Desaparecer de Si

Desaparecer de Si David Le Breton




Resenhas -


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Alice 22/09/2024

O livro explora o conceito de "desaparecimento de si", uma experiência de afastamento voluntário da própria identidade como forma de fuga do sofrimento ou da opressão da vida moderna. Le Breton investiga como as pessoas buscam "sair de si" através de práticas como o isolamento, o silêncio ou atividades intensas (caminhadas, peregrinações), vendo nelas uma tentativa de reconectar-se ou reencontrar-se. Também discute esse desejo de desaparecer como uma forma de resistência à pressão constante por performance e visibilidade na sociedade contemporânea.
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vitóriaalice 08/12/2023

Enrolei bastante essa leitura mas no fim das contas foi mais uma forma de ir entendendo aos poucos que uma reação a algum aspecto negativo da obra. O livro é bem denso, explora as formas de desaparecimento, assunto bastante interessante, acrescentou muito à minha visão de mundo
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Fabíola 15/07/2023

O início é maravilhoso, só no finalzinho que fica meio chato. É uma leitura boa, recomendo mesmo discordando em partes com o autor.
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tabatatucat 19/04/2023

Uma obra sensacional de Le Breton! Já conhecia o autor, e esta obra me surpreendeu positivamente, devido ao assunto discutido ser bastante atual e as suas exemplificações serem bastante certeiras. O bom é que a linguagem não é nada acadêmica, o que pode estimular a leitura de outras pessoas que não precisam ter um contexto antropológico prévio.
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Caio380 20/03/2023

Favor desaparecer
David Le Breton nos apresenta uma discussão multifacetada sobre a “utopia do desaparecer”. Um sonho que os seres humanos, ao longo da história, buscaram realizar. O desaparecer é uma condição humana. Uma necessidade para se encontrar. Não estar bem consigo, não é necessariamente ruim, é uma experiência que nos convida a reflexão de si e dos outros.

O livro fala a vontade de sumir. Da necessidade de esquecer de si e dos outros e desaparecer do mundo. Na buscar por outras identidades, o ser humano, procura por novas oportunidades para recomeçar ou de se perder novamente. Neste naufrágio de identidades, o sujeito tenta fugir das responsabilidades sociais e do compromisso ético com os outros. Sem prestar contas à moral coletiva. Ele só quer sumir.

O desaparecer de si como uma forma de desencanto com o mundo. De qualquer forma, todos e todas estão de alguma forma perdidos. Usamos o cotidiano para organizar a vida. As responsabilidades sociais são criadas a partir dos múltiplos papéis que desempenhamos e das representações que fazemos delas. Logicamente, isto não ocorre de forma linear. Há momentos de descontinuidade, momentos em que o dá um “branco”. Levando o indivíduo a se perder em meio a confusão, cansaço, desespero, depressão, ansiedade etc. As vezes, precisamos desaparecer para conseguirmos continuar a viver. É importante saber, desaparecer.

site: https://socioabsurdo.medium.com/favor-desaparecer-e27174dc73c0
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Marianne Freire 27/02/2023

?Desaparecer de Si? - Uma tentação contemporânea: a obra do sociólogo e antropólogo Le Breton de 2015 que acionou em mim o questionamento do estado mental e particular de noção de hiperdisponibilidade e vínculos sociais.

Sempre questionei esse estado de coisas: Por que a nossa intolerância ao sofrimento nos leva aos ópios das alegrias rápidas que no final não operam sentido?

Festas, bebida, cigarro, excesso de trabalho, escassez de lazer. Remédio pra dormir. Remédio para acordar. Cerveja para sociabilizar. Depressão, Alcoolismo, Drogas, Anorexia, Ortorexia, Hiperdisponibilidade, utilitarismo, fuga de si, identidade e pertencimento para encontrar funções e papéis sociais.

?O estudo do isolamento particular de um imaginário só meu.? Pensei.

O excesso de estímulos visuais, sonoros e múltiplos fazem com que os indivíduos queiram se isolar cada dia mais como experiência catártica de recuperação de uma nova produção psicológica de sentido.

?O indivíduo que não dispõe de recursos anteriores sólidos para se ajustar, dar significados e valores aos acontecimentos , que não tem auto-confiança suficiente, sente-se ainda mais vulnerável e é obrigado a firmar por si mesmo?. (LE BRETON, 2015)

O quanto o modelo de sociedade pós revolução industrial e o capitalismo tem culpa nisso? Em manter pessoas instrumentalmente produzindo coisas com sua força de trabalho para ?firmarem-se por si mesmas?, para sobrevivência.

Fazer silêncio. Desligar. Não ler. Não escutar. Não falar. Conheci Le Breton na Livraria Cultura, em Antropologia dos sentidos e Antropologia das emoções.

O norte é: Por que estamos entorpecidos, sedados, medicamentalizados, consumindo e descartando em doses de excesso? Por que acumulamos coisas físicas e mentais se o corpo precisa apenas de comida nutritiva, exercício, suplementação vitamínica, bem estar emocional e saúde mental?

