Matheus Felipe 14/04/2023
SandLand e a Banalidade do Mal.
SadLand: o mundo que nos mostra que os humanos, muitas vezes, podem ser piores que demônios. O mundo que traz uma baita crítica a respeito das guerras. O mundo que mostra onde a humanidade chegará se persistir maltrando o meio ambiente. Embora se desenvolva em outro universo, a história reflete o nosso mundo, em que os humanos procuram, de todas as formas, se autodestruir. Reflete, ainda, nossa arrogância e nossa busca incansável por guerras, quando devíamos buscar paz. Reflete como causamos tanto mal, mas procuramos culpados externos. É um olhar do futuro, porém, mais ainda, um autoretrato do presente. Por fim, a obra nos mostra como uma sociedade pode aceitar atitudes banais, como o extermínio de um povo sob justificativas esdrúxulas, apenas porque um governo disse que assim era certo. Isto já foi visto na Alemanha Nazista, e foi bem definido por Hannah Arendt como a "Banalidade do Mal", que acontece quando se cria uma massa na sociedade incapaz de fazer julgamentos morais, apenas aceitando e cumprindo ordens sem questionar, mesmo quando essas ordens são um mal constante. Nasce, assim, uma ideia de que um ato, por mais maldoso que seja, é normal e, portanto, não é errado, já que todos fazem. Este é um terreno fértil para impor regimes totalitários, o que também é visto em SandLand por meio do monarquismo.