Memórias de Adriano

Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar




Resenhas - Memórias de Adriano


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Paulo2561 14/10/2024

Um imperador e sua memória
É um romance histórico escrito por Marguerite Yourcenar, publicado em 1951. A obra é apresentada na forma de uma carta que o imperador romano Adriano escreve para seu sucessor, Marco Aurélio.
O livro é uma profunda reflexão sobre a vida, a morte, o amor e o poder. Adriano revisita suas memórias, refletindo sobre suas experiências, decisões e relacionamentos ao longo de sua vida.
A narrativa se passa no século II d.C., durante o reinado de Adriano, que foi um dos imperadores mais notáveis de Roma. Ele é conhecido por suas reformas administrativas, construção de obras públicas (como o Muro de Adriano) e uma abordagem mais humanista em relação à governança.
A obra aborda a busca pela identidade e pelo sentido da vida. Adriano se questiona sobre seu papel como imperador e os legados que deixará para a posteridade.
O romance também explora os relacionamentos do imperador, especialmente seu amor por Antínoo, um jovem grego que teve um impacto profundo em sua vida. Essa relação é central para a narrativa e revela a vulnerabilidade e a paixão de Adriano.
Yourcenar utiliza a figura de Adriano para discutir questões filosóficas sobre o destino humano, a transitoriedade da vida e a busca por significado em um mundo em constante mudança.
A prosa é rica e poética, refletindo tanto a erudição da autora quanto a profundidade emocional do personagem. O estilo confere uma atmosfera introspectiva à obra.
"Memórias de Adriano" é considerada uma das grandes obras da literatura do século XX, admirada por sua profundidade psicológica e pela habilidade de Yourcenar em dar voz a um dos imperadores mais fascinantes da história romana. É uma leitura que convida à reflexão sobre questões universais e atemporais.
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Jorlaíne 31/08/2024

Esse livro foi fruto de anos de pesquisa da autora.
Conta, em formato de carta, a história do Imperador Adriano. Assim, o texto está em primeira pessoa e com caráter memorialístico e íntimo .
Adriano é amante da arquitetura, busca construir a paz de sua nação e é apaixonado por um homem. A esposa o odeia e ele é acusado de tê-la envenenado.
Pressentindo que a morte está prestes a chegar, ele conta sobre a sua vida e a sua forma de ver e lidar com a morte.
A escrita da autora é muito boa, é leve e fácil, mas às vezes as reflexões do personagem tornam-se cansativas. Mas vale muito a leitura.
aartemesalva-nat 31/08/2024minha estante
Não é sobre o livro, mas sobre essa sua foto linda em Paris ??


anicca 31/08/2024minha estante
encantadora mesmo ??


Emerson Meira 31/08/2024minha estante
Adorei a resenha! Parece ótimo ?
Natalia tem razão, a foto está linda! ? Perto do lugar "sob a rosa" ??


Jorlaíne 31/08/2024minha estante
Quanta gentileza! Muito obrigada ???


Jorlaíne 31/08/2024minha estante
Emerson, foi exatamente ele que me fez amar a literatura, estudar e dedicar minha vida à leitura. Eu o li aos 18 anos e após 18 anos eu pude ver com os olhos do Langdon. Só quem lê sabe o quanto isso é emocionante pra gente. Obrigada por saber ??


Rubens.Memari 04/09/2024minha estante
Inclui o livro na minha lista. Parabéns pela resenha! Acompanho os demais elogios, a foto de perfil está ótima!


Jorlaíne 05/09/2024minha estante
Muito obrigada ?


Gaja Rocha 02/10/2024minha estante
Alta literatura é outra coisa!


Gaja Rocha 02/10/2024minha estante
Tenho, mesmo sabendo da importância da obra, ainda não li.




Deborah.Nagy 31/08/2024

Bem escrito
Para quem gosta de estória esse livro é muito legal.
Conta a estória do imperador romano Adriano como se fosse ele mesmo escrevendo uma carta para seu sucessor e narrando seus feitos e problemas
Achei bem interessante e a escrita é muito boa, embora em alguns trechos seja um.pouco cansativo
As notas do final do livro são excelentes para quem quiser se aprofundar no assunto, com as indicações das fontes utilizadas pela autora
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Sizue Itho 01/08/2024

Profundo, comovente e instigante como poucos outros livros que já li. Marguerite/Adriano nos convidam a refletir sobre o que desejamos ser, o que pensamos ser e o que efetivamente somos ao nos despedirmos do mundo. Um clássico absoluto.
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bruna 18/02/2024

Perfeito em todos os sentidos
Esse é provavelmente um dos projetos mais ambiciosos da literatura e também um dos melhores livros que eu já li.

