Resenhas - O Deserto dos Tártaros

Erica.Barone 10/06/2023

Embora a história proporcione importantes reflexões sobre a vida, fiquei entediada com a leitura. A própria vida de Drogo é tediosa e isso é muito marcante no livro. Pessoalmente não gosto de leituras que me deixa melancólica, por isso não o recomendo.

Angela594 18/05/2023

Angústia
A boa literatura causa efeitos físicos...o autor consegue envolver o leitor numa jornada angustiante, onde a passagem da vida, do tempo, dos propósitos vai se sucedendo, sem conseguir atingir um objetivo que pareça ter importância. Aos poucos o desespero vai se instalando, esperando em dolorosa agonia, que o protagonista Drogo tome as rédeas de seu destino...um livro triste sobre a efemeridade e a solidão humanas.

Laryssa 16/05/2023

O livro é triste e lento. O personagem desperdiça sua vida em busca de uma glória militar que, quando chega, não lhe serve mais.

Thomas.Jordao 12/05/2023

Um livro sobre o tempo
Um livro que realmente me pegou de surpresa. Em sua sinopse, vemos que a história é militar, monótona, algo que realmente me distanciou muito do livro antes de o ler. Porém após ver uma crítica que recomendou ir além da historinha militar, e aplicar seu enredo e pensamentos aboutras situações, resolvi dar uma chance.

Fui completamente surpreendido com uma história que não me demandou esforço para ler, escrita fluida, gostosa, e que me envolveu de uma forma que não me envolvia faz tempo. Completamente absorto nos personagens e principalmente no ambiente, que é um personagem por si só, O forte.

Além disso, possui duas ou três passagens reflexivas genuinamente boas, dignas de importantes pensamentos, como a eterna espera por algo no futuro, ansiedade, solidão, ânsia de fazer parte de algo (tão comum e presente em nossa juventude) e comodismo. Quanto a isso, me resumo em citar o grandioso Abujamra quando ele diz: "A tranquilidade é trágica, FUJA da tranquilidade".

Me envolvi do início ao fim com o personagem principal, entendendo todos seus pensamentos e ações. Me envolvi tanto na monotonia de sua rotina, que pequenos acontecimentos eram multiplicados por mil, e me sentia empolgado assim como ele com meros detalhes. E o fim, perfeito para a história, encaixado, lúcido, maravilhoso e surpreendente.

Segue uma passagem:
Agora sentia até uma sombra de opaca amargura, como quando as graves horas do destino passam ao nosso lado sem nos tocar e seu ruído se perde ao longe, enquanto continuamos solitários, entre redemoinhos de folhas secas, a sentir saudade da terrível mas grande ocasião perdida.

Bruna 25/02/2023

Realidade e alucinação
O livro é confuso, precisa estar bem focado para ler, pois o autor usa termos difíceis e floreia muito uma situação. A história se baseia em fatos e alucinações. Um final muito bonito e bem escrito. Porém uma leitura difícil de terminar.

Luci 14/02/2023

Assim como Drogo, eu também mal vi o tempo passar enquanto lia este livro, tanto que o comecei e terminei no mesmo dia. Fazia tempo que um livro não me fazia ter essa empolgação, de conseguir enxergar os cenários descritos. Foi quase como ver um filme dentro da minha cabeça.

Não é dos mais fáceis de ler, toda a forma como o seu enredo é construído, apesar de ter momentos (atos?) distintos ao longo dele, parece ser feito de tensão, dessa angústia. O protagonista, vivendo em sua eterna vigília, e nós, cúmplices, acompanhando-o nesse destino que se cumpre.

É interessante pensar sob a perspectiva de que também podemos estar à espera de nosso momento glorioso, de colher as glórias de um destino heróico, de superar a vida mediana. Eu acho que esse livro também fala sobre a ânsia de fazer parte de algo, uma vez que ele é tomado pelo hábito do forte e logo não se encaixa mais na vida civil.

O final do livro é extremamente simbólico, mas só lendo para saber. O momento em que, mesmo na aparente derrota, ele encontra a honra nesse ponto final da estrada. Também me fez pensar muito sobre a solidão de todos nós. É um livro que desperta para as nossas próprias vidas.

nandalunac 31/01/2023

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Esse é um dos livros mais interessantes para refletirmos sobre a nossa vida. Quando você vai realizar seus objetivos? Vai ver a vida passar esperando que algo aconteça?
Simplesmente real. Um excelente livro.

drikaeoslivros 27/01/2023

O tempo é implacável
Que livro incrível, profundo. Uma reflexão sobre o tempo e de que forma escolhemos gastar nossa vida. Será que o que fazemos vale a pena, ou estamos correndo atrás do vento? Que marcas deixamos nas pessoas que passam por nós, é que diferença fazemos em suas vidas?
O esperar por algo muitas vezes consome nosso tempo, nossos dias e quando percebemos, a vida passou como um flash, e não há mais futuro pela frente.

Valereto 22/01/2023

Termino o livro com um sentimento ruim. Perguntando se eu também não sou Drogo.
Será que estamos vivendo a jornada ou aguardando por algo (que muito provavelmente não acontecerá como imaginamos)?

Jair88 20/01/2023

Reflexivo, angustiante e muito bem escrito!
Um dos melhores livros que já li! O autor percorre a história de maneira ímpar, fazendo com que o leitor se sinta bem próximo do protagonista e acompanhe suas angústias de perto.