Desaparecer de si é um convite ao contato com as necessidades mais extraordinárias e simples contra o entorpecimento do capitalismo industrial, do neoliberalismo, da meritocracia, da disputa e competitividade, da performance como produto social de visibilidade.

As vezes queremos sumir. E isso é saudável. Por que a natureza tem finitude, coisas se desgastam, relações, modelos de vida amparados na sobrevivência precária ganham na austeridade doses de muito sofrimento se não forem trabalhados com dispositivos mentais terapêuticos.

?Eu quero ficar perto / De tudo que acho certo / Até o dia em que eu / Mudar de opinião / É minha experiência / Meu pacto com a ciência / Meu conhecimento?É minha distração?.

?É o meu ponto de vista / Não aceito turistas / Meu mundo tá fechado / Pra visitação?

As vezes o desejo de todos é estar em lugar nenhum.
O ?Branco? a qual LE BRETON se refere pode ser comparado à ?ilha? de Saramago onde precisamos sair de dentro de nós mesmos para nos vermos.
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Orlan.Trindade 13/11/2022

Boa leitura
Eu tava numa depressão fodida, esse livro não ajudou muito mas ajudou a me entender onde eu estava no processo de invisibilidade social que eu estava me colocando. É doloroso perceber essa realidade que esse livro mostra. E quando a gente tem essa noção a gente olha ao redor e começa a perceber os outros desaparecimentos, as vezes as pessoas nem estão mais ali.
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Rodrigo 09/10/2022

Tenso
Bom livro do sociólogo e antropólogo David Le Breton. Neste estudo o autor apresenta as várias formas que indivíduos encontram para desparecerem do convívio social.

Fiquei interessado na leitura após assistir a um vídeo do canal Redatora de M#rd@ no YouTube e também porque durante o auge da pandemia entrei, assim como muitas pessoas, em um tenebroso período de depressão em que simplesmente quis me afastar de tudo e de todos.

Achei a leitura densa, pois em muitos das passagens eu me encaixava assutadoramente.
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MIRANDA 21/04/2022

... O DESEJO DE TODOS ( pelo menos uma vez na vida ) : ESTAR EM LUGAR NENHUM !
Palavra para o livro : BRANCO
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Mel ð¯ 26/03/2022

Sobre o "branco" que habita em nós
Esse livro traz, com uma linguagem acessível, um estudo antropológico sobre a busca pelo desaparecimento de si mesmo. Com relatos profundos e cheio de referências, aborda temas sensível como depressão, alcoolismo e uso de drogas na adolescência, anorexia, demência, Alzheimer, envelhecimento e outras tantas circunstâncias da vida humana que, adotadas consciente e inconscientemente pelas pessoas, são uma tentativa de fuga de si.
É uma abordagem muito necessária sobre a dor psíquica inerente à busca por definições de identidade e pertencimento. Uma luta travada contra si mesmo que leva a tantas formas de psicopatologias e dependências na atualidade e que, por vezes, também leva a belíssimas histórias de autodescobertas e autoprovação.
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Denise Ximenes 10/02/2022

"Nada sois que eu me sinta!"
?Às vezes, nossa existência nos pesa.? ? essa é a primeira frase desse livro. Tal afirmação se torna a mais pura verdade reconhecida pelos leitores de Le Breton. Para esse sociólogo, o peso da existência se traduz por fugas esporádicas a que o ser humano se submete para aliviar o peso de ser si mesmo. 

O sentimento de insignificância consome as energias daquele que desenvolve repetidamente as atividades elementares relacionadas às nossas escolhas: o trabalho, a maternidade, as relações sociais, e todas as coerções próprias da vida adulta. Fazer parte dessa malha social ? prazerosa muitas vezes, mas pesada outras tantas ? leva à busca de meios provisórios de se desligar de si mesmo. 

Atividades em excesso; automutilação; fundamentalismo religioso; alcoolismo; uso de drogas; mochilagem... tudo isso é exemplo dessa necessidade de um respiro. Os ?brancos? ajudam o ser humano ao retorno a si mesmo. 

Esse livro é uma ilustração pós-moderna de um poema de Fernando Pessoa: 

"Nao: não sou nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!"
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Clariar 17/12/2021

Análise interessante sobre o que o autor chama de "branco", a necessidade de fugir, de suspender a própria existência. Levanta reflexões sobre as demandas da sociedade e sobre esgotamento.
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mari 17/12/2021

Muito louco hein fml
O modo de como o autor retrata a necessidade de desaparecer de vez em quando e o quanto esse fato é consequência de outros fatores.
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Danilo 30/05/2021

Desaparecer
Engajar-se na própria vida nem sempre é tarefa fácil. Para tolerar dores inerentes ao próprio existir, aprendemos algumas formas de suspensão do mesmo. Esse livro é um compilado dessas formas. O interessante é que não tem nada errado com breves suspensões da existência, mas penso que uma vida pautada na suspensão me levaria a extinção.
Julia Mendes 30/05/2021minha estante
Ôh, Dan, fiquei interessada nesse livro ??


Danilo 01/06/2021minha estante
Acho que vc vai gostar desse, Ju!


Julia Mendes 02/06/2021minha estante
Eu tb acho! ?




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