Reflexões sobre imortalidade, humanidade e história são lidos de maneira natural e orgânica. Em nenhum momento eu senti alguma intervenção da mentalidade da autora ou de algum valor da atualidade, ela felizmente não censurou nada do século II. Apesar de ser um livro inteiramente sem diálogos e com a escrita mais rebuscada senti história fluída e interessante. Tenho ainda muito a refletir, mas é com certeza um livro encantador que todos os amantes de história deveriam ler.
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Carol 06/02/2024

Impressões da Carol
Livro: Memórias de Adriano {1951}
Autora: Marguerite Yourcenar {Bélgica, 1903-1987}
Tradução: Martha Calderaro
Editora: Nova Fronteira
296p.

Como falar desse livro monumental que é "Memórias de Adriano"? Uma obra escrita, reescrita, pensada e pesquisada por longos 27 anos. Uma vida.

Começo pelo luxo de termos um "Caderno de Notas", como posfácio, no qual Marguerite Yourcenar apresenta o percurso e os percalços enfrentados quando da escrita da narrativa e o porquê de seu fascínio pela figura do imperador romano Adriano:

"Se este homem não tivesse mantido a paz do mundo e renovado a economia do império, suas felicidades e seus infortúnios interessar-me-iam menos." p. 267

Destaco a escolha de Yourcenar em "apagar-se" como voz autoral ao optar pelo registro na 1ª pessoa. É a voz de Adriano que, como mágica, nos conduz pela Roma do século II. Ele narra, num exercício memorialístico, para melhor se conhecer antes de morrer. Ele narra, também, para instruir Marco Aurélio, adotado por ele para sucedê-lo:

"A verdade que pretendo narrar aqui não é particularmente escandalosa, ou melhor, não o é senão na medida em que toda verdade escandaliza. Não espero que teus 17 anos compreendam qualquer coisa disso. Empenho-me, porém, em instruir-te e também em chocar-te." p. 29

Mais que o Adriano histórico, singular pelo papel que desempenhou em Roma, ganha vida o ser humano Adriano, singular pelo que viveu e sofreu. Mais que um romance histórico, "Memórias de Adriano" é um texto de meditação filosófica.

Um dos textos mais bonitos que já li. Uma ode à humanidade, um consolo em tempos de perda de sentido.

"A vida é atroz, nós o sabemos. Mas precisamente porque espero pouca coisa da condição humana, os períodos de felicidade, os progressos parciais, os esforços para recomeçar e para continuar parecem-me tão prodigiosos que chegam a compensar a massa imensa de males, fracassos, incúria e erros. As catástrofes e as ruínas virão; a desordem triunfará de tempos em tempos, no entanto, a ordem voltará a reinar. A paz instalar-se-á de novo entre dois períodos de guerra; as palavras liberdade, humanidade e justiça recuperarão aqui e ali o sentido que temos tentado dar-lhes. Nossos livros não serão todos destruídos; nossas estátuas quebradas serão restauradas; outras cúpulas e outros frontões nascerão dos nossos frontões e das nossas cúpulas; alguns homens pensarão, trabalharão e sentirão como nós: ouso contar com esses continuadores colocados, com intervalos irregulares, ao longo dos séculos, nessa intermitente imortalidade." p. 249

Obra-prima.
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caiohlp 20/01/2024

Nem Memórias, nem Roma foram feitas em um dia.
Memórias de Adriano é o tipo de romance histórico grandioso e arrebatador, destacando-se tanto pela qualidade de pesquisa como pela habilidade em transpor séculos com o uso das palavras, por meio do talento inigualável a autora resgata através da autoficção biografada e epistolar uma das personalidades mais importantes da história e um dos bastiões da cultura clássica, a quem devemos, hoje, muito do que conhecemos do mundo antigo. Com um fluxo constante, em primeira pessoa, conhecemos Adriano e traçamos o retrato dessa voz sábia, que por vezes chamado senhor do mundo nem sempre fora senhor de si, esse que soube gerir pessoas, estimular as artes, cadenciar alegrias, suportar tristezas e buscar a paz. Aprendemos que não é do dia para noite que se constroem impérios e não à toa essa obra, suprassumo da literatura mundial, seja fruto de 30 anos de esmero, perdoadas as peculiaridades de perspectiva próprias de um texto que transpõe séculos, recebemos de bom grado temas imortais como o amor, ponto em que o secreto e o sagrado se tocam, as artes e as convenções morais de época que nesse relato quase confessional nos permitem acessar o que Roma e esse homem representaram para o Ocidente e o Oriente, para o ontem e, sobretudo, para o hoje.
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Gabriel 19/01/2024

Esforcemo-nos por entrar na morte com olhos abertos...
Pra quem é apaixonado por história antiga, o livro é um prato cheio, assim como para quem possa se interessar pela figura do Adriano, pra ter um bom proveito do livro, alem de ter um interesse por um desses dois pontos, é bom ter uma base sobre o período histórico de Adriano.

Dois pontos que me chamaram atenção e que pra mim foram os pontos altos do livro, é a escrita da Marguerite que é incrível, é poética e verdadeira, é como se realmente estivéssemos lendo algo escrito pelo próprio Adriano, como comentaram aqui, se dissessem que esse livro é uma carta psicografada qualquer um acreditaria de tão convincente que o livro é.
É bela a forma como Marguerite escreve sobre a dor de alguém que no fim da vida rememora toda a trajetória até o momento final, é um retrato da alma humana.
O segundo ponto, que achei as partes mais incríveis, são as descrições que Adriano nos faz a respeito de Antinoo, uma vez que esse teve tamanha importância na vida do imperador a ponto de ter se tornado um deus, Marguerite é sutil nessas partes, mas descreve de uma forma tão bonita um momento que por si só já é belo.

