Luciano Luíz 25/02/2020
No século 18 o francês VOLTAIRE tinha o interesse em criar um dicionário que esclarecesse diversos temas que eram comuns a diversos. Fez-se algumas versões, e naqueles dias podemos dizer que esta coletânea poderia ser considerada a futura Wikipédia no século 21. Ou mais ou menos isso.
Há múltiplos verbetes em ordem alfabética tais como: Adão, Amor, Anjo, Bem, China, Corpo, Cristianismo, Democracia, Entusiasmo, Fábulas, Filósofo, Guerra, História, Homem, Inquisição, Leis, Mulher, Pátria, Política, Salomão e mais um montante de figuras e termos.
Em maioria estes são comentados pelo próprio Voltaire e outros são em verdade trechos de livros ou mesmo artigos de outros autores.
O interessante é que uns 95% do conteúdo é relacionado a religião. Ou se preferir religiões, mas com algumas puxadas para o lado que se considera o mais, digamos, correto, e ainda assim sem o ser...
Vale lembrar que muitas informações são o retrato do pensamento daquele período e por isso hoje não tem o mesmo peso e medida, como certos atos políticos, históricos e sobre a mulher.
Um fator que chama a atenção é o humor empregado nas entrelinhas. Sem contar que em certos momentos este se torna explícito.
É uma leitura que compensa. Voltaire é conhecido por seus contos de cunho moral. Zadig é um dos mais populares entre outros vários como: Cândido, O Homem dos Quarenta Escudos, O Ingênuo, etc.
Mas com certeza o DICIONÁRIO FILOSÓFICO é uma obra e tanto que vale investir tempo.
L. L. Santos
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