Memórias de Adriano

Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar




Resenhas - Memórias de Adriano


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Josiane74 01/04/2023

Escrita perfeita
Um clássico. Livro mais bem escrito que já li na vida, é como se as palavras te acariciacem com beijinhos bem devagar. Leitura muito prazerosa.
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Deghety 10/11/2020

Memórias de Adriano
Primeiramente devo louvar a genialidade da autora que se vestiu psiquicamente como o Imperador Adriano.
No fim do livro há algumas notas do processo criativo e de estudos para concepção da obra.
Sobre Adriano, um dos 5 grandes imperadores de Roma, é impressionante sua erudição e o seu legado.
Pode-se dizer que é o principal imperador da Roma, visto que seu reinado reestruturou o cenário social, político e cultural do Império.

"Empenhei-me na luta para enaltecer o lado divino do homem, sem, contudo, sacrificar-lhe o lado humano.

A leitura é um pouco cansativa, ao leitor comum, às vezes, por se tratar de "memórias", pois há muito de reflexão e divagação do personagem que mistura lirismo e bagagem cultural.

Vale ressaltar também um personagem secundário, Antínoo, favorito de Adriano. (Usando termo da época)
Antínoo foi o principal responsável por algumas filosofias e angústias, tanto é que foi criado um culto a sua honra, que formaram o caráter do Imperador a partir da sua perda.

Ainda sobre legado, foi no reinado de Adriano, devido à revolta judaica, que originou a disputa territorial entre Israel e Palestina que perdura até hoje, como também, o ritual ao Muro das Lamentações.

Marguerite Yourcenar é inegavelmente um gênio da literatura e essa obra o comprova.
Marcia 31/01/2021minha estante
Li há muitos anos e voltei a ler faz pouco tempo. Continua sendo uma obra magnífica! Li outros livros da autora, todos muito bons, mas este é o melhor.


Deghety 31/01/2021minha estante
Gostei bastante de A Obra em Negro também




Juliana.Rissardi 18/05/2020

É um livro bem detalhista, creio que a consequência de um trabalho de 25 anos de pesquisa da autora, há uma mistura de realidade com ficção e nesta versão ao final é descrito o que é verdade ou não na História.
As memórias do Imperador Adriano são tão vivas que você imagina terem sido escritas por ele mesmo.
É um livro denso, mas prazeroso para quem gosta de História Antiga.
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Vinder 26/02/2022

Obra excepcional. São muitos temas abordados, filosofia, sociologia, geografia e, claro, história? e muita. Inclusive, por conta das diversas citações de personagens, lugares, lendas e fatos históricos, acabei não aproveitando ao máximo o que esse livro pode proporcionar.
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GilbertoOrtegaJr 15/12/2014

Memórias de Adriano –Marguerite Yourcenar
Muitas vezes tenho a impressão de que o estudo da história está sendo encurtado nas escolas, nunca fui um aluno exemplar de sentar na cadeira e ver a aula todinha cheio de atenção e sem dar um pio, mas mesmo assim prestava mais atenção em história do que nas outras matérias, e mesmo assim parece que está matéria sempre começa estudando a história do Brasil ou os Incas, Mais e Astecas, ao invés de começar pelas civilizações clássicas como Roma, Grécia e outras, estas quando estudas eram sempre de forma bem superficial e rápida, como se não fossem relevantes para o conteúdo.
Uma grande lacuna nos meus conhecimentos de como era a vida de Roma nesta época foi preenchida após minha leitura do livro Memórias de Adriano da escritora belga Marguerite Yourcenar. Através de uma linguagem poética, que também teve o dom de me hipnotizar, Yourcenar da voz ao imperador Adriano, que decide pouco antes da sua morte escrever suas memórias em formas de cartas, e deixa-las ao seu neto adotivo, que um dia o sucederá como imperador.
E será por meio destas mesmas cartas, diretamente do século dois, em que muito mais do que dar exemplos ou conselhos ao seu sucessor Adriano irá criar um inventário sobre sua vida até ali, sua busca pelo poder, seu jeito de Governar, suas viagens, e outros fatos que aconteceram e que o envolve, assim como uma bom pedaço da narrativa dedicado a sua paixão com o jovem Antínoo, e o triste desfecho dela.
Um dos elementos que muito me encantam nestas estórias que regridem a um período muito distante do tempo é a praticidade com que a vida se desenrolava, sem muitas coisas que temos hoje em dia que só nós roubam tempo, por exemplo boa parte da burocracia ou convenções sociais que hoje existem em abundância por ai (o que nem assim aumenta muito o grau de utilidades delas).
Os triunfos da autora são uma grande pesquisa histórica, que empreendeu anos, uma narrativa que além de ser fiel a fatos históricos é permeada de grandes reflexões, por parte do Adriano, ao qual a autora dá voz. Mas isso não quer dizer que a narrativa esteja mais propensa para um romance histórico, pelo contrário eu apostaria nela bem mais como literatura introspectiva do que romance histórico, pois apesar de os dois estarem intrinsecamente interligados dentro do livro os fatos históricos vão surgindo a partir de outras reflexões de Adriano, são citados quase de forma fragmentada, no momento em que um pedaço de um fato serve como exemplo para comprovar sua forma de pensar ele os pinça de sua memória.
É assim, por meio de uma narrativa sedutora, um personagem fascinante, e uma escritora cheia de talento que me vem a mão Memórias de Adriano, um livro de apenas 246 páginas, mas com um vigor incrível, seja como estória bem contada, seja como uma obra prima literária.


