Lorenna 16/05/2022Sem palavras. Que livro PÉSSIMO. Sinceramente, o que a Colleen estava pensando quando começou a escrever esse “livro”? E vou ainda além, foi ela mesma quem escreveu isso?
Estou profundamente arrependida de ter começado a ler essa porcaria. Sim, essa história é nada menos que um lixo. Nunca li coisa pior, tanto em questão de personagens quanto de escrita. Podre mesmo. Nem sei por onde começar.
A promessa desse livro é “**sombrio**, **intenso** e **assustadoramente real”,** sinceramente... não é nenhuma das três coisas.
“Presa em um relacionamento com Asa Jackson, um **perigoso** traficante, parece impossível, para ela, enxergar uma **saída”** primeiro, não caia nessa de que esse é um relacionamento abusivo. O problema de querer colocar assuntos que são “tabus” nas histórias hoje em dia está exatamente aí: não basta só jogar no Google para saber o que é e achar que pode escrever sobre isso. Tem um monte de palavras chaves erradas nessa sinopse.
Primeiramente essa personagem foi abusada sim, mas pela própria autora. É uma chuva de coisas chocantes pelas quais a Sloan passa com esse único objetivo: de chocar quem está lendo e levar o leitor a pensar que ela não tem saída, mas adivinha? TEM. Por que em nenhum momento ela deixa claro que ama o cara, que é um perfeito lixo desde o início, e para PIORAR (se é que tem como) nos primeiros capítulos ela deixa claro que tem consciência de que ele é uma pessoa péssima. Não é como se ela não enxergasse.
Aí a autora foi lá e criou um irmão doente para ser a coisa que mantém sua personagem presa a um relacionamento ridículo com o “traficante mais perigoso do lugar”. Asa Jackson por si só já é uma piada. É claro que teve muito trauma do passado para formar um caráter horrível, doses altas de machismo “só por que ele não teve uma criação melhor” e a Sloan sendo a psicóloga dele e tendo que aturar tudo.
Mas se tem alguém pior que o pseudo traficante é o policial disfarçado Carter. QUE PIADA. A mocinha apaixonada pelo policial infiltrado e ele cai na dela LOGO DE CARA, largando a missão com Deus (que era o sonho dele) e PASMEM, entregando seu disfarce na primeira oportunidade.
Gente, basta um filme policial na vida para qualquer ser humano saber que não é assim que funciona. Além do cara ser super novinho, o esquema de “maior traficante” do Asa também não se sustenta. É só ele falando que é traficante e pronto. O Carter está ali para supostamente ajudar em negociações (que nunca acontecem) e a super fragilizada Sloan vê nele uma “saída”. Sim, ela precisou que o Carter chegasse para achar que conseguiria sair daquela situação degradante...
E aqui a gente ainda não chegou nem no meio da sofrida narrativa. Mas eu juro que é só a Sloan reclamando da vida sofrida dela, o Asa tendo pensamentos no mínimo de um lunático que acha que é traficante e o policial disfarçado odiando cada minuto da missão dele e querendo entregar logo tudo por estar apaixonado.
A escrita é tosca, os diálogos piores ainda e chegando aonde eu abandonei, em 65%, uma troca de tiros do nada, Carter quase morrendo e Sloan dizendo que não ama Asa... Daí eu comecei a pular de tanto ódio mas pelo que vi a história nunca acaba. Tem um “epílogo do epílogo”!!!! Tem o Asa saindo da prisão e voltando a atentar a Sloan, um suposto final feliz, uma quase morte. Um looping de coisas horríveis.
Completa perda de tempo! Forçou a barra no romance, mas forçou ainda mais no tanto de coisa repulsiva só para tentar chocar. Chegou um momento da leitura que eu estava RINDO da completa falta de noção. Tô com um ranço tão grande que não quero saber de uma história da Colleen por pelos menos uns três meses. E estou realmente repensando se vou levar esse projeto para frente, não vou mais me forçar a ler coisas só pelo hype ou só para “testar” se vou gostar de algum. E daí que ela é talentosa escrevendo, outras autoras também são e eu posso gastar melhor meu tempo, que já escasso.
Esse livro só serviu para isso, para eu rever minhas prioridades.