Além disso, o autor convida à reflexão com a temática do tempo e das escolhas de vida que o personagem vai apresentando no decorrer da história.

Afinal, quanto tempo ainda temos?

Simplesmente fascinante!

Félix 16/01/2023

Estava só no mundo
Acho que o único clássico italiano que li foi A divina comedia, confesso que foi uma surpresa, literatura italiana mostrando ser excelente em diferentes séculos. O deserto dos tártaros é um livro que faz a gente mergulhar na nossa própria solidão, repensar escolhas que tomamos, como aproveitamos nosso tempo e principalmente sobre as coisas que dedicamos com tanto afinco sem perceber que as vezes isso nos esgota. Isso me lembra aquela frase famosa daquele pequeno livro, "Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que a fez tão importante", como nem tudo são flores, a reflexão de O deserto dos tártaros é que nem sempre vale a pena dedicar tanto tempo a uma única coisa que toma todo o resto do que se tem. Ver as escolhas, e a falta de algumas escolhas de Drogo é angustiante, é ver o personagem ruir e vários outros também, sem ele perceber que era seu próprio destino. Tem tantas passagens interessantes nesse livro, um livro para se reler futuramente, pretendo ver o filme de 1976 também.

Por uma orgulhosa aposta tudo fora perdido

Arlete 04/01/2023

Dino Buzzati (1906?72), escritor e ilustrador italiano, é autor de O Deserto dos Tártaros, publicado pela Editora Nova Fronteira.
O romance, publicado em 1940, conta a historia do, recém formado, Oficial Giovanni Drogo e sua designação para ocupar o cargo de tenente no Forte Bastiani.

É comovente perceber que as dores, angustias e sofrimentos de Drogo são tão presentes na nossa juventude.
A falta de jeito ao se despedir da mãe ao sair de casa, com frases genéricas no lugar da afetuosidade que transborda da alma, a sensação de fatalidade de iniciar uma viagem sem retorno rumo ao desconhecido?
A percepção de que passamos pela primeira juventude incólumes, leves, certos de que há um longo e largo caminho pela frente, enquanto os adultos são benignos e nos apontam com boa vontade a sinuosa estrada da vida, uma boa vontade que se torna escassa quando estamos longe do alvorecer da existência.

A vida adulta é toda assim, um vazio, nenhuma voz amiga ou inimiga, nem luz, nem treva, só o nada. Nos deixamos entorpecer pelos dias que se esvaem, não querendo crer que a vida é isso, só isso, tem de haver algo alem desse deserto. Como Drogo, nos recusamos a acreditar que a vida é um acumulado de insignificados que nos são impostos, e vamos ficando mais um pouco acomodados a espera do grande dia, o dia da gloria, o dia para o qual nascemos e com o qual sonhamos, e o hábito diário nos consome, tudo vai se tornando nosso hábito, e cada detalhe da rotina se torna doloroso abandonar. A cada esquina esperamos o momento alto, e constantemente nos decepcionamos quando percebemos que a grave hora passou ao largo de nossa vida e no caminho e na hora exata da vida de outro, uma constante de ocasiões perdidas por culpa nossa ou do lugar que a existência nos reservou?

Me parece que nosso Forte Bastiani é simplesmente a vida? e como Drogo um dia saiu do forte, um dia sairemos dela, tendo chegado nosso grande momento ou não?

Guynaciria 03/01/2023

O deserto dos tártaros- Dino Ruzzati/ 208 páginas/ @taglivros / @novafronteira /Romance

O tenente Giovanni é designado para um novo posto de serviço, mas ao chegar para se apresentar ele tem a sensação de que deveria sair daquele local, o mais rápido possível.

Aos poucos ele vai verificando, que todos os soldados que ali se encontram, foram gradativamente se acomodando a vida na guarnição. Vida essa sem grandes alterações.

O fato é que assim como os outros, ele acaba sendo acometido do sentimento de busca por um grande evento que irá justificar a sua vida, tornando um acontecimento marcante e digno de nota.

Mais isso faz com que ele se acomode, viva uma vida monótona, sem nenhuma realização significativa, longe das pessoas que o ama, e somente se dê conta de tudo que perdeu quando já não mais tiver chance de recuperar.

Esse é um livro sobre passagem do tempo, sobre a necessidade que temos de fazer algo com nossas vidas enquanto ainda temos a chance, de viver da forma mais intensa possível. Pois, são poucas as pessoas que vão ter um evento grandioso em sua existência. A maioria de nós, vai a pena viver, e lutar diariamente para conseguir atingir seus sonhos.

Vocês já tiveram a oportunidade de ler algum livro de autores italianos?

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Misa 27/12/2022

Impressões
Ele é um livro muito bom; mas durante a leitura ele vai causando angústias, pois vai relatando a história de um personagem no qual, tem que tomar uma decisão e com isso o tempo vai passando? então é um livro que vai falar de decisões, sonhos e muitas vezes sofrimento.
Simplesmente perfeito.

Livia M. 19/10/2022

Uma vida inteira
Desperdiçada?
A longa espera
Um sentido à vida dava?

À espera da guerra
Tu vens tu vens,
Eu já escuto os teus sinais

A chegada da morte
Nasceu
Não viveu
Morreu

Triste melancolia
Drogo finalmente partia

O tempo passou
O vazio ficou