site: http://lerateaexaustao.wordpress.com/2014/12/16/memorias-de-adriano-marguerite-yourcenar/
Nanci 16/12/2014minha estante
Boa resenha, Gilberto.


GilbertoOrtegaJr 16/12/2014minha estante
Obrigado :)




Nivia.Oliveira 24/10/2020

De olhos abertos para a morte
Quando aprecio uma escultura fico tentando imaginar a história daquela figura ou o que ele estaria tentando me dizer. E Marguerite Yourcenar consegue fazer isso de forma brilhante. Por meio do seu caderno de notas dá pra perceber quanta pesquisa foi feita para concluir o livro após cinco anos.
Como se trata de um Imperador à primeira vista pensei que o foco do livro seria a liderança, já que Adriano foi um exemplar gestor e humanista se diferindo de seus predecessores.
Mas a essência do livro está no HOMEM Adriano. É... costumamos nos esquecer de que os líderes também são humanos! É incrível como ele pode, em meio a tantas turbulências (conflitos políticos, conchavos, guerras...), ter tempo para ler (principalmente os filósofos gregos), apreciar a arte em todas as suas formas (fpi primeiro colecionador de arte do Ocidente), desfrutar dos atrativos das cidades que visitou em inúmeras viagens e amar quem bem queria. É uma aula de como aproveitar a efemeridade da vida! Talvez por isso, já moribundo tenha mais coisas boas para se lembrar e “entrar na morte com os olhos abertos...”
Sublime e emocionante a descrição da morte de Antínoo e de como lidamos com a culpa que nem sabemos que nos pertence. As diversas dissertações filosóficas de Adriano sobre corpo, sedução, literatura, ciência, etc é um convite a abrimos nossos olhos para outros pontos de vista.
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Dávila 29/12/2022

Yourcenar examina a solidão do poder.
Não é autobiografia e tb não é ficção.
Tb não é um cruzamento dos dois.
Mas é uma obra de fôlego e que mostra uma personagem
complexa e extremamente humanizada.
Yourcenar nos entrega um livro inesquecível.
Atenção para as notas no final.
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Vinícius Chicaroni 02/03/2021

Onde estão os Adrianos de hoje?
Através das memórias de Adriano, quebramos a pedra angular da concepção de que o poder tende a corromper o homem. Uma quebra com o machado da filosofia; e os pedaços são levados até nossa alma pelo vento da poesia. Inúmeros trechos são tombados na memória do leitor, permanecendo lá eternamente, tal qual os monumentos de Roma. O antigo imperador governou sob as leis do seu espírito - espírito livre, justo e, essencialmente, humano. Ele não imaginava que a paz que desejava não se estenderia apenas para o território romano, mas também para aqueles que leem suas palavras construídas nas páginas da sua memória. Adriano que tanto aspirava pela arte, talvez a tenha inspirado; e ela por estar tão dentro de si, acabam por ser só um. Memórias da arte de Adriano.
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Luiz.Goulart 15/09/2021

