Joao.Carmo 01/10/2015minha estanteBem, minha primeira observação é o profundo amor e respeito que os leitores demonstram com o livro de Yourcenar. É uma obra prima.
Li o livro cinco vezes, e pretendo ler algumas vezes mais. Não é uma leitura comum, é uma fruição filosófica poderosa, que nos transforma a cada leitura.
Através de Adriano, Yourcenar nos adverte e ensina, a vida é breve e deve ser usufruida com delicadeza.
Mas o que mais me impressiona na leitura é o relato do romance do imperador com o adolescente Antinoo. O jovem amante não permite que seu amor seja violado com os joguinhos amorosos do imperador, se oferece em sacrificio pela vida do monarca, em um ritual ao deus Mitra.
Chocante, porém necessário.
Acho que é essa cena que resume o poema "Vagula Blandula", "pequena alma, terna e flutuante, um dia terás de descer aos lugares sombrios, duros, nus, onde terás de renunciar aos joguinhos de outrora".
A vida é um tempo de deliciosos joguinhos, a morte é um situação de não-joguinhos(amorosos, de amizade, políticos, etc).
Nas notas, no final do livro, chorei quando Yourcenar acha um busto em mármore de Antinoo, com lacerações em partes do rosto, e ela diz: "Como sofrem os deuses nas mãos dos homens....".
bjs no coração de todos vocês, que escreveram suas belas reflexões.