O deserto dos tártaros

O deserto dos tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Selennie 15/10/2022

Não era como eu imaginava, acabou sendo mais interessante, embora não empolgante, que empolgante uma história sobre espera não podia ser.
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Maria.Neves 11/10/2022

Angustiante
Fala da espera.
A espera de que aquele dia chegará, que aquela coisa acontecerá e nos fará sentir e viver momentos fantásticos.
E por conta dessa espera o tempo vai passando.
E quando acordamos percebemos que não fizemos mais que esperar e esperar...
Mas no fim não é só isso mesmo?
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Angela400 17/09/2022

O livro é um tanto arrastado como que propositadamente para te fazer viver o tempo no Forte. A gente entra no loopping da esperança, igual a eles, para que algo aconteça que faça dar sentido a existência daquelas pessoas. E com o passar das páginas vc vai perdendo essas esperanças...
Fomenta uma reflexão, mas é um livro triste... Gostei de ter lido, e considero que muitas sensações que ele me provocou vão ressoar por alguns dias
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Diego Lima 04/09/2022

Série: Resenhas atrasadas 3/3.
Um livro sobre o tempo ou como estamos gastando-o.

Giovanni Drogo Tenente recém formado é designado para uma missão de servir no forte Bastiani, forte esse que protege o país de uma possível invasão inimiga pelo deserto dos Tártaros. Durante o caminho e, com o primeiro contato com o novo local de moradia e serviço, fazem Drogo cogitar uma possível transferência, a qual logo é apaziguada com uma promessa de que se em quatro meses o jovem Tenente não mudasse de ideia poderia ir para onde quisesse. Esses meses viraram dias, meses, anos, até que ...

O livro tem uma mensagem muito boa, nos levando a refletir sobre como estamos investimento cada minuto de nossa vida, se compensa mesmo apegar-se ao comodismo do qual estamos conduzindo nossas vidas; porém, ao mesmo tempo, você é empurrado contra parede sobre as escolhas feitas no passado e presente, e se vamos continuar tomando essas mesmas escolhas para o futuro.

Quanto tempo ainda temos?

Apesar das reflexões citadas aqui, a história pode ficar enfadonha, mesmo o livro sendo bem curto, pois, entramos no cotidiano do protagonista, da rotina rígida de um exército. É uma leitura bastante densa, e a cada momento de fadiga da leitura você é questionado sobre o que está fazendo com seu tempo. Mas torço para que todos cheguem ao final do livro.
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Gabi 30/08/2022

Um deserto de tártaros e a guerra contra o tempo
Fazia tempos que eu aproveitava tanto uma leitura como aproveitei essa, o livro em si traz bastante reflexões sobre o poder do tempo e como nossas escolhas refletem durante toda nossa vida. O que mais me fascinou durante a leitura foi que eu - ironicamente- mal percebia o tempo passar, o que é algo totalmente relacionado a nossa própria percepção do tempo, só percebemos que muitos anos se passaram quando vemos as mudanças e marcas que ele deixou no meio do caminho. Deserto de tártaros é um livro maravilhoso e doloroso, uma obra de arte!!!
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Max 19/08/2022

A vida com um propósito...
Entendo a vida, a natureza, como um caos sem nenhum sentido aparente. Sob essa perspectiva, dar a nossa vida um propósito, seja qual for, fornece a ela um norte, uma direção, um caminho. É disse que trata o livro, sobre um propósito prá vida, mesmo que com o passar do tempo se torne profundamente melancólico, ainda sim, dará um sentido a ela. Interessante!
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Letícia 22/06/2022

Considerado a obra-prima de Buzzati e um dos melhores livros do século XX, O Deserto dos Tártaros conta a estória de Giovanni Drogo, um jovem oficial que acabou de terminar a formação na Academia Militar e é designado para servir no forte Bastiani. Trata-se de uma antiga fortaleza, próxima à fronteira e voltada para um deserto inóspito, por onde, muitos anos antes, transitavam exércitos inimigos da etnia tártara.

A princípio, Drogo considera que um breve período no forte pode ser uma oportunidade de alavancar sua carreira. Aos poucos, porém, ele prolonga sua estadia na expectativa, compartilhada por parte de seus colegas, de reviver as antigas glórias daquele lugar. Contudo, o enfrentamento das tropas estrangeiras parece nunca chegar.

O livro tem como tema central o tempo. Tanto a percepção que temos de sua passagem, quanto o contraste entre o tempo geográfico e o tempo humano, os eventos que se repetem ciclicamente, e o que fazemos com o tempo de vida que nos resta, ou seja, que propósito buscamos dar à nossa existência.