Uma autobiografia poética
Obra-prima de Marguerite Yourcenar que li quando adolescente mas não me lembrava de nada e acho que não tinha entendido nada por isso resolvi reler, algo que nunca faço. A autora levou trinta anos pesquisando e escrevendo este livro que tornou-se um clássico da literatura moderna. Uma autobiografia imaginária do grande imperador Adriano. Um romance histórico, poético e filosófico, que se tornaria uma das mais fascinantes obras de ficção do século XX.
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erbook 27/08/2022

Império romano no séc. I
Imaginem se pudéssemos ler instigante crônica do séc. I, no formato de memórias, apresentado por eminente personagem histórico! Essa é a sensação que tive ao ler esta magnífica obra fictícia de Marguerite Yourcenar a respeito de um dos grandes imperadores romanos: Adriano, que reinou de 117 a 138 d.c.

Aos 60 anos, idoso e cansado, Adriano escreve suas memórias a Marco Aurélio, contando desde amenidades como sua coleção de pedras até grandes intrigas no meio político romano. Conta como assumiu o império após a morte do imperador Trajano, que supostamente em seu leito de morte o teria adotado e o nomeado como sucessor. Relembra suas inúmeras viagens por todo o império, seu amor incondicional por Antínoo, a adoração da cultura grega e a tentativa de transformar Atenas na capital cultural do império romano.

A autora mostra na obra o lado culto, humanista e tolerante de Adriano, imperador que cultivava a guarda de livros importantes e viajava bastante, sendo o único imperador a conhecer todas as regiões conquistadas. A maioria dos outros imperadores governava a partir de Roma. Com o intuito de promover a paz entre os povos, foi tolerante com a diversidade e não se preocupou em invadir novos territórios. Pensava que a manutenção dos espaços já romanizados era suficiente. Proibiu as penas cruéis antes aplicadas aos escravizados e morreu idoso sem deixar filhos (adotou Antonino Pio e o nomeou seu sucessor).

No final do livro, a autora expôs seus cadernos de anotações que a acompanharam por 27 anos, tempo que levou para terminar a obra.

Embora a obra seja ficcional, traz importantes acontecimentos históricos baseados em documentos, bem como a visão dominante acerca do cristianismo primitivo do séc. I.

Recomendo a leitura!
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Carol 08/12/2022

Inesperado
Esse livro é Perfeito!!
A autora aborda a vida do imperador Adriano em todas as etapas de sua vida e achei muito interessante ver seu posicionamento sobre alguns assuntos,além de gostar bastante do personagem em si.
Apesar de ser um livro de ficção baseado em relatos verdadeiros,me vi imersa nessa história e achei todo o enredo muito coerente.
Fiz várias marcações no decorrer da leitura e encontrei diversas trechos maravilhosos,sendo este o meu preferido:

"Toda felicidade é uma obra prima:O menor erro a adúltera,a menor hesitação a modifica,a menor deselegância a desfigura,a menor tolice a embrutece. Minha Felicidade de modo algum é responsável pelas imprudências que mais tarde a fraturaram: Enquanto agi a seu favor,fui sábio. Creio mesmo que teria sido possível a um homem mais prudente do que eu ser feliz até a morte"

Enfim,acho que todos deveriam dar uma chance para esse livro maravilhoso :)
Luana1648 10/05/2023minha estante
QUE TRECHO MAGNÍFICO




César 24/03/2020

Adriano foi um homem altamente reflexivo, diplomático e temperado. Um homem q experimentou o auge que a condição humana pode ofertar. Teve amores, conselheiros, companheiros e inimigos. Conheceu um mundo imenso e variegado e sedimentou um império de dimensões incomensuráveis. Mas, assim como qualquer pessoa, viu-se diante do fenecimento e da amargura da morte. E é precisamente neste momento que ele encontra um pensamento que lhe basta. A aceitação da sua finitude. O reconhecimento e reconciliação com o destino fatal de todos os homens, tornado distinto pela sua humildade em aceitar brandamente o que realmente foi significativo em sua vida, as coisas simples que a todos são acessíveis: A amizade e o amor das pessoas que efetivamente importaram. É um livro que menciona proezas e bravatas mas que ao fim revela humildade e gratidão.
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Arruda 26/01/2022

Lindo
A autora conseguiu escrever um texto maravilhoso, com muito sentimento e provável realidade. Parece de fato escrito pelo imperador Adriano. Leitura desejada desde meus vinte e poucos anos. Valeu a pena.
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