spoiler visualizarDayane 05/03/2022
Memórias Póstumas de Brás Cubas
O livro é muito interessante, mas também bastante complexo, confesso que precisei ler com um dicionário ao meu lado.
Uma das características do livro é a desordem cronológica, isso é perceptível logo no primeiro capítulo em que o "defunto-autor" conta sobre sua morte, sobre seu velório e enterro, e ao decorrer do livro ele conta as histórias mesmo sendo um "defunto". Ele conta sobre sua infância, era uma "peste", fazia as outras crianças (escravos) de cavalinho, subia em cima e também era muito mimado, conta também de sua adolescência, de seu primeiro beijo com Marcela e é uma das histórias que me chamou bastante atenção, ele fala que ela era muito bonita, amiga de dinheiro e de rapazes, luxuosa e ele era louco por ela, então pensei que ficariam juntos, pois ele burguês, teria como banca lá e a bancou por um tempo, lhe deu diversas joias, dinheiro e muitos presentes, entretanto quando ele a chamou para viajar, ela não quis, ele também conta "Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis" e ao final do livro Brás a reencontra e a vê morrer "feia, magra, decrépita". Ele conta também sobre Virgília, que virou sua noiva, mas ele a deixou e ela por sua vez casou-se com Lobos Neves e ela se tornou sua amante. Brás Cubas não se casou, não teve filhos, não foi ministro, apesar disso coube-lhe a boa fortuna, ele termina o livro com a seguinte frase "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.".