Resenhas - Rumo ao Farol

Luiz.Goulart 01/10/2022

Virgínia Woolf em alto estilo
Segundo livro que li de Virginia Woolf após Mrs. Dalloway. A história uma família que passava as férias de verão em uma casa de praia de onde avistava o farol da ilha próxima. Não é um livro fácil já que é narrada em fluxo de consciência e discurso indireto livre: “Na sala em ruínas, pessoas em piquenique teriam aquecido suas chaleiras; amantes teriam ali buscado abrigo, deitados nas tábuas nuas; e o pastor teria guardado sua comida em cima dos tijolos caídos, e o vagabundo teria dormido enrolado no casaco para se proteger do frio. Então teto teria caído; urzes e cicutas teriam fechados os corredores, os degraus e as janelas; teriam crescido desigual, mas luxuriosamente, sobre o entulho, até que um intruso, tendo se perdido, poderia ter dito, apenas por causa de um lírio-tocha misturado às urtigas, ou um caco de porcelana no meio das cicutas, que aqui, alguém, uma vez vivera”.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/5508448897034557562?hl=pt-BR

Mello 20/09/2022

Plano e continuo
Talvez eu tenha perdido um pouco as nuances que a autora quis abordar. Para mim foi um pouco linear e sentimental, mas não de uma maneira profunda. Há boas referências textuais que trazem um pouco mais de filosofia e reflexão, mas ainda assim não me abraçou. Enfim, no geral, achei uma história cansativo e leve.

Mille Reis 22/08/2022

Um pouco confuso.
Primeiro livro de Woolf. Achei a leitura cansativa e me perdi em alguns momentos sem saber quem estava pensando.

Embora a história seja boa, não me apaguei aos acontecimentos e personagens.

Pretendo ler outro livro dela, pois esse eu não me deixou formar uma opinião conclusiva.

Rodrigo 21/08/2022

Leitura obrigatória
Virgínia Woolf é um marco da literatura mundial, escrevendo na e sobre a era vitoriana ela transcendeu seu tempo quanto a forma e a abordagem de seus personagens. Neste livro acompanhamos a estada de uma família tradicional nas ilhas Hebridas, local isolado e melancólico. Ali acompanhamos as reflexões e pensamentos dos personagens onde estes refletem sobre o papel das mulheres, o passar do tempo e as construções da memória que, muitas vezes, jogam um véu sobre a realidade. É um livro denso mas interessante como viagem as paisagens interiores das pessoas a partir dos lugares onde estas transitam.

Victoria.Marin 17/08/2022

Um livro bonito, mas monótono?
?Ao Farol? é um livro que exige bastante atenção do leitor, pois a narrativa é baseada em fluxos de consciência.

A passagem do tempo é basicamente a consciência dos personagens, os pensamento são misturados entre o presente e as lembranças do passado.

A primeira parte, ?A Janela? serve para apresentar os personagens, os quais, em minha opinião, não foram bem desenvolvidos, principalmente pelo fato de descrever somente os pensamentos deles.

O tempo passa rapidamente na segunda parte do livro: ?O Tempo Passa?, avançando anos, descrevendo os acontecimentos na vida da família e na casa, durante os anos em que ficou vazia.

No capítulo ?O Farol?, seguindo para o fim do livro, a família volta à casa e realizam a tal viagem, mas de uma maneira diferente do esperado.

Sinceramente, é uma experiência de leitura, mas não me encantou. Uma obra, em minha opinião, monótona, cansativa, mas ao mesmo tempo bonita. É um bom livro.

