Gisele @abducaoliteraria 11/06/2019Ainda sou principiante no quesito quadrinhos, mas estou satisfeita de finalmente estar conseguindo me dedicar a eles. O maior exemplo disso é Black Hammer, a primeira série de quadrinhos que acompanho fielmente. Além de falar sobre o terceiro volume, vou trazer um pouco de como está sendo essa experiência.
Acompanhar uma série de quadrinhos é cair gradativamente em um universo que te inspira através de cores e histórias, é devorar cada página recheada de mistério já sofrendo por não ter a sequência em mãos. Mas essa não é uma sofrência ruim, é o tipo de coisa que gera uma expectativa gostosa e saudável.
Agora falando especialmente sobre o causador de todos esses efeitos, se você ainda não conhece Black Hammer, recentemente a editora intrínseca lançou o terceiro volume do quadrinho. Aqui no blog você pode encontrar a resenha dos dois primeiros, Origens Secretas e O Evento. Se você não acompanha a série, sugiro que paremos por aqui, porque os próximos parágrafos podem conter alguma informação que estrague a sua experiência quando for inicia-la. Mas se você não se incomodar com alguns pequenos spoilers, bora lá.
Black Hammer - o evento nos brindou com um tremendo cliffhanger no final, uma característica que já se tornou familiar nos desfechos do quadrinho. Lucy, a filha de Joseph Weber, conquistou os poderes do pai e se tornou a nova Black Hammer, recuperando também a sua memória e descobrindo como foi parar na fazenda junto com os outros heróis. Entretanto, as coisas não se desenrolam tão fácil quanto imaginávamos. Alguns personagens que já desconfiávamos tomam algumas atitudes ainda mais duvidosas para evitar que Lucy revele os mistérios que cercam os super-heróis exilados.
Para não entrar demais na história, a princípio percebi que ela começou a dar voltas e repetir situações pelos quais já havíamos passado. Senti um leve receio de que ela poderia estar enrolando para não entregar o que tanto esperávamos, e o que ao meu ver, seria o grande clímax de toda a história em quadrinho.
Esse sentimento não se prolongou por muito tempo, porque entendi que a enrolação fazia sentido, até os próprios personagens estavam se sentindo lesados e confusos com isso. O que posso adiantar para vocês é que da metade para o final somos surpreendidos com grandes descobertas, revelações que eu não esperava receber tão cedo.
A personagem de destaque da vez é Lucy. Ela tem um papel crucial no quadrinho, não só neste terceiro volume, mas desde o início. Porém, aqui ela tem uma jornada bastante especial e sua evolução é muito satisfatória. Ela representa o ponto de mudança na história, o sangue novo que chega para energizar os super-heróis que estão há muito tempo exilados, e por consequência disso, desanimados.
Novamente temos um desfecho com um cliffhanger de enlouquecer, tanto por não ter o próximo volume em mãos, quanto por ficar imaginando tudo o que pode acontecer a partir de agora; minha cabeça está fervilhando com algumas teorias. Mais do que no quadrinho anterior (acho que eu sempre digo isso), desta vez está bem difícil de visualizar o que realmente está por vir, então estou aguardando ansiosamente pela sequência.
A novidade da vez é que agora temos algumas ilustrações com as letras de Todd Klein. Toda inovação que Black Hammer apresenta acaba se tornando a minha parte favorita. No volume anterior, as ilustrações de David Rubín quase fizeram minha cabeça explodir, mas também aprovei esse toque diferencial que as letras de Klein trouxeram em determinados quadrinhos.
Um adendo interessante é que agora temos um pequeno resumo antes da história começar, algo que foi bem-vindo e será extremamente importante daqui para a frente. Apesar de tê-los lido recentemente, eu estava cogitando reler os volumes anteriores por não lembrar dos principais acontecimentos, mas o útil resumo cumpriu muito bem o seu papel.
Se você deseja começar a se dedicar ao mundo dos quadrinhos, Black Hammer é uma ótima escolha. Além da história ainda estar no início, ela é recheada de elementos que instigam a sua curiosidade para continuar acompanhando cada sequência. O quadrinho também traz novidades a cada publicação. Após os fascículos, você pode acompanhar os detalhes do processo de criação e isso faz com que você se envolva ainda mais com o universo. E para quem curte super-heróis, Black Hammer é um prato cheio na criação de personagens e também homenageia diversos outros que já são tão conhecidos por nós.
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