Durante a leitura, me perguntava o que o próprio Adriano acharia de ter sua história contada pela Marguerite, tenho certeza que ele estaria muito honrado com uma obra tão incrível como essa, agora sei o motivo da Marguerite ser considerada uma escritora tão grandiosa.
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Eliane406 10/01/2024

Hierarquias
?Faz parte do Romance Histórico.

?Memórias de Adriano é uma autobiografia imaginária do imperador romano. Adriano de fato escreveu uma autobiografia que não sobreviveu até nosso conhecimento. Publicada originalmente em 1951, foi a obra de Youcenar que a tornou internacionalmente conhecida.
?O romance é escrito em primeira pessoa, em forma de uma carta testamento, escrita por Adriano e endereçada a seu neto adotivo, o futuro imperador Marco Aurélio. Na carta, o imperador produz confissões, à maneira de uma anamnese, e assim faz um balanço de seu próprio tempo e existência, de modo que amalgamam-se suas memórias pessoais às memórias históricas. Através da voz de Adriano, falam inúmeras outras, e o retrato memorialístico de sua personalidade, humana por excelência, é também o retrato de uma época, em rigorosa reconstituição histórica. Sua narrativa associa filosoficamente dimensões sociológica e psicológica.
No Caderno de notas que acompanha o texto das Memórias, Yourcenar diz: ?Bem depressa compreendi que escrevia a vida de um grande homem. Desse momento em diante, impôs-se maior respeito pela verdade, maior atenção e, de minha parte, maior silêncio?.
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Hélio 26/12/2023

Romance com filosofia
Uma mistura de romance com filosofia. A grande aventura de Adriano é o caminho do conhecimento que ele adquire sobre a vida, a natureza humana, o poder, os problemas de um homem de Estado, o amor, a morte, enfim... Uma trajetória em direção à sabedoria que só é possível alcançar no fim da vida e que transforma a leitura de suas reflexões num privilégio.
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Lista de Livros 11/12/2023

Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
“Nada mais sórdido do que um cúmplice.”
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“A própria solicitude pode ser fatigante, ainda quando sincera.”
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“O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros. Em menor escala, as escolas.”
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“Em todo combate entre o fanatismo e o senso comum, este último raramente é o vencedor.”
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“A passagem do tempo não faz senão adicionar uma vertigem a mais à desgraça.”
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Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2023/12/memorias-de-adriano-de-marguerite.html
Priscilla Teles 14/12/2023minha estante
esse livro é muito bom




Caroline132 25/10/2023

Lido em 2018
Achei bem maçante, mas a escrita é tão linda, poética, que às vezes dá para esquecer que é chato. Demorei para terminar. Foi árduo, porém sensacional. Vale a pena.
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Rafael 18/10/2023

Uma obra perfeita
Não me surpreenderia se Marguerite admitisse que escreveu o livro por meio de psicografia após conseguir contato com o espírito do imperador Adriano. Aliás, acho que ele não seria capaz de escrever uma autobiografia tão sublime como Marguerite fez. Essas primeiras constatações são suficientes para mostrar, de plano, a magnitude do trabalho ficcional de Marguerite ao biografar essa distinta figura que comandou o Império Romano. A perfeição é tamanha que Marguerite foi capaz, até mesmo, de concretizar, por meio da escrita, o modo de pensar do imperador, ainda que não existam tantos registros históricos a permitirem tal minúcia. É dizer, ao ler o livro adentramos nas reflexões que o imperador Adriano muito provavelmente fez em vida, ainda que não exista nenhum elemento histórico (científico) a comprovar que ele, por ventura, pensasse ou agisse de tal forma. Mas o modo como tudo é exposto é tão genuíno que ficção e realidade possuem uma linha deveras tênue nesse magistral trabalho. Aliás, biografia que se preze é feita de fatos mais ou menos comprovados, isto é, que possuem algum supedâneo no mundo real. Como fazê-lo, então, se se está diante de um indivíduo que não deixou nada mais do que alguns registros históricos? É essa a mágica que Marguerite consegue ao escrever uma autobiografia ficcional. Ou seja, a autora moutrou ser capaz conciliar dois conceitos (biografia e ficção) que são, a rigor, antagônicos. Daí a singularidade desse livro. Não é a toa, pois, que Marguerite gastou quase uma vida para escrevê-lo. Por isso, não espere sua vida passar para ler essa obra-prima literária.
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Thaís 14/10/2023

Sou apaixonada por histórias e pela História. "Memórias de Adriano" mescla as duas coisas com tanta maestria, que só posso repetir o que já foi dito: é poesia em prosa.

#bibliotecadoinatel
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