_cardosinho 10/08/2022

Ao farol
Bom, vamo lá.
Pra mim foi uma leitura bem difícil, me perdi em vários momentos e como são bastantes personagens eu não sabia quem era quem. Esse livro é sobre o cotidiano que a autora vivia e como a vida muda e as coisas continuam. A parte II pra mim fluiu bem melhor mas demorei pra engajar. As personagens são encantadoras, amei a lily e sinto que gostaria de bater um papo com ela num café da tarde. Também tem vários momentos que os personagens tem pensamentos bem válidos e emocionantes. Acho que o resumo é que esse livro precisa ser lido com paciência porque não é uma leitura tão fácil mas que entrega vários momentos bonitos sobre a natureza humana.

giovanna 02/08/2022

the last great american dynasty
leitura simplesmente indescritível; com a narrativa da Woolf muito subjetiva e introspectiva, nossa atenção é redobrada a cada palavra lida, o que torna a leitura, apesar de lenta, extremamente satisfatória. quando eu começava a ler meus pensamentos encerravam em quase 100%. foi incrível para eu "esquecer" do mundo e simplesmente >ler<
sra ramsey e lily entendo mto vcs queridas um bjao!!!
sr e sra ramsey = peace da taylor swift

Caroliny 31/07/2022

Sensacional
O poder da Virginia nesse livro é a fonte do mistério. Como ela significa os sentimentos mais íntimos dos personagens junto ao cotidiano, entre ações corriqueiras as emoções mais profundas, é uma verdadeira obra de arte. A descrição da passagem do tempo está entre as melhores coisas li em toda minha vida, golpe de mestre.

wellpimentel 26/07/2022

Não me sensibilizou.
Minha primeira leitura da autora, tão elogiada e comentada por seus escritos. Gosto de livros de época, percebo a qualidade da escrita da autora, mas não consegui entrar no clima dessa história, não me sensibilizou, não me agradou e tão pouco recomendaria essa leitura para alguém.

Amélia Mel 24/07/2022

A casa está à ruína, só o facho do farol entra nos quartos
Li o livro porque estava disponível na casa que passei minhas férias e sabia que é considerado um grande clássico da literatura.

De início levei um susto pelo ritmo lento e nada objetivo do livro. O capítulo I ?A janela? passa vagarosamente durante um dia na casa de férias dos Ramsey, uma família com 8 filhos e alguns convidados. Ninguém é apresentado na história de forma convencional, parece que tudo ocorre conforme o fluxo de pensamento dos personagens, e, a partir daí, vai se formando o enredo. Uma atenção especial é dada ao casal, em especial, a sra. Ramsey, que parece ser o pilar da família, uma mulher agregadora que as pessoas gostam de ter por perto e que se regozija de ser enxergada dessa maneira. Ela sustenta emocionalmente o marido, um intelectual vaidoso e inseguro, por quem parece ter muita admiração. Interessante que uma das características mais marcantes da sra. Ramsey é a sua beleza, mesmo tendo 50 anos, 8 filhos e uma vida dedicada à família. O clima, apesar de ser uma casa de férias com convidados, é austero, formal e melancólico. Outra característica dos relacionamento é o papel bem estabelecido entre homens e mulheres, embora, nem sempre bem aceito.

No capitulo II, ?o tempo passa?, alguns personagens falecem sem muita explicação. A narrativa é focada principalmente em elaborar o vazio e arruinamento da casa de férias devido as fatalidades ocorridas na vidas dos Ramsey.

O último capítulo ?o farol? a família Ramsey retorna à casa depois de 10 anos, com alguns convidados do primeiro capítulo. Dessa vez, o sr. Ramsey irá ao farol, fato que não aconteceu no capítulo I devido ao mal tempo. A relação com os filhos é um tanto desgastada, acredito principalmente que por um choque geracional, uma vez que os filhos não suportam o jeito autoritário do pai, tendo o caçula uma ojeriza silenciosa e corrosiva direcionada ao mesmo.

Virginia Woolf me lembrou Clarice Lispector por esmiuçar cada pensamento e até a alegria ter um ?quê? de tristeza. O livro me despertou melancolia, nostalgia e um vazio que não queria que tivessem acompanhado as minhas férias. Mas acredito que esse foi o objetivo da autora, e esta o fez de forma primorosa, original e com uma certa dose de chatice.