Não por acaso, o tempo e o espaço em que a trama se desenrola não são definidos, o que torna este romance atemporal. Além disso, são poucos os grandes acontecimentos. Durante a maior parte do livro, apenas acompanhamos a rotina militar do forte, o que torna a leitura propositalmente arrastada. Como leitor, nos indignamos com aquilo que o tenente Drogo não consegue admitir: que talvez ele esteja fazendo um mau uso de seu tempo.

Por conta dessa temática, o livro me lembrou de A Morte de Ivan Ilitch, que li no ano passado. Ambos nos fazem repensar nossas escolhas, refletir como e em que investimos nosso precioso tempo, e se o significado das coisas se mantém intacto diante da possibilidade de nossa morte. Por outro lado, enquanto terminei a novela de Tolstói emocionada, a leitura de O Deserto dos Tártaros me pareceu mais penosa e seu desfecho, muito mais melancólico.
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Edson.Bezerra 01/06/2022

Jornada existencial em busca de uma vida de sentido, ainda que esse sentido nunca venha do modo como as expectativas são geradas. Ótima metáfora sobre nossas escolhas e suas consequências.
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Eli 25/05/2022

O Deserto dos Tártaros, uma expressão literária do absurdismo de Camus
O deserto dos tártaros é um livro sobre a espera, que consome o tempo presente com a perspectiva de um futuro que nunca chega. São páginas melancólicas sobre uma “vida maquinal” que é, em essência, um retrato de como somos ensinados a viver. A vida que o soldado Drogo aceita levar, à espera de uma guerra que nunca chega para ele, não é muito diferente das nossas, presos cada qual ás suas fortalezas, admirando uma paisagem distante de onde se espera vir o sentido para o tempo que gastamos, que sim, passa e passa rápido. Mas além do tempo que não volta, do sentido que não chega à consciência e da solidão que pode prevalecer, ainda pode-se ter que lidar com uma “lassidão tingida de assombro”. O que nos consola na leitura é saber que há sempre uma escolha, e em cada escolha um caminho.
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Adriana Scarpin 01/04/2022

Amo demais o filme do Zurlini que se baseou nesse livro, talvez por tê-lo visto primeiro e Zurlini ser o mais absoluto mestre de sua arte eu não consiga com que Buzzatti o equipare em termos de linguagem.
Dito isso, ainda acho o livro imenso, com uma veia sisifica contendo o absurdismo de Camus, o que é a vida senão esse eterno esperar por algo que não vem, essa falta que não se preenche, essa espera absurda e desigual.
Mawkitas 20/01/2023minha estante
Sua resenha me fez pensar em Esperando Godot.




Rafael Moia 24/03/2022

Só acaba quando termina.
Se esse autor não foi militar, realmente é um excelente romancista. Nossa! Ele descreve com propriedade toda a dinâmica de um oficial de fronteira, principalmente: "Pensava nos míseros dias na academia militar, lembrou-se das amargas tardes de estudo quando ouvia lá fora, nas ruas, passarem pessoas livres e presumivelmente felizes; dos serões de inverno nos dormitórios gelados, onde pairava estagnado o pesadelo das punições. Lembrou-se do sofrimento de contar os dias um por um, que pareciam não acabar nunca"
Justi 24/03/2022minha estante
Excelente!




Gabi 20/03/2022

A vida é um eterno esperar... Mas esperar o quê?
Escrito por Dino Buzzati em 1940, "O deserto dos tártaros" foi publicado recentemente no Brasil. Na trama, Giovani Drogo deixa a cidade após ser promovido a oficial na Fortaleza de Bastiani, onde espera pela grande batalha da sua vida.
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Rafael.Gomes 03/02/2022

Adeus, Forte Bastiani
Excelente livro sobre a solidão, a juventude/envelhecimento e as ilusões que criamos para as nossas nossas vidas. Muito comovente e bem escrito. Recomendo muito!

Trechos:

Ninguém entraria durante a noite inteira para falar com ele; ninguém, em todo o forte, pensava nele, e não apenas no forte, talvez no mundo inteiro não haveria vivalma que estivesse pensando em Drogo; cada um tem suas próprias ocupações, cada mal basta a si mesmo.

Era a hora das esperanças, e ele meditava sobre os heróicos feitos que provavelmente nunca se verificariam, mas que serviam para animar a vida.

(?) os homens, ainda que possam se querer bem, permanecem sempre distantes; que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém mais pode tomar para si uma mínima parte dela; que, se alguém sofre, os outros não vão sofrer por isso, ainda que o amor seja grande, e é isso o que causa a solidão da vida.

Ano após ano, aprendi a querer cada vez menos.
Fernanda 06/02/2022minha estante
Já vou colocar na listinha!?




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