The Last Oracle

The Last Oracle James Rollins




Resenhas - The Last Oracle


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Lili Machado 13/09/2011

“The greatest blessings granted to mankind come by way of madness, which is a divine gift.” (As maiores bençãos da humanidade vieram através da loucura) - Sócrates
Continuando nossa viagem pelas aventuras da força Sigma, neste 5º volume, o Comandante Gray Pierce, Painter Crowe e Monk (sim – ele está de volta!) vão lidar com bioengenharia, manipulações genéticas, o Oráculo de Delfos, ciganos, Guerra fria, contaminação nuclear, Grécia, Índia, autismo - e de quebra, a Paz Mundial. Enfim, vários elementos que, reunidos, fazem a festa dos amantes da boa literatura de fantasia e aventura, com toques históricos e arqueológicos.
Registro, também, que o livro é um belo exemplar de hardcover, o que mais prazer me dá em lê-lo.
O livro começa com informações sobre o Oráculo de Delfos, na Grécia antiga, que era consultado por Platão, Aristóteles e Ovídeo. Essas profecias foram fundamentais no curso dos acontecimentos da civilização ocidental e os gases alucinógicos que eram utilizados para facilitar o transe das pitonisas, eram reais.
A Força Sigma é apresentada, novamente, através do Comandante Gray Pierce e do Diretor Painter Crowe.
Um sem-teto é assassinado, na rua, nos braços de Pierce – mas, na verdade, trata-se de um professor que investiga determinados padrões mentais, em deficientes neurológicos – uma queima de arquivo relacionada a um programa nuclear secreto, levado avante nos Montes Urais. Sua filha, Dra. Elizabeth Polk, passa a fazer parte da força-tarefa Sigma.
O talento das crianças autistas envolvidas no projeto russo (Sasha, Pyotr, Konstantin), engloba telepatia, empatia, premonição, clarividência, clariaudiência, habilidades de desenho e pintura (assistam ao filme: Rain Man, com Dustin Hoffman e Tom Cruise). Para maior controle desses poderes extrasensoriais, um implante metálico é colocado em seus crânios, pela cientista russa, Savina Martov, remanescente da KGB, e seu filho Nicolas (que pretende tornar-se líder da nova ordem mundial) – “transcranial magnetic stimulators”. Até mesmo chimpanzés como Marta (quase humanos), são usados nessas experiências.
A busca envolve escritas em Sânscrito antigo, deuses hindus, povos Harappan, lendas ciganas e indianas, mapas genéticos, castas indianas dos chamados intocáveis (dalits), templos gregos em ruinas, mudanças no curso da história da humanidade, escombros de usinas nucleares.
Até mesmo a Guilda e Seichan, aparecem ao final da narrativa, antecipando a aproxima aventura da Força Sigma e do comandante Pierce: “The Doomsday Key”.
Monk Kokkalis, para quem leu “A última traição de Judas”, para todos os efeitos, morreu. Mas sua esposa Kat ainda participa da equipe. Porém, nessa altura do livro, descobrimos que ele está vivo, mas desmemoriado; e mantido prisioneiro da Dra. Savina. Um grupo de meninos autistas usados no programa secreto russo, o liberta no intuito de conseguir tirá-los do hospital em que se encontram confinados. Para variar, o intuito maior é salvar o mundo...
O grupo de elite pósguerra, envolvido em vários projetos secretos do governo americano, os Jasons, realmente existe.
O projeto Stargate foi um programa real do Instituto de Pesquisas Stanford, iniciado pela CIA.
A manipulação de cérebros, com o uso de substâncias químicas, como o propanolol, é possível. A pesquisa vem dos experimentos do Dr. Josef Mengele, com os ciganos e judeus dos campos de concentração nazistas.
A origem dos ciganos Romani é, realmente, a região do Punjab, na Índia – razão da roda dos chakras, em sua bandeira.
Todos os acontecimentos e equipamentos descritos no passado, presente e futuro das instalações nucleares da antiga União Soviética, são reais – legado de Chernobyl. O interessante é que, logo após a leitura do livro, enquanto ainda estava montando esse histórico, me deparei com uma reportagem na Revista Isto É, de 2/2/2011, exatamente sobre a nova cobertura (sarcófago) para as ruínas da usina Nuclear de Chernobyl, na atual Ucrânia, cuja explosão, completa, este ano, 25 anos. Com a forma de um hangar de avião, com 150 metros de altura, conterá a radiação (dizem os cientistas) por cerca de um século, com o custo de 2 bilhões de euros, num projeto financiado pela União Européia e pelos países do G8. – bem informado, esse escritor, né?
E sim, podemos ver cerca de 3 segundos no futuro. Como? Ainda não foi descoberto...
A síndrome de Savant é um distúrbio psíquico no qual a pessoa possui grande habilidade intelectural, aliada a um déficit mental. Apesar da origem do autismo ser, ainda, desconhecida, a fantástica capacidade mental dos autistas, é amplamente conhecida. Ao final do livro, Rollins apresenta uma lista de personalidades que teriam sido autistas: Beethoven, Thomas Edison, Kafka, Mozart, Nietzshe, Einstein, Michelangelo, Newton. “Se o autismo não existisse, a humanidade ainda estaria socializando junto a uma fogueira, na entrada de uma caverna.” Dr. Temple Grandin
O autor, James Rollins, médico veterinário na California, alpinista/espeleólogo/mergulhador por hobby, faz um belíssimo trabalho de pesquisa histórica, científica e política, a cada volume de suas obras literárias. Neste livro, não é diferente: ele trama seu relato, passando de antigas civilizações a ruínas nucleares, dando, de quebra, mensagens de amor e altruísmo.
Acompanho sua carreira, através de sua página no Facebook e o sigo no Twitter. Para os interessados – ele responde às mensagens que enviamos – pelo menos, as minhas, tem respondido sempre.
“On to the next big adventure.” James Rollins
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11/03/2011

Se a sinopse aí em cima não está muito boa, peço perdão, mas eu tive que traduzir do meu livro. E nem o título do livro eu não tenho certeza se seria esse. De novo tive que improvisar. E aviso aos fãs do Comandante Pierce e cia. que não sei quando (ou se) a Trilogia Força Sigma vai deixar de ser uma trilogia e passar a coleção. Não encontrei nada no site da Ediouro, responsável pela publicação dos outros volumes aqui, nem no do autor. Se alguém tiver alguma informação, eu agradeço.

Mas de volta ao livro. Mais uma vez, a trama é meio batida, mas como eu disse antes, pra quê mexer em time que está ganhando, certo? E mesmo sendo previsível e repetido, não quer dizer que não seja emocionante e envolvente. O ritmo é bem rápido e os cortes entre as narrativas (acho que esqueci de mencionar nos outros que as narrativas mudam de acordo com o personagem focado) são perfeitos, sempre deixam a gente curioso para saber o que vem a seguir...


Mais em: www.natrilhadoslivros.blogspot.com

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