Thaís 23/07/2022

A vida entre parêntesis
Como diz o posfácio, é difícil saber se Woolf quer contar a vida corrente ou o que descreve entre parêntesis. A dúvida do protagonismo é entre a família Ramsay e Lily Briscoe. Mas vou além, pois me divido ainda pela casa na praia. O farol é mero coadjuvante, mesmo dando nome à história.

Woolf tem um jeito característico de contar suas histórias. Suas obras não são clássicas e, portanto, atemporais. Nos remete a um tempo e somente a ele. "Ao Farol" não me prendeu, não me encantou. Tampouco posso dizer que recomendaria.

Alana 22/07/2022

proibido criticar Ao farol, sujeito a pauladas
como é gostoso entender o porquê de uma autora ser tão amada. nada do que me cansou em Sra Dalloway (a falta de identificação, parágrafos que não me acrescentavam, dificuldade de acompanhar e entender a relação entre as descrições e a história) encontrei aqui. Fiquei vidrada desde as primeiras páginas, e o fluxo de consciência virou uma das minhas formas de narrar favorita, afinal, o que é que pode ser mais excitante numa situação do que ler a mente das pessoas? É como se a gente tivesse jantado com eles e passeando pelos cômodos, ouvisse os pensamentos de cada um.
A poesia em prosa foi outra coisa que me tirou o fôlego várias vezes durante a narrativa, a Virgínia cria tantas imagens lindas, tantas vezes "as linhas subindo e se cruzando, a tentativa de criar alguma coisa" acertou em sentimentos tão detestados ou queridos e íntimos meus.
É um livro riquíssimo, com tantas frases que geram mais e mais parágrafos na cabeça do leitor, objetos e forças da natureza que no começa parecendo um devaneio, criam um sentimento que nao seria alcançado em alguma descrição objetiva.
Torci pela sobrevivência de alguns personagens, e mesmo tentando detestar outros, não consegui (é possível detestar alguem depois de dar uma voltinha na cabeça dela?)
Tenho tanto carinho e criei tanta cumplicidade com a Virgínia Woolf nesse livro, coração quentinho ao achar mais um grande favorito

Tauan4 18/07/2022

Não foi o que eu esperava.
Rapaz.. quase não termino!
Foi decepcionante, pois sempre tive vontade de ler Virgínia Woolf.
Não consegui me conectar com nenhum personagem, muito menos com a historia. Terminei o livro fazem três dias e até agora não consegui ver sentido.
Gostei bastante da primeira parte, mas depois disso tudo passa muito rápido e o desfecho deixa muito a desejar, com relações artificias e e clichês, como de filhos revoltados com os pais.

Mas clássico é feito para ser lido, e opinião todo mundo tem!!!
Toda leitura é válida!

Tania Barros (Canal Loucos por Biog 10/07/2022

Intrigante
Eu acho que terei que ler esse livro novamente para entende-lo melhor.

Acabou sem sentido para mim, mas afinal é Virgínia Wolf né, a mulher era um gênio e eu é que tenho que me esforçar para entende-la kkkk.

Não sei se recomendo, não é um livro fácil de ser compreendido.

Arieska 01/07/2022

Ao Farol
Esse foi o primeiro - e provavelmente último - livro da Virgínia Woolf que eu li. Estava ansiosa porque sempre ouvi falar tão bem dela, mas sinceramente foi difícil me convencer a terminar.
A história não tem um plot, não te engaja, a leitura é arrastada e fica parágrafos e parágrafos narrando um mesmo momento - indo e voltando nas mesmas frases.
Em contrapartida, achei interessante que ela consegue fazer algo que nunca vi outros autores fazerem: mesclar tão bem os pensamentos íntimos, com as falas dos personagens e as observações do que ocorre a sua volta.
No geral, achei uma leitura difícil de se concentrar, comecei e terminei dois outros livros fugindo desse mas me prometi que terminaria ele antes de iniciar um terceiro pois não queria abandona-lo.
Enfim, pra quem gosta de uma história dinâmica com escrita tradicional, não indico essa obra. Indico pra quem quer experimentar um estilo totalmente diferente do comum.