Nordeste

Nordeste Gilberto Freyre




Resenhas - Nordeste


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Iamjessicaeduarda 12/02/2024

Uma visão ampla, crítica e atual.
Uma obra maravilhosa e que expõe muito bem o desenvolvimento da região Nordeste e que desmistificar muitos preceitos que se tem sobre a região, um livro que foi escrito em um contexto totalmente diferente, mas prevalece como uma atualidade. Recomendo muito a leitura desse livro para compreender e aprender sobre o Nordeste.
comentários(0)comente



vitória 27/08/2022

em Nordeste, Freyre escreve de maneira bastante poética sobre um Nordeste, ou melhor, sobre um Pernambuco (que é o palco central das narrativas em todo o livro apesar do título) dos engenhos, dos rios, da cana, da mata, da água e dos homens muito diferente daquele apresentado no discurso da região de seca, forme e miséria amplamente difundido desde o final do séc XIX e começo do XX e que perdura até nossa contemporaneidade.
a leitura é muito leve e prazerosa em muitos momentos, mas é preciso estar atento a romantização exacerbada e nas contradições, bem como alguns grandes absurdos presentes na escrita do autor.
apesar das problemáticas, ler Gilberto Freyre é essencial não só para poder criticá-lo, mas como para perceber alguns pontos importantes apresentados por ele a respeito da formação não só do Nordeste brasileiro, mas de todo o país.
comentários(0)comente



Lucas.Silva 02/08/2022

Problemático, mas interessante
Com uma narrativa muito fluida (poética, eu diria), Gilberto Freyre escreve uma história do Nordeste (Pernambuco), mostrando um lado diferente do que se costuma associar à região. Muitas vezes retratado como um lugar árido, sem vida, com pessoas passando fome, Freyre apresenta um Nordeste rico, marcado por uma economia que criou uma elite própria e que seria responsável por diversas transformações sociais e na paisagem.

Muitas vezes, são ditos alguns absurdos, como em relação ao abrandamento da escravidão, e se percebe um ressentimento pessoal em relação às usinas. Todavia, isso não anula qualidade da obra. Deve ser lida sem uma consagração, mas também sem demonização. Muito se pode aprender com esse livro.
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 10/05/2022

Muito diferente da imagem que a maior parte dos brasileiros tem da região, o Nordeste, de Gilberto Freyre, é uma terra de fartura, de águas abundantes, "onde nunca deixa de haver/ uma mancha d'água:/ um avanço de mar, um rio, um riacho,/ o esverdeado de uma lagoa", como no poema de Carlos Pena Filho. Classificado pelo autor como "tentativa de ensaio ecológico", o livro retrata aquela região agrária do Nordeste que, segundo Freyre, "foi, por algum tempo, o centro da civilização brasileira". O outro Nordeste, mais conhecido pelos brasileiros, foi estudado por um outro escritor, Djacir Menezes. O Nordeste de Gilberto Freyre é o da região da monocultura da cana, sustentada pelo braço escravo, dos grandes senhores de engenho, patriarcais, de voz áspera, cujos gritos faziam tremer crianças e mulheres, mandões, ligados à terra, aos bichos, à vegetação, "o tipo mais puro de aristocrata brasileiro". Uma aristocracia quase feudal, de hábitos requintados, que sabia recepcionar, lia livros e revistas, cultivava a música em pianos. Cada propriedade era um mundo à parte, autossuficiente, dirigido pelo pater familias, como um pequeno império. Ali, modelada pela cana-de-açúcar, surgiu uma civilização original, hábitos muito peculiares, uma cozinha riquíssima em doces e comidas açucaradas, que levavam ao delírio as sinhás e os meninos, luxo nos trajes, excesso de joias nas mulheres, uma atividade sexual desregrada, que os molecotes exibiam, escandalizando os moralistas. Quando de sua publicação, Nordeste foi considerado uma novidade na obra de Gilberto Freyre, um livro eminentemente geográfico, mais simples e despojado do que as obras anteriores. O estilo, de "sabor sensual, denso, oloroso" (Manuel Bandeira), continuava o mesmo, assim como a arte de narrar do autor, com alguma coisa de romancista.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8526008374
comentários(0)comente



Rafael M. 25/10/2021

Necessário
As raízes de vários problemas enfrentados atualmente pelos estados do nordeste estão descritos nessa obra, que descreve minuciosamente os acontecimentos da época das províncias e como chegamos nesse ponto, onde as terras estão secas e desvalorizadas, sendo grande parte dessa população dependente, ainda, da agricultura no geral.
Um livro que descreve com detalhes como a monocultura foi mister para a deterioração das terras, que antes eram abundantes em sua fauna, de como era a relação do negro escravo com a agricultura, dos senhores de engenhos e a sua eugenia, para manter uma linhagem "pura", do plantio da cana de açúcar e da dependência dessa cana para o desenvolvimento de alguns estados.
Acredito que essa obra é uma daquelas que sempre devemos passar o olho, pois o conteúdo é grande e existem muitas curiosidades que te deixam feliz em saber o porquê da existência delas.
Não há nada que possa ser dito para resumir em tão poucas palavras o que foi escrito nesse livro, apenas que é necessário.
comentários(0)comente



Fabrício 23/11/2018

Obrigatório
Eu me reconheci em muitas passagens descritas nesse livro. Entendi o porquê do povo da minha região ser como é, desde a cultura familiar aos traços físicos de cada um. Algumas partes a leitura é bem prazerosa em outras um pouco massante. Porem é um livro a ser sempre relido. Idico muitíssimo a leitura desse livro ao povo brasileiro e em especial aos nordestinos.
comentários(0)comente



7 encontrados | exibindo 1 a 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR