A caixa preta

A caixa preta Amós Oz




Resenhas - A caixa-preta


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Ana 13/10/2024

?185. Fé nascida da falta de fé: à medida que a fé em si próprio vai sendo destruída, fortalece-se a fé ardente na redenção, revigora-se a necessidade urgente de ser salvo. O redentor é tão poderoso quanto se é pequeno, nulo, insignificante. Henri Bergson diz: não é verdade que a fé mova montanhas. Ao contrário, a essência da fé é a capacidade de não distinguir mais nada, nem mesmo montanhas movendo-se diante de nossos olhos. Uma espécie de tela hermética, totalmente imune aos fatos.?
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Bia 16/07/2024

4 estrelas!
O livro é muito bom. Completamente genial. Somente um autor muito bom é capaz de escrever a narrativa inteira através de cartas e conseguir passar para o leitor todos os traços dos personagens. A gente consegue perceber a evolução (ou não) deles em cada passagem. A história reflete bastante sobre a questão do relacionamento, sobre ser abusivo ou não, sobre dependência emocional, sobre o fim que tudo levou e como isso reflete em outras pessoas, como os filhos, sobre a falta de diálogo e o não superar. É muito complexo, mesmo em poucas páginas. A única questão para eu ter tirado uma estrela é que, em alguns momentos, se torna repetitivo. Entendo que, por ser através de cartas, não tem como ser uma obra com muita ação, mas a história começa bem e flui bem e, em certo momento, fica um pouco lenta até voltar a fluir perto do final. Porém, isso não tira a genialidade da obra. Um livro muito bom mesmo!
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Monaliza20 16/07/2024

"Afinal, isso é um jogo para dois."
Eis aqui uma pergunta que percorre todo o livro: ainda que saibamos que determinada atitude nos levará ao fundo do poço mais repugnante possível, somos realmente capazes de resistir?

O autor nos apresenta um conjunto de personagens, no mínimo, atormentados. O estilo epistolar ajuda nessa sensação e, também, no próprio ritmo do livro (que, para mim, perde um pouco da fluidez do meio para o fim).

Todos os personagens são interessantes, mas quem realmente ganha a cena são Ilana, Alec, Michael e, claro, Boaz (de quem é impossível não se enternecer, em alguns momentos). Todos eles profundos, cheios de contradições e momentos de fragilidade.

O livro também apresenta uma discussão e visão sobre o debate judeus vs. árabes. Sinto que se eu tivesse um pouco mais de domínio sobre o tema, perceberia nuances que deixei passar.

Livrão!
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Maria.Batagin 11/06/2024

Cartas
Uma troca de cartas onde a cada carta se aprofunda na abertura de uma caixa preta de relações das quais não foram explicadas e somente com a abertura dela que vai se esclarecendo os acontecimentos.
Confesso que o livro me chocou e está me fazendo refletir sobre vários aspectos de algumas caixas pretas que vamos adquirindo com o tempo.
Valeu a leitura e tenho certeza que relerei novamente em outros momentos.
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Karine 18/10/2023

Livraço
Apaixonada pelo livro, pela escrita e pelo autor!! Quero ler tudo dele agora!! Uma grande surpresa!!
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JanaAna 04/08/2023

Gostei muito da escrita
O autor foi muito feliz com a escrita. O livro é feito todo de troca de correspondências e carregado no drama familiar.
Ilana envia uma carta ao ex-marido Alec para pedir ajuda para encontrar o filho de ambos, Boaz. A partir daí vamos conhecer a história desses três personagens e Michael, atual marido de Ilana.
Passada nos anos 70, a história está cheia de drama, mágoas e recordações cheias de sentimentos.
O autor escreve muito bem e nos permite entender quem está escrevendo em cada passagem.
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Marcia 11/07/2023

Minhas impressões sobre o livro
Esse livro foi uma viagem literária muito rica em aprendizado, não só pelo contexto como pela forma da escrita. Trata-se de um romance epistolar, ou seja, em forma de cartas. Os personagens se correspondem através de cartas e telegramas. O leitor vai lendo as cartas e montando o cenário, as características e perfil dos personagens. Na metade pra frente me surpreendi, estava achando que era de um jeito mas as revelações vão surgindo e tudo muda. É muito interessante como o escritor consegue lançar certa luz em alguns dos personagens depois de um tempo. Estava num ritmo e de repente clareia e começamos a entender melhor.
E as descrições dos momentos e dos lugares!? Fiquei impressionada.
Nesse livro vamos conhecer Ilana que foi casada com Alex Guideon, um escritor famoso no mundo todo e com ele teve um filho - Boaz.
O casamento deles foi muito problemático e terminou em divórcio muito difícil. Ilana é uma personagem intrigante. Após o divorcio ela foi embora com Boaz, não teve mais contato com o ex marido por anos.
Ilana se casou novamente, com Michel Sommo, e teve uma filha.
A situação financeira deles não é boa e Boaz, com 13 anos, jovem revoltado cria muitos problemas e ela precisa de ajuda.
Ilana procura Alex para ajuda-los financeiramente com Boaz.
Esse contato que é através de cartas ( enviadas algumas vezes via advogado e outras de forma direta) e sera através das cartas que vamos conhecendo toda a história, alem dos outros personagens como advogado, o marido atual , Boaz e da situação política e econômica de Israel. Todos os personagens se comunicam através de cartas e telegramas.
A história se passa no ano de 76 , ano tumultuado em Israel para os judeus, principalmente os mais fanáticos como o atual marido de Ilana.
Amor, ódio, traição, política,religião, fanatismo, família, dor... Muitos elementos conflitantes e escrito de forma que nos prende atenção. Gostei muito.
Valeu
Regis2020 12/07/2023minha estante
Maravilhosa sua resenha, Márcia! ? ???


Marcia 12/07/2023minha estante
Obrigada!????




anamariarockk 21/06/2023

As cartas que cada um dos personagens escreve são bem envolventes e os telegramas curtos são confusos, mas tá tudo certo, a experiência é ótima!
Eu comecei a ler, tive que parar pra focar um pouco no meu trabalho e cumprir uns prazos e depois retornei, não recomendo parar por muito tempo. Se eu tivesse lido de uma vez teria dado 5 estrelas.
Os personagens são complexos. Começamos com raiva de um deles e depois este ganha o nosso coração. E outro que parece gente boa nos causa um certo abuso no decorrer da história. Outros nos dão compaixão.
Mas a forma como a proximidade da morte une essas pessoas me tocou muito. E a simplicidade que decora este final de vida é um show a parte.
Meu primeiro Amós Oz. Adorei!
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Marta 05/06/2023

A caixa preta.

Este livro é feito de cartas. Somente isso. E uma das melhores narrativas que já li.
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Lurdes 07/05/2023

A Caixa Preta é um romance epistolar, totalmente narrado através de cartas e telegramas trocados entre os personagens.

Alex Guideon e Ilana se divorciaram oito anos atrás de forma tempestuosa, após frequentes traições de Ilana.
Ele, professor e escritor renomado segue morando nos EUA, enquanto Ilana retorna a Israel, com o filho de ambos, Boaz e, depois de um período muito difícil, se casa novamente com Michel Sommo, com quem tem uma segunda filha, Yifat.

A primeira carta, de Ilana endereçada a Alex, pede ajuda em relação ao filho, que está afastado da família, com comportamento rebelde e autodestrutivo. Alec auxilia... enviando dinheiro.

Após este primeiro contato ainda bastante formal e cauteloso, vamos acompanhar uma enxurrada de correspondências, entre Ilana e Alex, Michel e Alec, o casal com o advogado de Alec, entre Alec e seu advogado, entre Boaz, o pai, a mãe e o padrasto.
E, à medida que os contatos se estreitam, as liberdades (e as verdades) naturalmente começam a vir à tona.
Críticas, xingamentos, julgamentos, acusações, perdões, pipocam de todos os lados.

O término do casamento, que deixou muitas questões mal resolvidas, causou muito mais danos ao casal e ao filho do que se supunha e este momento, de profunda crise do rapaz, que coincide com grave enfermidade de Alex, pode ser a última oportunidade para abrirem a Caixa Preta desta relação e tentar descobrir onde é que falharam.

Michel aparentemente orbita em torno desta relação, mas ele consegue manipular a todos e toma para si a função de administrar o dinheiro que Alec passa a enviar, usando estes recursos, não apenas para prover a família, mas para investir em suas ambições políticas.
O livro não se exime de abordar a situação política de Israel, nos anos 1970 e acompanha o crescimento do movimento de direita, que não aceita acordos com os Palestinos.
Aqui cada um é narrador da própria versão e como nenhum narrador é confiável...

