das subseqüentes mulheres criadas por Machado. Logo no inicio da história, no primeiro parágrafo já temos uma idéia do enredo desse drama romântico, cheio de ciúmes e arrependimentos. Onde um promissor e esplêndido dia de sol pode ser “também um passo para a morte”.
Além dessa história curtinha e agradável, essa versão vem acompanhada por um prefácio escrito pelo próprio autor, que por si só vale sua leitura, onde nos apresenta o que veremos no texto principal, bem como seus métodos de trabalho e suas considerações sobre sua própria obra. Uma verdadeira aula.
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dan 03/08/2021

Achei legal, li com expectativas pq falam muito bem dele(do Machado) mas eu fiquei?? Mas legal parabens
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Luana Alves 15/08/2015

Simplesmente perfeito.
Primeiro romance de Machado de Assis já escrito com maestria, foi publicado em 1872. A história se passa no Rio de Janeiro, palco predileto do autor, e tem como protagonistas o Dr. Felix e Lívia, o primeiro é um médico solteirão da meia idade inconstante e de coração pusilânime, seus relacionamentos não duram mais que um semestre. A outra uma viúva austera e imaginativa, representava vinte e quatro anos, como diz o autor era “extremamente formosa” tinha uma forma de amar resignada e fiel. Esses jovens diversos são apresentados por Viana irmão de Lívia e amigo de Felix,representa no livro os parasitas sociais que buscam por boa comida e boa prosa personagem muito simpático .

Como poderíamos esperar de um romance com personagens machadianos, com sentimentos profundos e conflitos internos, o relacionamento é conturbado e cheio de altos e baixos, a obra gira em torno do ciúmes do médico sentimento que trouxe grande sofrimento á viúva, em certas partes confesso que achei o amor de Felix tirano com desconfianças descabidas . Entre tanta inconstância um fato se sobressaltava o amor entre os dois, e para tanto marcaram o casamento em segredo, e em uma época de bonança pensamos “enfim serão felizes”, porém nas vésperas do casamento Felix recebe uma carta misteriosa que muda o rumo da história.

Com um final surpreendente, ressurreição é um livro que expõem conflitos sociais e as perspicácias do amor, com personagens secundários apaixonantes como Menezes e Raquel e alguns não tão assim como Batista. O livro é valioso em detalhes, o autor descreve a alma das personagens e por vezes não consegui condena-las. Machado nos mostra que muitas vezes a saudade de um grande amor é melhor que um relacionamento frustrado. Enfim vale a pena folhear estas páginas que contam com ironia e dois dedos de senso de humor característicos do autor.

Beijocas, da Luh.

site: https://livrosevitrolas.wordpress.com/
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Damien Willis 13/04/2017

Não foi a melhor experiência que tive ao ler Machado de Assis, mas gostei principalmente da lição sobre a malignidade do ciúmes e do desfecho que, acredito, não é muito comum para o gênero.

Também o protagonista Félix, homem complicado e ciumento, lembrou-me de criações de Fyodor Dostoyevsky.
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Fey 01/01/2024

Ressurreição
Sem palavras pra descrever o quão bom foi esse livro. É uma escrita que grita Machado de Assis, não tem como confundir. É um livro que deveria ser mais conhecido, não só por causa da história, mas também pela lição que aprendemos com a Lívia. Um livro que todos deveriam ler.
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Rebeca Dccv 17/10/2020

O ciúme
Muitos livros antigos possuem uma escrita tão gostado de se ler, até muitas vezes poética. O mesmo ocorre com a Ressurreição. Machado de Assis te leva brandamente através desta história marcada por amor, desconfiança e principalmente ciúmes. Quem lêr este livro não se arrependerá
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Gustavo.Romero 23/01/2021

Mestre Machado, como sempre
Ressureição surpreendeu-me pela semelhança construtiva com "Afinidades eletivas" de Goethe, ambas obras cuja linguagem e diálogos ditos fisiológicos, no mais das vezes "artificialescos", prestam-se justamente a destacar o caráter de tratado moral - numa feliz época em que se não distinguiam formalmente literatura de sociologia e o estudo da psique humana.
Porém, a intenção entre essas obras diverge claramente: enquanto Goethe utiliza os desencontros para descobrir afinidades, Machado, já herdeiro do espírito schopenhaueriano, utiliza as afinidades como mecanismo de afastamento entre pessoas, com enfoque especial em elementos que seriam caros à sua obra madura e mais conhecida: o orgulho, o ceticismo e o ciúme. Aliás, que se pese que mesmo Machado prenunciando a dúvida shakesperiana como mote à obra, foi o veículo do ciúme e do orgulho ferido que de fato pôs termo à narrativa, e constituiriam eles próprios, no futuro e em particular em "Dom Casmurro ", os motivos e o próprio desfecho das narrativas. Essa circularidade viciosa encontra sua melhor imagem n'"O túnel", tão bem elaborado por Ernesto Sabato.
Enfim, para aqueles que, como eu, consideram Dom Casmurro e Memórias Póstumas patrimônios da literatura universal, Ressureição é leitura obrigatória para explorar os meandros do ainda enigmáticos processo criativo e amargurado do nosso Mestre Machado.
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Diego980 28/11/2023

Primeiro romance do Machado
Muito bom o livro, desenvolve bem a história e os personagens, sem exageros desnecessários de descrições inúteis. Aquele drama de amor que só Machado sabe escrever como ninguém
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Dai_tck 25/02/2020

Meu coração dói...
Não poderia ter um final diferente, o livro me envolveu de tal forma que entendo totalmente o pensamento do autor em finalizar a obra desta forma.
Um romance conturbado e cativante.
Simplesmente me destruiu a história, mas amei completamente cada palavra deste livro.
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