R...... 22/07/2016
A morte de Robin - Parte 1 de 3, publicada pela Abril em 2002
Um clássico das HQs, pois o evento além de inusitado (morte de um herói), resgatou a imagem do Morcego. O ponto chave nessa história não é a morte de Jason Todd, o segundo Robin (eita! estarei maluco?), mas do Batman tiozão chato que se tornou o Cavaleiro de Gotham. Esse Batman, detestado pelos leitores por estar desfigurado de sua essência, é o ponto mais significativo para o universo dos quadrinhos nessa HQ.
A proposta de conflito pai-filho não agradou o público, que tratou de pedir a cabeça do garoto através de uma votação. O primeiro Robin, Dick Grayson, teve passagem positiva (era uma relação mestre-discípulo), mas com este segundo a história desandava. Resultado: renascimento de uma lenda, sedenta de justiça, irada contra o crime, sombria e solitária como em suas origens. Essa é a disposição da obra. Mas a que custo... A DC Comics deu uma de Pilatos e passou a culpa para o leitor.
A HQ é dos anos 80 e tem isso exaltado nas cores berrantes. O batmóvel aparece no melhor estilo do carango da série antiga também.
A arte está muito colorida. Ficaria melhor em tons sombrios paralelos ao drama. Até as cenas noturnas são multicoloridas. Não gostei dessa caracterização, ainda mais em uma história funesta. A observação é válida para as três partes.
Percebemos também o quanto o Coringa é estrela na DC, vendo-se proteção em coisas com uma facilidade de soluções para ele. Faz por merecer uma visão odiosa, e isso também limita o Batman em suas ações. Af! Não teve nem uma surrazinha básica arranca dente e espoca beiço no cara, que teve direito também de ser salvo pelo herói. Às vezes isso é irritante, mas é uma disposição que só evoca o amado ódio ao Coringa para muitos.
Nessa primeira parte Jason descobre ter a mãe biológica viva, que se apresenta em três possibilidades. Por conta própria, após desentendimentos com "o coroa", vai atrás da primeira dessas mulheres, no Líbano. Sharmin Rose é uma agente israelense em uma ação secreta contra terroristas arábes, que acaba sendo ajudada pelo garoto e pelo Batman que, invariavelmente até aqui, chega a tempo de salvar o garoto rebelde.
Em paralelo, o Coringa está tentando se dar bem com ajuda dos terrorista e parte para a Etiópia, onde está mais uma das suspeitas de ser a mãe do Robin, que conhecera em Gotham. A dupla dinâmica permanece no Oriente, procurando a segunda mulher da lista.
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