Ótimo livro, e como diz Boaz... Não julgue, sinta pena de todos.
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Vanessa.Benko 29/04/2023

Quando a batalha está no auge não há mais sentido nas regras iniciais
Uma obra de narrativa epistolar. O início engrena muito bem, e as cartas e telegramas são escritas de forma objetiva e com pouca emoção. Criamos uma curiosidade sobre o término do relacionamento entre Alec e Ilana. Somos apresentados aos outros personagens e consequentemente suas personalidades e perspectivas.
É preciso se atentar para um detalhe importante então: exatamente todos os personagens não são cativantes. É impossível você tomar partido de um em detrimento do outro. Ou escolher um lado da história. A ideia de abrir uma caixa-preta é justamente dissecar os motivos e acontecimentos que levaram ao fim do relacionamento. Temos acesso a muito mais do que isso. Somos apresentados à flashbacks magoados, à personalidades marcadas por abandonos e imposições, imagens vívidas de traumas, ações sem escrúpulos e ideologias religiosas.
Cada personagem é bem construído em suas dores e perspectivas. Seus pontos de vistas são apresentados demoradamente e através de nuances sutis. O fato principal do livro é que não temos acesso a verdade. Temos acusações de mentiras, ego ferido e redenções improváveis. Todos os acontecimentos não são relatados – há vários saltos temporais (seja em decorrência do sistema de envio/recebimento de cartas ou seja por flashbacks incompletos). E é isso a beleza do livro: a possibilidade de várias leituras e interpretações.
Cito o exemplo da visão do perdão. Para uns é uma obrigação religiosa. Mas ainda pode ser ligado a importância da concepção de família, à ideia de doar o dinheiro ou ainda simplesmente ser um funcionário leal e determinado.
O que fica para mim é a importância do amadurecimento das relações. Como tudo pode ser mais facilmente superada e explicado se deixamos de lado nossas afirmações isoladas, e buscamos ter realmente uma conversa, algo duplo. Porque através da companhia, até o silencio pode ser uma solução confortante para ambos os lados.
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Leila 28/04/2023

A caixa preta, escrito por Amós Oz, é um livro que trata de temas políticos e sociais israelenses, como é de se esperar do autor. Embora tenha gostado da leitura, pessoalmente, não considero este meu livro favorito do autor. Porém, antes mesmo de iniciar a leitura, eu já estava preparada para o tom que o livro teria, visto que Amós Oz já havia mencionado que este era o seu livro mais "raivoso" politicamente falando, quando eu li Do que é feita a maçã, um livro de entrevistas maravilhoso (vá ler correndo). Apesar disso, confesso que me irritei bastante com os personagens, os quais achei por vários momentos bem mimizentos. No entanto, o personagem que mais me cativou foi o adolescente rebelde, que roubou a cena. Acredito que ele trouxe uma perspectiva interessante e um contraponto aos demais personagens, que muitas vezes se mostraram intolerantes e fechados em suas próprias visões.

Em relação à história em si, achei o enredo bem construído e os diálogos inteligentes e bem elaborados. Além disso, a narrativa flui bem, mesmo sendo um livro epistola, o que me irritou um pouco foram os personagens mesmo e seus draminhas e relações mal resolvidas, mas de um certo ponto do livro, isso melhora consideravelmente.

Enfim, mais um Oz pra conta! E viva o Novo Clerp! rsrsrsrs
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Sid Dantas 22/04/2023

Não abandonem o livro!
Primeiro contato com a escrita de Amos Oz e foi muito gostoso de ler. Romance epistolar, troca de cartas e telegramas somente. Denso. Pesado.
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Lopes de Araujo 05/01/2023

Poucos personagens e apenas narração
O livro é apenas narração por cartas e e-mails. É bom e bem complicado, um pouquinho cansativo. Não contei, provavelmente só tem no máximo 10 personagens .
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Karen 29/10/2022

Redenção
Este foi o meu primeiro contato com o autor e certo que lerei mais AMÓS OZ.
Livro em forma de cartas trocadas entre os personagens onde, uma a uma vemos todos serem desconstruídos, despidos e reconstruídos.
Sai o EGO, entra em cena a humanidade, sensibilidade e nudez de sentimento d cada um.
QUE LIVRO!!!!
"I) Sinta pena de todos. II) Preste mais atenção nas estrelas. III) Não sinta amargura. IV) Não zombe de ninguém. V) Não odeie. VI) Putas são gente, não lixo. VII) Não bata em ninguém. VIII) Não mate. IX) Não se destruir um ao outro. X) Calma.".
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